Navegando por Autor "STENTZLER, Márcia Marlene"
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Item A CRIAÇÃO DA FAFI E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM PARANAVAÍ, REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ (1965-1972)(Universidade Estadual do Paraná, 2023/03/30) SILVA, Beatriz Fernanda Almeida da; STENTZLER, Márcia Marlene; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; http://lattes.cnpq.br/1832021346967299; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; MORAES, Ednéia Rossi ; http://lattes.cnpq.br/5959151437435278; NOVAK, Maria Simone Jacomini ; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036Nesta pesquisa objetivamos compreender como a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Paranavaí/PR (FAFI), contribuiu para a formação de professores em Paranavaí e região. A investigação delimita-se entre 1965 (ano em que a FAFI foi criada) e 1970 (ano em que a primeira turma de formandos colou grau). Ao longo de sua existência a FAFI passou por mudanças nas denominações, as quais serão discutidas ao longo do texto. Concebemos que instituições educacionais, em particular as de ensino superior, tem um papel ímpar no desenvolvimento de uma cidade e região, por isso torna-se necessário estudar e conhecer como foi organizada. Justificamos a seguinte pesquisa demonstrando que a FAFI nasceu como parte de projetos mais amplos, de cunho socioeducacional e político, graças a pessoas que sonharam e lutaram para que ela existisse e a transformação que esta instituição trouxe para a vida de muitas pessoas que por ali passaram, logo, esta pesquisa tem o intuito de contribuir para a escrita da história da educação regional e nacional. A narrativa que organizamos se pauta em fontes documentais localizadas no arquivo do campus, as quais revelam aspectos da trajetória desta instituição, bem como de práticas nela desenvolvidas, ou seja, da micro-história dessa instituição. Essas fontes documentais se entretecem com a pesquisa realizada através da escuta de histórias contadas por antigos alunos da instituição, evidenciando suas memórias e representações, assim como as notícias que circularam entre leitores da cidade e região, via Diário do Noroeste. Essas fontes foram fundamentais para conhecermos a instituição com os olhos da sociedade, ou seja, com um olhar macro. A pesquisa, de cunho sócio histórico pauta-se na análise documental, bibliográfica e também registros de memórias educacionais, arquivos institucionais e privados, dentre eles livros, atas, fotografias, jornais e noticias da internet. Organizamos a narrativa com base na história sociocultural, a partir de Chartier (1990) e Le Goff (1990), entre outros. Buscamos também amparo em outras pesquisas, como de Anísio Teixeira (1989), para entendermos a organização do Ensino Superior no Brasil. A pesquisa possibilitou estudar aspectos da história desta Instituição de Ensino Superior, e se aproximarmos da realidade e demandas locais para a formação de professores que atuaram em escolas primárias e secundárias, as quais estavam sendo construídas naquela época.Item A dislexia e formação docente: identificação e acompanhamento de estudantes com dificuldades de aprendizagem.(Universidade Estadual do Paraná, 2018/02/26) PRZYBYSZ, Débora Cristina; HAHN, Fábio André; BOVO, Marcos Clair; http://lattes.cnpq.br/5616135738264100; http://lattes.cnpq.br/3187112227430122; HAHN, Fábio André; http://lattes.cnpq.br/5616135738264100; BOVO, Marcos Clair; STENTZLER, Márcia Marlene; MORI, Nerli Nonato RibeiroA dislexia é um transtorno de aprendizagem caracterizado, sobretudo, pela dificuldade no desempenho de leitura e escrita. Essa é uma temática de estudo de interesse de diversas áreas além da fonoaudiologia, visto que a dislexia é considerada uma dificuldade de aprendizagem frequente no ambiente escolar. Tomando por base que, em linhas gerais, o professor é o primeiro profissional a ter contato com a dislexia na escola, é de interesse profissional investigar o conhecimento docente sobre tal questão. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi investigar o conhecimento de docentes e de acadêmicos sobre dislexia, identificação e encaminhamento de alunos disléxicos. Metodologicamente, foi realizada uma abordagem mista entre quantitativa e qualitativa. O estudo foi realizado com estudantes de licenciatura em seu último ano de formação nos cursos de Geografia, História, Letras e Matemática, recorte com base nos cursos ofertados pela Unespar – Campus de Campo Mourão, e docentes da rede pública de educação de Campo Mourão nas mesmas áreas de formação, estudo esse auxiliado pela aplicação de questionário por meio da interface Survey Monkey. Para a análise dos dados, usamos as ferramentas do Survey, bem como tabelas dinâmicas do Excel, visando o cruzamento das variáveis obtidas nas respostas quantitativas e qualitativas coletadas. Os dados coletados revelaram que há uma lacuna no conhecimento dos acadêmicos e dos docentes sobre a dislexia, sobre fatores identificadores e sobre os encaminhamentos necessários em casos dessa dificuldade de aprendizagem que se revela com bastante frequência no dia a dia da escola, porém ambos os grupos investigados concordaram em que há necessidade de melhorias no conhecimento sobre dislexia. Para que haja uma mudança nesse conhecimento, é importante que a formação docente seja repensada, visando reestruturações nos currículos para contemplar satisfatoriamente a questão das dificuldades de aprendizagem, bem como para que haja políticas públicas incentivando a realização de cursos de formação continuada de tal temática para os docentes já em atuação.Item A FANFARRA ESTUDANTIL PÓLO DE PARANAVAÍ /PR NO ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS E FORMAÇÃO HUMANA (1998 – 2015)(Universidade Estadual do Paraná, 2024/11/26) LIONES, Vera Rodrigues da Silva; STENTZLER, Márcia Marlene; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; http://lattes.cnpq.br/5058063723614284; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; PETERS, Ana Paula ; http://lattes.cnpq.br/9480212256567229; CIT, Simone do Rocio ; http://lattes.cnpq.br/3816254088917789Esta pesquisa tem como objetivo investigar a história da Fanfarra Estudantil Pólo do Colégio Estadual Professor Bento Munhoz da Rocha Neto – Ensino Fundamental Médio e Profissional de Paranavaí, analisando as suas contribuições para a formação humana e musical como parte da cultura escolar, entre 1998 e 2015. Em 1998 houve a troca de instrumentos e em 2015 a fanfarra deixou de participar de campeonatos. Neste período as fanfarras eram muito valorizadas na formação cultural dos estudantes, contribuindo para a formação humana e musical como parte da cultura escolar. As fanfarras davam visibilidade para a escola. Embora haja outros estados da federação em que ainda exista, nas escolas públicas, apoio para as fanfarras, no Paraná elas não são tão comuns em escolas públicas estaduais da educação básica. Porém alguns municípios apresentam estímulo para esta atividade como projetos em contraturno e extracurriculares. Para a realização da pesquisa, buscamos a conexão entre a música e a cultura escolar, tendo como base a música nas relações socioeducacionais afetas ao ensino e a formação humana dos estudantes participantes desses coletivos. Este estudo tem como base fatos históricos e socioeducacionais. Buscamos relacionar o particular (o singular, o dado empírico) com o geral, isto é, estabelecer conexão entre a fanfarra, a escolarização e a organização da sociedade. Entre os principais autores que utilizamos estão Roger Chartier (2002), para analisar as representações construídas acerca da Fanfarra; Augustin Escolano Benito (2017) que aborda a cultura escolar como parte do processo histórico de escolarização; Jacques Le Goff (2003) trata das memórias e sua relação com o tempo histórico, e Edward Palmer Thompson (1998) quando aborda inter-relações entre a sociedade, as experiências e a formação cultural, entre outros. A pesquisa foi qualitativa, bibliográfica e documental visando analisar em contexto sócio-histórico e cultural, as origens das fanfarras escolares e do estudo da música em escolas públicas. Como resultados, conhecemos o processo histórico de criação da Fanfarra Estudantil Pólo, a sua relação com o currículo escolar e a sociedade, explorando as memórias e representações sobre o processo de educação e formação da cultura musical nela desenvolvida. A pesquisa trata das relações da música na escola promovendo um ambiente socioeducativo em que a música esteve presente como um dos alicerces formativos, para a vida em sociedade. A Fanfarra é um valioso recurso para o ensino da música nas escolas públicas, especialmente com os projetos de fanfarras estudantis.Item A FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS E PEDAGOGAS SOB A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM OLHAR PARA OS PROJETOS PEDAGÓGICOS DE CURSOS PARANAENSES DE FORMAÇÃO INICIAL(Universidade Estadual do Paraná, 2021/05/14) ALVES, Lucas Henrique Barbosa; BORGES, Fábio Alexandre; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; http://lattes.cnpq.br/9721911485937837; BORGES, Fábio Alexandre ; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; FRANÇA, Fabiane Freire ; http://lattes.cnpq.br/8009677334152001; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; SILVA, Tânia dos Santos Alvarez da; http://lattes.cnpq.br/6256836308179990; ROYER, Márcia Regina ; http://lattes.cnpq.br/7072099675401478Têm se tornado cada vez mais frequentes, debates e discussões acerca da temática da Educação Especial e Inclusiva, incluindo os cursos de formação inicial de professores. No caso dos cursos de Pedagogia, a expectativa se acentua, visto que, tal curso, forma boa parte dos profissionais que atuam em espaços especializados das escolas comuns, bem como os gestores escolares. Para indagar como, e se ocorre uma abordagem formativa para a inclusão, uma das possibilidades é olhar os conteúdos e práticas pedagógicas presentes nos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC’s), assim, a questão norteadora de nossa pesquisa é: em que medida a temática ‘Inclusão’ tem sido abordada na formação inicial de pedagogos e pedagogas no estado do Paraná? Com base nesse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo investigar, por meio dos PPC’s, como está sendo abordada a Inclusão nos cursos de formação inicial de pedagogos e pedagogas em todas as universidades estaduais do Paraná. O processo de coleta dos dados ocorreu por meio de pesquisa documental, com o acesso aos PPC’s dos cursos de Pedagogia de todas as universidades estaduais do Estado do Paraná, totalizando 16 cursos. A metodologia utilizada para tratamento e interpretação dos dados foi à análise de conteúdo (MORAES, 1999). Como resultados, obtemos as seguintes unidades de análise, que são: A restrição do debate da inclusão às disciplinas, em detrimento de outros aspectos do PPC (as discussões sobre inclusão aparecem de forma isolada nas disciplinas, não há coerência e articulação entre os demais aspectos formativos inclusivos que compõem os documentos do curso); A temática inclusão que não se dá de maneira transversalizada nos PPC’s (os debates acerca da Educação Especial e inclusiva ocorrem de maneira isolada em alguns aspectos dos documentos dos cursos); Ausência de experiência de contato direto com estudantes apoiados pela Educação Especial na formação inicial (reflexões acerca da importância do contato direto dos acadêmicos com os estudantes apoiados pela Educação Especial por meio do estágio supervisionado nas instituições); A presença de infraestrutura/recursos potencialmente inclusivos sem a articulação com a formação para o atendimento de estudantes apoiados pela Educação Especial (a oferta de recursos físicos e pedagógicos sem a devida articulação com as disciplinas e demais objetivos formativos frente estudantes apoiados pela Educação Especial); A discussão acerca da metodologia de ensino e aprendizagem de diferentes aspectos desarticulados das características dos estudantes apoiados pela Educação Especial (a ausência de adaptações, metodologias de ensino e práticas que oportunizem a aprendizagem dos estudantes apoiados pela Educação Especial nas diferentes áreas do conhecimento); e Objetivos formativos que não remetem às características do atendimento especializado e inclusivo (a existência de objetivos formativos que não consideram as necessidades e especificidades dos estudantes apoiados pela Educação Especial). Concluímos que a formação inicial de qualidade é indispensável aos professores e professoras que irão atuar com os mais diferentes públicos, e que, apesar do desenvolvimento no que diz respeito aos aspectos formativos referentes à Educação Especial e Inclusiva, ainda são necessários mais debates, conhecimento das especificidades dos alunos, e maior transversalidade acerca deste tema, que vai além de conhecimentos teóricos.Item A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO E O SISTEMA DIDÁTICO-DESENVOLVIMENTAL ELKONIN-DAVIDOV-REPKIN: ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA DO SEGUNDO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/01) BONZANINI, Rayza Lima; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; http://lattes.cnpq.br/0087755019565680; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; ASBAHR, Flávia da Silva Ferreira ; http://lattes.cnpq.br/0992862282815480; MENEZES, Maria Christine Berdusco ; http://lattes.cnpq.br/6121001403189549; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036A presente pesquisa encontra-se inserida no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar, Mestrado Acadêmico em Formação Docente - área de concentração: Educação, História e Ciências, oferecido pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Campus de Paranavaí. A proposta de estudo aborda a questão do livro didático, que se configura como uma das ferramentas de trabalho pedagógico presente na realidade das escolas públicas, as quais seguem as propostas do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD). A pesquisa está ancorada nos pressupostos do Sistema Didático Desenvolvimental Elkonin-Davidov-Repkin, com foco na escolarização e no ensino, sendo que, por meio destes, formulam-se processos psicológicos e culturais, os quais podem atuar significativamente no desenvolvimento psíquico dos estudantes. Neste espaço de reflexões e análises, estruturamos a problemática da pesquisa buscando questionar: quais elementos precisam ser analisados em um livro didático de maneira a avaliar se o material pode contribuir para o desenvolvimento do pensamento teórico na perspectiva adotada? Para responder essa questão, a pesquisa objetivou verificar se as formulações de conteúdo do livro didático do componente curricular de Língua Portuguesa do 2º ano do ensino fundamental apresentam propostas que assegurem o desenvolvimento da formação do pensamento teórico nos estudantes. Para tanto, procurando atender às demandas deste objetivo, a pesquisa utiliza o tratamento de dados com base no Materialismo Histórico-Dialético, que se volta na direção do trabalho social dos homens e nas propriedades adquiridas historicamente. Sendo assim, o estudo aborda as questões relacionadas à consolidação do Sistema Elkonin-Davidov-Repkin, descrevendo seu percurso histórico e a importância da Teoria da Atividade de Estudo. Na sequência, discute-se o desenvolvimento do pensamento teórico e do pensamento empírico direcionando as questões para o ensino escolar, mais precisamente a uma das ferramentas utilizadas nas escolas, qual seja, o livro didático. Posteriormente, apresentamos as abordagens relacionadas ao material didático, o modelo adotado para análise da presente pesquisa, verificando as formulações de conteúdo do livro didático do componente curricular de Língua Portuguesa e como se apresentam suas propostas vistas sob a perspectiva teórica adotada. A pesquisa revelou que os conteúdos e atividades propostas no livro didático por si só não são o suficiente para desenvolver nos estudantes o desenvolvimento do conhecimento teórico, fazendo-se preciso propor ações de aprendizagem aos estudantes. Nesse viés, o livro didático configura-se como um auxílio no processo de formação da atividade de estudo, tendo como principal característica o sentido dialógico. Contudo, vale mencionar que esperamos que este estudo contribua para uma reflexão mais elaborada em que as análises possam permear as práticas de desenvolvimento do trabalho pedagógico nas escolas.Item APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL: A ESCRITA DA CRIANÇA NO INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO(Universidade Estadual do Paraná, 2020/02/20) THOMÉ, Tatiana Viaes; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; http://lattes.cnpq.br/9896985539175486; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza ; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; LUCAS, Maria Angélica Olivo Francisco ; http://lattes.cnpq.br/3450865697987896; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036Constituiu-se como objetivo desta pesquisa analisar o desenvolvimento da linguagem escrita nas crianças em processo de escolarização. Em virtude da mecanização dos processos de ensino da escrita às crianças pela ação repetitiva de grafar símbolos, torna-se um desafio, no ambiente escolar, fazer com que os estudantes se apropriem das finalidades e do sistema da escrita no início do Ensino Fundamental. Nesse sentido, a consolidação do desenvolvimento do pensamento e da apropriação da linguagem oral e escrita é, ainda, um fator importante de estudo no campo educacional. Por isso, sob o aporte da Teoria Histórico-Cultural, este estudo desenvolveu-se por meio do aprofundamento teórico para compreender conceitos sobre o desenvolvimento das funções psíquicas superiores, a gênese do pensamento e da linguagem desde o momento de simbolização da fala até o entendimento da escrita pela criança, pela palavra, com a mediação do uso de instrumentos e de signos, os quais foram fundamentais para analisar os dados coletados na pesquisa de campo a partir de entrevistas semelhantes à pesquisa de Luria (2012b). A fundamentação teórica e a observação em campo permitiram analisar os estágios da pré-história da escrita das crianças no início da escolarização, com base nas elucidações levantadas segundo pesquisa de Luria com crianças não-escolarizadas, na Rússia em 1920. O experimento ocorreu com crianças matriculadas no Infantil V, no ano de 2018, as quais foram promovidas para o primeiro ano do Ensino Fundamental em 2019, em duas escolas municipais localizadas na região Noroeste do Estado do Paraná. Foram selecionados quatro casos para as análises. Os dados coletados apontam que as crianças entrevistadas, em um único encontro individual em 2018, já possuíam o conhecimento do traçado das letras do alfabeto da língua portuguesa, principalmente para a escrita do próprio nome, e algumas conseguiam representar, por imagens ou letras, as sentenças que foram ditadas. Com a continuidade da pesquisa em 2019, mais duas séries de entrevistas foram agendadas com as mesmas crianças. Na análise, a comparação de desenvolvimento da linguagem escrita não foi realizada entre as diferentes crianças, mas, sim, a trajetória da apropriação da linguagem simbólica dos três momentos de cada criança, dela com ela mesma em espaços de tempo iguais. Os dados analisados mostraram a mudança do percurso do desenvolvimento da pré-história da escrita, ou não, dessas crianças. As contribuições dessa teoria sobre o desenvolvimento infantil permitiram analisar as mudanças dos estágios de desenvolvimento da pré-história da escrita nas crianças durante o período da pesquisa de campo, mostrando, assim, indicativos para a organização do processo de ensino e aprendizagem da apropriação da linguagem escrita à luz da Teoria Histórico-Cultural.Item CRIAÇÃO E FECHAMENTO DAS ESCOLAS NO CAMPO NO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ-PR(Universidade Estadual do Paraná, 2020/03/31) PEREIRA, Lizeane Heren Candido; BRANDÃO, Elias Canuto; http://lattes.cnpq.br/0224334447996878; http://lattes.cnpq.br/8366213966940849; BRANDÃO, Elias Canuto ; http://lattes.cnpq.br/0224334447996878; MOREIRA, Jani Alves da Silva ; http://lattes.cnpq.br/8162047783765424; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; NOVAK, Maria Simone Jacomini ; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036Criação e fechamento de escolas no campo no Brasil foi uma realidade vivida em alta escala no decorrer do século XX e início do século XXI. Neste sentido, a pesquisa desenvolvida nesta dissertação teve como objetivo investigar a criação e fechamento de escolas no campo, conhecidas como escolas rurais, que interferiram diretamente no ensino e na forma de ensinar, e para o estudo, delimitou-se o município de Paranavaí-PR. A pesquisa evidenciou que a criação e posterior fechamento resultou em um crescimento populacional urbano, na diminuição do número populacional rural, em investimento do município no transporte escolar de crianças do campo para estudar nas escolas na cidade, e na concentração das terras em mãos de latifundiários. As consequências foram transformações sociais e econômicas no município estudado. A investigação cursou sobre três objetivos específicos, a) historicizar o processo de escolarização no Brasil, com um olhar para o campo, desde a chegada dos jesuítas no Brasil, visando compreender a criação das escolas rurais; b) pesquisar junto à prefeitura, Núcleo Regional de Educação e outros locais a história da criação das escolas no campo – as rurais – desde antes que Paranavaí se emancipasse enquanto município; c) discutir e analisar o rápido fechamento das escolas rurais no município. Para a realização da pesquisa, duas indagações foram provocativas: Como foi a educação no campo no decorrer da história do Brasil desde a invasão dos portugueses? E como ocorreu a criação e posterior fechamento das escolas no campo no município de Paranavaí? Estas interrogações resultaram no estudo desta dissertação. Utilizei como método o materialismo histórico-dialético pensado por Karl Marx e Friedrich Engels, e como metodologia pautou-se no levantamento de dados bibliográficos aliado ao levantamento, comparação e análise documental sobre as escolas. A pesquisa foi qualitativa e teve como base o estudo bibliográfico apoiado em leituras críticas e reflexivas, assim como em levantamento de dados documentais históricos disponibilizados no Núcleo Regional de Educação (NRE), na Secretaria Municipal de Educação (SME), na Câmara Municipal de Paranavaí e na Prefeitura de Paranavaí. Utilizei como referenciais teóricos para o estudo, autores como Aranha (2006), Foweraker (1982), Kolling (1999), Brandão (2003), Rompatto (2019), Silva (2014), Mota (2012), Martins (1981), Marx (2007 e 2011), Matos (2018), Mazur (2016), Miranda (2012) e Peripolli e Zoia (2011). Por fim, para fechar a dissertação, apontei que o fechamento das escolas não foi um problema local. Fez parte de um sistema global, passando pelas políticas brasileiras parte de um artifício de desintegração ou desmantelamento do campesinato.Item EDUCAÇÃO PARA OS POVOS DO CAMPO NO MUNICÍPIO DE NOVA ESPERANÇA: O fechamento de escolas rurais e a resistência(Universidade Estadual do Paraná, 2019/02/28) IZIDIO, Valdemir Aparecido; BRANDÃO, Elias Canuto; http://lattes.cnpq.br/0224334447996878; http://lattes.cnpq.br/3747654609767410; BRANDÃO, Elias Canuto; http://lattes.cnpq.br/0224334447996878; FAUSTINO, Rosângela Célia ; http://lattes.cnpq.br/8578533833560165; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza ; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169Esta pesquisa tem como objetivo analisar o fechamento de escolas rurais no município de Nova Esperança, compreendendo a relação desse processo com as práticas de favorecimento ao agronegócio, nova cultura para a exportação. As análises tomaram como ponto de partida a década de 1980, por considerá-la o momento em que houve a evasão de muitos camponeses para a cidade. Entendemos que a problemática está agregada à introdução de um modelo agrícola de descarte do camponês. As escolas fechadas fazem parte de comunidades que se desenvolveram a partir de pequenas propriedades no processo de colonização e desenvolvimento da cafeicultura nessa região, e com o desenvolvimento do agronegócio, não conseguiram sobreviver, pois centenas de famílias foram expulsas do campo, diminuindo o número de crianças que estudavam nessas escolas. Trata se de uma pesquisa sobre as escolas denominadas rurais e das escolas atualmente denominadas do campo que ainda persistem na luta contra seu fechamento. Para o desenvolvimento do estudo, analisamos obras de pesquisadores que discutem as instituições escolares do campo, como Arroyo, Caldart, Fernandes, Brandão e outros, além de fontes primárias como: diário de classe, mapas, termos de abertura e fechamento das escolas, que aludem compreender o motivo da extinção das escolas rurais no município. A pesquisa tem como base o método materialismo histórico-dialético e proposta metodológica qualitativa, com procedimentos de levantamentos de dados da região Norte Central Paranaense e análise documental das escolas rurais fechadas no município de Nova Esperança. Das 44 escolas rurais que existiam 42 foram fechadas. As comunidades localizadas nos distritos ainda lutam por políticas para o pequeno proprietário e, de modo especial manter as escolas que atendem a população camponesa que continua no campo. Por fim, realizamos um estudo com o propósito de contribuir com a história da educação no município de Nova Esperança, sendo parte da ampliação do conhecimento de todos que estudam nas escolas rurais e urbanas. Constatamos que os povos que saíram do campo dessa região, não conseguiram resistir às forças impostas pelo agronegócio e as políticas públicas desenvolvidas a partir da década de 1980.Item EDUCAÇÃO, CULTURA E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NOS SETENTA E UM ANOS DO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL TIO PATINHAS EM MANDAGUARI/PR(Universidade Estadual do Paraná, 2021/12/17) LIOTI, Cláudia Sena; STENTZLER, Márcia Marlene; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; http://lattes.cnpq.br/4598649464531071; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; CAMARGO, Gisele Brandelero ; http://lattes.cnpq.br/0431876257906961; UJIIE, Nájela Tavares ; http://lattes.cnpq.br/1242945275956878; FRANÇA, Fabiane Freire ; http://lattes.cnpq.br/8009677334152001; SCHENA, Valéria Aparecida ; http://lattes.cnpq.br/8255731143121997A Educação Infantil é uma etapa fundamental no processo de aprendizagem que proporciona o desenvolvimento das funções psicológicas superiores da criança, bem como sua socialização e autonomia. Logo, as instituições que ofertam essa etapa de ensino produzem representações, por meio de práticas e procedimentos pedagógicos que contribuem para a formação da realidade social da comunidade em que as crianças estão inseridas, ou seja, as escolas da infância se encobrem das características do seu meio social, da mesma forma que colaboram com a formação da identidade daqueles que participam delas. A partir dessas percepções, emergiu o desejo de realizar esta pesquisa, por acreditar na necessidade de investigar o processo de institucionalização e a trajetória histórica do Centro Municipal de Educação Infantil Tio Patinhas, junto à comunidade de Mandaguari/PR, desde 1950 até os dias atuais. Adotou-se, como objetivo geral, compreender as transformações sociais que construíram a memória dessa instituição, considerando o processo histórico, as representações, as mudanças na compreensão da educação para a infância e a organização didático-pedagógica do estabelecimento. Os objetivos específicos consistem em: descrever como as transformações históricas provocaram mudanças na concepção de infância e da educação de crianças pequenas; analisar como foram constituídos e organizados os primeiros estabelecimentos de atendimento à primeira infância no Brasil, no Paraná e em Mandaguari; e investigar o processo de institucionalização e a trajetória histórica do CMEI Tio Patinhas de Mandaguari/PR, tendo como referência a organização didático-pedagógica, as transformações socioeducacionais e as memórias e representações daqueles que são protagonistas na construção dessa história: os alunos e funcionários. Trabalhamos com uma abordagem de cunho qualitativo, sócio-histórico e educacional. Como instrumentos de coleta de dados, utilizamos um questionário enviado por meio de ferramenta tecnológica e entrevista semiestruturada. Também realizamos um levantamento bibliográfico e documental, de modo a dialogar com esses documentos a partir de estudiosos que discutem a temática da Educação Infantil e dos Jardins de Infância, como Kuhlmann Jr. (1991, 1998, 2000a, 2004, 2010), Lara (2006) e Souza (2004). As demais discussões se inserem no campo da História Social, com amparo em Le Goff (1990), Bloch (2001) e Chartier (1990). A pesquisa reuniu apontamentos que permitiram conhecer o processo de mudanças da Educação Infantil não apenas mandaguariense, mas também paranaense e brasileira. Os resultados mostram que o CMEI Tio Patinhas, ao longo de sua história, exteriorizou as concepções pedagógicas e a política educacional praticada no Brasil em cada época, além de contribuir para a construção da identidade da comunidade mandaguariense.Item EDUCAR PARA A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO: LIMITES E POSSIBILIDADES DA PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO MÉDIO PÚBLICO NO MUNICÍPIO DE RONDON/PR(Universidade Estadual do Paraná, 2020/02/20) GRESPAN, Rosana Pimentel de Castro; CAMPOI, Isabela Candeloro; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; http://lattes.cnpq.br/9662996648666166; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; OLIVEIRA, Márcio de ; http://lattes.cnpq.br/2808188859997677; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036Os temas ligados à diversidade sexual e de gênero têm recebido especial atenção pelas mais variadas instâncias da sociedade brasileira a partir da segunda metade de 1980, por meio dos movimentos sociais. Seja para propor um debate que promova os direitos humanos, seja para denunciar as diversas formas de violência contra a população LGBTTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais), o assunto tem sido abordado tanto pelos meios de comunicação de massa, quanto por alguns educadores preocupados em promover o respeito à diversidade, todavia ainda não é prática generalizada de todos os envolvidos em educação. Por considerar o tema incipiente e necessário no âmbito escolar, o trabalho aqui apresentado teve como objetivo investigar como a heteronormatividade ocorre no espaço escolar, e, consequentemente os reflexos dela nas identidades e expressões de gênero e nas orientações sexuais fora desta norma. Assim, o trabalho é respaldado nos documentos norteadores da educação, tais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), Plano Nacional da Educação (2014) e Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008). No mesmo sentido, abordou-se a ascensão da Sociologia como ciência e disciplina escolar, bem como os caminhos para a aquisição de livros didáticos dessa disciplina no Brasil, em 2012, fazendo parte do Plano Nacional do Livro Didático. Esse é o último baluarte do trabalho dessa dissertação, pois foi com o capítulo 14 - Gênero e Diversidade Sexual - do livro “Sociologia em Movimento” que desenvolvemos a proposta pedagógica aqui investigada. Tal perspectiva foi importante na medida em que esta dissertação apresenta os trâmites de uma intervenção pedagógica na disciplina de Sociologia, realizada em um colégio estadual do município de Rondon com estudantes do 3º ano do Ensino Médio. Para o desenvolvimento da pesquisa, realizamos um estudo bibliográfico, documental e de campo por meio da intervenção pedagógica na escola. Foram trabalhadas 20 aulas, previstas no Plano de Trabalho Docente, por meio de diversificadas metodologias. Toda a prática desenvolvida foi pautada nos autores que fundamentaram o estudo, tais como Louro (1997); Maia (2004); Giddens (2005); Nunes (2005) Candido (2006); Lorensetti et al. (2006); Maio (2010); Colling e Tedeschi (2015); Silva et al. (2016); Oliveira, Peixoto e Maio (2018); Reis (2018), entre outros e buscou desenvolver uma consciência ética com respeito às diferenças individuais, no sentido da superação do preconceito de modo geral e da LGBTIfobia em específico. Os resultados positivos evidenciaram que é viável a discussão de assuntos relacionados à sexualidade, gênero e diversidade sexual nas aulas de Sociologia, pois permite desnaturalizar práticas discriminatórias no espaço escolar e propicia um campo fértil para a discussão de temas considerados emergentes, que buscam a promoção do respeito às diversidades, no sentido de contribuir para a formação de cidadãos críticos e promove uma sociedade justa e igualitária, conforme preconizam os documentos norteadores da educação. Os argumentos sociológicos dos/as estudantes tornam-os/as atores de sua própria ação, mitigando os preconceitos, neste caso ligado à diversidade sexual.Item ENSINO E FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL NA ESCOLA MUNICIPAL DO CAMPO EDITH EBINER ECKERT (EIEF), CHÁCARAS JARAGUÁ, PARANAVAÍ / PR (1974-2023)(Universidade Estadual do Paraná, 2024/11/29) MATARUCO, Neiriane Aparecida Cattelan; STENTZLER, Márcia Marlene; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; http://lattes.cnpq.br/6527434251942156; STENTZLER, Marcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; MACHADO, Maria Cristina Gomes ; http://lattes.cnpq.br/3874168724032825; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza ; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169Esta pesquisa objetiva compreender o impacto da Escola Municipal do Campo Professora Edith Ebiner Eckert (EIEF) no ensino e formação sociocultural das crianças da comunidade Chácaras Jaraguá, em Paranavaí/Paraná. A história desta escola está vinculada à existência da comunidade. Ela foi criada pelo município como escola rural multisseriada em 1967. Resistiu ao desmantelamento das instituições isoladas pelos poderes públicos. Atualmente, existem somente duas escolas do campo em Paranavaí. Esta instituição tem centralidade na vida das pessoas, sendo lugar de aprendizagens, de formação de memórias, de manutenção de tradições e de integração sociocultural. Muitas histórias de vida foram conformadas nesse lugar e representações sociais foram constituídas sobre essa instituição. Atualmente ela funciona em tempo integral. Oferta Educação Infantil e Ensino Fundamental, até o 5º ano. Portanto, o estudo histórico acerca de sua existência torna-se necessário, uma vez que instituições dessa natureza impactaram a vida de inúmeras famílias. Ao longo dos 57 anos de existência, ela ocupou um importante papel no ensino das crianças e, por conseguinte, na conformação sociocultural na comunidade local, por meio de diferentes atividades, em particular as festividades escolares e cívicas como parte do ensino. Trabalhamos na perspectiva da história socioeducacional e cultural, analisando aspectos do contexto macro e micro, considerando as inter-relações que a escola estabelece com o seu entorno. Esta pesquisa tem por base autores que pesquisam sobre as múltiplas relações que se estabelecem entre sociedade e instituições educacionais, bem como na cultura que se produz em seu interior. Entre eles destacamos Roger Chartier (1990), Marc Bloch (2001), Jacques Le Goff (2003), e Edward Palmer Thompson (1981). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, documental e de campo, com questionário aplicado a um grupo-amostra composto por ex-alunos e um grupo focal composto por ex-professores e uma ex-cozinheira. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Unespar e foi aprovado pelo Parecer 6.499.668, em 10/11/2023. Os documentos estão localizados no arquivo da escola e na Secretaria Municipal de Educação de Paranavaí. O movimento da sociedade em relação à organização da educação foi apreendido por meio de pesquisa no jornal Diário do Noroeste, onde buscamos por notícias sobre esta escola, considerando representações sociais sobre o papel da educação. Por meio desses procedimentos, construímos análises acerca do papel da escola na comunidade e no processo de ensino e aprendizagem das crianças das Chácaras Jaraguá, onde essa instituição foi muito valorizada e respeitada pela comunidade que lutou por sua permanência até o tempo presente. A escola pesquisada passou pelo processo de mudança de Escola Rural para Escola do Campo. Verificamos que a Cultura Escolar se manifesta no dia a dia da comunidade que está alicerçada na existência da própria escola que preserva as tradições e saberes locais.Item IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03 E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTADO DO CONHECIMENTO(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/30) SILVA, Guilherme Bertolin; UJIIE, Nájela Tavares; http://lattes.cnpq.br/1242945275956878; http://lattes.cnpq.br/1988713421275242; UJIIE, Nájela Tavares ; http://lattes.cnpq.br/1242945275956878; CONCEIÇÃO, Aline de Novaes ; http://lattes.cnpq.br/6626684820553089; BONIOTTO, Maria Luisa da Silva ; http://lattes.cnpq.br/6519566292082933; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036O objetivo de nosso estudo é compreender a implementação da Lei 10.639/03 na prática pedagógica da educação básica. Lei essa que tornou obrigatório o ensino de história da África e cultura afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Sua necessidade surgiu a partir da constatação de que a história e a cultura africana e afro brasileira estavam ausentes do currículo escolar brasileiro, sendo pouco explorados e muitas vezes desconhecidos pela comunidade escolar. O estudo busca retomar as origens da promulgação da Lei 10.639/03; discutir a prática pedagógica na educação básica com foco na Lei 10.639/03; mapear a produção científica existente sobre a Lei 10.639/03 na educação básica em periódicos, artigos, teses e dissertações, e, por fim, realizar a análise do corpus localizado mediatizada por análise de conteúdo (BARDIN, 2016). A pesquisa se qualifica como estado do conhecimento, com recorte temporal a partir do ano de promulgação da lei 2003 até o ano de 2023, com busca analítica cruzada com três descritores “lei 10.639/03” “educação básica” e “prática pedagógica”, realizada a partir do Portal Periódicos e Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo). Nos apoiamos teoricamente em autores como Darci Ribeiro (1995), Gilberto Freyre (2003) e Sergio Buarque de Holanda (1995) que respaldam o debate sobre a constituição do povo brasileiro, discutimos aportes legais da educação mediatizados pela legislação, trazemos autores que pesquisam a lei em pauta dentre eles Luciano Gonçalves Costa (2010), Laurentino Gomes (2019), Liana Lewis (2014) entre outros, e autores da área da educação pensando na prática pedagógica como Freire (1996), Libâneo (2013), Saviani (2009), dentre outros. Mesmo a lei 10.639/03 tendo vinte anos de promulgação observamos que a implementação ainda é incipiente e não tem alcance amplificado na educação básica, em suas diferentes etapas e no escopo de todas as disciplinas e áreas no que tange a prática pedagógica, o estudo ganhou pertinência ao aferir a situação, demonstrando que se faz necessário mais pesquisas neste âmbito, especialmente para vislumbrar a construção de uma sociedade cada vez mais igualitária e equável.Item INCLUSÃO EXCLUDENTE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ( EJA) NO SISTEMA PRISIONAL PARANAENSE: ANÁLISE DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EJA PARA O SISTEMA PRISIONAL(Universidade Estadual do Paraná, 2025/04/15) OLIVEIRA, Silvia Galerani de; NOVAK, Maria Simone Jacomini; CHILANTE, Edinéia Fátima Navarro; http://lattes.cnpq.br/2570429491064045; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036; http://lattes.cnpq.br/9398803830691821; NOVAK, Maria Simone Jacomini ; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036; CHILANTE, Edinéia Fátima Navarro ; http://lattes.cnpq.br/2570429491064045; FARIAS, Adriana Medeiros ; http://lattes.cnpq.br/0773390467001092; COSTA, Ricardo Peres da ; http://lattes.cnpq.br/8287726003013269; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036Esta pesquisa vincula-se ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná, Campus Paranavaí, e tem como objeto de estudo as políticas educacionais para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) destinadas às pessoas privadas de liberdade do sistema prisional paranaense e sua proposta pedagógica. O objetivo é analisar como a proposta pedagógica da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do sistema prisional paranaense contribui para uma inclusão excludente de jovens e adultos privados de liberdade, a partir dos processos e estruturas subjacentes às políticas educacionais direcionadas a essa população. As políticas educacionais vigentes, alinhadas aos princípios do modo de produção capitalista, buscam formar indivíduos que atendam às exigências do mercado produtivo. Entretanto, quando essa demanda cessa, tais indivíduos tornam-se socialmente descartáveis, ficando expostos à exclusão e à vulnerabilidade, sem garantias efetivas de reinserção ou proteção social. Nesse cenário, o Estado penal atua por meio do controle e regulação, criminalizando e encarcerando principalmente pessoas de setores sociais já marginalizados, intensificando as desigualdades estruturais e alimentando um ciclo contínuo de exclusão. No ambiente prisional, a exclusão social é reforçada pela dificuldade de acesso das pessoas privadas de liberdade a programas educacionais, cursos profissionalizantes e oportunidades de trabalho. Diversos entraves no sistema penitenciário paranaense, como falta de vagas, burocracia administrativa, infraestrutura precária e rígidos procedimentos de segurança, prejudicam significativamente o direito à educação dessa população. Além dessas barreiras estruturais, a proposta pedagógica da EJA ofertada nas prisões do Paraná agrava esse quadro, pois adota uma organização fragmentada e acelerada, sem enfrentar efetivamente os desafios específicos do contexto prisional. Essa abordagem pedagógica reforça a lógica excludente, promovendo uma aparente inclusão social, porém sem assegurar condições reais de participação e dignidade social. Por essa razão, o conceito de inclusão excludente caracteriza esse fenômeno, destacando a contradição entre o discurso formal de inclusão e a realidade prática vivenciada pelos educandos privados de liberdade. A pesquisa dialoga teoricamente com autores como Marx (1977; 1996; 2009); Wacquant (1999; 2012); Tumolo (2002); Tonet( 2002); Martins (1997); Mészaros (2002) e outros do campo do marxismo. O trabalho está dividido em seções. Na introdução apresentamos o objeto de estudo e suas características. Na segunda seção, realizamos uma trajetória histórica da educação enquanto direito humano, refletindo sobre aspectos políticos, econômicos e sociais que influenciam a formulação e implementação das políticas educacionais voltadas para essa modalidade de ensino. Na terceira seção, examinamos diretrizes internacionais que orientam as políticas educacionais e os documentos nacionais e estaduais. Na quarta seção, analisamos como a organização da proposta pedagógica da EJA nas prisões paranaenses corrobora com o processo de inclusão excludente. Os resultados da pesquisa demonstram que as políticas educacionais voltadas à Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema prisional paranaense, embora apresentem um discurso formal de inclusão e ressocialização, reproduzem, na prática, por meio da organização pedagógica de oferta as contradições estruturais próprias do modo de produção capitalista.Item MULHERES INDÍGENAS NOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UNESPAR: POLÍTICAS DE ACESSO E PERMANÊNCIA(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/26) MARCOLINO, Edlaine Anazar; NOVAK, Maria Simone Jacomini; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036; http://lattes.cnpq.br/0592277568324633; NOVAK, Maria Simone Jacomini; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036; FAUSTINO, Rosângela Célia ; http://lattes.cnpq.br/8578533833560165; MENEZES, Maria Christine Berdusco; http://lattes.cnpq.br/6121001403189549; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036Esta pesquisa traz as reflexões sobre a presença das mulheres indígena no ensino superior. Está vinculada ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar, da Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranavaí, na linha de “Educação, história e formação de professores”. O objetivo consiste em discutir a presença indígenas no ensino superior público do Paraná, com recorte na Universidade Estadual do Paraná–UNESPAR, com foco nas mulheres indígenas que buscam a formação de professoras, a partir do ingresso nos Cursos de Licenciatura da instituição. A problemática decorre da necessidade de discutir como ocorrem as políticas de acesso e as ações de permanência das estudantes indígenas, nos Cursos de Licenciaturas da Universidade Estadual do Paraná? O acesso à educação ao nível superior para a formação dos povos indígenas, de forma mais sistematizada, data de finais do século XX, sobretudo a partir dos anos 1990, com a formulação de políticas de inclusão que ganharam espaço no início dos anos 2000. As orientações internacionais corroboraram na elaboração das políticas educacionais e de legislações nacionais para essa temática. No Estado do Paraná, as iniciativas materializam-se em 2001, através da lei Estadual n.º 13.134, destinou vagas em todas as Universidades Públicas Estaduais. O acesso à universidade ocorre por meio do Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná, organizado pela Comissão Universidade para os Indígenas (CUIA), responsável também pelo acompanhamento dos indígenas ao adentrarem as universidades. A pesquisa ampara-se na abordagem qualitativa, bibliográfica e documental, e também de entrevistas, fundamentada e embasada no materialismo histórico. Tendo em vista compreender a política e a realidade das mulheres indígenas nas universidades. As relações econômicas, sociais, políticas e culturais, ou seja, as diversas relações dos povos indígenas com o Estado e a sociedade podem ser entendidas, a partir do movimento indígena, cujas lideranças estabeleceram práticas de negociações com o poder público, definindo as estratégias de ação coletiva. A participação das mulheres indígena nos espaços públicos de discussão aumentou nas últimas décadas, trazendo questões como reação aos enfrentamentos contra a expropriação de terra, acesso às decisões e organizações políticas, melhoria nas políticas de saúde e de educação. Com relação a sua formação de nível superior, houve avanços, a partir da reivindicação desse espaço, dentre outros, como um movimento para a atuação docente em suas comunidades. Concluímos que a Unespar faz parte da política de acesso para estudantes indígenas nos cursos de licenciatura, em conformidade com a política estadual. No entanto, é necessário aprimorar as ações de permanência, a fim de possibilitar que esses estudantes alcancem a formação acadêmica e possam atuar como professores indígenas, articulando seus saberes étnico-culturais com os conhecimentos universitários adquiridos.Item O COLÉGIO ESTADUAL DE PARANAVAÍ: ENSINO E FORMAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL, ENTRE 1950 E 1980(Universidade Estadual do Paraná, 2024/09/30) PESSOA, Edna Mara Rosa dos Santos Cruz; STENTZLER, Márcia Marlene; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; http://lattes.cnpq.br/0583270057731570; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; LIMA, Ederson Prestes Santos ; http://lattes.cnpq.br/9399916432782145; MORÉ, Merling MurguiaEsta dissertação foi desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar (PPIFOR) da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Paranavaí, região noroeste do estado do Paraná. Objetiva compreender a trajetória do Colégio Estadual de Paranavaí - EFMNP (CEP) na oferta de cursos técnicos de nível médio para a profissionalização de jovens e adultos. Delimita-se entre 1954, quando o Governador Bento Munhoz da Rocha Neto assinou a Lei nº 1084 de 8 de abril, criando o Ginásio Estadual na cidade de Paranavaí e 1984, ano em que foi autorizado o funcionamento do Curso Propedêutico pelo Parecer nº 0365 da Diretoria de Educação de Segundo Grau (DESG). (PARANÁ, 1954; 1984). Esta instituição de ensino foi referencial regional para a formação de várias gerações de jovens trabalhadores, por meio dos cursos técnicos. Suas atividades se iniciaram com o curso ginasial em 1955 e na década de 1960 foi transformada em Colégio, ofertando cursos técnicos e atraindo um grande número de jovens estudantes que buscavam uma profissionalização. Dessa forma, a pesquisa aborda aspectos da história do município de Paranavaí e região, e do Colégio Estadual de Paranavaí, inter relacionando aspectos sociais em âmbito macro e micro histórico. Contextualizamos a formação técnica como parte da formação educacional e das políticas públicas para essa área, entretecendo os âmbitos nacional, estadual e local. Por fim, a pesquisa analisa os cursos técnicos ofertados pela instituição no período delimitado neste estudo, com base em documentos históricos, registros escolares localizados no arquivo da instituição, fotografias e notícias de jornal, considerando as representações sociais construídas sobre essa escola. No âmbito da metodologia é uma pesquisa qualitativa, de cunho sócio histórico. Realizamos análise documental, bibliográfica e pesquisa de campo nos arquivos da instituição e no jornal diário do Noroeste, entre outros. Para essa investigação nos embasamos principalmente em Marc Bloch (2001), Augustin Escolano (2017), Jacques Le Goff (1990), Nosella e Buffa (2013), Caires e Oliveira (2016), Cordão e Moraes (2017), Warde (1977), Saviani (2021), Manfredi (2016). A pesquisa tem caráter descritivo, de cunho bibliográfico e para a coleta de dados documentos, fotografias, cadernos, livros de registros, livros didáticos, dentre outros. Esta instituição detém caráter relevante no contexto sócio-histórico-econômico no qual está inserida, logo, ao se estudar a história deste Colégio, lançamos um detido olhar sobre a própria história da região noroeste do estado e do desenvolvimento da cidade de Paranavaí, bem como, as contribuições sociais, culturais e formativas do Colégio Estadual de Paranavaí EFNMP, junto à comunidade local.Item O PAPEL DA EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DA HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL E PRÁTICAS ESCOLARES(Universidade Estadual do Paraná, 2020/12/07) ARAÚJO, Elaine Maestre Polido de; STENTZLER, Márcia Marlene; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; http://lattes.cnpq.br/0647240919855086; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; CARVALHO, Elma Júlia Gonçalves de ; http://lattes.cnpq.br/1153101691308425; DORIGÃO, Antonio Marcos ; http://lattes.cnpq.br/9510496669048708; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza ; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169Esta pesquisa objetiva compreender o processo histórico de criação de escolas de tempo integral, as políticas públicas para o seu funcionamento nos anos iniciais do Ensino Fundamental em âmbito nacional e, em particular, em duas escolas do município de Paranavaí (PR), a fim de analisarmos a organização da educação em tempo integral e seus objetivos. O estudo delimita-se nos primórdios da implantação da educação em tempo integral no Brasil, originada em correlação com a ideia de educação integral, propagada pela Escola Nova e por Anísio Teixeira, até o momento atual. As escolas de tempo integral configuram-se como importantes iniciativas do poder público com o objetivo de ampliar as experiências de aprendizado aos alunos, sobretudo às crianças de famílias economicamente desprivilegiadas. Trabalhamos na perspectiva da História Cultural a partir do processo histórico de organização dessas escolas, das representações sociais e das atuais propostas para a educação em tempo integral, direcionadas pelas políticas públicas educacionais. Por meio de pesquisa bibliográfica e documental, exploramos dispositivos legais que tratam da ampliação da jornada escolar e dialogamos com autores que discutem a educação em tempo integral. Desenvolvemos, também, uma pesquisa de campo em duas escolas da rede pública municipal de Paranavaí, as quais ofertam educação em tempo integral nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa de campo abrangeu visitas às escolas e aplicação de questionários físicos a dois grupos amostra, no ano de 2019. Um grupo composto por dez pais de alunos e outro por dez educadoras. As informações e respostas coletadas permitiram conhecer como é realizado o trabalho didático-pedagógico nessas escolas, possibilitando análises de como a educação em tempo integral tem contribuído no processo de ensino e aprendizagem dos alunos e quais as representações da sociedade acerca da função das escolas dessa natureza. Embasamos nossas investigações especialmente em Anísio Teixeira (1956; 1959; 1976) e Ana Maria Cavaliere (2002; 2009; 2010; 2014) no que concerne à educação em tempo integral no Brasil. Já no âmbito das representações sobre a escola de tempo integral, nos pautamos em Roger Chartier (2002). Consideramos que a partir do trabalho desenvolvido nessas escolas, tanto pais quanto educadoras elaboram diferentes representações acerca das funções e contribuições da educação em tempo integral, reflexo da inexistência de investimentos e propostas mais específicas ao ensino e aprendizagem dos alunos que estudam em tempo integral no país. Embora esteja presente nos documentos educacionais, e tenha sido acrescida sua implantação nas escolas públicas, o papel da educação em tempo integral ainda não se encontra definido nas práticas escolares.Item O PAPEL DA ESCOLA NORMAL SECUNDÁRIA “LEONEL FRANCA” DE PARANAVAÍ NA FORMAÇÃO DE PROFESSORAS (1956-1974)(Universidade Estadual do Paraná, 2021/12/16) SILVA, Sthefany Matheus; STENTZLER, Márcia Marlene; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; http://lattes.cnpq.br/4712598108420333 ID Lattes: 4712598108420333; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; MARTINIAK, Vera Lucia ; http://lattes.cnpq.br/2586663143728140; JACOMINI, Maria Simone ; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036; GONÇALVES, Elma Júlia ; http://lattes.cnpq.br/1153101691308425; MOLINA, Adão Aparecido ; http://lattes.cnpq.br/2722357341071060As escolas normais ocuparam um papel central na formação de professores no Brasil, fizeram parte da formação de uma geração de educadores e educadoras, se nas primeiras décadas do século XX essas escolas eram situadas em cidades brasileiras mais importantes, na década de 1950 passaram a fazer parte da realidade de várias cidades interioranas com potencial de crescimento regional, como foi em Paranavaí (PR), onde que foi criada a Escola Normal Secundária “Leonel Franca” em 1956. Funcionou como tal até a publicação da Lei nº 5.692/71. (BRASIL, 1971). A última turma de normalistas formou-se em 1974. O objetivo dessa pesquisa é compreender o processo de formação e inserção socioeducacional de mulheres, promovido pela Escola Normal Secundária “Leonel Franca”, na cidade de Paranavaí entre 1956 e 1974. No âmbito teórico nos embasamos na história social e cultural, permitindo diálogos entre diferentes áreas do conhecimento, ampliando as possibilidades para a compreensão do objeto no contexto sócio-histórico, especialmente por meio de Thompson (1998), Bertucci, Faria Filho e Oliveira (2010). As representações construídas por ex estudantes da Escola Normal são analisadas com base em Chartier (1990), a partir de notícias e de respostas a um questionário preenchido por um grupo amostra composto por quatro mulheres, sendo três delas estudaram na instituição e uma foi professora, no período delimitado nesta pesquisa. A história e cultura produzidas e disseminadas no interior desses estabelecimentos de ensino no Brasil e no Paraná foram trabalhadas tendo como referenciais autores como Monarcha (1999) e Miguel (2006). Aspectos da história das mulheres e do seu ingresso na educação foram analisados com base em autoras como Almeida (2007); Priore (2018) e Perrot (2018), entre outros. O estudo teve como fontes documentos escolares localizados no arquivo da escola; em notícias publicadas no periódico Diário do Noroeste do ano 1971, bem como no livro escrito por Bana (2013), onde há fotografias de vários documentos da Escola Normal Secundária “Leonel Franca”. Localizamos, também, outros documentos e fotografias em acervos particulares. A pesquisa propiciou conhecer aspectos da organização da educação no âmbito nacional, estadual e regional. A análise das fontes e as entrevistas evidenciam que esta Escola Normal foi extremamente valorizada por quem nela estudou e pela comunidade em geral. Conforme mostram as notícias, atividades nela realizadas, não raro, eram colocadas lado a lado com as na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI). Seguramente, foi um espaço reconhecido e valorizado para escolarização das mulheres na região noroeste do Paraná.Item O PIBID DO CURSO DE HISTÓRIA DE PARANAVAÍ: O PAPEL DO SUPERVISOR E A LEI Nº 10.639/2003(Universidade Estadual do Paraná, 2021/02/23) MARQUES, Luiz Felipe; STENTZLER, Márcia Marlene; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; http://lattes.cnpq.br/4522579482447320; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; FELIPE, Delton Aparecido; http://lattes.cnpq.br/1673979833356158; MORAES, Eulália Maria Aparecida de ; http://lattes.cnpq.br/8344111210044375; PIZOLI, Rita de Cássia ; http://lattes.cnpq.br/8835078921002360Em 2007, o Ministério da Educação (MEC), lançou o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docância (Pibid), com objetivo de promover melhorias na qualidade de ensino da Educação Básica, na formação e capacitação docente. Dois anos depois (2009), a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranavaí (FAFIPA), aderiu ao Programa, por meio do Edital CAPES/DEB nº 02/2009, e em 2012 o curso de História da instituição passou a integrar o projeto Pibid da FAFIPA, com uma temática voltada para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a fim de promover uma educação antirracista e plural no município de Paranavaí, localizado no noroeste do estado do Paraná, e reinserir professores da rede estadual nas discussões sobre a licenciatura e a formação de professores. Posto isso, objetiva-se nessa pesquisa compreender as representações que perpassam o papel do Supervisor do Pibid na formação inicial de professores de História, a partir da inter-relação entre o Ensino Superior e a Educação Básica para a aplicabilidade da Lei nº 10.639/2003 em Paranavaí. Para tal, analisa-se os aspectos históricos, legais e práticos da efetivação do Pibid pela Capes, às lutas pela sua manutenção, bem como os impactos e permanências do Programa no curso e nas escolas da rede estadual de ensino onde foram desenvolvidas as atividades do subprojeto Pibid de História. Tais aspectos se articulam à fundamentação teórica dessa pesquisa que têm por base a História Social, com enfâse nos processos socioeducacionais, e dialoga com Chartier (1991; 2002; 2009), Domingues (2008), Nóvoa (1995; 2009), Silva (2010b), Thompson (1987), Triviños (1987), entre outros. No que se refere a coleta de dados, faz-se uso da metodologia de pesquisa bibliográfica e documental e de campo. E a análise dos dados coletados evidenciam que o Programa é muito bem aceito por licenciandos e escolas de Educação Básica, e na medida em que os cursos têm autonomia para proposição de temáticas nos subprojetos é possível diversificar o campo de trabalho dos futuros professores. As lutas políticas pela permanência desse Programa são um dos grandes resultados que o Pibid promoveu, integrando Instituições de Ensino Superior, escolas de Educação Básica, professores de universidades e de escolas públicas, e alunos desses estabelecimentos de ensino. E no subprojeto analisado, os supervisores do Pibid contribuiram para a efetivação da Lei nº 10.639/2003 em instituições públicas de Paranavaí, assim como para a formação crítica, reflexiva e sociocultural dos acadêmicos de licenciatura em História.Item POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: CONTEXTO HISTÓRICO E ABORDAGENS DE ENSINO DE LÍNGUAS ADICIONAIS COMO ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO EM CASA(Universidade Estadual do Paraná, 2023/03/31) MÓDENES, Débora Faustino; NOVAK, Maria Simone Jacomini; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036; http://lattes.cnpq.br/4632358251665297; NOVAK, Maria Simone Jacomini ; http://lattes.cnpq.br/8950601840578036; CALVO, Luciana Cabrini Simões ; http://lattes.cnpq.br/0355110877454862; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036; MENEZES, Maria Christine Berdusco ; http://lattes.cnpq.br/6121001403189549Este trabalho, desenvolvido junto à Linha de Pesquisa Educação, História e Formação de Professores do programa de pós-graduação em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar (PPIFOR) da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR/Campus Paranavaí-PR), como pesquisa de mestrado, tem como tema a internacionalização do ensino superior. A problemática da pesquisa parte do contexto de uma política internacional de globalização e neoliberalismo que apregoam a competitividade como fator para o desenvolvimento econômico. Indaga-se: como as políticas educacionais no Brasil e como a política de internacionalização no Ensino Superior tem sido desenvolvida nesse contexto de cortes de verbas e desigualdade? Desta forma, o objetivo desse trabalho é entender as políticas de internacionalização do ensino superior a partir de um viés histórico crítico e apresentar o ensino de línguas adicionais como possíveis estratégias de internacionalização em casa implementadas na atualidade. Para tanto, busca compreender o contexto histórico e econômico que deu origem às políticas de internacionalização; analisar a origem de políticas e programas de internacionalização em países centrais do Norte Global, que influenciam as políticas brasileiras, e na América Latina; entender a internacionalização no Brasil nos dias atuais, tendo como base documentos oficiais e revisão bibliográfica; conceituar internacionalização em casa como ferramenta de quebra de paradigmas ocidentais colonizadores e sintetizar os principais encaminhamentos e estratégias para implementá-la encontrados na literatura, como a adoção das abordagens de ensino de Línguas como CLIL ( content and language integrated learning ) e EMI ( english as a medium of instruction ). Concluiu-se que essas políticas se originaram em um contexto de reformas neoliberais e mercantilização da educação, principalmente como movimentação acadêmica, e seguem o modelo ocidental do Norte Global, o que contribui com a manutenção da dominação de países de alta renda, nesse sentido, a internacionalização em casa permitiria a quebra desse paradigma e a universalização dos seus resultados. Assim, o ensino de línguas adicionais, através de abordagens que permitam também o trabalho com conteúdos curriculares foi apresentado como parte significativa e democrática de políticas de internacionalização interna. O estudo é de cunho qualitativo bibliográfico e busca investigar o tema através do uso de fontes de estudos e pesquisas nacionais e internacionais por autores mais referenciados ou citados na área e alguns documentos oriundos de estudos dos organismos internacionais e suas agências de cooperação.