A FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS E PEDAGOGAS SOB A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM OLHAR PARA OS PROJETOS PEDAGÓGICOS DE CURSOS PARANAENSES DE FORMAÇÃO INICIAL

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Data
2021/05/14
Programa
PPIFOR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Têm se tornado cada vez mais frequentes, debates e discussões acerca da temática da Educação Especial e Inclusiva, incluindo os cursos de formação inicial de professores. No caso dos cursos de Pedagogia, a expectativa se acentua, visto que, tal curso, forma boa parte dos profissionais que atuam em espaços especializados das escolas comuns, bem como os gestores escolares. Para indagar como, e se ocorre uma abordagem formativa para a inclusão, uma das possibilidades é olhar os conteúdos e práticas pedagógicas presentes nos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC’s), assim, a questão norteadora de nossa pesquisa é: em que medida a temática ‘Inclusão’ tem sido abordada na formação inicial de pedagogos e pedagogas no estado do Paraná? Com base nesse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo investigar, por meio dos PPC’s, como está sendo abordada a Inclusão nos cursos de formação inicial de pedagogos e pedagogas em todas as universidades estaduais do Paraná. O processo de coleta dos dados ocorreu por meio de pesquisa documental, com o acesso aos PPC’s dos cursos de Pedagogia de todas as universidades estaduais do Estado do Paraná, totalizando 16 cursos. A metodologia utilizada para tratamento e interpretação dos dados foi à análise de conteúdo (MORAES, 1999). Como resultados, obtemos as seguintes unidades de análise, que são: A restrição do debate da inclusão às disciplinas, em detrimento de outros aspectos do PPC (as discussões sobre inclusão aparecem de forma isolada nas disciplinas, não há coerência e articulação entre os demais aspectos formativos inclusivos que compõem os documentos do curso); A temática inclusão que não se dá de maneira transversalizada nos PPC’s (os debates acerca da Educação Especial e inclusiva ocorrem de maneira isolada em alguns aspectos dos documentos dos cursos); Ausência de experiência de contato direto com estudantes apoiados pela Educação Especial na formação inicial (reflexões acerca da importância do contato direto dos acadêmicos com os estudantes apoiados pela Educação Especial por meio do estágio supervisionado nas instituições); A presença de infraestrutura/recursos potencialmente inclusivos sem a articulação com a formação para o atendimento de estudantes apoiados pela Educação Especial (a oferta de recursos físicos e pedagógicos sem a devida articulação com as disciplinas e demais objetivos formativos frente estudantes apoiados pela Educação Especial); A discussão acerca da metodologia de ensino e aprendizagem de diferentes aspectos desarticulados das características dos estudantes apoiados pela Educação Especial (a ausência de adaptações, metodologias de ensino e práticas que oportunizem a aprendizagem dos estudantes apoiados pela Educação Especial nas diferentes áreas do conhecimento); e Objetivos formativos que não remetem às características do atendimento especializado e inclusivo (a existência de objetivos formativos que não consideram as necessidades e especificidades dos estudantes apoiados pela Educação Especial). Concluímos que a formação inicial de qualidade é indispensável aos professores e professoras que irão atuar com os mais diferentes públicos, e que, apesar do desenvolvimento no que diz respeito aos aspectos formativos referentes à Educação Especial e Inclusiva, ainda são necessários mais debates, conhecimento das especificidades dos alunos, e maior transversalidade acerca deste tema, que vai além de conhecimentos teóricos.
Descrição
Palavras-chave
Formação Inicial. Inclusão. Pedagogia. Projetos Pedagógicos de Curso.
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