MULHERES INDÍGENAS NOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UNESPAR: POLÍTICAS DE ACESSO E PERMANÊNCIA

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Data
2024/04/26
Programa
PPIFOR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Esta pesquisa traz as reflexões sobre a presença das mulheres indígena no ensino superior. Está vinculada ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar, da Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranavaí, na linha de “Educação, história e formação de professores”. O objetivo consiste em discutir a presença indígenas no ensino superior público do Paraná, com recorte na Universidade Estadual do Paraná–UNESPAR, com foco nas mulheres indígenas que buscam a formação de professoras, a partir do ingresso nos Cursos de Licenciatura da instituição. A problemática decorre da necessidade de discutir como ocorrem as políticas de acesso e as ações de permanência das estudantes indígenas, nos Cursos de Licenciaturas da Universidade Estadual do Paraná? O acesso à educação ao nível superior para a formação dos povos indígenas, de forma mais sistematizada, data de finais do século XX, sobretudo a partir dos anos 1990, com a formulação de políticas de inclusão que ganharam espaço no início dos anos 2000. As orientações internacionais corroboraram na elaboração das políticas educacionais e de legislações nacionais para essa temática. No Estado do Paraná, as iniciativas materializam-se em 2001, através da lei Estadual n.º 13.134, destinou vagas em todas as Universidades Públicas Estaduais. O acesso à universidade ocorre por meio do Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná, organizado pela Comissão Universidade para os Indígenas (CUIA), responsável também pelo acompanhamento dos indígenas ao adentrarem as universidades. A pesquisa ampara-se na abordagem qualitativa, bibliográfica e documental, e também de entrevistas, fundamentada e embasada no materialismo histórico. Tendo em vista compreender a política e a realidade das mulheres indígenas nas universidades. As relações econômicas, sociais, políticas e culturais, ou seja, as diversas relações dos povos indígenas com o Estado e a sociedade podem ser entendidas, a partir do movimento indígena, cujas lideranças estabeleceram práticas de negociações com o poder público, definindo as estratégias de ação coletiva. A participação das mulheres indígena nos espaços públicos de discussão aumentou nas últimas décadas, trazendo questões como reação aos enfrentamentos contra a expropriação de terra, acesso às decisões e organizações políticas, melhoria nas políticas de saúde e de educação. Com relação a sua formação de nível superior, houve avanços, a partir da reivindicação desse espaço, dentre outros, como um movimento para a atuação docente em suas comunidades. Concluímos que a Unespar faz parte da política de acesso para estudantes indígenas nos cursos de licenciatura, em conformidade com a política estadual. No entanto, é necessário aprimorar as ações de permanência, a fim de possibilitar que esses estudantes alcancem a formação acadêmica e possam atuar como professores indígenas, articulando seus saberes étnico-culturais com os conhecimentos universitários adquiridos.
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Palavras-chave
Mulheres Indígenas. Ensino Superior. Políticas de acesso. Ações de Permanência. Licenciaturas da Universidade Estadual do Paraná
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