Programa de Pós-Graduação em Formação Docente Interdisciplinar - PPIFOR
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Formação Docente Interdisciplinar - PPIFOR por Autor "ARAÚJO, Renan Bandeirante de"
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Item A BNCC DO ENSINO MÉDIO E O ENSINO DE QUÍMICA NO PARANÁ(Universidade Estadual do Paraná, 2023/04/28) CALDAS, Gabriel Ribeiro; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; http://lattes.cnpq.br/7311564282985230; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; TOLEDO, Cezar de Alencar Arnaut de ; http://lattes.cnpq.br/2085468611285004; ZANATTA, Shalimar Calegari ; http://lattes.cnpq.br/1110095948611350O conhecimento químico instituiu-se como fundamental para o avanço técnico e científico na modernidade, sendo essencialmente incorporado aos processos de desenvolvimento industrial em todo mundo. No capitalismo, o Ensino de Química progride a partir do vínculo entre o conhecimento químico e os processos produtivos, em outras palavras, pode-se compreender que o Ensino de Química avança em consonância com o desenvolvimento técnico-científico. Sendo assim, este trabalho visa situar o Ensino de Química na sua correlação com o desenvolvimento econômico brasileiro de modo a compreender os fatores de desarticulação entre a Ciência, em especial, a Química, e o processo formativo na Educação Básica através de um estudo de caso da rede estadual de educação do Paraná. Nesse sentido, a questão orientadora que guia a presente dissertação de mestrado refere se à desarticulação da disciplina de Química nos currículos formativos referenciados pela BNCC. Tendo em vista essa problemática o presente estudo tem por objetivo analisar o processo histórico de desenvolvimento do Ensino de Química e suas relações com os diferentes projetos de desenvolvimento nacional ao longo dos séculos XX e XXI. O caminho metodológico percorrido fundamentou-se em uma revisão bibliográfica e documental de carácter qualitativo. A análise possibilitou demonstrar que a inserção dos ideais neoliberais e mercadológicos na educação descaracterizaram a disciplina de Química, secundarizando seus conhecimentos quais assumem, nos currículos norteados a partir da BNCC, uma natureza adjutória das demais Ciências.Item A BNCC DO ENSINO MÉDIO E SUAS IMPLICAÇÕES PARA FORMAÇÃO E TRABALHO DOS PROFESSORES(Universidade Estadual do Paraná, 2019/12/18) PEREIRA, Karla Cristina Prudente; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; http://lattes.cnpq.br/5686223110599328; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; FONSECA, Sérgio César da ; http://lattes.cnpq.br/5760026330157184; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza ; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; FAVARO, Neide de Almeida Lança Galvão ; http://lattes.cnpq.br/6325209425358903A pesquisa, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí, busca investigar as demandas que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio ocasiona à formação e ao trabalho dos professores. Recém aprovada e em fase de adequação pelas instituições de ensino de todo o país, públicas e particulares, a BNCC promove uma nova estrutura para o Ensino Médio e aprofunda a perspectiva de ensino disseminada no Brasil pelo “neoescolanovismo”, na década de 1990. Movimento esse que resgata alguns princípios educacionais da Escola Nova, como a aprendizagem baseada no fazer. É nesse período que os princípios da flexibilização toyotista chegam ao Brasil, permitindo a reestruturação produtiva, que foi iniciada em 1970 nos países de capital desenvolvido. Fundamentados nesse contexto, os ideais formativos defendidos a partir de 1990 no país primam por um ensino centrado no aluno e suas experiências individuais, privilegiando o desenvolvimento de competências e a aprendizagem pela ação com vistas à implantação de um novo modelo de organização da produção, que tenciona adequar as concepções pedagógicas às novas necessidades produtivas. Essas relações vêm se aprofundado e, atualmente, possuem um caráter mais ofensivo, dessa forma, é preciso buscar apreender, com muita cautela, de que forma a BNCC se insere nesse contexto, para tanto, se faz indispensável uma análise que supere sua aparência. Partindo dessa necessidade de aprofundamento de análise e pautado no materialismo histórico-dialético, o objetivo desse estudo é investigar a BNCC do Ensino Médio empenhando-se para desvelar o perfil de professor necessário para a sua efetivação. Para tanto, incialmente apresentamos uma discussão acerca do processo de reestruturação produtiva no Brasil, que possibilitou a nova organização de produção toyotista, rompendo com a rigidez fordista e instaurando o princípio da flexibilização – aspectos esses que foram incorporadas aos preceitos educacionais, resultando na difusão das pedagogias do “aprender a aprender” que, justamente, pensam o ensino como ferramenta para formação de sujeitos flexíveis. Na sequência, examinamos as alterações que essa flexibilização, tanto produtiva quanto educacional, causou à formação e ao trabalho docente, que foram racionalizados e perderam seu caráter formativo, considerando que o professor passou a ser compreendido como o profissional responsável por organizar as atividades práticas necessárias para que o aluno desenvolva seu próprio conhecimento. Assim, tendo relacionado a BNCC ao processo de flexibilização do ensino, passamos à análise das suas áreas de conhecimento e das orientações apresentadas, que servirão como base para elaboração dos itinerários formativos do Ensino Médio. A investigação evidencia o caráter pragmatista e liberal das atuais políticas educacionais, incluindo a BNCC. O documento defende a implementação de um currículo esvaziado de conteúdo, que se preocupe com o desenvolvimento de habilidades e competências pelos alunos e os prepare para ingresso imediato nos postos de trabalho flexibilizado. Desse modo, a organização do ensino deve promover a autonomia dos alunos, que serão responsabilizados por seu processo de ensino e o professor passa a ser um sujeito secundário e desprovido de conteúdo formativo. Logo, sem a necessidade de transmissão dos conhecimentos específicos das disciplinas, a nova configuração do Ensino Médio permite que a atuação docente se dê por profissionais não licenciados que atestarem “notório saber” na área. Se o processo de reestruturação produtiva contribuiu para a difusão de um novo perfil de professor e foi responsável pelo esvaziamento dos conteúdos de sua formação, as novas reformas políticas contribuirão para o acirramento dessas relações e o barateamento dos cursos de formação de professor.Item A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES COMO FERRAMENTA DE HEGEMONIA DO CAPITAL: UM DESAFIO PARA A EFETIVAÇÃO DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA(Universidade Estadual do Paraná, 2018/04/13) POLIDO, Aline Maestre; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; http://lattes.cnpq.br/7110704575876200; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza ; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; COSTA, Maria Luiza Furlan ; http://lattes.cnpq.br/6836134905831335Esta pesquisa tem como objetivo evidenciar a formação continuada de professores como um desafio para a efetivação da pedagogia histórico-crítica e as suas contribuições como ferramenta de formação humana e transformação social. Sob o aporte teórico-metodológico do materialismo histórico e dialético e da teoria histórico-crítica, realizamos uma pesquisa bibliográfica e documental em que foram selecionadas fontes relevantes para contemplarmos o objetivo proposto. O estudo foi organizado em três seções: na primeira seção apresentamos os conceitos marxistas, fundamentais para a compreensão da estrutura social da modernidade capitalista, e a importância de uma educação crítica como ferramenta do desenvolvimento consciente do indivíduo, por meio da apropriação das objetivações para si. Na segunda seção, apresentamos a pedagogia histórico-crítica como expressão teórica do marxismo no campo da educação, a fim de cunhar esta teoria pedagógica como a teoria educacional que visa ao desenvolvimento dos indivíduos buscando a superação da alienação e o pleno desenvolvimento do homem enquanto gênero humano. Ainda nesta seção discutimos a questão da formação continuada em âmbito nacional, apontando-a como um possível obstáculo que pode impossibilitar a efetivação da pedagogia histórico-crítica no espaço escolar. Na terceira seção, sob um olhar crítico, analisamos a capacitação de professores, oferecida pela rede de ensino do Estado do Paraná. Para essa análise, apresentamos os roteiros disponibilizados para os cursos de formação que ocorrem anualmente nas escolas. Os resultados indicam que estamos diante de um desafio a ser enfrentado, qual seja, a formação continuada, amparada na prática reflexiva, no pragmatismo, no cotidiano escolar, fomentando os profissionais da educação a se adaptarem à realidade em busca de soluções imediatistas. Amparada na perspectiva neoliberal, a formação continuada está desvinculada da práxis. Consideramos que, diante desse contexto, a formação que almejamos está centrada no desenvolvimento do gênero humano, em indivíduos que possam transformar a sociedade na luta permanente das contradições. Nos limites das análises, nosso esforço foi no sentido de assegurar que, na perspectiva da teoria histórico-crítica, a formação continuada seja repensada e reorganizada de maneira que o professor não reproduza apenas o conhecimento, mas faça de seu próprio trabalho um espaço de transformação.Item A METODOLOGIA STEAM COMO PROPOSTA DIDÁTICA NA PERSPECTIVA DA TEORIA DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA(Universidade Estadual do Paraná, 2020/11/30) ROBERTO, Gisele Rodrigues Durigan; ZANATTA, Shalimar Calegari; http://lattes.cnpq.br/1110095948611350; http://lattes.cnpq.br/8674079723638932; ZANATTA, Shalimar Calegari ; http://lattes.cnpq.br/1110095948611350; CARVALHO, Hercília Pereira ; http://lattes.cnpq.br/6902808363799194; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263Nessa dissertação, é apresentada uma proposta didático-metodológica para o ensino da Matemática e suas Tecnologias, pautada na Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel. A execução da referida proposta, baseada na pesquisa qualitativa, levou-nos a perceber que a Modelagem Matemática e os princípios da Educação STEAM, podem satisfazer a Aprendizagem Significativa como requerida por Ausubel. Nosso principal objetivo foi estabelecer uma metodologia de ensino apropriada aos desafios do século XXI, equilibrando adequadamente as funções do professor e do aluno durante o processo ensino e aprendizagem. A Educação STEAM, acrônimo em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, foi divulgada pelos Estados Unidos na década de 90 como a solução do processo educacional para o século XXI. Isto porque a Educação STEAM favorece a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos, visando o desenvolvimento criativo e a autonomia do aluno na solução de problemas sociais. Como resultado, nossa proposta reconhece e afirma que o professor é o agente transmissor do conhecimento acumulado pela humanidade, mesmo diante de metodologias que priorizam a dinamicidade do aluno e abordam conteúdos específicos voltados aos problemas contemporâneos. Assim, a proposta didático metodológica aqui apresentada é desenvolvida na forma de uma Unidade de Ensino Potencialmente Significativa (UEPS), totalizando oito momentos didáticos, os quais incluem a preparação de canteiros; plantio de hortaliças e leguminosas; colheita e elaboração de pratos saudáveis.Item A REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA CONTEMPORÂNEA E A PROPOSTA PEDAGÓGICA DOS CURSOS EM TI NO PARANÁ(Universidade Estadual do Paraná, 2024/07/28) BURDIN, Renata Pereira Garcia; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; http://lattes.cnpq.br/8657631252461349; ARAÚJO, Renan Bandeirante ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; FAVARO, Neide de Almeida Lança Galvão ; http://lattes.cnpq.br/6325209425358903; MENEZES, Sezinando Luiz ; http://lattes.cnpq.br/4766535117564758; OLIVEIRA, Helen Cristina de ; http://lattes.cnpq.br/2042802777087952O presente trabalho foi realizado mediante o Programa de Pós-Graduação em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná - Campus Paranavaí. O objetivo deste estudo foi analisar criticamente a proposta pedagógica em TI no Paraná e a relação entre economia e mundo do trabalho originadas pela restruturação toyotista, cujos reflexos alcançaram o ensino profissionalizante em Informática até nos tempos atuais. Por meio da pesquisa bibliográfica e documental, foram levantados os aspectos que originaram o Sistema Toyota de produção, suas implicações, repercussões e sua sistematização para além do tapete fabril, com vistas a identificar e compreender os avanços e os retrocessos que a gênese desse sistema de produção incorreu também sobre as políticas públicas para o Ensino Médio, sobretudo em TI. Na primeira seção, foram abordados os aspectos e eventos que deram origem ao Sistema de produção Toyotista, sua sistematização e como se disseminou no Brasil. Na segunda seção, a partir da literatura existente, discorreu-se sobre de que modo as mudanças oriundas da reestruturação no modo de produção implicaram em modificações sobre as bases e fundamentos da Educação Profissional, principalmente sobre os dois momentos do Curso Técnico em Informática que, a partir de reformulações e da “nova” reforma do Ensino Médio, em 2017, culminou, em 2022, no Curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas, a nível mediano. Assim sendo, foi feita uma análise das matrizes curriculares desde 2004, quando da implantação do curso em TI, em suas modificações, até a atual matriz curricular proposta em 2022, já com a “reforma” da proposta para o Curso Desenvolvimento de Sistemas. Revela-se que, da matriz proposta em 2004, o objetivo era capacitar mão de obra flexível e apta ao manuseio de hardwares e softwares, para a formalidade profissional. Conforme o mercado sofre mudanças, as alterações foram alcançando os objetivos para a parte específica da matriz curricular a qual fora, em 2009, tripartida. No entanto, mediante o processo do capital sobre o mundo do trabalho e da educação profissional, as habilidades e as competências se moldaram para promover no educando um “senso de empreendedorismo”, de uberização, para o manuseio de plataformas digitais, impelindo o estudante à não formalização laboral contemporânea. Dessa forma, por meio da pesquisa, apreendeu-se criticamente que a estratégia de flexibilização apresentada pelo modelo de produção da Toyota atendeu às demandas do mercado, levando os recém-formados do Ensino Médio "reformulado" para a informalidade e para a uberização.Item ANÁLISE DA APRENDIZAGEM DO CONCEITO DA SUBTRAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL(Universidade EStadual do Paraná, 2016/09/08) SILVA, Nilza Marcia Mulatti; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; http://lattes.cnpq.br/3592371798569695; FRANCIOLI, Fátima Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; SFORNI, Marta Sueli de Faria ; http://lattes.cnpq.br/9919089239265864; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; GARCIA, Tânia Marli Rocha ; http://lattes.cnpq.br/0611075824535298Esta pesquisa tem como objetivo conhecer o nível de consciência da ação de subtrair por intermédio da análise da manifestação da linguagem. O estudo foi realizado mediante pesquisa teórica, investigação documental e pesquisa de campo. Inicialmente, realizamos estudos a fim de compreender os aportes da Teoria Histórico-Cultural, vinculados ao desenvolvimento do pensamento por conceitos, à organização do ensino para o desenvolvimento psicointelectual e aos pressupostos psicológicos para a resolução de problemas matemáticos. Posteriormente, investigamos como o conceito da subtração se apresenta nos documentos oficiais que norteiam o ensino fundamental no estado do Paraná. Os estudos ofereceram subsídios para análise das intervenções matemáticas desenvolvidas em uma classe do quarto ano do ensino fundamental de uma escola municipal. Os dados coletados indicaram que a maioria dos alunos ao resolver as tarefas não ultrapassaram os procedimentos descritivos, limitando a tomada de consciência que se esbarrou na dificuldade da linguagem. No entanto, os alunos que conseguiram resolver os problemas conscientemente eram capazes de explicitar por meio de diferentes recursos as ações mentais que realizaram, transcendendo dos procedimentos descritivos para os explicativos, evidenciando um pensamento matemático. Nesse contexto, consideramos que as intervenções realizadas, envolvendo outras formas de linguagem, como a oralidade, o desenho, a manipulação de materiais aliadas à linguagem numérica contribuíram com o desenvolvimento psíquico dos alunos. Concluímos que a apreensão dos conceitos científicos é resultado de um processo longo e complexo de evolução do pensamento infantil que se efetiva com a mediação do professor. Por fim, é importante realçar a análise preliminar dos conceitos e das relações objetivas entre eles, além da previsão de momentos do uso de diferentes linguagens como instrumentos que possibilitam ao aluno a organização do pensamento e a tomada de consciência e, ao professor, a análise da dinâmica do processo de aprendizagem. São procedimentos capazes de potencializar alunos e professores na busca da superação da situação de não aprendizagem, como também elevar os níveis de humanização, não somente no período escolar, mas ao longo da vida.Item EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: A EDUCAÇÃO NA ERA DA INFÂMIA DO CAPITAL(Universidade Estadual do Paraná, 2021/04/20) PAULO, Renato; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; http://lattes.cnpq.br/3302082668142243; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; GALUCH, Maria Terezinha Bellanda ; http://lattes.cnpq.br/4862416685441579; MOLINA, Adão Aparecido ; http://lattes.cnpq.br/2722357341071060A Educação de Jovens e Adultos (EJA) compreende um alunado sem a correspondência entre faixa etária e escolarização. Ao considerar as reformas educacionais da Educação Básica a partir da homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tem-se a hipótese de que um processo educativo subordinado ao mundo do trabalho tende a orientar o ensino no sentido da formação de capital humano. Assim, o currículo focalizado no desenvolvimento de competências e de habilidades, como predisposição, limita o acesso e a permanência dos segmentos mais vulneráveis do proletariado na educação pública, dinâmica social que pode se aprofundar após a aprovação da BNCC. Destarte, esta pesquisa analisou a constituição do projeto socioeducacional direcionado ao público da EJA e sua relação com o novo plano educacional previsto para a educação nacional. A fim de alcançar esse propósito, foram definidos os seguintes objetivos específicos: contextualizar o processo histórico que envolveu a educação direcionada ao proletariado jovem e adulto na sua relação com o mundo do trabalho; estudar a influências das políticas neoliberais na elaboração dos dispositivos legais voltados ao segmento de jovens e adultos; compreender a proposta educacional subsumida no plano da BNCC aos estudantes que participam da modalidade da EJA. Para o desenvolvimento da pesquisa, recorreu-se ao método do materialismo histórico-dialético que conferiu suporte teórico indispensável para a discussão bibliográfica e análise das fontes documentais. Apoiou-se em autores clássicos que fundamentam a teoria social crítica, a educação e as relações de trabalho, além do cotejamento da legislação vigente e documentos que norteiam a proposta didático-pedagógica da EJA. Os resultados apontam que a EJA, imbricada às metamorfoses do mundo do trabalho, a partir da era neoliberal, procura estimular o empreendedorismo e a competitividade típica do mercado entre os indivíduos. A pesquisa permitiu concluir que o segmento social analisado se converteu no “contingente em excesso”, o segmento social que tende a não ser incorporado pelo sistema produtivo, nem mesmo na condição de força de trabalho precária e informal/uberizada. São os invisibilizados no planejamento das políticas públicas educacionais, conforme fica patente devido à ausência da temática na BNCC aprovada. Por fim, concluiu-se que, apesar de todas as adversidades históricas, os estudantes da EJA convertem a volta e a permanência aos estudos em ato de resistência, uma forma de recusa, ainda que velada, em aceitar como natural a sua inviabilização na era da infâmia do capital. Os estudantes da EJA, a despeito dos contratempos e das incertezas, estudam, sonham e insistem. Eles procuram, a sua maneira, reelaborar uma trajetória pessoal com sentido de vida, independentemente das adversidades que caracterizam o capitalismo nos trópicos.Item EDUCAÇÃO ESCOLAR PARA OS POVOS DO CAMPO NO MUNICÍPIO DE ROSANA-SP(Universidade Estadual do Paraná, 2016/10/07) SANTOS, Geandro de Souza Alves dos; BRANDÃO, Elias Canuto; http://lattes.cnpq.br/0224334447996878; http://lattes.cnpq.br/6256466816008569; BRANDÃO, Elias Canuto ; http://lattes.cnpq.br/0224334447996878; SIEBERTSAPELLI, Marlene Lúcia ; http://lattes.cnpq.br/9942926527889082; GEHRKE, Marcos ; http://lattes.cnpq.br/2504684330782635; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263Analisa a educação escolar para os povos do campo no município de Rosana-SP, localizado no estremo oeste do estado de São Paulo, na região do Pontal do Paranapanema, cujos objetivos são: Analisar a realidade da educação para os povos do campo no município de Rosana-SP amparado pelas orientações do sistema nacional de ensino; caracterizar a realidade sociocultural e educacional do campo no município de Rosana-SP, bem como as práticas pedagógicas desenvolvidas, caracterizando-se como Educação do Campo, ou Educação Rural?; Identificar junto a professores, pais, estudantes e gestores e administração pública municipal a perspectiva de cada agente social sobre a importância e as fragilidades do desenvolvimento da Educação do Campo. O referido município traz em seu histórico, as demarcações conflituosas pelas disputas de terra e o avanço do capitalismo nas terras paulistas. É neste processo que surgem os primeiros assentamentos, fruto de disputas entre latifundiários e sem terras, que são organizados a partir dos trabalhadores das Usinas Hidrelétricas e mais adiante pelos movimentos por reforma agrária, algumas das escolas rurais. Estas implicações refletem diretamente na organização social do mesmo e também na educação. A discussão gira em torno das perspectivas educacionais que foram sendo articuladas, ao longo do tempo, desde o ruralismo pedagógico, movimento importante estruturado no estado desde a década de 1930 até o surgimento das concepções demarcadas pelos movimentos sociais sobre a Educação do Campo. A educação rosanense, desde a criação da rede municipal e mais precisamente na década de 1990, período de sua emancipação política, busca adaptar seu modelo educacional às propostas pedagógicas que viabilizem melhorias no ensino, até a implantação do sistema de ensino próprio e adoção de material apostilado de concepção sócio interacionista. A organização para atendimento educacional aos povos do campo, que inicialmente foram ações engendradas pela rede estadual, passou a ser desenvolvida pelo município a partir do processo de municipalização educacional e, assim as escolas rurais municipais se organizaram como extensão de uma escola urbana. A pesquisa discorre sobre documentos e práticas que precarizam a educação no contexto dos assentamentos, como a disparidade de investimentos entre as escolas urbanas e rurais, a adoção de material apostilado, os meios de acesso e transporte, a não consideração das sazonalidades e garantia de direitos e da precarização do trabalho docente.Item EMPREENDEDORISMO NA EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE À LUZ DA DETERMINAÇÃO DO CAPITAL(Universidade Estadual do Paraná, 2024/03/27) MENDONÇA, Caroline de Lima; FAVARO, Neide de Almeida Lança Galvão; TUMOLO, Paulo Sergio; http://lattes.cnpq.br/9535905012666098; http://lattes.cnpq.br/6325209425358903; http://lattes.cnpq.br/8840261601834890; FAVARO, Neide de Almeida Lança Galvão ; http://lattes.cnpq.br/6325209425358903; TUMOLO, Paulo Sergio ; http://lattes.cnpq.br/9535905012666098; VELHO, Ricardo Scoepel ; http://lattes.cnpq.br/7218039580141052; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; OLIVEIRA, Rita de Cássia Pizoli ; http://lattes.cnpq.br/8835078921002360Esta pesquisa vincula-se ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar, da Universidade Estadual do Paraná, Campus Paranavaí. O tema refere-se ao estudo e compreensão do empreendedorismo na educação brasileira. Para contribuir nesse debate o objetivo é analisar o empreendedorismo e os objetivos gerais de sua inserção na Educação Básica, considerando as categorias analíticas da obra marxiana. A pesquisa é qualitativa e se ampara em abordagem bibliográfica e documental, fundamentada no materialismo histórico, pois defende a compreensão da sociedade e da educação a partir de suas relações com o modo de produção capitalista. O empreendedorismo é analisado em suas origens e sentidos, verificando-se sua inserção nas legislações e diretrizes para a educação. Infere-se que ele é um termo polissêmico e tem origem no âmbito econômico, assumindo distintas conotações e sentidos, não podendo ser identificado por isso como teoria. Apesar disso, seus sentidos convergem para pontos em comum que são difundidos na educação, como a responsabilização dos indivíduos por mudanças econômicas, a possibilidade de readequação a contextos já existentes e a criatividade como forma de sobreviver à competitividade e à concorrência. Para subsidiar sua análise crítica, são discutidas as categorias analíticas da obra O Capital, de Karl Marx (1818-1883), especificamente do Livro I, desvelando os fundamentos da teoria do valor. São explorados os conceitos de Trabalho Concreto, que se refere às características e distinções de cada trabalho; de Trabalho Abstrato, entendido como o trabalho humano igual, que exige uma abstração do trabalho concreto e de todas as características que diferenciam cada trabalho, para se chegar a sua essência oculta; e de Trabalho Produtivo de Capital, com o qual se produz mais valor, objetivo fulcral da sociabilidade capitalista. Problematiza-se então o significado real do empreendedorismo sob o capital e seus desdobramentos para os futuros trabalhadores. As categorias marxianas revelam que a proposta do empreendedorismo não se sustenta no interior das relações sociais capitalistas estabelecidas, pois se propaga a ideia de “criar o próprio negócio”, “iniciar algo novo”, com a criação de uma atividade econômica voltada para a produção e venda de produtos e serviços, desconsiderando as condições reais e estruturantes do capital. Regida pela lógica do mercado, a determinação do valor das mercadorias no processo de troca se dá em função do cálculo da média social do tempo de trabalho abstrato necessário para a produção, sem controle de seus produtores. O desenvolvimento das forças produtivas, devido ao avanço da ciência e da tecnologia, altera o valor das mercadorias, acarretando duas consequências principais: desemprego e acirramento da concorrência intercapitalista. Os dados numéricos comprovam o significativo número de negócios encerrados na fase inicial e, com isso, percebe-se a falácia do empreendedorismo e o problema de ser considerado como um princípio educativo cuja função seria fomentar a inovação e a criatividade. Ao criar seu próprio negócio o empreendedor não está lidando apenas com a vontade e esforço individuais, mas com problemas de ordem estrutural, que não são superados por meio de ações pontuais, mas apenas com a derrocada do capital.Item ENSINO PÚBLICO BRASILEIRO E NEOLIBERALISMO: ANÁLISE CRÍTICA DO PNE 2014-2024 E DO PL Nº 2614/24(Universidade Estadual do Paraná, 2025/02/27) HEIDRICH, Maria Jaqueline Giovanini; ARAÚJO, Renan Bandeirante; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; http://lattes.cnpq.br/3560586573311074; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; ZANATTA, Shalimar Calegari; http://lattes.cnpq.br/1110095948611350; IWASSE, Lilian Fávaro Alegrâncio ; http://lattes.cnpq.br/7432731201234850A presente dissertação está vinculada à Linha de Pesquisa Formação Docente Interdisciplinar e ao Grupo de Pesquisa Educação, Trabalho e Desenvolvimento Regional do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade Estadual do Paraná. O estudo analisa criticamente o Plano Nacional de Educação (PNE) 2014 2024 e o Projeto de Lei nº 2614/24, que propõe o PNE 2024-2034, com ênfase na qualidade da aprendizagem e no financiamento educacional, comparando-os no contexto político, econômico e ideológico atual para identificar suas implicações para a educação pública nacional. A pesquisa examina o processo de expansão educacional no Brasil, evidenciando sua relação com os modelos produtivos hegemônicos (taylorismo, fordismo e toyotismo) e a consolidação do tecnicismo educacional. Além disso, investiga a influência de organismos multilaterais na formulação das políticas educacionais brasileiras, particularmente no que diz respeito à adaptação da educação às demandas do capitalismo contemporâneo. O estudo também discute o impacto das políticas de austeridade fiscal no financiamento da educação, analisando como a limitação de investimentos públicos e a priorização do ajuste fiscal afetam a implementação das metas educacionais. Metodologicamente, o estudo baseia-se em análise bibliográfica e documental, adotando uma abordagem dialética para compreender as interações entre educação, mercado de trabalho e acumulação de capital. A dissertação também discute as políticas públicas educacionais desde o processo de industrialização brasileiro, nas décadas de 1950 1970, até as reformas neoliberais dos anos 1990 e seus desdobramentos na atualidade. A análise crítica do PL nº 2614/24, revela as diretrizes que orientam a formulação do novo Plano Nacional de Educação, permitindo identificar possíveis avanços e retrocessos em relação ao PNE 2014-2024. Os resultados indicam que as políticas educacionais permanecem subordinadas à lógica da empregabilidade e da inserção dos jovens da escola pública no mercado de trabalho precarizado. Sob a influência do capital, essas políticas estruturam currículos tecnicistas, centrados no desenvolvimento de competências e habilidades mensuráveis, alinhados a avaliações de larga escala. Paralelamente, o financiamento educacional é restringido pela manutenção de políticas de austeridade fiscal, que limitam os investimentos na área e reforçam a lógica da eficiência gerencialista na gestão da educação. Esse modelo gerencial transfere para as unidades escolares a responsabilidade pelos resultados educacionais, sem garantir condições estruturais adequadas para o cumprimento das metas estabelecidas. Esse enfoque utilitarista, incorporado nas políticas educacionais, no planejamento escolar, nos currículos e na prática docente, reduz a concepção de qualidade da educação à satisfação de demandas imediatas do mercado, afastando se de uma perspectiva mais ampla de qualidade social e cultural, voltada para a emancipação humana.Item FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA ERA DIGITAL: O CASO DA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ(Universidade Estadual do Paraná, 2019/12/11) SILVA, Cleverson Cirino Coelho da; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; http://lattes.cnpq.br/7478114533741111; ARAÚJO, Renan Bandeirante ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; ZANATTA, Shalimar Calegari ; http://lattes.cnpq.br/1110095948611350; COSTA, Maria Luisa Furlan ; http://lattes.cnpq.br/6836134905831335O presente trabalho foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná - Campus Paranavaí. O objetivo deste estudo foi compreender criticamente, a partir da análise de dados disponibilizados pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Seed-PR, da pesquisa bibliográfica e documental, como se desenvolveu o processo do uso da tecnologia na prática pedagógica nas escolas estaduais paranaenses e sua articulação com as principais políticas públicas estaduais e federais de inserção tecnológica nos estabelecimentos de ensino, com vistas a identificar e compreender os avanços e os retrocessos dessas políticas públicas. Na primeira seção, foi feita uma introdução à discussão a ser realizada no decorrer do trabalho. Na segunda seção, a partir da literatura existente, discorreu-se sobre o conceito de tecnologia e sua aplicação no processo educacional. Na terceira seção, abordou-se a concepção de formação dos professores frente ao uso das tecnologias dentro do processo educacional. Por fim, na quarta seção, analisou-se o histórico das políticas públicas de inserção tecnológica nas escolas estaduais e a relação entre os professores e o uso das tecnologias na prática docente. Assim sendo, foi feita uma análise das políticas públicas de formação tecnológica de professores para o uso da tecnologia na sala de aula, bem como o atual panorama das escolas estaduais paranaenses frente às políticas de capacitação de professores quanto ao uso de tecnologias além das condições e dos equipamentos ofertados aos professores para efetivação do uso das tecnologias no processo educativo. Para tal intento, apoiou-se em relatórios oficiais produzidos pela Seed-PR entre os períodos de 2003 e 2017, que tratam do número de formações aos professores para o uso de tecnologias como também o panorama atual dos recursos tecnológicos disponíveis nas escolas estaduais paranaenses. Nesse sentido, pretendeu-se analisar os principais fatores impeditivos à efetivação do uso das tecnologias na prática docente, mais precisamente as condições infraestruturais e formativas. Dessa forma, por meio da pesquisa, apreendeu-se criticamente as possibilidades e os limites, nas últimas duas décadas, para o uso das tecnologias na prática docente nas escolas estaduais paranaenses.Item História da Educação e Ensino; Teorias Pedagógicas; Livros Didáticos.(Universidade Estadual do Paraná, 2020/02/17) RIBEIRO, Larissa da Silva; FRANCIOLI, Fatima Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; http://lattes.cnpq.br/7854466392760076; FRANCIOLI, Fatima Aparecida de Souza ; http://lattes.cnpq.br/6706709290587169; LOMBARDI, José Claudinei ; http://lattes.cnpq.br/9792876515583843; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; FAUSTINO, Rosângela Célia ; http://lattes.cnpq.br/8578533833560165Esta pesquisa propôs-se a compreender o complexo processo de construção dos conceitos de Educação e Ensino a partir das teorias de pensamento presente nas dimensões histórico-filosóficas e dos movimentos socioculturais que as deram origem. Sob o aporte da perspectiva histórico-crítica, objetivou-se investigar como essas teorias de pensamento e movimentos sociais implicaram no conteúdo e na produção de livros didáticos, especificamente durante os séculos XIX e XX no Brasil. De caráter bibliográfico e documental, primeiramente, pontuamos os acontecimentos sociopolíticos e os pensadores que influenciaram as ideias e o desenvolvimento histórico do conceito de educação e pedagogia em cada período, apresentando noções históricas e modos de agir e de pensar do homem e da sociedade. Examinamos as dimensões filosóficas da essência e da existência na educação, à luz da obra de Bogdan Suchodolski, intitulada “A pedagogia e as grandes correntes filosóficas: a pedagogia da essência e a pedagogia da existência”, por considerá-la uma obra de caráter filosófico, capaz de abordar os aspectos históricos fundamentais do pensamento pedagógico, e, a partir dela fez-se possível compreender os autores clássicos que contribuíram para a construção dessas teorias. Em seguida, analisamos a influência das correntes de pensamentos: idealistas, empiristas, racionalistas, materialistas, metafísicas, que teve início na Europa, mas serviu para a construção da educação e do ensino no Brasil, e mais tarde influenciaram também a produção do material didático utilizado nas escolas do Brasil. Através dessa retomada teórica, compreendemos que, no decorrer do século XIX predominou a Pedagogia da Essência, nesse período, era latente o interesse da sociedade capitalista para com a educação, que tinham o intuito de instruir indivíduos para o trabalho assalariado, o que acarretou na perda da autonomia/conhecimento e deu margem às estratégias de controle que geraram a alienação humana. Isso seguiu durante o século XX, como meio de garantir a consolidação do domínio da burguesia sobre as formas de produção e trabalho na sociedade capitalista. Por fim, selecionamos 106 livros didáticos no recorte temporal dos séculos XIX e XX, dos quais 11 foram analisados para verificar se neles encontram-se as metodologias presente nas bases teóricas que formularam as concepções de ensino desde a sua origem, bem como explicar a aplicação dessas concepções na construção da sociedade contemporânea. Os resultados indicam que, durante o século XIX, houve a predominância da Pedagogia da Essência ou Tradicional, buscando formar o homem ideal, a partir da utilização de obras modelos que incutissem nos indivíduos ensinamentos sobre a história de seu país e da cultura, da moral, ética e religiosidade, formando assim o bom cidadão que viesse a atuar em sociedade com o mínimo de vícios possível. Já no século XX houve a preocupação de formar homens aptos a aturem no mercado de trabalho visto que não havia nesse período mão de obra especializada suficiente para atuar nesse mercado em processo de expansão. Na análise, observou-se que nesse período a influência dessas teorias pedagógicas aqui analisadas no conteúdo e na produção dos livros didáticos, é quase nula e imperceptível. Para a produção desse material foram utilizados apenas os processos metodológicos de ensino presentes nessas 10 pedagogias, a fim de orientar o trabalho pedagógico do professor em sala de aula. Acreditamos que tal constatação se deve ao papel social desempenhado por esse material, isto é, cabe ao livro didático a função de inculcar a construção de um projeto político nacional, bem como o de controle de classe.Item JUVENTUDES: CONDIÇÃO JUVENIL CONTEMPORÂNEA E IMPLICAÇÕES DA FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO(Universidade Estadual do Paraná, 2021/03/29) BATISTA, Igor Mateus; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; http://lattes.cnpq.br/9027573647661731; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; FONSECA, Sérgio César da ; http://lattes.cnpq.br/5760026330157184; MENEZES, Sezinando Luiz de ; http://lattes.cnpq.br/4766535117564758; FAVARO, Neide de Almeida Lança Galvão ; http://lattes.cnpq.br/6325209425358903Nos últimos anos, a Educação Básica, no Brasil, registrou importantes transformações em seus documentos oficiais/legais protagonizadas pelo Governo Federal. Dentre essas transformações, destacam-se a reforma do Ensino Médio (Lei No 13.415/2017) e a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dessa mesma etapa da Educação Básica. Diante desse cenário, propôs-se este trabalho, cujo objetivo foi realizar um levantamento histórico e bibliográfico do conceito de juventudes a partir do século XX, para, em seguida, com base em documentos estatísticos, problematizar a condição juvenil contemporânea no Brasil, e, por fim, analisar criticamente a BNCC do Ensino Médio no que tange a sua concepção de formação humana “integral” para as juventudes e o eventual processo de instrumentalização do ensino. Partiu-se do seguinte problema: Compreendendo as juventudes como momento da vida específico para a formação do ser humano genérico, qual perspectiva teórica de formação integral humana para as juventudes está subsumida na BNCC do Ensino Médio? A quem interessa essa formação baseada em habilidades e competências? Assim, almejou-se evidenciar, nesta pesquisa, como hipótese, a possível vinculação da BNCC com as pedagogias contemporâneas do aprender a aprender, as quais visam à formação integral humana para a manutenção do status quo e do mercado de trabalho reestruturado e precarizado sob o paradigma do toyotismo. Nesse sentido, utilizou-se, nesta dissertação, o método materialismo histórico-dialético, o qual se fundamenta no pensamento marxista e se caracteriza no objetivo de descobrir as leis fundamentais que definem e regem a forma organizativa da humanidade em sociedade por meio da história. Como metodologia de pesquisa, foram utilizadas as metodologias bibliográfica e documental. Como fontes bibliográficas (secundárias), recorreu-se a obras de autores consagrados no campo da educação, da sociologia, da economia, do trabalho, entre outros; e documental (primária), dentre outros documentos, à Lei No 13.415/2017 e a à BNCC do Ensino Médio. Os resultados demonstram a necessidade de pluralizar o termo “juventude”, portanto “juventudes”, para contemplar, de forma inclusiva, a diversidade de jovens que compõem essa categoria social, que se diferenciam não apenas em suas identidades, mas principalmente em sua condição de pertencimento às classes sociais, burguesas ou proletárias e seus estratos de classe. Além disso, a pesquisa revelou que, dentre os motivos que torna o Ensino Médio o gargalo da Educação Básica e um fracasso para com as juventudes, residem o fato de as juventudes não encontrarem sentido em seu formato e, principalmente, a falta de perspectiva de ascensão social via educação escolar. Por fim, concluiu-se que a formação por competências preconizada nos documentos que regem a Reforma do Ensino Médio, no Brasil, é claramente influenciada pelos empresários representantes do capital, com a frontal intenção de proporcionar uma formação flexível para as juventudes, caracterizada pela polivalência, pela multifuncionalidade, pela flexibilidade e pela alta capacidade de adaptação e de resolução de problemas cotidianos. Isso reforça a ideia de uma formação alienada, que nega a formação omnilateral, reproduz a divisão social do trabalho e favorece o desenvolvimento da acumulação flexível no Brasil.Item TRABALHO, EDUCAÇÃO E POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UMA ANÁLISE CRÍTICA DAS RESOLUÇÕES 02/2019 E 04/2024(Universidade Estadual do Paraná, 2024/12/12) COUTO, Caline do Carmo; ARAÚJO, Renan Bandeirante de; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; http://lattes.cnpq.br/7649566441808435; ARAÚJO, Renan Bandeirante de ; http://lattes.cnpq.br/9293271922485263; PIRATELI, Marcos Roberto; http://lattes.cnpq.br/3031442948722469; DERISSO, José Luis ; http://lattes.cnpq.br/1138645518550648Esta pesquisa explora a concepção de formação de professores e sua relação com a lógica de acumulação e expansão do capital, considerando o contexto histórico, político e social do nosso tempo. A pesquisa tem como objetivo principal investigar as reformas educacionais e sua relação com a constituição do perfil docente delineado pela BNC-Formação, conforme a Resolução CNE/CP nº 2 de 2019, bem como a orientação para matizar a Resolução CNE/CP nº 4 de 2024. Para alcançar esse objetivo principal foram definidos três objetivos específicos: a) investigar a relação entre o mundo do trabalho e a formação docente; b) realizar uma análise crítica da Resolução CNE/CP nº 2 de 2019, considerando o contexto das recentes reformas educacionais; c) examinar a Resolução CNE/CP nº 4 de 2024 e sua possível relação com os princípios político-pedagógicos emanados da Resolução CNE/CP nº 2 de 2019 (BNC-Formação). A pesquisa é baseada em estudos bibliográficos e documentos relacionados ao tema formação de professores. Referenciada no método materialista histórico-dialético, no seu desenvolvimento, a análise procura desvelar a natureza das teses subsumidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), bem como o perfil docente requerido. A estrutura da pesquisa discute, inicialmente, a reestruturação do mundo do trabalho, destacando as profundas transformações nas relações laborais e o impacto do neoliberalismo na educação. Em seguida, é realizada uma análise crítica da elaboração das diretrizes curriculares homologadas sob diferentes governos, com foco nas Resoluções CNE/CP nº 2 de 2019 e CNE/CP nº 4 de 2024 e suas implicações na formação de professores. Os resultados evidenciam que as duas resoluções, em essência, ao questionarem o ensino “tradicional”, buscam redefinir o papel do professor que, convertido em mediador/facilitador, deve desconsiderar a transmissão do conhecimento científico produzido pela humanidade. Assim, em consonância com as propostas de ensino baseadas em preceitos neoliberais, o docente deve ignorar a necessária formação intelectual enquanto pré-requisito indelével para o exercício da atividade e aceitar sua conversão em agente executor de políticas padronizadas. A pesquisa conclui que há uma clara desconstrução da figura do professor, um processo de des(formação) de professores, de acordo com a lógica da negação do acesso ao ensino público de qualidade para crianças, adolescentes e jovens que frequentam as escolas das redes públicas brasileiros.