Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo - PPG CINEAV
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo - PPG CINEAV por Título
Agora exibindo 1 - 20 de 82
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item A CONSTRUÇÃO DA RESISTÊNCIA COLETIVA EM A CLASSE ROCEIRA (1985): DOCUMENTÁRIO EM ALIANÇA AOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERÍODO DA TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA NO PARANÁ(Universidade Estadual do Paraná, 2021/12/17) URBAN, Rafael Wandratsch; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/4298429507603773; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; MACHADO, Patrícia Furtado Mendes; http://lattes.cnpq.br/1387533506381579Esta pesquisa se interessa pelo contexto do surgimento de documentários engajados a movimentos sociais no Paraná, produzidos a partir de 1974 – primeiro ano do governo Geisel, em que o país veria os indícios iniciais de uma distensão política que culminou em 1988, ano da promulgação da Nova Constituição, a qual fortaleceu as bases para o debate social da redemocratização. Tomando como objeto A classe roceira (1985), de Berenice Mendes, que trata do surgimento do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) no Paraná, parte-se da premissa de que o cinema é agente ativo na história. Por isso, interessa investigar como A classe roceira, enquanto obra e fenômeno, alia-se às forças e formas de reorganização popular da sociedade paranaense no período de redemocratização do País. Nesta análise, orbitam, fundamentalmente, as reflexões de três pensadores: 1) A perspectiva crítico-política de JeanClaude Bernardet a respeito do documentário brasileiro; 2) O conceito de cinema engajado tal como pensado pela pesquisadora francesa Nicole Brenez; 3) Os pressupostos metodológicos formulados pelo chileno Patricio Guzmán, a partir de sua experiência como realizador, e sua ênfase na ideia de que é o enfrentamento histórico que guia todo processo criativo em documentário.Item “A FAMÍLIA NEGRA EM MARTE UM: UM OLHAR PARA O CINEMA BRASILEIRO”(Universidade Estadual do Paraná, 2025-05-07) Vanessa de Freitas Sousa; Rosane Kaminski; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; http://lattes.cnpq.br/9064277296292148; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; TASSI, Rafael; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; NASCIMENTO, Renata; http://lattes.cnpq.br/6778262598408279A dissertação investiga a representação das famílias negras no cinema contemporâneo brasileiro, concentrando-se em um tipo de família, na família Martins, do filme Marte Um (2022), produzido pela Filmes de Plástico. Com base na compreensão do cinema como arte, linguagem e ferramenta política, a pesquisa analisa como o cinema negro pode contribuir para a desconstrução de estereótipos e promover uma maior representatividade e autenticidade nas telas. Como objetivo específico, a pesquisa discute como as produções da Filmes de Plástico contribuem para ampliar e diversificar essas imagens, promovendo um olhar opositor, conforme proposto por bell hooks (2019b). Segue-se uma abordagem metodológica qualitativa e explicativa, estruturada em três etapas principais, que se misturam à medida em que a análise do filme cresceu: inicialmente, foi feita uma revisão bibliográfica para fundamentar teoricamente o estudo, com foco nos estudos de bell hooks (2019a, 2019b, 2023), Lélia Gonzalez (2020), Leda Maria Martins (1997, 2021), Cida Bento (2022), Achille Mbembe (2018), Rosane Kamiski (2023), Kaludy Teles Gonçalves (2023) e Sueli Carneiro (2023), destacando suas contribuições para a reflexão sobre representação negra. Em seguida, foi feita uma análise detalhada do filme Marte Um, explorando sua construção familiar e as dinâmicas de relações afetivas apresentadas. Por fim, foi feita uma discussão entre as teorias estudadas, o filme analisado, visando ampliar a compreensão das representações cinematográficas negras. Como resultado, obteve-se que a representação da família estudada é complexa, escapa de estereótipos reducionistas, apresentando personagens bem elaborados e relações afetivas que ressoam com experiências vividas. Ao observar essa família na tela, é possível identificar elementos familiares e reconhecer-se nos personagens, demonstrando que a representação negra, quando bem construída, gera identificação e pertencimento.Item A INTERSEMIOSE DE FRANKENSTEIN EM LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA(Universidade Estadual do Paraná, 2025-05-29) Milleni Bezerra Moreira; Ana Maria Rufino Gillies; https://lattes.cnpq.br/3844117013723738; http://lattes.cnpq.br/8560829001156089; GILLIES, Ana Maria Rufino; https://lattes.cnpq.br/3844117013723738; VASCONCELOS, Beatriz; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; COQUEIRO, Wilma; http://lattes.cnpq.br/0153461918591041No presente trabalho, tenho o objetivo de examinar algumas relações entre cinema e literatura, a partir da análise fílmica (Penafria, 2009) de duas adaptações (Courseil, 2019; Bazin, 2018; Hutcheon, 2013; Stam, 2008; Xavier, 2003) do livro Frankenstein (1831) e uma cinebiografia (Aumont, 2008; Feron e Porto, 2020; Silva e Araújo, 2023) da escritora inglesa, Mary Shelley (1797-1851). Delimitei a escolha aos seguintes filmes: Frankenstein (1931), do cineasta inglês, James Whale (1889-1957); Frankenstein de Mary Shelley (1994), do cineasta norte-irlandês, Kenneth Branagh (1960) e Mary Shelley (2018), da cineasta árabe-saudita, Haifaa al-Mansour (1974). A respeito dos objetivos específicos, observo a operacionalidade de conceitos nos processos de criação, ou seja, a tradução intersemiótica (Plaza, 2003), que transporta expressividades poéticas do sistema de signos verbais ao sistema de signos audiovisuais, perpassando aspectos de artes cênicas, visuais e sonoras, até a Sétima Arte. Também elaboro o traçado do contexto histórico, com características do século XIX até a contemporaneidade, tendo em conta as influências artísticas do Movimento Romântico e expansão geopolítica do Iluminismo como filosofia. Isso tudo, destacando a análise qualitativa, por meio de abordagem discursiva e crítica de questões culturais, uma vez que, enquanto mulher, negra e latinoamericana, habitante da periferia do capitalismo global, estudo produções de mulheres e homens distantes a mim no espaço-tempo, trazendo seus respectivos olhares. Ao tratar das equivalências de aspectos formais, bem como implicações no imaginário coletivo, espero, não apenas contribuir para a discussão em estudos interdisciplinares, como, também, encorajar mais pesquisadores para que repliquem ou mesmo contestem as ideias aqui apresentadas.Item A REALIDADE CRIATIVA NAS OBRAS DA CINEASTA MAYA DEREN: CONCEITOS TEÓRICOS E ANÁLISES FÍLMICAS(Universidade Estadual do Paraná, 2022/07/22) FERRO, Fernanda Ianoski; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/6766812526349058; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; PEREIRA, Ana Catarina dos SantosMaya Deren (1917 – 1961) foi uma cineasta e teórica profícua em relação ao cinema. Ao longo de sua breve vida, escreveu mais de vinte textos teóricos, abordando os aspectos gerais da linguagem cinematográfica e seu próprio processo criativo. Dentre os conceitos abordados por Deren, destaque-se o uso de uma realidade criativa, tanto nas apresentações textuais quanto nos seus próprios filmes. O corpus dessa pesquisa são os dois primeiros curta metragens da cineasta: Meshes of the Afternoon (1943) e At Land (1944), além dos conceitos sobre realidade e criatividade, presentes na maioria dos seus textos, compilados por Carolina Martínez no livro El universo dereniano: textos fundamentales de la cineasta Maya Deren (2015). Para trazer o pensamento dereniano ao cerne dessa pesquisa, parto da abordagem metodológica da Teoria de Cineastas, que busca trazer o pensamento de cineastas ao centro das discussões sobre cinema, e para isso, parte-se de suas fontes primárias: textos, entrevistas, roteiros etc., bem como suas obras audiovisuais. Dentro dessa abordagem, trago textos de autoria de Manuela Penafria, Eduardo Baggio e Bruno Leites - entre outros - atuantes na SOCINE - Sociedade Brasileira de Pesquisa em Cinema e Audiovisual, com o Seminário Temático Teoria de Cineastas, desde 2016. Mostrou-se evidente, ao longo da trajetória de pesquisa, que Deren mantém-se constante em relação aos conceitos que ela propõe sobre cinema, reafirmando-os a cada novo texto. Para ela, o cinema deve afastar-se de outras formas artísticas há muito definidas (como a pintura, o teatro e a literatura) e explorar os recursos próprios do seu meio. Sobre a realidade criativa, configura-se, para Deren, em uma forma de cinema que busca não a representação do mundo, mas a sua transformação através de elementos próprios ao meio cinematográfico, como a montagem, que assume um papel de grande relevância em suas obras. Nos filmes derenianos, fica evidente uma luta pela dissolução das linhas espaço temporais de uma narrativa clássica, trazendo ao ecrã uma abordagem criativa, onde os espaços estão fora de uma ordem lógica – como em At Land, onde a protagonista está na praia, logo depois entra em um espaço fechado de reuniões e novamente volta-se à praia: uma geografia impossível, mas que mostra uma característica própria do cinema: ligar espaços e planos aparentemente desconexos da realidade lógica, mas que aprofundam-se em sensações. Deren ainda aproxima-se da idéia de um cinema de poesia, como uma abordagem da experiência, o que defende no seu entendimento de um cinema vertical.Item A REALIZAÇÃO DE UM DOCUMENTÁRIO: CONCEITOS, CRÍTICA DE PROCESSO E NOVOS OLHARES PARA O FILME “OUTROS ABRIGOS”(Universidade Estadual do Paraná, 2025-03-20) Thiago Henrique Cardoso; Cristiane do Rocio Wosniak; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; http://lattes.cnpq.br/9361964897923112; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; GARCIA, Alexandre Rafael; http://lattes.cnpq.br/3895949501024669; MOCARZEL, Evaldo Sérgio Vinagre; http://lattes.cnpq.br/8579970491143931A dissertação intitulada “A realização de um documentário: conceitos, crítica de processo e novos olhares para o filme ‘Outros Abrigos’”, vincula-se ao Mestrado Acadêmico em Cinema e Artes do Vídeo (PPG-CINEAV) da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), especificamente à linha de pesquisa Processos de Criação no Cinema e nas Artes do Vídeo e ao Grupo de Pesquisa CineCriare – cinema: criação e reflexão (PPG-CINEAV/Unespar/CNPq). O objetivo geral é a análise reflexiva acerca do processo de criação ou realização autoral do documentário Outros Abrigos. A pesquisa, de natureza qualitativa e indutiva, adota como abordagem metodológica a Crítica de Processos, a partir dos pressupostos de Cecília Almeida Salles, tendo, por fontes primárias, o próprio filme documental, além dos documentos do processo de criação: anotações, pré-roteiros, argumento, esboços, planilhas, dispositivos digitais de montagem – mapas online, com a finalidade de compreender o percurso de possíveis escolhas estéticas, técnicas e operacionais para a execução do filme. Acredita-se que, a análise criteriosa da construção artística da obra de arte, em cotejamento e aos métodos, materiais e anotações empregados pelos artistas, é essencial para o estudo processual de uma poética autoral. O estudo parte das seguintes questões norteadoras: i) quais são os formatos de registros materiais do processo de criação do documentário Outros Abrigos? ii) de que forma a análise dos documentos, rastros, vestígios e fontes primárias do processo de criação do objeto empírico da presente investigação pode dar a ver possíveis atos teóricos e vislumbres estéticos e técnicos do autor/realizador? O foco da investigação é a crítica do processo criativo do referido documentário, optando-se por um estudo de caso com o intuito de perceber, descrever, analisar e interpretar a situação ou fenômeno criativo, associado à Revisão de Literatura sobre o tema documentário. O referencial teórico encontra-se ancorado nos pressupostos de Bill Nichols, Evaldo Mocarzel, Fernão Pessoa Ramos, Jean-Louis Comolli, Roger Odin e Eduardo Tulio Baggio, no que se refere a conceitos, tipologia e estética documentária, além de Fayga Ostrower, para dar conta dos conceitos de acaso, percepção e formas de expressividade nas artes e Cecília de Almeida Salles no que se refere à Crítica de Processos Criativos.Item A REPRESENTAÇÃO FEMININA NO CINEMA DE TERROR: HEREDITÁRIO (2018), IT: A COISA (2017) E INVOCAÇÃO DO MAL (2013)(Universidade Estadual do Paraná, 2021/08/12) SANTOS, Luciana Cristina dos; MENDES ,Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; http://lattes.cnpq.br/4085135076264045; MENDES ,Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; SALOMÉ, Josélia Schwanka; http://lattes.cnpq.br/8073499532259970A presente dissertação buscou demonstrar o papel desempenhado pelas personagens femininas no cinema de terror por meio da análise dos filmes Hereditário (2018), It: A Coisa (2017) e Invocação do Mal (2013). Realizou-se uma investigação sobre as representações das personagens femininas com o objetivo de evidenciar os arquétipos, os estereótipos e a linguagem cinematográfica utilizada para compor essas personagens. Neste sentido, também buscou-se identificar a influência do “olhar masculino”, conforme proposto pela teórica Laura Mulvey, nessas três produções. O primeiro capítulo deste estudo aborda a compreensão do terror como gênero cinematográfico de acordo com os escritos de Stephen King, Noël Carrol e Rick Worland; sua relação com o Expressionismo Alemão, conforme Siegfried Kracauer, Thomas Bohn, Richard Stromgren e Daniel Johnson; e a ascensão do gênero em Hollywood, segundo Edgar Morin e Elizabeth Ann Kaplan. O segundo capítulo observa questões acerca da identidade da mulher e sua presença no cinema, com base em Guacira Lopes Louro e Teresa de Lauretis; a utilização da psicanálise como ferramenta de investigação fílmica, segundo Elizabeth Ann Kaplan e Laura Mulvey, que também fundamenta, ao lado de Carol J. Clover, a seção sobre “olhar masculino”. O terceiro capítulo trata diretamente do objeto de estudo, observando a presença de arquétipos como a “Boa Mãe”, a “Mãe Castradora” e o conceito de “Má Mãe” nos filmes selecionados, conforme Erin Harrington, Sarah Arnold e Barbara Creed. O quarto capítulo retoma a teoria de Laura Mulvey e investiga a incidência do olhar masculino nas obras que compõem o objeto de estudo desta dissertação. A metodologia adotada, além da revisão bibliográfica, contou com uma análise crítica dos filmes. Dessa forma, foi possível atingir os objetivos estabelecidos por esta pesquisa.Item A SOBREVIVÊNCIA DAS IMAGENS DA ARTE GREGA DO PERÍODO CLÁSSICO NO FILME ME CHAME PELO SEU NOME, DE LUCA GUADAGNINO(Universidade Estadual do Paraná, 2022/09/01) VIANA , Rafael Alessandro; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/3646660905570212; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; COSTA, Daniel Lula; http://lattes.cnpq.br/6286200229085639; COSTA , Marcelo Monteiro; http://lattes.cnpq.br/0859580104430692Poderiam os corpos dos personagens de Me chame pelo seu nome (2017), de Luca Guadagnino, serem imagens sobreviventes da arte grega do período clássico? A partir dos escritos de Georges Didi-Huberman e Etienne Samain acerca do legado de Aby Warburg e seu Atlas Mnemosyne, essa pesquisa propõe uma reflexão acerca da construção da iconografia de Elio e Oliver, protagonistas do filme, em uma perspectiva que recupera na história da arte a produção estatuária grega do período clássico. Além disso, investiga-se a maneira com a qual o longametragem põe esses corpos em cena, apresentando uma reflexão acerca de determinados padrões da fotografia homoerótica, aqui aferidos a partir do trabalho de Alair Gomes, na maneira de iluminar, enquadrar, fragmentar esses corpos. A apreensão deste pensamento das imagens e pelas imagens se dá pelo cruzamento entre elas, a partir do cotejo, da comparação, da colagem, pondo as imagens em diálogo e fazendo seu pensamento emergir. Dessa forma, o trabalho abarca o cinema a partir de sua inserção na história da arte ao explicitar pelo texto e pelas imagens cruzadas como certas representações clássicas do corpo masculino sobrevivem na contemporaneidade.Item ALICE GUY BLACHÉ E OS ENCONTROS FEMINISTAS NA CONSTRUÇÃO NARRATIVA(Universidade Estadual do Paraná, 2023/03/30) SANTOS, Maritza Muniz dos; PRIORI, Cláudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; http://lattes.cnpq.br/9277471242268634; PRIORI, Cláudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; TEDESCO, Marina Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/4477543150852748A pesquisa tem como objeto de estudo a trajetória da cineasta francesa Alice Guy Blaché e suas obras fílmicas, investigando o cenário de produções artísticas do final do século XIX e início do XX, principalmente por mulheres, assim como o próprio movimento feminista, através de suas pautas por direitos igualitários, buscando entender como essas referências se encontram presentes nos filmes que a cineasta produziu e dirigiu entre 1896 e 1919. Além disso, a pesquisa visa ampliar a visibilidade da cineasta no Brasil, uma vez que teve sua historiografia apagada durante muitos anos e como isso pode ter contribuído para a construção cinematográfica de predominância criativa masculina dentro do cinema. Os filmes Consequências do feminismo (1906), Ocean Waif (1916), A four year heroine (1907) e Falling Leaves (1912) serão analisados de forma a investigar as contribuições da cineasta, através de suas experiências pessoais, históricas e culturais enquanto mulher realizadora.Item AMADOR.EX.OBRA: UMA LONGA COLAGEM EM VÍDEO E SEUS PROCESSOS ARTÍSTICOS(Universidade Estadual do Paraná, 2023/03/23) SANTANA, João Miguel Gonçalves; NORONHA, Fábio Jabur de; http://lattes.cnpq.br/8001117846968595; http://lattes.cnpq.br/9636119654996095; NORONHA, Fábio Jabur de; http://lattes.cnpq.br/8001117846968595; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; ALVES, Ricardo Henrique Ayres; http://lattes.cnpq.br/7515345224876748Esta dissertação é um objeto complementar da vídeo colagem de longa-metragem AMADOR.EX.OBRA. Ambos os trabalhos foram apresentados por mim como objetos de colagem na linha de pesquisa de Processos de Criação no Cinema e nas Artes do Vídeo no PPG-Cineav (UNESPAR). Eles contêm apropriação de trabalhos de outros autores que servem como base de leitura para o aproveitamento da proposta de trabalho de escrita e artística. São fiéis quanto à qualidade de resolução que tive acesso. A dissertação é um relato de processo de antes e depois de eu adentrar a instituição acadêmica e que resultou no trabalho de experimentação em vídeo de 88 minutos, anexado aqui numa coleção de imagens que antecedem o texto, mas são parte dele. O capítulo 1 é uma introdução que se desenvolve como breve explicação, contextualização da minha produção de subjetividade e intenções artísticas como discente em retorno à instituição acadêmica. O capítulo 2 é uma aproximação com teorias diversas para falar sobre como meu corpo gay foi educado a ter um olhar narcísico com a cultura do vídeo em tempos de Internet. O capítulo 3 trata da assimilação do processo criativo na concepção do vídeo AMADOR.EX.OBRA com relatos de processo, intervenção artística e teórica. Ao final são apresentados os créditos de coautoria, assim como as referências bibliográficas acessadas durante o aproveitamento total do curso de mestrado. Este é um trabalho que não pretendeu elucidar questões e sim fazê-las em contato com parte do campo das Artes na cidade de Curitiba-Pr.Item ANÁLISE DO PROCESSO CRIATIVO DO VIDEOCLIPE EM PLANO-SEQUÊNCIA “ORAÇÃO” – CENÁRIO, CORPO, CÂMERA E CANÇÃO(Universidade Estadual do Paraná, 2022/09/01) TOIGO , Marcelo Augusto; OPOLSKI, Débora Regina; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; http://lattes.cnpq.br/0196553898776756; OPOLSKI, Débora Regina; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; WOSNIAK , Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; SOARES, Thiago; http://lattes.cnpq.br/8404228786481624O videoclipe é um formato audiovisual que compreende música e imagem em movimento, que originalmente foi criado para promover músicas e artistas, mas se tornou uma forma que contempla e abrange um grande espectro de experimentação estética. Ele é caracterizado, frequentemente, por utilizar montagem acelerada, com um grande número de cortes, que resulta na alternância entre vários planos diferentes. Esses cortes fragmentam o tempo e o espaço dos acontecimentos em uma cena, permitindo que uma grande quantidade de informação audiovisual seja assimilada pelo espectador em menos tempo. Em contrapartida, existe outra técnica cinematográfica chamada “plano-sequência”, que, no caso do videoclipe, propõe a criação de um vídeo sem cortes entre planos durante toda a música. Diferente da montagem que fragmenta o espaço e o tempo para assimilações mais rápidas, o plano-sequência proporciona para o espectador a reprodução visual equivalente ao tempo real da ocorrência das ações. Esta dissertação tem como objetivo encontrar possíveis marcadores que podem auxiliar videomakers a criarem um videoclipe em plano-sequência, permitindo diversas assimilações audiovisuais sem a necessidade de cortes entre planos. A pesquisa realizada é de ordem qualitativa e utilizou a proposta apresentada por Cecilia Almeida Salles, no seu livro Gesto Inacabado, a qual sugere que os conhecimentos conceituais e a análise do processo criador podem ser apreendidos mediante a investigação de uma obra. Para tanto, discutirei os conceitos e as histórias do videoclipe e do plano-sequência, com o intuito de compreender profundamente esses dois objetos de estudo. Como hipótese, elenco quatro marcadores para auxiliar na reflexão sobre a produção desse audiovisual, que são: cenário, corpo, câmera e canção. A partir disso, realizo uma análise do videoclipe em plano-sequência de “Oração”, d’a Banda Mais Bonita da Cidade, que se destaca pelo fato de a captação sonora ocorrer no mesmo momento em que a imagem foi captada. Para auxiliar na análise e busca de respostas sobre o processo criativo da obra e sobre a relação entre esse processo e os marcadores selecionados, entrevistei quatro pessoas que estavam envolvidas na criação e produção da obra: Vinicius Nisi, diretor musical da banda e do videoclipe; Uyara Torrente, vocalista da banda; Andre Chesini, operador da câmera; João Caserta, responsável pela captação e mixagem do áudio. Concluo que o uso dos quatro marcadores selecionados pode auxiliar na criação e produção de um videoclipe em planosequência dinâmico, a fim de gerar mais interesse por parte do audioespectador.Item APROPRIAÇÃO DA PELÍCULA CINEMATOGRÁFICA COMO LINGUAGEM PROCESSUAL: ESPÍRITO INTERIOR, ONDA E FILME IMPERFEITO(Universidade Estadual do Paraná, 2022/09/12) TEIXEIRA, Lígia De Mello; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/8461929908954129; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; FAISSOL, Pedro de Andrade Lima; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; FERNANDES, Patrícia Moran; http://lattes.cnpq.br/5766238377826129; MIKOSZ, José Eliézer; http://lattes.cnpq.br/8805958526800693O objetivo desta dissertação intitulada “Apropriação da película cinematográfica como linguagem processual: Espírito interior, Onda e Filme imperfeito”, é o de fazer uma análise sobre o uso da película found footage no cinema experimental, principalmente me utilizando das proposições descritas por Nicole Brenez e Pip Chodorov no texto “A Cartografia do Found Footage”. Através dos conceitos que os autores associam à utilização do reemprego das imagens para a elaboração de novas obras e outros textos de autores e artistas, faço uma investigação sobre o uso da película found footage no contexto do meu processo artístico no cinema experimental. Ao longo do texto, discorro sobre como me aproprio e me relaciono com filmes de arquivos de família encontrados em sebos, feiras de antiguidades, antiquários, entre outros, discorrendo através da análise dos meus filmes Espírito Interior (2020), Onda (2020) e Filme Imperfeito (2021). Estes rolos de película foram coletados por anos de maneira intuitiva e despretensiosa, apenas pelo desejo de ter posse destes objetos cinematográficos, cujos frames apenas conseguia ver com dificuldade, a olho nu. Ao ter a oportunidade de projetar e digitalizar estes materiais, foram criadas possibilidades de serem explorados como um raro e rico objeto de pesquisa para minhas novas obras.Item APROPRIAÇÃO E VÍDEO: PENSAR AS IMAGENS DA VIOLÊNCIA E DA VIGILÂNCIA A PARTIR DE PROCESSOS ARTÍSTICO(Universidade Estadual do Paraná, 2021/03/19) ZAFANELLI, Lívia Nemer; NORONHA, Fábio Jabur de; http://lattes.cnpq.br/8001117846968595; http://lattes.cnpq.br/2742303983829471; NORONHA, Fábio Jabur de; http://lattes.cnpq.br/8001117846968595; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; PRANDO, Felipe Cardoso de Mello; http://lattes.cnpq.br/5869224825794054O que exatamente é violência e qual a sua origem? A vigilância pode ser entendida como uma forma de violência silenciosa? O sistema de vigilância que o Estado aplica em seu território pode ser considerado menos violento do que os já extintos suplícios públicos? O produto em vídeo da vigilância pode se tornar matéria de entretenimento na mídia? Tais questionamentos acerca de determinadas práticas de violência e de vigilância permeiam minha produção recente como artista visual e pesquisadora. Esta dissertação pretende mapear de que forma esses dois temas se entrelaçam com a minha prática artística, marcada pelo acolhimento do erro como potencial criativo, pela ideia de “imagem pobre” e pela constante apropriação de conteúdos e alimentação de um banco de dados particular. O texto é dividido em três blocos e propõe uma relação vetorial com o leitor, partindo da teoria para o processo. O primeiro bloco – Violência e Vigilância – é composto principalmente por articulações teóricas sobre os dois assuntos, com eventuais menções à minha produção. O segundo bloco – Erro, Imagem Pobre, Apropriação e Banco de Dados – é marcado pela intensificação de minha narrativa processual, ainda com articulações teóricas sobre tais temas e práticas, inspiradas nos textos de Hito Steyerl e Nicolas Bourriaud. Por fim, o último bloco – Sangue, Suor e Lágrimas, Domesticated Nights – tem como foco principal o meu processo e apresenta uma análise da criação dos vídeos produzidos ao longo dos dois últimos anos como discente regular do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo pela Universidade Estadual do Paraná.Item ATÉ AMANHÃ: OS ESPAÇOS NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM LONGAMETRAGEM(Universidade Estadual do Paraná, 2024/05/10) TOMITA, Rodrigo Akira Minasse; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/9464206982367255; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; FAISSOL, Pedro de Andrade Lima; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; MELLO, Jamer Guterres de; http://lattes.cnpq.br/9707216305631668; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353Cecília Almeida Salles, em Redes da Criação: construção da obra de arte (2006), diz que a mudança e o deslocamento geográfico em prol de uma busca por novos caminhos no processo de criação artística é comum na história da arte como ocorreu com Paul Klee e suas viagens para a Tunísia, por exemplo. O geógrafo humanista Yi-Fu Tuan, em seu livro Espaço e lugar - a perspectiva da experiência, conta uma anedota onde dois físicos visitam o castelo de Hamlet e afirmam que o castelo é visto de forma completamente diferente ao terem ciência de que uma narrativa, ainda que ficcional, se passou no lugar em questão. Éric Rohmer, por sua vez, ao definir a noção de espaço arquitetônico, escreveu que “os lugares não servem apenas de moldura para a ação, seu receptáculo; eles pesam sobre as atitudes dos personagens, influenciam sua atuação, ditam seus deslocamentos” (ROHMER, 1991, p.57 apud BORGES, 2019, p. 139). Apoiando-me nessas ideias, neste projeto de pesquisa, busco investigar a influência das espacialidades nos processos de criação de Até Amanhã, um longa-metragem ficcional roteirizado e dirigido por mim entre os anos de 2020 e 2024. No capítulo inicial, irei debater e refletir sobre as relações entre as espacialidades e a arte cinematográfica sob perspectivas teóricas diversas, entre as quais a teoria realista de André Bazin. Em seguida, apoiando-me na Crítica de Processo e no conceito de rede de criação de Cecília Almeida Salles, analiso alguns documentos de processos como a decupagem, manuscritos e cartas de montagem para compreender de que maneira as espacialidades impactaram meu processo criativo desde o ano de 2020 – marcado pelo contexto pandêmico e de distanciamento social – até a montagem do corte final do filme em 2024. Sempre tendo como foco as espacialidades, refletirei sobre os contextos de realização e as escolhas de direção e roteiro, investigando assim como os lugares foram um elemento determinante para o processo criativo de Até Amanhã.Item ATORIALIDADE LIMINAR NO CINEMA BRASILEIRO: CINESIAS ATORAIS(Universidade Estadual do Paraná, 2021/08/18) FERREIRA, Ricardo Di Carlo; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/1648858898124541; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; RIBEIRO, Regiane Regina; http://lattes.cnpq.br/8502130807154602Essa dissertação dedica-se à investigação da atorialidade no cinema brasileiro, sobretudo, pela sua constatada condição liminar, explorando a extensão das cinesias perfiladas por essa classe artística para instar a sua presentificação operativa até os dias de hoje. Para tanto, a pesquisa desenvolveu-se em caráter bibliográfico e prático, analisando, inicialmente, a tessitura historiográfica do intérprete cênico, isto é, suas cinesias – caminhos, movimentos e estratégias antropológicas e/ou operacionais para erigimento de suas carreiras (e permanência) no ofício de interpretação cinematográfica. Analisa, portanto, a transmissão de memórias escritas e reescritas nas obras artísticas, bem como os esforços de teorização praxeológica da área. Destarte, a suma dos esforços atorais no cinema estabeleceu um parâmetro norteador, ao qual eu adiro nesta pesquisa: a estética da cinematografização da linguagem atorial. Isso porque, os atores se formam no teatro e passam a atuar no cinema e no audiovisual. Diante disso, a pesquisa busca atualizar o entendimento acerca da comunicação e linguagem de ator, abordando a hipótese do uso da “equivalência”, uma técnica de interpretação teatral, como meio atorial de adaptação da atuação para a linguagem audiovisual, que preconiza o verossímil cinematográfico em filmes de ficção. Para tanto, ao fim eu apresento os resultados de dois experimentos práticos de instrumentalização atorais sob este viés. O primeiro em vídeo, abordando meios de aprendizagem da adaptação da atuação do ator, do teatro para o cinema. E, o segundo, em filme, no qual eu apresento essa possibilidade, corroborado da perspectiva de criação de um lugar próprio, não hegemônico, conquanto de interpretação, de criação e permanência no fazer atuacional ao ator contemporâneo em cinematografização.Item “BIBLIOTECAS SONORAS: DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA DE CRIAÇÃO PARA AMBIENTAÇÕES ESPECÍFICAS”(Universidade Estadual do Paraná, 2025-03-31) Pedro Osinski Carneiro; Fábio Noronha; http://lattes.cnpq.br/8001117846968595; http://lattes.cnpq.br/2095690315507121; NORONHA, Fábio; http://lattes.cnpq.br/8001117846968595; OPOSLKI, Débora; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; FRANCISCO, Orlando; http://lattes.cnpq.br/4288700483772190A presente pesquisa tem como tema o desenvolvimento de uma coleção sonora personalizada para produções audiovisuais no contexto geográfico do município de Curitiba. Ao longo da investigação, analiso as gravações realizadas a partir do conceito de paisagem sonora desenvolvido por Murray Schaffer. Por meio da captação de sons nos locais de produção e de sua contextualização geográfica, cultural e linguística, estudo a contribuição das ambiências sonoras personalizadas para o contexto geral do filme e para seu efeito de veracidade, defendendo seu uso como ferramenta narrativa de forma integrada visualmente à apresentação da cena. Com base no desenvolvimento e análise da biblioteca sonora, procuro propor uma escuta a paisagens sonoras que estão presentes no meu cotidiano e também uma reflexão sobre a relação entre a natureza e a vida urbana.Item CINE PASSEIO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O CINEMA DE RUA CONTEMPORÂNEO EM CURITIBA.(Universidade Estadual do Paraná, 2022/09/05) EVANGELISTA, Tamara Fernanda Carneiro; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; http://lattes.cnpq.br/1557797784874889; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; PINTO, Pedro Plaza; http://lattes.cnpq.br/4210264642096088; FERRAZ, Talitha Gomes; http://lattes.cnpq.br/6841463408387639A presente pesquisa se constitui em uma investigação do cinema de rua curitibano contemporâneo, através de um estudo de caso sobre o Cine Passeio, cinema administrado pela Fundação Cultural de Curitiba – FCC. Tem o objetivo de compreender a relação do imaginário do espectador com esse novo cinema de rua e suas possíveis relações de memória com os antigos, que ocupavam a Cinelândia Curitibana – mais especificamente o Luz e o Ritz, antigos cinemas da FCC, cujos nomes são homenageados nas duas salas de exibição do Cine Passeio – e, a partir desta pesquisa, responder a alguns questionamentos, como, por exemplo, entender quais fatores permitiram a criação desse cinema e qual é a proposta do administrador para o Cine Passeio (compreendendo o cinema como um espaço para a formação de público). O recorte teórico para o desenvolvimento da pesquisa é a New Cinema History, voltado para a leitura e análise da obra de autores que trabalham os conceitos de cinema going, memória e nostalgia. A presente pesquisa também se caracteriza como um estudo etnográfico, uma vez que pretende compreender como o hábito de frequentar esse novo cinema evoca as memórias do espectar cinematográfico dos antigos cinemas de rua e, para tal, foram realizadas entrevistas com frequentadores do Cine Passeio.Item “CINEASTAS DA VOZ NA ANIMAÇÃO BRASILEIRA: A SONORIDADE VOCAL DE PERLIMPS”(Universidade Estadual do Paraná, 2025-04-02) Felipe Renã Golim Stocco; Débora Regina Opolski; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; http://lattes.cnpq.br/9361964897923112; OPOLSKI, Débora Regina; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; BARONE, Luciana; http://lattes.cnpq.br/1382401194487314; SCHIRIGATTI, Elisangela; http://lattes.cnpq.br/8259244507971412Cineastas da voz na animação brasileira: a sonoridade vocal de Perlimps. 2025. 166 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Cinema e Artes do Vídeo) ― Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo (PPG-CINEAV), Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Curitiba, 2025. A pesquisa tem como objetivo discutir os processos de criação de vozes para longas de animação brasileiros, adotando o trabalho vocal em seu cerne, de maneira a fazer com que artistas de voz sejam reconhecidos pela sua contribuição autoral sobre a obra, considerando a inventividade e criatividade que a eles cabe. O estudo alicerça-se na Teoria de Cineastas (Penafria et al., 2016), que introduz a possibilidade de verter o pensamento expresso pelos cineastas em conteúdo enquadrável na teoria do cinema. Para aprofundar essa abordagem, foram realizadas entrevistas com os artistas de voz Giulia Benite e Lorenzo Tarantelli, que interpretam os protagonistas de Perlimps (2022), além de Melissa Garcia, diretora de voz do filme, Viviane Guimarães, assistente de direção, e Alê Abreu, diretor do filme. A análise adota a metodologia de observação da imagem espectral (Opolski; Carreiro, 2022), examinando como a materialidade sonora e a performatividade vocal se inscrevem na narrativa fílmica. A discussão sobre a vocalidade Perlimps, nosso objeto de análise, afunila-se em uma cena que exemplifica a voz mobilizada como ação, compreendendo esse elemento sonoro a partir do conceito de ação vocal e partitura vocal desenvolvidos por Gayotto (1997).Item CINEMA EXPERIMENTAL E ARTES VISUAIS NO BRASIL: O CASO DA GUERRILHA ARTÍSTICA (1967-1977)(Universidade Estadual do Paraná, 2024/06/11) RIMOLI, Frederico Franco; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; https://lattes.cnpq.br/7370024889400848; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; FREITAS, Artur Correia de; http://lattes.cnpq.br/7705592106667807; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353A presente dissertação tem como principal objetivo analisar como as formas cinematográficas experimentais brasileiras dialogam com as artes visuais de vanguarda - mais especificamente a tendência de "arte de guerrilha" - ao longo dos anos 1960 e 1970. Para isso, foram selecionados três filmes a serem analisados de modo comparativo com o contexto artístico vanguardista: Memórias de um estrangulador de loiras (Júlio Bressane, 1971), O rei do cagaço (Edgard Navarro, 1977) e Sentença de Deus (Ivan Cardoso, 1972). Para isso, busca-se aporte teórico em estudos referentes às artes visuais brasileiras do contexto citado, como Frederico Morais, Ferreira Gullar e Hélio Oiticica e, sobretudo, às definições específicas da "arte de guerrilha", partindo desde o crítico de arte italiano Germano Celant, passando por Décio Pignatari, até o pesquisador brasileiro Artur Freitas. Dessa maneira, as análises individuais dos filmes buscarão uma mescla entre conceitos-chave da vanguarda brasileira e momentos de comparação direta entre as obras audiovisuais e performances, happenings e outras expressões da guerrilha artística.Item CINEMA NHANDEREKO - PERSPECTIVAS ESTÉTICAS DE REALIZAÇÃO A PARTIR DA COSMOLOGIA ORIGINÁRIA GUARANI(Universidade Estadual do Paraná, 2022/04/05) ALE, Anne Lise Filartiga; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/2814962511896734; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; ALVARENGA, Clarisse Maria Castro de; http://lattes.cnpq.br/3413084947174681; MIKOSZ, José Eliézer; http://lattes.cnpq.br/8805958526800693Esta dissertação tem como objetivo produzir uma reflexão sobre as possibilidades e impossibilidades de representação da cosmologia amerindia guarani no campo do Cinema. Partimos do pressuposto de que existe um Cinema Guarani e que esse cinema singular tem características estéticas formais e discursivas contextuais diversas do/s cinema/s hegemônico/s. Nossa hipótese é de que o ponto de vista filosófico dos povos guarani tem base no que Eduardo Viveiros de Castro concebe como Perspectivismo Amerindio, e que, portanto, tais percepções não-convencionais sobre o mundo afetam a construção do olhar de cineastas indígenas na criação de imagens auto representativas. A partir disso, tomamos o Nhandereko (termo que dá nome ao título, que significa "modo de ser guarani” na língua indígena e abarca um conjunto de particularidades cosmológicas) como elemento balizador da análise filmica de três obras de curta duração do gênero documentário dirigidas por cineastas guaranis contemporâneos: Mensageiros do Futuro (2019), direção de Graciela Guarani (Poty Rory), cineasta guarani Kaiowá; Sonho de Fogo (2020), direção de Alberto Alvares, cineasta guarani Nhandeva; E "Pará Rété" (2015), dirigido pela cineasta guarani Mbyá, Patrícia Ferreira (Pará Yxapy), com vistas a identificar um conjunto de elementos particulares da cosmologia indígena guarani e compreender de que forma tais elementos podem produzir atravessamentos em aspectos estéticos e discursivos na uso da linguagem cinematográfica. A partir das análises filmicas imbricadas com a literatura etnográfica guarani de autores como Nimuendajú, Cadogan e Schaden, pudemos compreender os aspectos cosmológicos da cultura Guarani enquanto constituintes das obras filmicas de seus realizadores. Nesse sentido, concebemos neste trabalho o Cinema Nhandereko como um sistema singular de formas, portanto, uma estética (RANCIÈRE, 2009) que abarca um sistema ideal de vida diverso do princípio eurocêntrico, e possibilita a leitura de uma tradução cosmológica através da linguagem do cinema.Item COMÉDIA, IRONIA E ESTEREÓTIPOS: REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM SITCOMS NORTE-AMERICANAS DO SÉCULO XX ATRAVÉS DE I LOVE LUCY, THE MARY TYLER MOORE SHOW E SEINFELD(Universidade Estadual do Paraná, 2022/03/31) RIBEIRO, Gabriela Quadros; PRIORI, Cláudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; http://lattes.cnpq.br/0850505956550540; PRIORI, Cláudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; RIBEIRO, Regiane Regina; http://lattes.cnpq.br/8502130807154602Já na década de 1950, as mulheres estavam representadas nas telas das TVs americanas, inclusive nas chamadas sitcoms – séries de comédia de situação. Desde então, elas vêm sofrendo um processo de evolução que acompanhou a segunda onda feminista e se desenrolou até chegar às personagens atuais. Tendo como objeto de estudo, sitcoms que foram produzidas entre 1950 e 1999, este trabalho tem como objetivo fornecer um panorama sobre a evolução dessa personagem mulher dentro da comédia, tendo em vista como ela lida com temas como casamento, carreira, maternidade, sexualidade, etc. A partir de discussões interdisciplinares acerca da comédia e sua relação com as mulheres, tendo como base os/as teóricos/as Henri Bergson, Helga Kotthof e Nancy Walker, e das configurações de sitcoms na televisão norte-americana no século XX, de acordo com Brett Mills e Judy Kutulas, são analisados episódios pré-selecionados de três programas do período: I Love Lucy, The Mary Tyler Moore Show e Seinfeld. Essas análises partem principalmente dos roteiros e plots dos episódios, focando nos arcos narrativos e nas piadas, eventualmente se apoiando numa análise de linguagem cinematográfica e semiótica, principalmente no tocante a representações visuais de estereótipos e iconografias de acordo com os estudos feministas de cinema e televisão, como proposto por Laura Mulvey e Bonnie J. Dow. Três categorias metodológicas foram elencadas para análise: a personagem e suas relações pessoais – as amizades, a maternidade e o casamento; a personagem e sua relação com o trabalho; a personagem e sua relação consigo mesma, seu corpo e sua sexualidade. Assim, ao final desta pesquisa, um panorama muito claro pode ser traçado em relação às mudanças no tratamento de cada um desses nichos temáticos, possibilitando conclusões mais assertivas e leituras acerca do caminho percorrido pela comédia ao longo desta meia década.