A CONSTRUÇÃO DA RESISTÊNCIA COLETIVA EM A CLASSE ROCEIRA (1985): DOCUMENTÁRIO EM ALIANÇA AOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERÍODO DA TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA NO PARANÁ
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Data
2021/12/17
Autores
Orientadores
Programa
PPG-CINEAV -UNESPAR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Esta pesquisa se interessa pelo contexto do surgimento de documentários engajados a movimentos sociais no Paraná, produzidos a partir de 1974 – primeiro ano do governo Geisel, em que o país veria os indícios iniciais de uma distensão política que culminou em 1988, ano da promulgação da Nova Constituição, a qual fortaleceu as bases para o debate social da redemocratização. Tomando como objeto A classe roceira (1985), de Berenice Mendes, que trata do surgimento do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) no Paraná, parte-se da premissa de que o cinema é agente ativo na história. Por isso, interessa investigar como A classe roceira, enquanto obra e fenômeno, alia-se às forças e formas de reorganização popular da sociedade paranaense no período de redemocratização do País. Nesta análise, orbitam, fundamentalmente, as reflexões de três pensadores: 1) A perspectiva crítico-política de JeanClaude Bernardet a respeito do documentário brasileiro; 2) O conceito de cinema engajado tal como pensado pela pesquisadora francesa Nicole Brenez; 3) Os pressupostos metodológicos formulados pelo chileno Patricio Guzmán, a partir de sua experiência como realizador, e sua ênfase na ideia de que é o enfrentamento histórico que guia todo processo criativo em documentário.
Descrição
This research is interested in the context of the emergence of documentary films engaged with social movements in estate of Paraná, southern Brazil, produced from 1974 – the first year of the Geisel government, in which the country would see the initial signs of a political distension that culminated in 1988 with the promulgation of the New Constitution, which strengthened the bases for the social debate on redemocratization. Taking as object A Classe Roceira (1985), by Berenice Mendes, a short film that deals with the emergence of the Landless Workers Movement (MST) in Paraná, cinema is analyzed as an active agent in history. In this sense, the aim of this research is to investigate how A Classe Roceira, as a work and a phenomenon, is allied to the forces and forms of popular reorganization of Paraná society in the period of redemocratization of Brazil. In this analysis, fundamentally, the reflections of three authors orbit: 1) Jean-Claude Bernardet's critical-political perspective on Brazilian documentary; 2) The concept of engaged cinema as conceived by French researcher Nicole Brenez; 3) The methodological assumptions formulated by the Chilean Patricio Guzmán, based on his experience as a filmmaker, and his emphasis on the idea that it is the historical confrontation that guides every creative process in documentary.
Esta pesquisa se interessa pelo contexto do surgimento de documentários engajados a movimentos sociais no Paraná, produzidos a partir de 1974 – primeiro ano do governo Geisel, em que o país veria os indícios iniciais de uma distensão política que culminou em 1988, ano da promulgação da Nova Constituição, a qual fortaleceu as bases para o debate social da redemocratização. Tomando como objeto A classe roceira (1985), de Berenice Mendes, que trata do surgimento do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) no Paraná, parte-se da premissa de que o cinema é agente ativo na história. Por isso, interessa investigar como A classe roceira, enquanto obra e fenômeno, alia-se às forças e formas de reorganização popular da sociedade paranaense no período de redemocratização do País. Nesta análise, orbitam, fundamentalmente, as reflexões de três pensadores: 1) A perspectiva crítico-política de JeanClaude Bernardet a respeito do documentário brasileiro; 2) O conceito de cinema engajado tal como pensado pela pesquisadora francesa Nicole Brenez; 3) Os pressupostos metodológicos formulados pelo chileno Patricio Guzmán, a partir de sua experiência como realizador, e sua ênfase na ideia de que é o enfrentamento histórico que guia todo processo criativo em documentário.
Esta pesquisa se interessa pelo contexto do surgimento de documentários engajados a movimentos sociais no Paraná, produzidos a partir de 1974 – primeiro ano do governo Geisel, em que o país veria os indícios iniciais de uma distensão política que culminou em 1988, ano da promulgação da Nova Constituição, a qual fortaleceu as bases para o debate social da redemocratização. Tomando como objeto A classe roceira (1985), de Berenice Mendes, que trata do surgimento do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) no Paraná, parte-se da premissa de que o cinema é agente ativo na história. Por isso, interessa investigar como A classe roceira, enquanto obra e fenômeno, alia-se às forças e formas de reorganização popular da sociedade paranaense no período de redemocratização do País. Nesta análise, orbitam, fundamentalmente, as reflexões de três pensadores: 1) A perspectiva crítico-política de JeanClaude Bernardet a respeito do documentário brasileiro; 2) O conceito de cinema engajado tal como pensado pela pesquisadora francesa Nicole Brenez; 3) Os pressupostos metodológicos formulados pelo chileno Patricio Guzmán, a partir de sua experiência como realizador, e sua ênfase na ideia de que é o enfrentamento histórico que guia todo processo criativo em documentário.
Palavras-chave
documentário; ditadura civil-militar; movimentos sociais; gênese do MST no Paraná; cinema paranaense; processo criativo.