DESENHO, EROTISMO E AUDIOVISUALIDADES: A CRÍTICA GENÉTICA COMO POSSIBILIDADE METODOLÓGICA DE INVESTIGAÇÃO EM PROCESSOS DE CRIAÇÃO

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Data
2020/10/21
Programa
PPG-CINEAV -UNESPAR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Nesta dissertação, intitulada Desenho, erotismo e audiovisualidades: a crítica genética como possibilidade metodológica de investigação de processos de criação, tenho por objetivo identificar como a minha produção autoral de desenhos é contaminada pela noção de corpo e erotismo e, em consequência, de que formas e com que meios a minha produção audiovisual (stop motion, videogames, animação) é contaminada pelos traços matrizes dos desenhos que lhe dão suporte. O percurso analítico e investigativo apoia-se no tipo de pesquisa qualitativa e indutiva e, como abordagem metodológica, utiliza a Crítica Genética proposta por Cecília de Almeida Salles, para quem o processo de construção artística da obra de arte e o reconhecimento dos métodos, materiais, anotações empregados pelos artistas são essenciais para o estudo “arqueológico” da(s) obra(s). Parto das seguintes questões norteadoras: 1) De que forma e com que meios é possível verificar a relação entre desenho, corpo, traço, erotismo em meu percurso como produtor de poéticas (audio)visuais? 2) Como eu, enquanto criador, analiso, catalogo, recorto, investigo e crio protocolos de análise para o processo de criação de audiovisuais a partir de um mapeamento de materiais, anotações, registros, contaminação no/para o desenho que se (trans)forma em vídeo? Com base em hipóteses argumentativas que se empenham em atestar a existência de recorrências intertextuais em meu trabalho como artista audiovisual, verifico a existência de personagens predominantemente masculinos, cachorros, marcianos e também batatas, que poderiam ter sido extraídos de uma história em quadrinhos ou de um desenho animado alheio. Esses “personagens animados” serão, em algum momento da escrita de minha dissertação, redimensionados e investigados em seus processos de gênese. Como, por quê, de que formas e com que meios esses traçospersonagens são protótipos de meu processo de criação audiovisual? Na elaboração estética e formal do traço, do desenho e do encadeamento espaçotemporal das animações, verifico uma espécie de “desleixo/despojamento” – uma rugosidade ou ruído intencional na incorporação de “erros técnicos” que possivelmente aludem geneticamente a um tipo de traço/tratamento autoral. Como teóricos complementares na escrita da dissertação, recorro a Philippe Dubois e Arlindo Machado (artes do vídeo), Lev Manovich (linguagem das mídias digitais), Lucia Santaella (novos formatos para as audiovisualidades) e Kátia Canton (narrativas enviesadas).
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Palavras-chave
Artes do vídeo; Desenho; Erotismo; Corpo; Crítica Genética.
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