Programa de Pós-Graduação em Filosofia - PROF FILO

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    EDUCAÇÃO E DISSENSO: OS CÍRCULOS DE CULTURA COMO VIVÊNCIA DEMOCRÁTICA NA ESCOLA
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-11-18) PEREIRA, Solange Alves; COSTA, Leandro Sousa; http://lattes.cnpq.br/5289097817087058; http://lattes.cnpq.br/1626114266737118; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; JUNIOR, Paulo Borges de Santana; http://lattes.cnpq.br/1503481482254393
    Esta pesquisa explora a visão de Paulo Freire sobre a democracia radical e substantiva, enfatizando seu papel crucial na formação humana emancipatória. Esta análise se baseia na metodologia dos Círculos de Cultura propostas por Freire, adotando uma abordagem interdisciplinar que une a filosofia e os princípios da educação. Essa pesquisa é especialmente relevante no contexto do ensino médio integrado ao curso profissionalizante para a formação de docentes, local de implementação da prática . Assumimos que a construção da democracia na escola está intimamente conectada à democratização da sociedade à qual está inserida. Escolhemos Paulo Freire como principal referência teórica e identificamos outros pensadores contemporâneos que discutem este tema. Entre eles, destaca-se a filósofa belga Chantal Mouffe, cujas ideias são essenciais para entender o cenário atual e os desafios que a democracia escolar enfrenta. Reconhecemos que o pensamento de Freire é muito relevante na análise da sala de aula contemporânea em escolas públicas. Freire retrata a sala de aula como um espaço democrático que valoriza as relações dialógicas estabelecidas nas redes de indivíduos, em um contexto crítico pós-moderno.
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    Uma travessia para a morada do ser: compreensão do silêncio na poesia de Alejandra Pizarnik.
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-08-30) COSTA, Karine Bueno; CRUZ, Estevão Lemos; http://lattes.cnpq.br/5593276758947779; http://lattes.cnpq.br/9146784389634240; COSTA, Leandro Sousa; http://lattes.cnpq.br/5289097817087058; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; JUNIOR, Paulo Borges Santana; http://lattes.cnpq.br/1503481482254393
    A presente pesquisa problematiza a questão filosófica sobre o que é o silêncio. A partir desse questionamento, investigou-se a profunda relação entre o silêncio, a poesia e a filosofia, com foco na obra de Alejandra Pizarnik. Através da análise de seus poemas, constatou-se que o silêncio não é apenas a ausência de som, mas um estado fundamental da existência humana que precede e permeia a linguagem, embasados na visão heideggeriana. A poesia, nesse contexto, emerge como um espaço privilegiado para a exploração do silêncio, assim, contatou-se que é o poeta quem tem acesso privilegiado ao silêncio, por meio da construção do eu lírico. Ademais, para explanarmos a Filosofia e a Poesia, elaboramos discussão em torno da “transversalidade” intrínseca da Filosofia, na visão de S. Gallo, sem hierarquizar e/ou perder as especificidades de cada área, mas apontando que a filosofia se dá poeticamente, por essa ser a linguagem que tem acesso privilegiado ao originário, à verdade do ser e a que possibilita a compreensão do ser no mundo.
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    DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONFLUÊNCIAS ENTRE FILOSOFIAS E INFÂNCIAS
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-09-06) LIMA, Rafael Costa de; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/1699545387251102; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; BAIERSDORF, Márcia; http://lattes.cnpq.br/2408431985055556
    Esta dissertação é resultado de uma pesquisa que objetivou traçar confluências entre infâncias e filosofia como reaprendizagem da docência. A escrita adota a perspectiva de pesquisa autobiográfica ao narrar aprendizados e reaprendizados movidos pelo compromisso em acolher as crianças como sujeitos de pensamentos e de cultura. Observações, reflexões, inquietudes, planejamentos e registros de práticas que se inspiraram na educação como ação intercultural implicada na comunicação entre o adulto (professor) e as crianças foram fios que teceram processos de filosofar sobre a docência na educação infantil. Acolher, se solidarizar e aprender com as infâncias com as quais desenvolvemos este trabalho permeou as narrativas aqui apresentadas como práxis intercultural da filosofia. Este caminho procurou valorizar expressões filosóficas das crianças por meio da escuta para que suas perguntas não se percam. Este quefazer ocorreu desde o território, a Região do Contestado Paranaense de modo que o filosofar com as infâncias se constituiu como experiência desde nosso solo. As vozes das crianças se expressam em desenhos, em relatos de brincadeiras, contações de histórias que ocorreram desde o chão de uma escola e nos moverem a problematizar os espaços, a história, as políticas de educação infantil e a prática da docência. O filosofar como um processo de diálogo convida a repensar o humano que habita em nós e inspira a romper com a monocultura de pensamentos e a pobreza de experiências. Como quefazer humano filosofia e educação se fazem desde culturas e experiências contextuais, portanto, podem ser vivenciadas em todas as idades e regiões do mundo, mas requer a criação de espaços e temporalidades acolhendo as diversidades. Imaginar outros mundos possíveis, construindo inéditos viáveis com as infâncias, envolve abrigar as infâncias que nos habitam e cuidar das infâncias com as quais convivemos, criando boas memórias e experiências.
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    OS MEMES JUSTIFICAM OS FINS: O ENSINO DE FILOSOFIA E A UTILIZAÇÃO DE MEMES COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-09-06) JUNIOR, José Carlos Alves dos Santos; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; http://lattes.cnpq.br/6297574698917330; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; ROSA, Roberto Sávio; http://lattes.cnpq.br/7420657151915135
    Este trabalho investiga a utilização de memes como estratégia didática no ensino de Filosofia, com o objetivo de analisar seu potencial para promover a aprendizagem significativa, ampliar o engajamento dos estudantes e favorecer a construção do pensamento crítico. A pesquisa considera os memes como ferramentas pedagógicas que, ao combinar elementos de humor, crítica social e criatividade, tornam-se recursos eficazes para aproximar conceitos filosóficos abstratos da realidade cotidiana dos alunos, facilitando a compreensão e a reflexão sobre temas complexos. Os memes, enquanto fenômeno da cibercultura, representam uma linguagem digital amplamente utilizada pelos jovens, o que os torna uma ponte importante entre os saberes formais e as experiências pessoais dos estudantes. Nesse sentido, o estudo também explora como essas ferramentas podem contribuir para a renovação das práticas pedagógicas, tornando-as mais atrativas e conectadas às dinâmicas sociais contemporâneas. A pesquisa enfatiza que o uso planejado e contextualizado de memes em sala de aula pode atuar como um mediador cultural, capaz de despertar o interesse pela Filosofia e de incentivar uma postura mais reflexiva e participativa nos processos de aprendizagem. Adicionalmente, a investigação destaca a necessidade de articular o uso de memes com abordagens metodológicas fundamentadas em objetivos claros e teoricamente consistentes, promovendo não apenas a transmissão de conhecimento, mas também o estímulo à criatividade, à autonomia intelectual e à formação de cidadãos críticos e éticos. Por fim, a análise reforça a relevância de práticas pedagógicas que dialoguem com os desafios do mundo contemporâneo, apresentando os memes como uma ferramenta educativa inovadora, capaz de enriquecer o ensino de Filosofia e aproximá-lo das realidades e interesses dos estudantes, sem perder de vista os objetivos formativos do processo educacional.
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    AMOR, FESTA E DEVOÇÃO”: O ENSINO DE FILOSOFIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE JOÃO SURÁ - PR
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-08-28) ROSA, Renan Rodrigues; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/5208273537210241; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198
    O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo promover o movimento filosófico nas análises das escutas sensível das anciãs, anciãos, lideranças quilombolas e moradores da comunidade sobre as Práticas Religiosas da Recomendação das Almas, Romarias: Dança de São Gonçalo e a Passagem da Bandeira do Divino Espírito Santo no território quilombola de João Surá-PR e analisar quais as contribuições dessas Práticas Religiosas para a Filosofia interdisciplinar no Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos, localizado no quilombo de João Surá, no município de Adrianópolis-PR. O projeto de pesquisa surgiu a partir dos movimentos de escutas dos anciões, em ouvir as suas preocupações em relação às práticas religiosas na comunidade, que com os falecimentos dos anciões e as conversões dos devotos quilombolas, que fazem parte da linha de frente nas conduções dos préstitos, a se converterem cristãos, práticas religiosas que se constituem há mais de dois séculos no território quilombola guiados pelas devoções das anciãs e anciãos que são os detentores de saberes na construção do conhecimento e resistência no território. A pesquisa tem caráter qualitativo, nas quais a metodologia baseou-se em referenciais bibliográficos de pensamento filosófico de autora/autor anticolonial, trazendo uma fundamentação teórica potente na descolonização mental, abordando as oralidades negra nas saídas de campo, nas entrevistas com as anciãs, anciãos e lideranças quilombolas, em sentar, ouvir e fazer os registros das suas escutas nos movimentos de lutas e dos relatos memoriais das histórias de vivências e re-existência no território, que com as saídas de campo e o movimento de escuta dos anciões será realizado a elaboração do livro histórias em quadrinhos sobre as Práticas Religiosas no Quilombo de João Surá. A dissertação além de abordar as lutas territoriais, anseios e re-existências do povo negro, traz nas leituras as manifestações dos saberes feitos no território, que não são abordados em livros didáticos e distribuídos nas escolas públicas pela SEED-PR, saberes que brotam do chão, do solo da territorialidade quilombola pelas oralidades dos anciões na Educação Quilombola, que para o desenvolvimento da Educação Escolar Quilombola é necessário conhecer o chão da escola e tramar as estratégias de movimentos de lutas por uma educação descolonizadora.
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    UMA REFLEXÃO SÓCIO-FILOSÓFICA DA EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-08-30) SANTOS, Luiz Antônio Valentim dos; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; http://lattes.cnpq.br/6797757425290882; CRUZ, Estevão Lemos; http://lattes.cnpq.br/5593276758947779; COSTA, Leandro Sousa; http://lattes.cnpq.br/5289097817087058; JUNIOR, Paulo Borges de Santana; http://lattes.cnpq.br/1503481482254393
    O presente trabalho objetiva compreender em que medida a evasão, abandono ou fracasso escolares na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio Estadual Adiles Bordin se conecta com o Componente Curricular de Filosofia, mesmo tendo ciência de que o fenômeno evasão escolar não é exclusividade da EJA e tão pouco possa estar atrelada a um único condicionante social. Deste modo, ao reportar-se à modalidade de ensino da EJA num período de pandemia e principalmente o pós-pandemia, esta pesquisa descortinou uma realidade latente na Educação de Jovens e Adultos, a evasão escolar. Pois, vale ressaltar, dentre os Componentes Curriculares ofertados no Ensino Médio da EJA, dessa Instituição de Ensino Básico, o Componente Curricular de Filosofia desponta com o maior índice de abandono escolar e/ou desistência. Dessa forma, procurou-se entender a influência do Componente Curricular de Filosofia, através de uma análise teórica e sócio-filosófica sobre o fenômeno da evasão escolar no ensino médio da EJA. Como fundamento teórico e metodológico para esta pesquisa se utilizou dos escritos do sociólogo francês Pierre Bourdieu. Para este autor, o fracasso escolar não é simplesmente o resultado da falta de criatividade ou esforço dos estudantes, mas é visto como um fenômeno complexo que reflete as desigualdades estruturais presentes na sociedade. Bourdieu argumenta que o sistema educacional muitas vezes reproduz e perpetua as desigualdades sociais existentes, favorecendo aqueles que já possuem capital cultural, econômico e social. Ele introduz o conceito de "violência simbólica" para descrever como as instituições educacionais podem impor normas e valores que beneficiam certos grupos sociais em detrimento de outros. Por exemplo, os estudantes de famílias de classes sociais mais elevadas podem ter mais familiaridade com as expectativas e práticas culturais valorizadas pela escola, o que confere uma vantagem significativa em relação aos estudantes de origens menos privilegiadas. Portanto, para Bourdieu, o fracasso escolar não pode ser compreendido sem considerar o contexto social mais amplo e as estruturas de poder que moldam as oportunidades educacionais. Neste sentido, o objetivo da pesquisa foi problematizar junto com os estudantes da EJA, as diversas causas que podem levar ao abandono escolar e, se dentre elas, o Componente Curricular de Filosofia ou o Ensino de Filosofia contribuem de alguma forma para o fenômeno hora apresentado.
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    LOUCURA, SABER-PODER EM MICHEL FOUCAULT E O FILME BICHO DE SETE CABEÇAS: UMA PROPOSTA PARA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA NO ENSINO MÉDIO.
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-08-02) TRAVA, Marcella Aparecida Schiavo; SILVA, Stela Maris da; http://lattes.cnpq.br/4695103821057915; http://lattes.cnpq.br/2823118978763517; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; NOGUEIRA, Juslaine de Fatima Abreu; http://lattes.cnpq.br/5283169846765859
    O presente estudo intitulado Loucura, Saber-Poder em Michel Foucault e o filme Bicho de Sete Cabeças: Uma proposta para experiência filosófica no ensino médio, é resultado de inquietações que foram surgindo com as mais complexas situações vivenciadas, enquanto assistente social e professora de Filosofia, no qual, tentou-se apreender o visível. Porém, na ânsia por ampliar o olhar e a recusa da vivência do “mesmo”, ocasionou a busca por alternativas para resistir e talvez encontrar respostas. Foi no âmbito da sala de aula que a pesquisa se consolidou a partir da construção do objetivo, que teve como foco analisar quais as contribuições da concepção de loucura, saber-poder, em Michel Foucault, para o estudo do filme Bicho de sete cabeças (2000), na disciplina de Filosofia. Com tal objetivo de pesquisa se buscou observar como os(as) estudantes e professores(as) do ensino médio das escolas estaduais, no município de Sabáudia – Paraná, compreendem a loucura em sala de aula, com base na visão de loucura para Foucault e como o saber-poder é percebido a partir da teorização e análise fílmica. Aponta-se a diminuição do papel da disciplina de filosofia na formação básica e a inviabilidade das possibilidades de autonomia do docente em apresentar, em sala de aula, problemáticas que vêm ao encontro com a realidade. Assim, o trabalho apresenta a história de vivência e conhecimento sobre saúde mental e a loucura, relacionando a temática com o chão da escola e a análise experimentada dos(as) estudantes e professores(as) que expõem o trabalho empírico e seus efeitos na comunidade escolar.
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    FOUCAULT: UMA LEITURA FILOSÓFICA SOBRE A DELINQUÊNCIA.
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-02-15) SINGERSKI, Luana Sauthier; COSTA, Martha Gabrielly; http://lattes.cnpq.br/8821261578659682; http://lattes.cnpq.br/4758944780095321; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; SILVA, Anderson Aparecido Lima da; http://lattes.cnpq.br/3454580539322746
    A pesquisa em apreço trata do tema da delinquência sob a perspectiva de Michel Foucault e tem como objetivo a promoção de um estudo sobre as prisões enquanto forma de punição e a sobre a produção deliberada da delinquência dela decorrente. Ademais, buscou-se traçar uma discussão sobre a temática proposta junto aos estudantes do 1o ano Tecnológico, do Ensino Médio do Colégio São Cristóvão, a fim de fomentar uma análise crítica e de cunho filosófico sobre o problema da delinquência, a partir das contribuições do mencionado filósofo. Assim, partindo-se de uma revisão bibliográfica e adotando-se uma análise de pesquisa descritiva, buscou-se compreender as análises foucaultianas acerca da prisão enquanto forma punitiva, bem como a conclusão do filósofo sobre a delinquência enquanto produto prisional. Desta forma, o presente trabalho se divide em quatro momentos distintos. Primeiramente, buscou-se compreender o traço genealógico utilizado por Foucault em sua análise sobre a pena de prisão e o contexto social que o levou a se interessar pelo tema; ainda neste primeiro momento, deu-se início à compreensão das primeiras formas punitivas, executadas por meio dos suplícios. Em um segundo momento, a tratativa evoluiu para uma compreensão sobre o poder disciplinar e sobre a arte de punir implementada através da pena de prisão. No terceiro momento da pesquisa realizou-se uma depreensão sobre a delinquência como produto prisional e uma discussão sobre a possibilidade de penas alternativas à prisão. A pesquisa teórica serviu de base para a criação de material didático sobre os temas, anexado ao final de cada um dos três primeiros capítulos. Por fim, a partir das três primeiras etapas da pesquisa, foi realizada uma reflexão sobre a experiência pedagógica vivenciada no Colégio São Cristóvão e junto aos estudantes do 1o ano do Ensino Médio Tecnológico.
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    O TESTE DE COORDENADAS POLÍTICAS COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO ENSINO DE FILOSOFIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
    (Universidade Estadual do Paraná, 2024-04-12) SOUZA, Vinícius Moysés de; DALAQUA, Gustavo Hessmann; http://lattes.cnpq.br/9457805000467764; http://lattes.cnpq.br/6090990824353046; PINHEIRO, Celso de Moraes; http://lattes.cnpq.br/3820024901133633; ROCHA, Gabriel Kafure da; http://lattes.cnpq.br/7624664009024455
    Este trabalho apresenta uma intervenção pedagógica realizada nas turmas dos terceiros anos do Ensino Médio na Escola de Educação Básica Horácio Nunes, em Irineópolis, Santa Catarina, no ano de 2022, na qual foi utilizada como ferramenta didática o Teste de Coordenadas Políticas do site IDRLabs, com o intuito de servir como fio condutor das aulas de filosofia política no segundo trimestre. Nosso objetivo principal foi coletar as experiências e relatos dos alunos acerca do referido Teste, e, juntamente com a experiência docente, elaborar um parecer de sua viabilidade enquanto ferramenta didática. Para tanto, além da metodologia em sala de aula, recorremos à bibliografia político-filosófica para fundamentar a díade esquerda-direita e defender a validade e importância de seu ensino, no qual o Teste de Coordenadas Políticas, por situar os estudantes em quadrantes à esquerda ou à direita no espectro político democrático vigente, pode ser utilizado para ajudar a compreender a díade e conceitos relacionados a ela.
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    A DIVULGAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DA FILOSOFIA EM JORNAL NA ESCOLA: UMA LEITURA ORTEGUIANA
    (Universidade Estadual do Paraná, 2023-03-30) BERTOLETTI, Miriam; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; FERRASA, Ingrid Aline de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/0077056858830971; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; http://lattes.cnpq.br/4456654583414544; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; MELLO, Fábio Mansano de; http://lattes.cnpq.br/5659082125503319
    A presente pesquisa é tem o objetivo divulgar a democratização da Filosofia na escola básica através do Jornalismo. Assim, é apresentada toda a construção, desenvolvimento e reflexão que respondem o seguinte problema de pesquisa: De que maneira a compreensão dos conceitos filosóficos de Ortega y Gasset promove a divulgação e a democratização da Filosofia em Jornal, a partir da sala de aula? Diante isto, com o foco na problemática, esta pesquisa apresenta características qualitativas de uma pesquisa participante com a investigação filosófica pautada na fenomenologia, que caracteriza na coleta de dados e se fundamenta na abordagem etnográfica. Destaque-se que a pesquisa se apresenta em dois capítulos. O primeiro intitulado: De reflexões de José Ortega y Gasset à divulgação da Filosofia em jornal na escola, busca tecer considerações reflexivas nas ideias filosóficas orteguianas, bem como apresentar uma produção textual com base na área do Jornalismo e no fortalecimento da Filosofia quanto a sua divulgação e democratização a partir da sala de aula. No segundo capítulo: São demonstrados reflexões e apontamentos em José Ortega y Gasset no contexto da pesquisa para a divulgação e democratização da Filosofia na Escola pelo Jornal, e sistematizados os caminhos metodológicos da pesquisa, assim, expostos o cenário escolar e os elementos que a compõem as aulas planejadas, desenvolvidas e refletivas, bem como, o Jornal Filolismo produzido. Importante ressaltar que os resultados inferem que” pensar os conceitos orteguianos é uma ação filosófica” e que exige uma ligação e conexão de conceitos que são próprios do autor estudado. Assim existe a necessidade de fazer comparações conceituais diante a atividade de investigação filosófica que é associada com técnica do jornalismo, a produção do Jornal Filolismo promoveu a circulação de ideias filosóficas de Ortega y Gasset, bem como, suas implicações para se pensar a realidade circunstancial.
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    SE EU NÃO ME LEMBRO, TAMBÉM NÃO QUERO ESQUECER: UMA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA NA ESCOLA PÚBLICA A PARTIR DA LITERATURA DE BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS
    (Universidade Estadual do Paraná, 2023-08-01) FERREIRA, Cellem Daylane Sansana; NOYAMA, Samon; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/4476605483610318; MARIZ, Débora; http://lattes.cnpq.br/6249462845493802; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928
    O presente trabalho traz para a discussão a relação entre filosofia na infância estreitando as experiências de pensar com o outro. No primeiro capítulo é apresentado relatos, experiências e práticas com a filosofia e alunos e alunas do Ensino Fundamental de uma escola pública da cidade de Ponta Grossa – PR em que o pano de fundo é a literatura de Bartolomeu Campos de Queiroz. No segundo capítulo o trabalho é norteado por estudiosos que se debruçaram a entender a possível relação da filosofia e a infância. Matthew Lipman (1923-2010) foi o pioneiro a levar sistematicamente a prática de filosofia à educação das crianças tendo como propósito contribuir com a reforma do sistema educacional, para que este desenvolva adequadamente o raciocínio e a capacidade de julgar dos seus (as) alunos (as), desenvolvendo assim o programa “filosofia para crianças” com a elaboração de materiais a serem utilizados em sala de aula e Walter Kohan amplia a discussão e procura refletir sobre a relação entre três eixos: filosofia, educação e infâncias, destacando as contribuições que a filosofia tem a oferecer para a educação e para as infâncias, bem como as contribuições que a infância pode oferecer para esses dois campos de reflexão. No terceiro capítulo é tecido as possibilidades entre a filosofia e literatura. Ambas provocativas, a filosofia com seu lado racional diante da realidade, embasada em fatos e procurando entender os conceitos e as essências de tudo o que existe no mundo, criando, assim, as definições conceituais, e a literatura como exercício criativo que ocorre por intermédio da palavra, tratando-se assim da possibilidade de transfiguração do real em matéria fictícia.
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    FACÃO, ESPINGARDA E HERÓIS: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916)
    (Universidade Estadual do Paraná, 2023-04-28) BRACIAK, Paulo; NOYAMA, Samon; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; -; PEREIRA, Marinê de Souza; http://lattes.cnpq.br/8664435827314548; DELBÓ, Adriana; http://lattes.cnpq.br/6600189022732543
    A religiosidade normalmente se apresenta como um terreno fértil para diversas abordagens filosóficas. De um modo particular a religiosidade vivenciada pelo homem grego assume o papel determinante por proporcionar condições para formar o homem e apresentando-se como fundamento para edificar uma organização social. O desenvolvimento da arte trágica é para Nietzsche a maior e a forma mais elevada do reconhecimento e da exaltação do mito. Assim, a religiosidade assume o papel de ser a lente pela qual se interpreta o mundo, possibilita condições para formar a identidade homem grego e apresenta-se como fundamento para edificar uma organização social. Reconhecendo a importância da consciência mítica na sociedade grega e para a formação de um modo de existir, vislumbramos algumas semelhanças nas formações das comunidades do povo Caboclo, que viveu na região do contestado no período da Guerra do Contestado. Edifica-se uma religiosidade desprendida de regras e dogmas, uma religiosidade que liberta, que une e que possibilita as condições de resistência e existência para um povo que está prestes a ser aniquilado. A partir de alguns autores, buscamos identificar neste movimento algumas possibilidades de desenvolvermos a desafiadora arte do ensino de filosofia.
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    ENSINO DE FILOSOFIA E O DIREITO À EDUCAÇÃO DE MENINAS E MULHERES
    (Universidade Estadual do Paraná, 2023-03-30) KINGERSKI, Liliam Beatris; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/4884221217228069; NOYAMA, Renata Ribeiro Tavares da Silva; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; CARVALHO, Flávio José de; http://lattes.cnpq.br/1219291457473728
    A Filosofia, enquanto área de conhecimento cujas características principais são indagar acerca da condição humana, do mundo, da realidade, dos sentidos e significados, das dimensões éticas, estéticas, políticas, epistêmicas entre outras, ao se efetivar como ensino, promove o pensamento por meio do estudo e reflexões de sua tradição. Como vivemos sob a égide de uma sociedade patriarcal, é notório a hegemonia da presença masculina, branca e ocidental-europeia no ensino de filosofia, em nível de graduação e nos currículos do Ensino Médio. Neste contexto, o ponto de partida da pesquisa aqui apresentada é a ausência de mulheres como produtoras de conhecimento filosófico, constatado na análise de documentos oficiais que normatizam ou orientam processos de escolarização. A metodologia adotada foi a análise documental, a pesquisa participante e produção de narrativas biográficas com estudantes do Ensino Médio. O contexto de realização das atividades ocorreu entre 2020 e 2021 e, devido à pandemia do COVID-19, parte das atividades foram desenvolvidas por meio do ERE (Ensino Remoto Emergencial). No processo de investigação temática com as e os estudantes, o direito à educação das mulheres tornou-se o problema de pesquisa, sob o qual realizamos um total de 24 aulas no formato de ERE e 25 aulas presenciais. Na aplicação das aulas, levantamos a seguinte questão: “Qual a atualidade da obra ‘Reivindicação dos Direitos da Mulher’ (1792), de Mary Wollstonecraft?” Nosso itinerário didático-pedagógico teve como objeto de análise e problematização a ausência da visibilidade de mulheres, enquanto produtoras de conhecimentos, na história da Filosofia e na educação. No desenvolvimento da pesquisa, analisamos biografias, narrativas biográficas de mulheres das famílias das e dos estudantes, bem como memórias e vivências pessoais. Esse ciclo de ensino-aprendizado envolveu leituras de obras de mulheres filósofas e de outras áreas de conhecimentos. As e os estudantes, no processo de aprendizagem, produziram poemas, imagens, ensaios e diários de aprendizagens relacionados ao tema.
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    O DIÁRIO FILOSÓFICO COMO EXPERIÊNCIA DO SENTIR REFLEXÕES ACERCA DE UMA EDUCAÇÃO PARA A SENSIBILIDADE NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I, DURANTE A PANDEMIA
    (Universidade Estadual do Paraná, 2023-03-06) CÂNDIDO, Helayne; NOYAMA, Renata Ribeiro Tavares da Silva; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; http://lattes.cnpq.br/1748567170304531; VELASCO, Patrícia del Nero; http://lattes.cnpq.br/0717394972836082; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222
    A proposta deste trabalho visa refletir sobre a ausência da disciplina de filosofia nos anos iniciais do ensino fundamental, em contraste com a percepção do quanto ela está presente nas falas das crianças. Inspirado na obra “O Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder, algumas inquietações apresentadas no livro foram adaptadas e chegaram até as crianças por meio de vídeos. O percurso enfrentado durante a pandemia reduziu nosso espaço de saber e nossas possíveis interações às telas de celulares. O diário filosófico, chamado pelas crianças de “Caderno de ideias”, foi a materialização do pensar e sentir, durante este momento de isolamento. Conforme avançamos, percebemos a filosofia como muito mais que uma disciplina, um modo de ver e viver nesse mundo. Filosofia e infância possuem características muito próximas, e exercitar a prática filosófica com crianças é compreendê-las como seres questionadores no mundo, que pensam e sentem. Considerando os escritos de Friedrich Schiller, Alejandro Cerletti, Giuseppe Ferraro, Walter Kohan, Paulo Freire, entre outros, vivenciamos uma escola do sonho possível e compreendemos a infância não somente como um tempo cronológico, mas como uma possibilidade de investigar o mundo. Muito mais que ensinar teorias filosóficas, o objetivo do projeto foi manter viva a inquietude infantil, própria da filosofia, e proporcionar tais momentos foi ouvir aqueles que, por vezes, a escola não ouve.
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    PRÁTICA DA ESCRITA ARGUMENTATIVA NO ENSINO MÉDIO: O USO DE MÉTODOS FILOSÓFICOS COMO ROTEIROS OU GÊNEROS TEXTUAIS
    (Universidade Estadual do Paraná, 2023-02-28) NEVES, Marcelo Lima; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; http://lattes.cnpq.br/0874602622327939; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; MELLO, Fábio Mansano de; http://lattes.cnpq.br/5659082125503319
    A escrita filosófica no Ensino Médio une muitas estratégias com fins de fazer com que as operações para sua realização se efetivem e transforme o aluno redator numa pessoa que tenha satisfação intelectual por aquilo que escreve. Acontece que no ato de escrita de trabalhos de filosofia, aquele que vai ensinar a produzir o texto pode usar os métodos e técnicas que lhe convém amparando esse uso em vontades próprias; ou somente nas estratégias didáticas peneiradas de outras áreas do conhecimento humano, ignorando ou mostrando desconhecer as infinitas possibilidades de produção dos escritos com as estratégias da própria filosofia. Assim, a disciplina de Filosofia, que poderia ser forte aliada na formação do sujeito no tocante a escrita, a reflexão e a crítica tornam-se uma disciplina disseminadora da amortização do pensamento da cópia, do pensamento da preguiça para o ler, do conhecimento onde a gente fala ou escreve o que a gente pensa e acha. Esse projeto procura mostrar uma possibilidade para trazer a escrita uma forma de criação mais objetiva para o aluno fazendo o docente olhar com mais carinho para dentro do patrimônio cultural acessível da Filosofia. A partir da identificação dos roteiros esquemáticos dos Métodos Filosóficos socrático, tomista e hegeliano elevados à condição de gêneros textuais dissertativos em função da nossa capacidade sem igual de criar formas de comunicação, a pesquisa, a reescrita e a dissertação se fundem para trazer uma forma de repertório novo para nossas atividades filosóficas, causando no aluno, além das possibilidades de um texto diferenciado, uma reminiscência boa com o passado sempre vivo e apreciável da História da Filosofia.
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    DESCOLONIZANDO A SALA DE AULA PARA DESCOLONIZAR O ENSINO DE FILOSOFIA
    (Universidade Estadual do Paraná, 2022-03-18) PIRES, Odenir Francisco; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/7798082286720138; NOYAMA, SAMON; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; CRUZ, Cassius Marcelus; http://lattes.cnpq.br/6312918210963869
    Durante nossa atuação como docente da disciplina Filosofia desde 2016, no Colégio Estadual Casimiro de Abreu, no município de Porto Vitória-PR, observamos que parte considerável de estudantes do Ensino Médio demonstravam desinteresse pelas aulas. Em 2019, no âmbito do Mestrado Profissional em Filosofia (PROF- FILO), iniciamos um processo de escuta em uma das turmas da escola, com o intuito de compreender possíveis motivos de desinteresse nas aulas de Filosofia. Tendo como principal referencial Paulo Freire, na obra “Pedagogia do Oprimido” (1987), procuramos desenvolver o trabalho construindo um ciclo dialógico de investigação, problematização e sistematização em aulas semanais de filosofia. O início de trabalho com objetivo conhecer melhor os e as estudantes teve como tema “Histórias de vidas: Quem somos nós?”. Cada estudante escreveu sobre sua história de vida, bem como de suas famílias e a cada aula ampliamos os diálogos até ser desvelada uma questão que foi o objeto de estudo, ou seja, o tema gerador: a sala de aula como objeto de reflexão filosófica. Passamos a compreender o que envolve a sala de aula, professores/as e o que ela representa histórica e filosoficamente. Abordamos conteúdos como: Formação do Estado Moderno; Iluminismo; Colonização e Modernidade e os processos de escolarização em território brasileiro. À medida que avançávamos na pesquisa, problematizamos e recriamos a sala de aula no ensino de filosofia; desvelamos sentidos da sala de aula a partir do território; abordamos a educação e relações étnico-raciais, assim como reflexões no campo teórico-prático sobre a história de escola pública na modernidade. O trabalho aqui apresentado expressa esta construção coletiva. No primeiro capítulo apresentamos o processo de colonização com ênfase no Ensino de Filosofia no Brasil e nosso envolvimento enquanto cidadão negro e professor de Filosofia. No segundo capítulo abordamos o Ensino de Filosofia em diálogo com a obra Pedagogia do Oprimido (FREIRE,1987). No terceiro capítulo apresentamos uma síntese das ações com os e as estudantes. Ao final, observou-se que os e as estudantes têm interesse pelo Ensino de Filosofia, no entanto, quando as aulas ocorrem de forma verticalizada, com concepção teórico-prática que vai de encontro da Educação Bancária (FREIRE; 1987) o resultado é o desinteresse. Conforme o caminho percorrido entendemos que os processos de ensino-aprendizagem e o formato da sala de aula não são os únicos elementos que causam desinteresse, mas sem dúvida, a organização pedagógica nos parâmetros colonial/moderno interfere significativamente na significação do conhecimento e sua importância na formação humana.
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    UMA PROPOSTA DE FILOSOFIA POP PARA O ENSINO DE FILOSOFIA
    (Universidade Estadual do Paraná, 2021-10-29) GELCHAKI, Sérgio; CRUZ, Estevão Lemos; http://lattes.cnpq.br/5593276758947779; http://lattes.cnpq.br/8760728367985488; COSTA, Leandro Sousa; http://lattes.cnpq.br/5289097817087058; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935
    Esta dissertação discorre sobre a possibilidade de uma filosofia popular a partir de aspectos da cultura pop. Como sabemos, o pensamento filosófico surgiu numa classe social superior, todavia, considerando a totalidade como seu objeto, segue-se que podemos pressupor a inclusão do viés popular como instrumento em suas discussões. Isso se justifica com base no conceito de cultura como resultado de tudo aquilo produzido pelo ser humano, pois, em contraposição ao natural, permite à filosofia traçar um caminho inclusivo para o estabelecimento de suas reflexões. Nesse sentido, particularizando o aspecto pop, reiteramos que tudo aquilo produzido pela Indústria Cultural é instrumento pop e pode servir recurso para o Ensino de Filosofia. Devido a isso, concluímos que a finalidade dessas produções consiste na difusão de ideias filosóficas. Para alcançar esse objetivo, entretanto, é necessário romper com os principais paradigmas responsáveis pelo estabelecimento de uma visão negativa tanto do aspecto popular quanto dos produtos oriundos da Indústria Cultural. Dado estes apontamentos, propomos dividir esta dissertação em duas partes. Num primeiro momento, apresentaremos alguns teóricos que não compactuam com o uso do aspecto pop. Como exemplo, podemos citar Platão, Descartes, Hegel e, principalmente, Adorno e Horkheimer. Na continuidade, indo nessa oposição, iremos expor alguns pensadores que defendem essa aproximação, tais como Hadot, que propõe a filosofia como modo de vida, e Deleuze, o primeiro autor a recorrer à expressão “filosofia pop”. Paralelo a isso, podemos citar ainda como contribuintes Paulo Freire, expoente da educação brasileira, e Charles Feitosa, uma das principais autoridades na filosofia pop. Após este diálogo inicial, no segundo capítulo, discorreremos sobre o desenvolvimento da nossa atividade pedagógica proposta pelo Mestrado Profissional, valendo-se, para isso, da metodologia pop e da filosofia existencialista, especialmente mediante as contribuições de Sören Kierkegaard e de Jean-Paul Sartre. Subjacente a isso, utilizaremos como instrumento episódios da série Rick and Morty, particularizando especialmente o estudo das noções de angústia e de liberdade. Por fim, destacamos a importância desta pesquisa no desejo de mostrar, aos profissionais da educação, a importância da utilização de novos recursos didáticos a fim de incentivar o estudante a exercer o pensamento crítico como elemento essencial para a sua formação humana e social.
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    ENSINO DE FILOSOFIA, UMA LEITURA DE APROXIMAÇÃO ENTRE SOCIOLOGIA E LITERATURA NA DEMARCAÇÃO DO ESTEREÓTIPO E DAS VIOLÊNCIAS.
    (Universidade Estadual do Paraná, 2021-10-29) CARMONA, Marcos Rhay Codognotto; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; http://lattes.cnpq.br/7937167143215891; FERRASA, Ingrid Aline de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/0077056858830971; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928
    O ambiente escolar é plural, formado por sujeitos com comportamentos e culturas diferentes, que são elementos transformadores desse ambiente em um lugar propício a violências, sendo que a escola reflete em sua estrutura muito do que acontece na sociedade, inclusive se as relações sociais são marcadas por discriminações, preconceitos e atos violentos. Com base em uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia é possível confirmar essa teoria e, a partir disso, elaborar propostas de enfrentamento. Para se chegar ao objetivo de entender por que a escola reproduz estereótipos e estigmas é preciso analisar o que são e como adentram os muros dessas instituições. Ao mesmo tempo, é essencial fazer uma análise sobre tais representações negativas, e é nessa ótica que podemos traçar um paralelo com a literatura, de modo a trazer para a superfície figuras emblemáticas que, de certa forma, carregam ou corroboram para a manutenção dos estereótipos. Jeca Tatu, escrito por Monteiro Lobato, no início do século XX, é um exemplo de como um personagem pode ser carregado de estereótipos e quando apresentado sem uma atenção sobre suas características caricatas, passa a representar um ideário ou uma visão relacionada a um grupo, neste caso, os camponeses, moradores das regiões rurais e interioranas. Dessa forma, é possível desenvolver uma prática pedagógica com os estudantes do ensino médio, que resulte em análises críticas sobre como os estereótipos chegam até nós, como o recebemos, reproduzimos, e, a partir dessa criticidade, levar à compreensão de como geram preconceitos e violências, pois ao entender essa estrutura é possível combatê-la. Utilizar em sala de aula a literatura brasileira, fazendo paralelos coma filosofia e também a crítica aos padrões dominantes é possível estimular os estudantes a produzir resultados positivos, valorizando as particularidades e potencialidades de cada um.
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    Da geo-filosofia da libertação em Enrique Dussel ao acampar poéticogeográfico em Paulo Leminski
    (Universidade Estadual do Paraná, 2021-05-06) MEDEIROS, Josemi Teixeira; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; http://lattes.cnpq.br/2364876534391414; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; KRACHENSKI, Naiara Batista; http://lattes.cnpq.br/192753215591211; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726
    O resultado da pesquisa é a produção de um texto desenvolvido a partir da prática docente fundado no pensamento latino-americano e na poesia, para isso, utilizamos o pensamento de Enrique Dussel e o pensamento poético de Paulo Leminski. A construção textual foi desenvolvida em duas partes: a primeira parte a prática docente, em que expomos um relato etnográfico das atividades realizadas pelas(os) as(os) estudantes, de maneira experimental, aproximamos as reflexões do pensar latino-americano e pensar poética, para isso, utilizamos como exercício a produção de textos de cordéis, tendo em vista a construção de uma narrativa centrada no cotidiano das(os) estudantes; a segunda parte encontra-se a fundamentação teórica, em que discutimos as bases do pensar filosófico latino-americano numa perspectiva da libertação, em destaca-se a consequências do processo de aproximação, dominação e colonização dos europeus na América Latina. O texto é uma mescla de passagens poéticas que se articulam com o pensamento filosófico.
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    FILOSOFAR COM A TERRA OU UMA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DO CAMPO
    (Universidade Estadual do Paraná, 2021-08-02) CAMARGO, Eliane de Fátima; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/1471162097887368; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; BAIERSDORF, Márcia; http://lattes.cnpq.br/2408431985055556; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935
    A pesquisa exposta buscou contribuir para a afirmação dos direitos dos povos do campo à uma educação desde o território. Para tanto, busquei a partir dos “saberes de experiência feito” (FREIRE, 2019), compreender e ultrapassar os silenciamentos existentes no ensino de filosofia na Educação do Campo. Assim, sem desvincular a prática na escola de um referencial teórico, o primeiro capítulo foi dedicado ao arado e à semeadura, em um filosofar que pensa o cuidado da terra. Este cuidado passou por compreender em que medida a colonização contribuiu para a petrificação de um pensamento monocultural no currículo de ensino de filosofia, negando aos sujeitos sua participação na construção do conhecimento, sobretudo, na educação paranaense. No segundo capítulo passo ao plantio, onde a discussão envolveu um filosofar com a terra. Este momento foi dedicado ao estudo do território em que se situa o Colégio Estadual do Campo São Francisco de Assis, situado em General Carneiro- PR, bem como, as lutas pela terra, compreendendo a fala dos sujeitos em um pensar intercultural (FORNET-BETANCOURT, 2004). Ao último capítulo reservo o momento da colheita, que expressa um currículo construído desde a Educação do Campo e com seus sujeitos, onde durante o processo de aprendizagem, busquei pensar uma filosofia biográfica, construindo discussões em torno de temas trazidos a partir “das/dos” estudantes e suas comunidades. E também de “autoras/es” que dialogam a partir e com o campo.