Programa de Pós-Graduação em Filosofia - PROF FILO
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Item A FILOSOFIA COMO TRAVESSIA: UMA APRENDIZAGEM FILOSÓFICA A PARTIR DA LITERATURA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-23) COSTA, Pâmela Bueno; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/0226666558356523; HADDOCK-LOBO, Rafael; http://lattes.cnpq.br/5393663349640485; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432O eixo central do presente trabalho gira em torno do ensino de filosofia, buscamos proporcionar uma experiência de travessia com a filosofia em sala de aula, a partir dos personagens da literatura. Para essa travessia selecionamos a obra de Goethe Os sofrimentos do jovem Werther e a obra de Clarice Lispector Um Sopro de vida. Os personagens irão conduzir e despertar os alunos à iniciação filosófica são Werther e Ângela Pralini. Partimos da reflexão sobre que é filosofia e ensinar filosofia, na sequência, relatamos a experiência de travessia em sala de aula com os personagens literários. A partir de Benedito Nunes desenvolvemos uma reflexão sobre a relação transacional entre filosofia e literatura. Nosso objetivo consiste em utilizar os romance de Goethe e Clarice como metodologia, isto é, o ponto de partida para a abertura do filosofar. Dessa forma, são cinco problemas filosóficos trabalhados a partir da literatura em sala de aula. Utilizamos como método o descobrimento de conceitos, a partir das leituras dos romances e a experiência dos personagens, os alunos buscam desvelar o problema. Desenvolvemos também uma ficha paradidática com os filósofos para aprofundar a discussão sobre os problemas filosóficos selecionados a partir do romance. Assim, na relação transacional entre o discurso filosófico e literário a travessia acontece e os alunos são tomados pelo desejo e admiração, sobretudo, passam a refletir e pensar a realidade, ou seja, filosofar. Outrossim em processo de autoconhecimento buscam um encontro consigo mesmo.Item PERSPECTIVAS FILOSÓFICAS SOBRE O USO DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE FILOSOFIA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-24) SANTOS, Deleon Oliveira; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; http://lattes.cnpq.br/3174451042614017; HADDOCK-LOBO, Rafael; http://lattes.cnpq.br/5393663349640485; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222Esta trabalho tem como objetivo investigar e apontar caminhos de reflexão para o seguinte problema: o uso das novas tecnologias no processo de aprendizagem significa melhoria da qualidade de aprendizagem de nossos estudantes? De modo específico no ensino de filosofia, procuramos traçar algumas perspectivas filosóficas para compreendermos os impactos das tecnologias no campo da educação. A relevância deste trabalho se dá justamente por estarmos vivendo esse tempo dito tecnológico, era da informação, onde uma geração de nativos digitais cada vez é mais comum, beirando a homogeneidade. Também devido as fortes propagandas e esperanças creditadas nas novas tecnologias – por parte dos governos e outros setores da sociedade - como indispensáveis no processo de aprendizagem, como se sem elas é quase impossível falarmos hoje em melhoria da educação. Para isso, procuramos dar vida pedagógica a alguns dos aplicativos mais utilizados atualmente pelos estudantes, que são o facebook e o whatsapp, no intuito de mensurar até que ponto tais aplicativos podem contribuir na aprendizagem e na produção de novos conhecimentos ou se elas – as tecnologias – tendem a ser velhas práticas de ensino e aprendizagem incorporadas às novas tecnologias. Sem se render a uma espécie de tecnofobia ou de uma cega tecnofília, chegamos a algumas conclusões que estão longe de fechar a discussão sobre este assunto, mas que podem dar algumas pistas para a reflexão e compreensão deste novo cenário que estamos vivendo.Item A FILOSOFIA COMO OLHAR CONTEMPLATIVO: UMA PROPOSTA FRENTE À SOCIEDADE DA TRANSPARÊNCIA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-25) SANTOS, Marcel Flenik; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; http://lattes.cnpq.br/8450432569339227; HADDOCK-LOBO, Rafael; http://lattes.cnpq.br/5393663349640485; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222O presente trabalho preocupa-se com a ideia paradoxal presente no âmbito da transparência virtual, principalmente dos dispositivos móveis, que impactam direto no modo de vida dos estudantes do ensino médio. Ao vivenciar essa característica, pode-se constatar que a utilização dos dispositivos móveis, bem como seu impacto na vida cotidiana, apresenta características positivas de versatilidade para a comunicação, bem como traz problemas que não são percebidos de forma imediata. O pensador germano-coreano Byung-Chul Han denuncia os efeitos negativos advindos da transparência virtual, mas, mesmo se constatando tais ameaças, seria inútil estabelecer um abandono ou meramente demonizar sua utilização. O ensino de filosofia pode contribuir para que os estudantes compreendam esses efeitos negativos no mundo atual, ao perceber a existência de tal paradoxo, utilizando as sensações e a reflexão para aprimorarem-se a si próprios, promovendo uma vida subjetiva e coletiva melhor.Item POR UM ENSINO DE FILOSOFIA TRANSGRESSOR(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-25) FIRMAN, Maristela; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/2908706972955863; HORN, Geraldo Balduino; http://lattes.cnpq.br/0374854245866516; SANTIAGO, Antônio Charles; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726Discutir o Ensino de Filosofia passa pelo reconhecimento da conjuntura histórica que atravessa a relação Educação e Sociedade, sobretudo, a partir do século XVIII. Os ideais iluministas e o período pós-industrial produziram exigências educacionais que deveriam contemplar as necessidades emergentes do novo cenário trazido pelo arquétipo da produção capitalista e da cultura burguesa, fato que gestou formas de escolarização pautadas na domesticação dos corpos por meio de dispositivos disciplinares (Foucault) e com a construção de currículos formais alinhados com o projeto econômico e político da modernidade. Neste contexto a escola, enquanto instituição social, se constitui em meio as contradições sociais, ora reproduzindo, ora resistindo diante das determinações históricas com fortes marcas de exclusão de sujeitos e de saberes, distanciando-se de perspectivas de formação humanista. Diante desta problemática, nesta pesquisa propomos pensar o Ensino de Filosofia e as relações de saber e de poder na escola, tomando como questão central investigar se estudantes do Ensino Médio e professores percebem, têm consciência das relações de poder e de saber em que estão imersos e que perpassam a construção dos processos de ensino-aprendizagem. O percurso investigativo adotado foi da pesquisa participante e procurou mobilizar a comunidade escolar para refletir acerca do problema de pesquisa, alterando formas tradicionais de aprendizagens restritas às salas de aulas, no modelo de educação bancária (Freire) estendendo a concepção de currículo tradicional para o território (Santos; Arroyo). O presente trabalho problematiza esta experiência de ensino-aprendizagem que se mostrou potente ao conseguir mobilizar intelectualmente (Charlot) os estudantes a aprender filosofia, instigando a curiosidade em compreender e transformar o ambiente social a sua volta, transgredindo práticas curriculares restritas à sala de aula. Além da análise crítica acerca das relações de reprodução social presentes na escola, ao assumirmos o currículo como território em disputa (Arroyo) e a escola em relação ao território, transgredimos as hierarquias professor e estudantes ao praticar o Ensino de Filosofia como práxis, desenvolvendo a pesquisa com os estudantes, estabelecendo relações teórico-práticas acerca dos temas saber x poder, analisando percepções da comunidade por meio da escuta de moradores do entorno da escola e dos próprios estudantes acerca da instituição escolar. O processo de investigação ocorreu no Colégio Estadual Professor Dario Veloso, município de Mallet – PR, no qual foi possível vivenciar o Ensino de Filosofia como práxis de transgressão da estrutura curricular prescritiva e disciplinar ao mobilizar os estudantes a investigar e compreender seu território, a escola e a comunidade em que vivem, tendo como mediações atividades em sala de aula no estudo em filosofia política, de autores como Foucault, Bourdieu e Marx.Item DISPOSIÇÃO PARA O PRECIPÍCIO: A FILOSOFIA NO ENSINO ENGENDRADA PELA POESIA.(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-29) DOMINGUES, Bruna Gabriela; CRUZ, Estevão Lemos; http://lattes.cnpq.br/5593276758947779; http://lattes.cnpq.br/6794757901295304; FÉLIX, Wagner Dalla Costa; http://lattes.cnpq.br/7293060756870545; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928O escrito que se seguirá arrisca uma posição: ensina-se filosofia com poesia e que tal possibilidade se dá porque a filosofia é essencialmente poética. Para fundamentar tal posição tomar-se-á como base epistemológica os escritos do filósofo alemão Martin Heidegger, especialmente de sua obra tardia. A presente proposta fundamentará que a possibilidade do que será arriscado efetiva-se na medida em que o dito “ensino de filosofia” acontece através de um Triangulo Amoroso: espanto, salto e a-bismo – um acontecer originário da linguagem genuinamente poético. Consequentemente, defender-se-á que o fazer filosófico é – sobretudo e necessariamente – poético. Para conduzir tal acontecimento, será proposta uma metodologia de ensino de filosofia, a saber, a “psicagogia”: uma condução artística e poética das almas por meio das palavras. Uma condução do olhar do aluno para uma aprendizagem filosófica. Para pôr à prova a possibilidade de uma condução psicagógica que norteie adequadamente a visão do aluno, a obra de FernandoItem KARL MARX, ALIENAÇÃO E LIVRO DIDÁTICO(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-29) WALCZAK, Lisandro; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; http://lattes.cnpq.br/9587346388182035; LONGHI, Armindo; http://lattes.cnpq.br/5485015785154284; SANTIAGO, Antônio Charles; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726A desigualdade social e o abismo econômico entre as classes sociais se mostram em nosso tempo com uma condição de naturalidade. A falta de problematização sobre as injustiças sociais, o fortalecimento das transmissões de saberes que conduzem à aceitação do status quo, o conformismo, e a condição de submissão aos ideais do capitalismo ganha cada vez mais força. Nessa dissertação problematizaremos um dos meios pelos quais essa naturalização da desigualdade social pode ser transmitida. Esse meio é o da educação. Para isso recorremos a Karl Marx para enfrentarmos a estrutura da educação de nosso tempo e a nossa atuação enquanto docente diante dos ideias trazidos pela ideologia do capitalismo. A aproximação de Marx para o contexto educacional se mostra como algo importante para a condução desse estudo, no qual se buscou ater-se aos critérios do PROF-FILO, em que a prática docente é colocada em estudo nas aulas de filosofia para que juntamente com o tema apresentado para a condução da reflexão, possamos repensar não somente nossa prática docente enquanto professores de filosofia, como também trazer para o estudo a investigação sobre o assunto selecionado. Assim, esse estudo percorre pela investigação e problematização do livro didático de filosofia “Filosofando – Introdução à filosofia”, como um instrumento didático- metodológico e como um produto comercializado entre o Estado e o interesse privado [editoras]. Assim, dois procedimentos foram colocados em prática na sala de aula: 1) em uma turma os estudos foram exclusivamente por via do livro didático; 2) noutra turma houve o apoio em textos marxianos e marxistas. A atenção do estudo fora dada ao conceito de alienação, em especial como ele se mostra no pensamento de Karl Marx, para que possamos analisar assim como ocorre o entendimento deste conceito de acordo com cada proposta de aula.Item A PARÓDIA COMO ESTRATÉGIA DE SENSIBILIZAÇÃO NO ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-30) BACHMANN, Cássio Fernando; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/8570651282442400; GREIN, Everton; http://lattes.cnpq.br/4377685673960256; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935Esta pesquisa tem como mote a paródia, nos concentramos no seguinte problema: a paródia é um método eficiente como estratégia de sensibilização no ensino de filosofia no Ensino Médio? Acredita-se que a relevância dessa pesquisa se dá em, propor uma estratégia na elaboração e aplicação de paródias no ensino de filosofia. Na busca de alicerce nos debruçamos na obra Metodologia do Ensino de Filosofia de Silvio Gallo. Seu método é apresentado e discutido no primeiro capítulo, nessa etapa, evidencia-se o que o autor chamou de quatro passos didáticos, sendo o primeiro a sensibilização. Na esteira desse conceito, visualiza-se a paródia como possibilidade, desse modo e concomitante, foi elaborada as paródias a serem aplicadas. Como paródia e música estão imbricadas, houve a percepção de resgatar alguns aspectos do surgimento da música, da arte e de sua relação com a filosofia. Também foi explorado alguns conceitos de paródia no anseio de verificar nuances por ela enfrentada ao longo da história. Por fim, é feita a explanação de nossa experiência prática e refletimos sobre os resultados. A escolha pela paródia se pautou por seu caráter cômico, porém, totalmente focado na seriedade que uma aula pede. Para além dessas questões, sugeriu-se um caminho de como elaborar paródias visando a sensibilização, bem como a sequência de passos do método de Silvio Gallo. As conclusões apresentadas não encerram a questão, deixam frestas, onde o conhecimento sempre pode encontrar seu espaço.Item O CINEMA COMO PROVOCAÇÃO POLÍTICA EM TEMPOS DE PÓS-VERDADE(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-05-20) ZANELLA, Camile Margarida; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; http://lattes.cnpq.br/7663448724061136; FARAH, Ângela; http://lattes.cnpq.br/4008230583070323; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222A presente pesquisa tem como objetivo apresentar a ligação entre Filosofia e Cinema, bem como explanar a possibilidade do uso de filmes como meio para o estudo da Filosofia Política no Ensino Médio. Primeiramente busca-se uma investigação sobre as novas maneiras de relacionamento, para compreender em que medida a tecnologia é mediadora das relações do sujeito com o mundo, o conhecimento, e com o outro. Apresenta uma análise filosófica do uso retórico das emoções realizado pelas mídias para a mobilização das massas. Problematiza num segundo momento a influência dos novos modos de relacionar-se no cenário político brasileiro, expondo de que modo o estudo da Filosofia Política na escola foi afetado pelas bruscas mudanças ocasionadas pela chamada ―era da informação‖. Elucida a importância do conceito de pós- verdade e seus efeitos para o Ensino de Filosofia Política. Situa a pesquisa no campo educacional por meio da análise da possibilidade do uso do filme como recurso metodológico dentro das aulas de Filosofia, não somente com caráter ilustrativo de conceitos, mas sim como principal causador da abertura para o pensar filosófico, para a formação de um sujeito autônomo, crítico e capacitado para contribuir no meio em que vive.Item O USO DAS CATEGORIAS GRAMSCIANAS NO ENSINO DE FILOSOFIA E A APROPRIAÇÃO DO MUNDO DO TRABALHO(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-05-24) SCHROH, Osmar Antonio; LONGHI, Armindo José; http://lattes.cnpq.br/5485015785154284; http://lattes.cnpq.br/7950056884546566; HORN, Geraldo Balduino; http://lattes.cnpq.br/0374854245866516; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928O presente trabalho versa sobre o Ensino de Filosofia utilizando-se da Aplicação do Projeto “O uso das Categorias Gramscianas no ensino de filosofia e a apropriação do mundo do trabalho” em um colégio da rede pública de ensino no estado do Paraná. Investigamos se é possível a mudança do sujeito em suas práticas sociais por meio do Ensino de Filosofia e pela apropriação de conceitos filosóficos. Gramsci é apresentado como teórico desta pesquisa e as categorias educação e trabalho foram usadas para problematizar as práticas sociais iniciais dos sujeitos em vista da apropriação de novos conceitos filosóficos para a transformação da realidade. Em termos de metodologia da pesquisa, usamos a Pedagogia Histórico Crítica, na metodologia de ensino/processo didático metodológico, a teoria de uma didática para a pedagogia histórico-crítica que nos possibilitou cinco passos, que não são isolados em si mesmos, mas nos deram segurança para a realização da prática em sala de aula. Após a conclusão do processo realizado pelo docente e pelos sujeitos, evidenciamos a importância do Ensino de Filosofia em relação à evolução dos sujeitos, no que se refere à passagem do senso comum ao conhecimento complexo proposto pela Filosofia na problematização das Categorias Educação e Trabalho. Em relação às práticas docentes, que não são objeto de nossa pesquisa, no entanto aparecem de modo categórico, demonstramos como o papel do docente tem mudado na medida em que questiona suas próprias práticas e se expõe às críticas dos discentes, passando de um papel de subordinação às práticas pedagógicas tradicionais para um exercício da autonomia. Concluímos evidenciando como a prática social dos sujeitos alcança uma maturidade e uma mudança quando o Ensino de Filosofia se torna significativo na interpretação e no conhecimento da realidade.Item A AULA DE FILOSOFIA COMO ESPAÇO PARA O ENCONTRO COM A ALTERIDADE DO PENSAMENTO A PARTIR DE DELEUZE E DERRIDA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2020-07-29) RECKELBERG, Néli Terezinha Rulka; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; http://lattes.cnpq.br/8999311204106759; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198; HADDOCK-LOBO, Rafael; http://lattes.cnpq.br/5393663349640485O presente trabalho tem por intuito abordar a relação entre ensino, filosofia e alteridade. A proposta é dar a filosofia outra função que não a busca da verdade/conceito. Ao invés de usar conceitos pré- estabelecidos para pensar/filosofar, propomos fazer uso de palavras que não tenham idioma, ou seja, pensar/criar sem a preocupação de estabelecer adequações entre o conceito e as coisas. Daremos à verdade e à mentira as mesmas condições. Nossos guias nessa empreitada serão Deleuze e Derrida que, na continuação do espaço aberto por Nietzsche, buscaram assinalar os limites do conceito, na tentativa de transgredi-los. Na esteira da desconstrução, proposta por Deleuze, de subversão do pensamento representativo, e de Derrida que procura subverter a tradição metafísica ocidental, considerada por ele, logocêntrica e dominadora, buscaremos sair da zona de conforto e nos dirigir para o limite da confusão. Voltar-se às coisas mesmas, ainda que estas sempre nos escapem, e filosofar sem ter a pretensão de alcançar precisão alguma das coisas que se está vendo/pensando. De Deleuze nos apropriamos da concepção de filosofia enquanto processo de criação, ou seja, traçar planos, inventar personagens e criar conceitos. Pensar, na perspectiva deleuziana, é encontrar signos que digam o acontecimento. Pensar por conceitos é se manifestar linguisticamente, é experimentar o mundo enquanto devir, é sobrevoar o vivido com o intuito de ressignificá-lo como se o filósofo/criador fosse ignorante das verdades estabelecidas e recebidas pela tradição. Segundo a concepção de escrita/criação de Derrida, não há significados transcendentais, logo tudo é discurso, desta forma, o domínio e o jogo da significação se tornam infinitos. Com essa liberação da escritura, é possível remeter significante a significante, numa ordem infinita sem a preocupação de que estes significantes desocultem um significado primeiro.Item A INDÚSTRIA CULTURAL E O ENSINO DE FILOSOFIA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2020-08-31) LIMA, Ademir José; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/1176457135809258; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198A indústria cultural é um conceito desenvolvido pelos filósofos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer da Escola de Frankfurt ao perceber a reprodução da obra de arte. As expressões artísticas, a partir do desenvolvimento das técnicas de reprodução, perdem sua originalidade e passam a atender exclusivamente a lógica do mercado. Para esses filósofos toda expressão artística reproduzida é uma mercadoria destinada ao consumo. Walter Benjamim filósofo alemão e pertencente à mesma escola de Frankfurt percebe que a arte em tempos de reprodutibilidade técnica perde várias características essenciais como a aura, autenticidade e valor de culto. Contudo, Benjamim observa a possibilidade da democratização da arte a partir de certos elementos da indústria cultural como o cinema e a fotografia. Para este filósofo a arte enquanto objeto de culto está destinada a um pequeno número de pessoas privilegiadas. Mas, as expressões artísticas a partir da industrialização e do avanço das tecnologias desenvolvidas como o cinema, por exemplo, proporcionam algo ainda não experimentado no universo estético, a aproximação do grande público, ao identificar-se com aspectos sociais do seu cotidiano. Nessa perspectiva benjaminiana objetivou-se nessa proposta analisar a utilização de elementos da Indústria Cultural a partir da exibição de filmes com o propósito de sensibilizar e problematizar os temas relacionados ao ensino de filosofia no ensino médio. Os filmes escolhidos foram filme Fahrenheit 451 na perspectiva de sensibilizar para a importância do conhecimento e O show de Truman, uma análise da influência da própria indústria cultural. A presente ainda conta com a contextualização das obras dos principais filósofos sobre a indústria cultural e de textos e obras de diversos outros pesquisadores sobre o tema.Item O DEBATE NO ENSINO DE FILOSOFIA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2020-09-28) IAGNESZ, Madalena Aparecida Zamboni; CRUZ, Estevão Lemos; http://lattes.cnpq.br/5593276758947779; http://lattes.cnpq.br/8874511299237822; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/302252167093530; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; COSTA, Leandro Sousa; http://lattes.cnpq.br/5289097817087058Ao assumir que filosofia, ensino e debate sempre caminharam juntos desde os primórdios da filosofia ocidental, a presente pesquisa busca pensar a possibilidade do ensino de filosofia a partir da inserção da prática do debate no ambiente escolar. Para tanto, buscou- se investigar a construção da prática do debate apoiada em dois alicerces. O primeiro, concernente ao método, visa encontrar na retórica, dialética e sofística o substrato que concede ao debate seu caráter filosófico. O segundo, concernente à metodologia, busca visualizar nos modelos modernos de debate, tais como o Parlamento Britânico, Lincoln- Douglas etc., uma prática que estimule de forma eficiente o bom direcionamento de um debate e possa, consequentemente, proporcionar uma melhor experiência da próprio fazer filosófico enquanto retórica, dialética ou sofística. A aplicação prática da presente pesquisa focou-se especificamente na aplicação do debate com fundamentos na retórica aristotélica e em uma modificação da técnica de debate Parlamento Britânico. O resultado da pesquisa apontou para um desenvolvimento da capacidade reflexiva e argumentativa dos estudantes acerca de temas filosóficos e da validade de suas próprias ideias. Como produto final da pesquisa, houve a criação de um website que expõe a metodologia adotada e visa auxiliar professores interessados em fazer uso da prática do debate nas escolas.Item SABERES INDÍGENAS NO ENSINO DE FILOSOFIA: UMA VIVÊNCIA INTERCULTURAL(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2020-12-01) ALVES, Suelen Aparecida; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/4411795115266181; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; SANTOS, Jorge Alejandro Santos; http://lattes.cnpq.br/7324028090060434; MENEZES, Magali Mendes de; http://lattes.cnpq.br/9491379022053570Interculturalidade, dialogicidade e saberes indígenas são tomados como referenciais nesta pesquisa, que teve sua realização no Colégio Estadual do Campo Estanislau Wrublewski, no município de Cruz Machado-PR e no Colégio Estadual do Campo Rio Vermelho, em União da Vitória-PR, através do Programa de Mestrado Profissional em Filosofia - PROF-FILO, da Universidade Estadual do Paraná, Campus de União da Vitória, PR. O objetivo foi abordar o ensino de filosofia na implementação da Lei 11.645/2008, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro- brasileira e indígena. No percurso teórico-metodológico, optamos pela temática indígena nas aulas de filosofia, desenvolvendo atividades didáticas na perspectiva intercultural e libertadora. Para o desenvolvimento das ações, consideramos: a) a escola em relação ao território, adotando em sala de aula uma abordagem interdisciplinar sobre história e culturas indígenas no Brasil e no Estado do Paraná; b) modernidade, colonialidade, conflitos e silenciamentos na formação da sociedade brasileira e, para além da crítica, a hipótese de vivências interculturais com saberes e conhecimentos sintetizados por intelectuais indígenas. Este exercício de ensino de filosofia, como vivência intercultural, tomou como inspiração contribuições freireanas, reconhecendo cada estudante e os povos indígenas como sujeitos do filosofar, em diálogo com a proposta de transformação intercultural da filosofia de Raúl Fornet- Betancourt. A vivência intercultural toma como ponto de partida e de chegada percepções dos estudantes acerca da temática indígena, em relação ao território em que vivem, problematizando os conteúdos, relacionando história e filosofia. Na segunda etapa da pesquisa, produções dos estudantes do Colégio Estadual do Campo Estanislau Wrublewski foram subsídios para reflexão nas aulas com os estudantes do Colégio Estadual do Campo Rio Vermelho, o que também contribuiu para que estes se reconhecessem sujeitos de conhecimento na práxis intercultural.Item O CONCEITO DE SUICÍDIO PARA ALÉM DO ESTIGMA: UMA REFLEXÃO SÓCIO FILOSÓFICA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2020-12-15) SILVA, Vanessa Gomes da; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; http://lattes.cnpq.br/5140227861991212; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; MELLO, Fábio Mansano; http://lattes.cnpq.br/5659082125503319Este trabalho tem por objetivo propor um debate sócio-filosófico acerca do suicídio dentro do espaço escolar a partir de uma experiência didática de ensino de filosofia. Deste modo, ao me reportar aos alunos do ensino médio na região sul do Estado do Paraná, procurei entender em que medida o suicídio é pensado pelos estudantes dentro do espaço escolar, e, através de uma análise teórica, filosófica, sociológica, interpretativa e dialógica, apresentar caminhos de análise e de práticas menos instrumentalizadas e mais humanizadas no tocante a este problema. Como fundamento teórico e metodológico nesta pesquisa, utilizei dos escritos do sociólogo francês Émile Durkheim. Para esse autor, o suicídio é um fato social passível de análise objetiva e científica. Nestes termos, a sua audaciosa obra buscou retirar deste fenômeno as interpretações que advinham de pressupostos subjetivos. Esta premissa implicou redimensionar o suicídio para além de explicações apuradas e individualizadas, e isto só se tornou possível mediante a uma análise metodológica rigorosa que dispendia sobre o suicídio as características imanentes a todos os demais fatos sociais, a saber, fenômenos exteriores as vontades dos indivíduos, ligados a manifestações de ordem social, e, que exercem coerção sobre os indivíduos. Deste modo, estas precondições levaram esta pesquisa de cunho profissional, a debater através de uma atividade de prática de ensino em filosofia, como a escola se relaciona com tais premissas. Neste sentido, nos espaços escolares reportados, utilizei da metodologia da pesquisa-ação como fundamento de aplicação e análise dos resultados coletados. Pode-se perceber com esta atividade, e à luz dos conceitos durkheiminianos, que o suicídio é um fenômeno intrinsecamente ligado a estrutura social, e que, portanto, se materializa em termos sociais e na escola com diferentes interpretações. Na medida em que a escola não está separada das relações sociais a sua volta, ela permeia o debate e os preconceitos diante deste tema de maneira explícita. Pode-se compreender que, se por um lado, o tema suicídio se mostrou extremamente atraente aos estudantes, por outro, aumentou ainda mais a complexidade de discuti-lo dentro das aulas de filosofia, visto o sem número de possibilidades interpretativas que este contexto gerou. Durkheim aferiu que o suicídio não é um fenômeno isolado desta ou daquela organização social, mas, que se manifesta em todas as estruturas sociais. Esta perspectiva pode ser constatada através da atividade desenvolvida, e com ela, também a constatação de que para algumas lacunas filosóficas esta perspectiva científica não pareceu suficiente. Dentre as mais importantes destaca-se a distância entre o discurso científico explicativo do suicídio, e as marcas reais deixadas nos sujeitos próximos aos suicidas e ou, nas tentativas frustradas de suicídio. Deste modo, esta pesquisa, antes de aferir conclusões apressadas acerca deste complexo tema de ordem humana, manifesta a urgência da escola, e da filosofia, em debater de maneira mais próxima aos estudantes este tema que corriqueiramente é parte da vida deles, e da nossa.Item Da geo-filosofia da libertação em Enrique Dussel ao acampar poéticogeográfico em Paulo Leminski(Universidade Estadual do Paraná, 2021-05-06) MEDEIROS, Josemi Teixeira; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; http://lattes.cnpq.br/2364876534391414; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; KRACHENSKI, Naiara Batista; http://lattes.cnpq.br/192753215591211; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726O resultado da pesquisa é a produção de um texto desenvolvido a partir da prática docente fundado no pensamento latino-americano e na poesia, para isso, utilizamos o pensamento de Enrique Dussel e o pensamento poético de Paulo Leminski. A construção textual foi desenvolvida em duas partes: a primeira parte a prática docente, em que expomos um relato etnográfico das atividades realizadas pelas(os) as(os) estudantes, de maneira experimental, aproximamos as reflexões do pensar latino-americano e pensar poética, para isso, utilizamos como exercício a produção de textos de cordéis, tendo em vista a construção de uma narrativa centrada no cotidiano das(os) estudantes; a segunda parte encontra-se a fundamentação teórica, em que discutimos as bases do pensar filosófico latino-americano numa perspectiva da libertação, em destaca-se a consequências do processo de aproximação, dominação e colonização dos europeus na América Latina. O texto é uma mescla de passagens poéticas que se articulam com o pensamento filosófico.Item FILOSOFAR COM A TERRA OU UMA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DO CAMPO(Universidade Estadual do Paraná, 2021-08-02) CAMARGO, Eliane de Fátima; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/1471162097887368; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; BAIERSDORF, Márcia; http://lattes.cnpq.br/2408431985055556; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935A pesquisa exposta buscou contribuir para a afirmação dos direitos dos povos do campo à uma educação desde o território. Para tanto, busquei a partir dos “saberes de experiência feito” (FREIRE, 2019), compreender e ultrapassar os silenciamentos existentes no ensino de filosofia na Educação do Campo. Assim, sem desvincular a prática na escola de um referencial teórico, o primeiro capítulo foi dedicado ao arado e à semeadura, em um filosofar que pensa o cuidado da terra. Este cuidado passou por compreender em que medida a colonização contribuiu para a petrificação de um pensamento monocultural no currículo de ensino de filosofia, negando aos sujeitos sua participação na construção do conhecimento, sobretudo, na educação paranaense. No segundo capítulo passo ao plantio, onde a discussão envolveu um filosofar com a terra. Este momento foi dedicado ao estudo do território em que se situa o Colégio Estadual do Campo São Francisco de Assis, situado em General Carneiro- PR, bem como, as lutas pela terra, compreendendo a fala dos sujeitos em um pensar intercultural (FORNET-BETANCOURT, 2004). Ao último capítulo reservo o momento da colheita, que expressa um currículo construído desde a Educação do Campo e com seus sujeitos, onde durante o processo de aprendizagem, busquei pensar uma filosofia biográfica, construindo discussões em torno de temas trazidos a partir “das/dos” estudantes e suas comunidades. E também de “autoras/es” que dialogam a partir e com o campo.Item O ENSINO DE FILOSOFIA E O DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS MARCADAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DIALÓGICO E COMUNICATIVO(Universidade Estadual do Paraná, 2021-10-05) REITZ, Rodrigo Scherer; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; http://lattes.cnpq.br/5918901673170869; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; COSTA, Leandro Sousa; http://lattes.cnpq.br/5289097817087058O presente trabalho tem como principal escopo a discussão de algumas práticas no ensino de filosofia, a partir do exercício do poder comunicativo e dialógico, no ambiente de sala de aula. Para tanto, apropriou-se, primeiramente, do conceito habermasiano da ação comunicativa e o seu alcance nos debates e práticas dialógicas em sala de aula alcançando, com tal referencial, a participação do aluno em vista do consenso. Com a atenção voltada para os relatos dos alunos, surgiu a antítese a esta perspectiva, com o amparo nos conceitos de adversários e agonismo propostos por Chantal Mouffe, debateu-se sobre as ocasiões em que surgem o dissenso. Consequentemente, o fator do dissenso se fez atual em discussões na sala de aula e para além dela, isto é, como perspectiva de análise da democracia construída por meio do embate de posições contrárias sem, contudo, entender o oposto como aquele que deve ser eliminado. No percurso da prática de sala de aula, surgiu um tempo difícil que também serviu de base para um relato de experiência de ensino durante o período de pandemia causada pelo COVID19. Assim, os aspectos do ensino de filosofia, vistos a partir do exercício dialógico em sala de aula, conjugou-se com elementos do consenso, do dissenso culminando com a experiência do professor distante do contato com a sala de aula, confluíram como os aspectos mais relevantes do presente trabalho.Item CONSTRUINDO PRÁTICAS DE ENSINO DE FILOSOFIA: AS MÍDIAS DIGITAIS E A FORMAÇÃO INTEGRAL DO JOVEM DO ENSINO MÉDIO(Universidade Estadual do Paraná, 2021-10-28) IACHITZKI, Miguel; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/9552968535030064; FARAH, Angela; http://lattes.cnpq.br/4008230583070323; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935Este trabalho de pesquisa divide-se em duas partes principais. A primeira apresenta uma breve análise de alguns escritos dos filósofos Gilles Lipovetsky (2004) e de Byung-Chul Han (2018), sobre as influências das tecnologias de comunicação e informação de massa na formação cultural, pois ambos desenvolvem análises sobre a sociedade contemporânea, que se desvela como resultado de uma economia globalizada neoliberal, a qual carrega como características básicas: produtividade, consumo, instantaneidade e excesso de informação. Nesse contexto, não se pode ignorar a eficaz influência das mídias no comportamento das pessoas. A partir da análise e compreensão dessas filosofias, busca-se desenvolver algumas reflexões sobre as influências que os jovens podem estar sofrendo desse meio social e compreender os desafios que a escola tem enquanto instituição formadora dos novos indivíduos. A segunda parte busca apresentar uma proposta de ensino de Filosofia tendo em vista uma educação para as mídias digitais. Proposta que atende às normativas metodológicas da modalidade do Ensino Médio Integral que ocorre na Escola de Educação Básica Almirante Barroso. Para tanto, apresentar-se- ão os princípios e as metodologias dessa modalidade de ensino, e, logo, uma explanação com fundamentos teóricos e metodológicos de um plano de ensino de Filosofia. O principal objetivo é dar unidade e sentidos aos conteúdos estudados na devida disciplina ao aprofundar uma reflexão interligada com os problemas concretos da vida dos jovens contemporâneos, assim contribuindo para a essencialidade do ensino de Filosofia no currículo do Ensino Médio.Item ENSINO DE FILOSOFIA, UMA LEITURA DE APROXIMAÇÃO ENTRE SOCIOLOGIA E LITERATURA NA DEMARCAÇÃO DO ESTEREÓTIPO E DAS VIOLÊNCIAS.(Universidade Estadual do Paraná, 2021-10-29) CARMONA, Marcos Rhay Codognotto; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; http://lattes.cnpq.br/7937167143215891; FERRASA, Ingrid Aline de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/0077056858830971; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928O ambiente escolar é plural, formado por sujeitos com comportamentos e culturas diferentes, que são elementos transformadores desse ambiente em um lugar propício a violências, sendo que a escola reflete em sua estrutura muito do que acontece na sociedade, inclusive se as relações sociais são marcadas por discriminações, preconceitos e atos violentos. Com base em uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia é possível confirmar essa teoria e, a partir disso, elaborar propostas de enfrentamento. Para se chegar ao objetivo de entender por que a escola reproduz estereótipos e estigmas é preciso analisar o que são e como adentram os muros dessas instituições. Ao mesmo tempo, é essencial fazer uma análise sobre tais representações negativas, e é nessa ótica que podemos traçar um paralelo com a literatura, de modo a trazer para a superfície figuras emblemáticas que, de certa forma, carregam ou corroboram para a manutenção dos estereótipos. Jeca Tatu, escrito por Monteiro Lobato, no início do século XX, é um exemplo de como um personagem pode ser carregado de estereótipos e quando apresentado sem uma atenção sobre suas características caricatas, passa a representar um ideário ou uma visão relacionada a um grupo, neste caso, os camponeses, moradores das regiões rurais e interioranas. Dessa forma, é possível desenvolver uma prática pedagógica com os estudantes do ensino médio, que resulte em análises críticas sobre como os estereótipos chegam até nós, como o recebemos, reproduzimos, e, a partir dessa criticidade, levar à compreensão de como geram preconceitos e violências, pois ao entender essa estrutura é possível combatê-la. Utilizar em sala de aula a literatura brasileira, fazendo paralelos coma filosofia e também a crítica aos padrões dominantes é possível estimular os estudantes a produzir resultados positivos, valorizando as particularidades e potencialidades de cada um.Item UMA PROPOSTA DE FILOSOFIA POP PARA O ENSINO DE FILOSOFIA(Universidade Estadual do Paraná, 2021-10-29) GELCHAKI, Sérgio; CRUZ, Estevão Lemos; http://lattes.cnpq.br/5593276758947779; http://lattes.cnpq.br/8760728367985488; COSTA, Leandro Sousa; http://lattes.cnpq.br/5289097817087058; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935Esta dissertação discorre sobre a possibilidade de uma filosofia popular a partir de aspectos da cultura pop. Como sabemos, o pensamento filosófico surgiu numa classe social superior, todavia, considerando a totalidade como seu objeto, segue-se que podemos pressupor a inclusão do viés popular como instrumento em suas discussões. Isso se justifica com base no conceito de cultura como resultado de tudo aquilo produzido pelo ser humano, pois, em contraposição ao natural, permite à filosofia traçar um caminho inclusivo para o estabelecimento de suas reflexões. Nesse sentido, particularizando o aspecto pop, reiteramos que tudo aquilo produzido pela Indústria Cultural é instrumento pop e pode servir recurso para o Ensino de Filosofia. Devido a isso, concluímos que a finalidade dessas produções consiste na difusão de ideias filosóficas. Para alcançar esse objetivo, entretanto, é necessário romper com os principais paradigmas responsáveis pelo estabelecimento de uma visão negativa tanto do aspecto popular quanto dos produtos oriundos da Indústria Cultural. Dado estes apontamentos, propomos dividir esta dissertação em duas partes. Num primeiro momento, apresentaremos alguns teóricos que não compactuam com o uso do aspecto pop. Como exemplo, podemos citar Platão, Descartes, Hegel e, principalmente, Adorno e Horkheimer. Na continuidade, indo nessa oposição, iremos expor alguns pensadores que defendem essa aproximação, tais como Hadot, que propõe a filosofia como modo de vida, e Deleuze, o primeiro autor a recorrer à expressão “filosofia pop”. Paralelo a isso, podemos citar ainda como contribuintes Paulo Freire, expoente da educação brasileira, e Charles Feitosa, uma das principais autoridades na filosofia pop. Após este diálogo inicial, no segundo capítulo, discorreremos sobre o desenvolvimento da nossa atividade pedagógica proposta pelo Mestrado Profissional, valendo-se, para isso, da metodologia pop e da filosofia existencialista, especialmente mediante as contribuições de Sören Kierkegaard e de Jean-Paul Sartre. Subjacente a isso, utilizaremos como instrumento episódios da série Rick and Morty, particularizando especialmente o estudo das noções de angústia e de liberdade. Por fim, destacamos a importância desta pesquisa no desejo de mostrar, aos profissionais da educação, a importância da utilização de novos recursos didáticos a fim de incentivar o estudante a exercer o pensamento crítico como elemento essencial para a sua formação humana e social.