Programa de Pós-Graduação em Filosofia - PROF FILO
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Filosofia - PROF FILO por Título
Agora exibindo 1 - 20 de 36
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item A AULA DE FILOSOFIA COMO ESPAÇO PARA O ENCONTRO COM A ALTERIDADE DO PENSAMENTO A PARTIR DE DELEUZE E DERRIDA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2020-07-29) RECKELBERG, Néli Terezinha Rulka; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; http://lattes.cnpq.br/8999311204106759; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198; HADDOCK-LOBO, Rafael; http://lattes.cnpq.br/5393663349640485O presente trabalho tem por intuito abordar a relação entre ensino, filosofia e alteridade. A proposta é dar a filosofia outra função que não a busca da verdade/conceito. Ao invés de usar conceitos pré- estabelecidos para pensar/filosofar, propomos fazer uso de palavras que não tenham idioma, ou seja, pensar/criar sem a preocupação de estabelecer adequações entre o conceito e as coisas. Daremos à verdade e à mentira as mesmas condições. Nossos guias nessa empreitada serão Deleuze e Derrida que, na continuação do espaço aberto por Nietzsche, buscaram assinalar os limites do conceito, na tentativa de transgredi-los. Na esteira da desconstrução, proposta por Deleuze, de subversão do pensamento representativo, e de Derrida que procura subverter a tradição metafísica ocidental, considerada por ele, logocêntrica e dominadora, buscaremos sair da zona de conforto e nos dirigir para o limite da confusão. Voltar-se às coisas mesmas, ainda que estas sempre nos escapem, e filosofar sem ter a pretensão de alcançar precisão alguma das coisas que se está vendo/pensando. De Deleuze nos apropriamos da concepção de filosofia enquanto processo de criação, ou seja, traçar planos, inventar personagens e criar conceitos. Pensar, na perspectiva deleuziana, é encontrar signos que digam o acontecimento. Pensar por conceitos é se manifestar linguisticamente, é experimentar o mundo enquanto devir, é sobrevoar o vivido com o intuito de ressignificá-lo como se o filósofo/criador fosse ignorante das verdades estabelecidas e recebidas pela tradição. Segundo a concepção de escrita/criação de Derrida, não há significados transcendentais, logo tudo é discurso, desta forma, o domínio e o jogo da significação se tornam infinitos. Com essa liberação da escritura, é possível remeter significante a significante, numa ordem infinita sem a preocupação de que estes significantes desocultem um significado primeiro.Item A DIVULGAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DA FILOSOFIA EM JORNAL NA ESCOLA: UMA LEITURA ORTEGUIANA(Universidade Estadual do Paraná, 2023-03-30) BERTOLETTI, Miriam; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; FERRASA, Ingrid Aline de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/0077056858830971; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; http://lattes.cnpq.br/4456654583414544; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; MELLO, Fábio Mansano de; http://lattes.cnpq.br/5659082125503319A presente pesquisa é tem o objetivo divulgar a democratização da Filosofia na escola básica através do Jornalismo. Assim, é apresentada toda a construção, desenvolvimento e reflexão que respondem o seguinte problema de pesquisa: De que maneira a compreensão dos conceitos filosóficos de Ortega y Gasset promove a divulgação e a democratização da Filosofia em Jornal, a partir da sala de aula? Diante isto, com o foco na problemática, esta pesquisa apresenta características qualitativas de uma pesquisa participante com a investigação filosófica pautada na fenomenologia, que caracteriza na coleta de dados e se fundamenta na abordagem etnográfica. Destaque-se que a pesquisa se apresenta em dois capítulos. O primeiro intitulado: De reflexões de José Ortega y Gasset à divulgação da Filosofia em jornal na escola, busca tecer considerações reflexivas nas ideias filosóficas orteguianas, bem como apresentar uma produção textual com base na área do Jornalismo e no fortalecimento da Filosofia quanto a sua divulgação e democratização a partir da sala de aula. No segundo capítulo: São demonstrados reflexões e apontamentos em José Ortega y Gasset no contexto da pesquisa para a divulgação e democratização da Filosofia na Escola pelo Jornal, e sistematizados os caminhos metodológicos da pesquisa, assim, expostos o cenário escolar e os elementos que a compõem as aulas planejadas, desenvolvidas e refletivas, bem como, o Jornal Filolismo produzido. Importante ressaltar que os resultados inferem que” pensar os conceitos orteguianos é uma ação filosófica” e que exige uma ligação e conexão de conceitos que são próprios do autor estudado. Assim existe a necessidade de fazer comparações conceituais diante a atividade de investigação filosófica que é associada com técnica do jornalismo, a produção do Jornal Filolismo promoveu a circulação de ideias filosóficas de Ortega y Gasset, bem como, suas implicações para se pensar a realidade circunstancial.Item A FILOSOFIA COMO OLHAR CONTEMPLATIVO: UMA PROPOSTA FRENTE À SOCIEDADE DA TRANSPARÊNCIA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-25) SANTOS, Marcel Flenik; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; http://lattes.cnpq.br/8450432569339227; HADDOCK-LOBO, Rafael; http://lattes.cnpq.br/5393663349640485; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222O presente trabalho preocupa-se com a ideia paradoxal presente no âmbito da transparência virtual, principalmente dos dispositivos móveis, que impactam direto no modo de vida dos estudantes do ensino médio. Ao vivenciar essa característica, pode-se constatar que a utilização dos dispositivos móveis, bem como seu impacto na vida cotidiana, apresenta características positivas de versatilidade para a comunicação, bem como traz problemas que não são percebidos de forma imediata. O pensador germano-coreano Byung-Chul Han denuncia os efeitos negativos advindos da transparência virtual, mas, mesmo se constatando tais ameaças, seria inútil estabelecer um abandono ou meramente demonizar sua utilização. O ensino de filosofia pode contribuir para que os estudantes compreendam esses efeitos negativos no mundo atual, ao perceber a existência de tal paradoxo, utilizando as sensações e a reflexão para aprimorarem-se a si próprios, promovendo uma vida subjetiva e coletiva melhor.Item A FILOSOFIA COMO TRAVESSIA: UMA APRENDIZAGEM FILOSÓFICA A PARTIR DA LITERATURA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-23) COSTA, Pâmela Bueno; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/0226666558356523; HADDOCK-LOBO, Rafael; http://lattes.cnpq.br/5393663349640485; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432O eixo central do presente trabalho gira em torno do ensino de filosofia, buscamos proporcionar uma experiência de travessia com a filosofia em sala de aula, a partir dos personagens da literatura. Para essa travessia selecionamos a obra de Goethe Os sofrimentos do jovem Werther e a obra de Clarice Lispector Um Sopro de vida. Os personagens irão conduzir e despertar os alunos à iniciação filosófica são Werther e Ângela Pralini. Partimos da reflexão sobre que é filosofia e ensinar filosofia, na sequência, relatamos a experiência de travessia em sala de aula com os personagens literários. A partir de Benedito Nunes desenvolvemos uma reflexão sobre a relação transacional entre filosofia e literatura. Nosso objetivo consiste em utilizar os romance de Goethe e Clarice como metodologia, isto é, o ponto de partida para a abertura do filosofar. Dessa forma, são cinco problemas filosóficos trabalhados a partir da literatura em sala de aula. Utilizamos como método o descobrimento de conceitos, a partir das leituras dos romances e a experiência dos personagens, os alunos buscam desvelar o problema. Desenvolvemos também uma ficha paradidática com os filósofos para aprofundar a discussão sobre os problemas filosóficos selecionados a partir do romance. Assim, na relação transacional entre o discurso filosófico e literário a travessia acontece e os alunos são tomados pelo desejo e admiração, sobretudo, passam a refletir e pensar a realidade, ou seja, filosofar. Outrossim em processo de autoconhecimento buscam um encontro consigo mesmo.Item A INDÚSTRIA CULTURAL E O ENSINO DE FILOSOFIA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2020-08-31) LIMA, Ademir José; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/1176457135809258; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; NOYAMA, Renata Tavares; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198A indústria cultural é um conceito desenvolvido pelos filósofos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer da Escola de Frankfurt ao perceber a reprodução da obra de arte. As expressões artísticas, a partir do desenvolvimento das técnicas de reprodução, perdem sua originalidade e passam a atender exclusivamente a lógica do mercado. Para esses filósofos toda expressão artística reproduzida é uma mercadoria destinada ao consumo. Walter Benjamim filósofo alemão e pertencente à mesma escola de Frankfurt percebe que a arte em tempos de reprodutibilidade técnica perde várias características essenciais como a aura, autenticidade e valor de culto. Contudo, Benjamim observa a possibilidade da democratização da arte a partir de certos elementos da indústria cultural como o cinema e a fotografia. Para este filósofo a arte enquanto objeto de culto está destinada a um pequeno número de pessoas privilegiadas. Mas, as expressões artísticas a partir da industrialização e do avanço das tecnologias desenvolvidas como o cinema, por exemplo, proporcionam algo ainda não experimentado no universo estético, a aproximação do grande público, ao identificar-se com aspectos sociais do seu cotidiano. Nessa perspectiva benjaminiana objetivou-se nessa proposta analisar a utilização de elementos da Indústria Cultural a partir da exibição de filmes com o propósito de sensibilizar e problematizar os temas relacionados ao ensino de filosofia no ensino médio. Os filmes escolhidos foram filme Fahrenheit 451 na perspectiva de sensibilizar para a importância do conhecimento e O show de Truman, uma análise da influência da própria indústria cultural. A presente ainda conta com a contextualização das obras dos principais filósofos sobre a indústria cultural e de textos e obras de diversos outros pesquisadores sobre o tema.Item A PARÓDIA COMO ESTRATÉGIA DE SENSIBILIZAÇÃO NO ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-30) BACHMANN, Cássio Fernando; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/8570651282442400; GREIN, Everton; http://lattes.cnpq.br/4377685673960256; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935Esta pesquisa tem como mote a paródia, nos concentramos no seguinte problema: a paródia é um método eficiente como estratégia de sensibilização no ensino de filosofia no Ensino Médio? Acredita-se que a relevância dessa pesquisa se dá em, propor uma estratégia na elaboração e aplicação de paródias no ensino de filosofia. Na busca de alicerce nos debruçamos na obra Metodologia do Ensino de Filosofia de Silvio Gallo. Seu método é apresentado e discutido no primeiro capítulo, nessa etapa, evidencia-se o que o autor chamou de quatro passos didáticos, sendo o primeiro a sensibilização. Na esteira desse conceito, visualiza-se a paródia como possibilidade, desse modo e concomitante, foi elaborada as paródias a serem aplicadas. Como paródia e música estão imbricadas, houve a percepção de resgatar alguns aspectos do surgimento da música, da arte e de sua relação com a filosofia. Também foi explorado alguns conceitos de paródia no anseio de verificar nuances por ela enfrentada ao longo da história. Por fim, é feita a explanação de nossa experiência prática e refletimos sobre os resultados. A escolha pela paródia se pautou por seu caráter cômico, porém, totalmente focado na seriedade que uma aula pede. Para além dessas questões, sugeriu-se um caminho de como elaborar paródias visando a sensibilização, bem como a sequência de passos do método de Silvio Gallo. As conclusões apresentadas não encerram a questão, deixam frestas, onde o conhecimento sempre pode encontrar seu espaço.Item AMOR, FESTA E DEVOÇÃO”: O ENSINO DE FILOSOFIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE JOÃO SURÁ - PR(Universidade Estadual do Paraná, 2024-08-28) ROSA, Renan Rodrigues; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/5208273537210241; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo promover o movimento filosófico nas análises das escutas sensível das anciãs, anciãos, lideranças quilombolas e moradores da comunidade sobre as Práticas Religiosas da Recomendação das Almas, Romarias: Dança de São Gonçalo e a Passagem da Bandeira do Divino Espírito Santo no território quilombola de João Surá-PR e analisar quais as contribuições dessas Práticas Religiosas para a Filosofia interdisciplinar no Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos, localizado no quilombo de João Surá, no município de Adrianópolis-PR. O projeto de pesquisa surgiu a partir dos movimentos de escutas dos anciões, em ouvir as suas preocupações em relação às práticas religiosas na comunidade, que com os falecimentos dos anciões e as conversões dos devotos quilombolas, que fazem parte da linha de frente nas conduções dos préstitos, a se converterem cristãos, práticas religiosas que se constituem há mais de dois séculos no território quilombola guiados pelas devoções das anciãs e anciãos que são os detentores de saberes na construção do conhecimento e resistência no território. A pesquisa tem caráter qualitativo, nas quais a metodologia baseou-se em referenciais bibliográficos de pensamento filosófico de autora/autor anticolonial, trazendo uma fundamentação teórica potente na descolonização mental, abordando as oralidades negra nas saídas de campo, nas entrevistas com as anciãs, anciãos e lideranças quilombolas, em sentar, ouvir e fazer os registros das suas escutas nos movimentos de lutas e dos relatos memoriais das histórias de vivências e re-existência no território, que com as saídas de campo e o movimento de escuta dos anciões será realizado a elaboração do livro histórias em quadrinhos sobre as Práticas Religiosas no Quilombo de João Surá. A dissertação além de abordar as lutas territoriais, anseios e re-existências do povo negro, traz nas leituras as manifestações dos saberes feitos no território, que não são abordados em livros didáticos e distribuídos nas escolas públicas pela SEED-PR, saberes que brotam do chão, do solo da territorialidade quilombola pelas oralidades dos anciões na Educação Quilombola, que para o desenvolvimento da Educação Escolar Quilombola é necessário conhecer o chão da escola e tramar as estratégias de movimentos de lutas por uma educação descolonizadora.Item CONSTRUINDO PRÁTICAS DE ENSINO DE FILOSOFIA: AS MÍDIAS DIGITAIS E A FORMAÇÃO INTEGRAL DO JOVEM DO ENSINO MÉDIO(Universidade Estadual do Paraná, 2021-10-28) IACHITZKI, Miguel; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; http://lattes.cnpq.br/9552968535030064; FARAH, Angela; http://lattes.cnpq.br/4008230583070323; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935Este trabalho de pesquisa divide-se em duas partes principais. A primeira apresenta uma breve análise de alguns escritos dos filósofos Gilles Lipovetsky (2004) e de Byung-Chul Han (2018), sobre as influências das tecnologias de comunicação e informação de massa na formação cultural, pois ambos desenvolvem análises sobre a sociedade contemporânea, que se desvela como resultado de uma economia globalizada neoliberal, a qual carrega como características básicas: produtividade, consumo, instantaneidade e excesso de informação. Nesse contexto, não se pode ignorar a eficaz influência das mídias no comportamento das pessoas. A partir da análise e compreensão dessas filosofias, busca-se desenvolver algumas reflexões sobre as influências que os jovens podem estar sofrendo desse meio social e compreender os desafios que a escola tem enquanto instituição formadora dos novos indivíduos. A segunda parte busca apresentar uma proposta de ensino de Filosofia tendo em vista uma educação para as mídias digitais. Proposta que atende às normativas metodológicas da modalidade do Ensino Médio Integral que ocorre na Escola de Educação Básica Almirante Barroso. Para tanto, apresentar-se- ão os princípios e as metodologias dessa modalidade de ensino, e, logo, uma explanação com fundamentos teóricos e metodológicos de um plano de ensino de Filosofia. O principal objetivo é dar unidade e sentidos aos conteúdos estudados na devida disciplina ao aprofundar uma reflexão interligada com os problemas concretos da vida dos jovens contemporâneos, assim contribuindo para a essencialidade do ensino de Filosofia no currículo do Ensino Médio.Item Da geo-filosofia da libertação em Enrique Dussel ao acampar poéticogeográfico em Paulo Leminski(Universidade Estadual do Paraná, 2021-05-06) MEDEIROS, Josemi Teixeira; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; http://lattes.cnpq.br/2364876534391414; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; KRACHENSKI, Naiara Batista; http://lattes.cnpq.br/192753215591211; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726O resultado da pesquisa é a produção de um texto desenvolvido a partir da prática docente fundado no pensamento latino-americano e na poesia, para isso, utilizamos o pensamento de Enrique Dussel e o pensamento poético de Paulo Leminski. A construção textual foi desenvolvida em duas partes: a primeira parte a prática docente, em que expomos um relato etnográfico das atividades realizadas pelas(os) as(os) estudantes, de maneira experimental, aproximamos as reflexões do pensar latino-americano e pensar poética, para isso, utilizamos como exercício a produção de textos de cordéis, tendo em vista a construção de uma narrativa centrada no cotidiano das(os) estudantes; a segunda parte encontra-se a fundamentação teórica, em que discutimos as bases do pensar filosófico latino-americano numa perspectiva da libertação, em destaca-se a consequências do processo de aproximação, dominação e colonização dos europeus na América Latina. O texto é uma mescla de passagens poéticas que se articulam com o pensamento filosófico.Item DESCOLONIZANDO A SALA DE AULA PARA DESCOLONIZAR O ENSINO DE FILOSOFIA(Universidade Estadual do Paraná, 2022-03-18) PIRES, Odenir Francisco; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/7798082286720138; NOYAMA, SAMON; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; CRUZ, Cassius Marcelus; http://lattes.cnpq.br/6312918210963869Durante nossa atuação como docente da disciplina Filosofia desde 2016, no Colégio Estadual Casimiro de Abreu, no município de Porto Vitória-PR, observamos que parte considerável de estudantes do Ensino Médio demonstravam desinteresse pelas aulas. Em 2019, no âmbito do Mestrado Profissional em Filosofia (PROF- FILO), iniciamos um processo de escuta em uma das turmas da escola, com o intuito de compreender possíveis motivos de desinteresse nas aulas de Filosofia. Tendo como principal referencial Paulo Freire, na obra “Pedagogia do Oprimido” (1987), procuramos desenvolver o trabalho construindo um ciclo dialógico de investigação, problematização e sistematização em aulas semanais de filosofia. O início de trabalho com objetivo conhecer melhor os e as estudantes teve como tema “Histórias de vidas: Quem somos nós?”. Cada estudante escreveu sobre sua história de vida, bem como de suas famílias e a cada aula ampliamos os diálogos até ser desvelada uma questão que foi o objeto de estudo, ou seja, o tema gerador: a sala de aula como objeto de reflexão filosófica. Passamos a compreender o que envolve a sala de aula, professores/as e o que ela representa histórica e filosoficamente. Abordamos conteúdos como: Formação do Estado Moderno; Iluminismo; Colonização e Modernidade e os processos de escolarização em território brasileiro. À medida que avançávamos na pesquisa, problematizamos e recriamos a sala de aula no ensino de filosofia; desvelamos sentidos da sala de aula a partir do território; abordamos a educação e relações étnico-raciais, assim como reflexões no campo teórico-prático sobre a história de escola pública na modernidade. O trabalho aqui apresentado expressa esta construção coletiva. No primeiro capítulo apresentamos o processo de colonização com ênfase no Ensino de Filosofia no Brasil e nosso envolvimento enquanto cidadão negro e professor de Filosofia. No segundo capítulo abordamos o Ensino de Filosofia em diálogo com a obra Pedagogia do Oprimido (FREIRE,1987). No terceiro capítulo apresentamos uma síntese das ações com os e as estudantes. Ao final, observou-se que os e as estudantes têm interesse pelo Ensino de Filosofia, no entanto, quando as aulas ocorrem de forma verticalizada, com concepção teórico-prática que vai de encontro da Educação Bancária (FREIRE; 1987) o resultado é o desinteresse. Conforme o caminho percorrido entendemos que os processos de ensino-aprendizagem e o formato da sala de aula não são os únicos elementos que causam desinteresse, mas sem dúvida, a organização pedagógica nos parâmetros colonial/moderno interfere significativamente na significação do conhecimento e sua importância na formação humana.Item DISPOSIÇÃO PARA O PRECIPÍCIO: A FILOSOFIA NO ENSINO ENGENDRADA PELA POESIA.(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-29) DOMINGUES, Bruna Gabriela; CRUZ, Estevão Lemos; http://lattes.cnpq.br/5593276758947779; http://lattes.cnpq.br/6794757901295304; FÉLIX, Wagner Dalla Costa; http://lattes.cnpq.br/7293060756870545; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928O escrito que se seguirá arrisca uma posição: ensina-se filosofia com poesia e que tal possibilidade se dá porque a filosofia é essencialmente poética. Para fundamentar tal posição tomar-se-á como base epistemológica os escritos do filósofo alemão Martin Heidegger, especialmente de sua obra tardia. A presente proposta fundamentará que a possibilidade do que será arriscado efetiva-se na medida em que o dito “ensino de filosofia” acontece através de um Triangulo Amoroso: espanto, salto e a-bismo – um acontecer originário da linguagem genuinamente poético. Consequentemente, defender-se-á que o fazer filosófico é – sobretudo e necessariamente – poético. Para conduzir tal acontecimento, será proposta uma metodologia de ensino de filosofia, a saber, a “psicagogia”: uma condução artística e poética das almas por meio das palavras. Uma condução do olhar do aluno para uma aprendizagem filosófica. Para pôr à prova a possibilidade de uma condução psicagógica que norteie adequadamente a visão do aluno, a obra de FernandoItem DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONFLUÊNCIAS ENTRE FILOSOFIAS E INFÂNCIAS(Universidade Estadual do Paraná, 2024-09-06) LIMA, Rafael Costa de; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/1699545387251102; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; BAIERSDORF, Márcia; http://lattes.cnpq.br/2408431985055556Esta dissertação é resultado de uma pesquisa que objetivou traçar confluências entre infâncias e filosofia como reaprendizagem da docência. A escrita adota a perspectiva de pesquisa autobiográfica ao narrar aprendizados e reaprendizados movidos pelo compromisso em acolher as crianças como sujeitos de pensamentos e de cultura. Observações, reflexões, inquietudes, planejamentos e registros de práticas que se inspiraram na educação como ação intercultural implicada na comunicação entre o adulto (professor) e as crianças foram fios que teceram processos de filosofar sobre a docência na educação infantil. Acolher, se solidarizar e aprender com as infâncias com as quais desenvolvemos este trabalho permeou as narrativas aqui apresentadas como práxis intercultural da filosofia. Este caminho procurou valorizar expressões filosóficas das crianças por meio da escuta para que suas perguntas não se percam. Este quefazer ocorreu desde o território, a Região do Contestado Paranaense de modo que o filosofar com as infâncias se constituiu como experiência desde nosso solo. As vozes das crianças se expressam em desenhos, em relatos de brincadeiras, contações de histórias que ocorreram desde o chão de uma escola e nos moverem a problematizar os espaços, a história, as políticas de educação infantil e a prática da docência. O filosofar como um processo de diálogo convida a repensar o humano que habita em nós e inspira a romper com a monocultura de pensamentos e a pobreza de experiências. Como quefazer humano filosofia e educação se fazem desde culturas e experiências contextuais, portanto, podem ser vivenciadas em todas as idades e regiões do mundo, mas requer a criação de espaços e temporalidades acolhendo as diversidades. Imaginar outros mundos possíveis, construindo inéditos viáveis com as infâncias, envolve abrigar as infâncias que nos habitam e cuidar das infâncias com as quais convivemos, criando boas memórias e experiências.Item EDUCAÇÃO E DISSENSO: OS CÍRCULOS DE CULTURA COMO VIVÊNCIA DEMOCRÁTICA NA ESCOLA(Universidade Estadual do Paraná, 2024-11-18) PEREIRA, Solange Alves; COSTA, Leandro Sousa; http://lattes.cnpq.br/5289097817087058; http://lattes.cnpq.br/1626114266737118; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; JUNIOR, Paulo Borges de Santana; http://lattes.cnpq.br/1503481482254393Esta pesquisa explora a visão de Paulo Freire sobre a democracia radical e substantiva, enfatizando seu papel crucial na formação humana emancipatória. Esta análise se baseia na metodologia dos Círculos de Cultura propostas por Freire, adotando uma abordagem interdisciplinar que une a filosofia e os princípios da educação. Essa pesquisa é especialmente relevante no contexto do ensino médio integrado ao curso profissionalizante para a formação de docentes, local de implementação da prática . Assumimos que a construção da democracia na escola está intimamente conectada à democratização da sociedade à qual está inserida. Escolhemos Paulo Freire como principal referência teórica e identificamos outros pensadores contemporâneos que discutem este tema. Entre eles, destaca-se a filósofa belga Chantal Mouffe, cujas ideias são essenciais para entender o cenário atual e os desafios que a democracia escolar enfrenta. Reconhecemos que o pensamento de Freire é muito relevante na análise da sala de aula contemporânea em escolas públicas. Freire retrata a sala de aula como um espaço democrático que valoriza as relações dialógicas estabelecidas nas redes de indivíduos, em um contexto crítico pós-moderno.Item ENSINO DE FILOSOFIA E O DIREITO À EDUCAÇÃO DE MENINAS E MULHERES(Universidade Estadual do Paraná, 2023-03-30) KINGERSKI, Liliam Beatris; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/4884221217228069; NOYAMA, Renata Ribeiro Tavares da Silva; http://lattes.cnpq.br/1244708248830432; CARVALHO, Flávio José de; http://lattes.cnpq.br/1219291457473728A Filosofia, enquanto área de conhecimento cujas características principais são indagar acerca da condição humana, do mundo, da realidade, dos sentidos e significados, das dimensões éticas, estéticas, políticas, epistêmicas entre outras, ao se efetivar como ensino, promove o pensamento por meio do estudo e reflexões de sua tradição. Como vivemos sob a égide de uma sociedade patriarcal, é notório a hegemonia da presença masculina, branca e ocidental-europeia no ensino de filosofia, em nível de graduação e nos currículos do Ensino Médio. Neste contexto, o ponto de partida da pesquisa aqui apresentada é a ausência de mulheres como produtoras de conhecimento filosófico, constatado na análise de documentos oficiais que normatizam ou orientam processos de escolarização. A metodologia adotada foi a análise documental, a pesquisa participante e produção de narrativas biográficas com estudantes do Ensino Médio. O contexto de realização das atividades ocorreu entre 2020 e 2021 e, devido à pandemia do COVID-19, parte das atividades foram desenvolvidas por meio do ERE (Ensino Remoto Emergencial). No processo de investigação temática com as e os estudantes, o direito à educação das mulheres tornou-se o problema de pesquisa, sob o qual realizamos um total de 24 aulas no formato de ERE e 25 aulas presenciais. Na aplicação das aulas, levantamos a seguinte questão: “Qual a atualidade da obra ‘Reivindicação dos Direitos da Mulher’ (1792), de Mary Wollstonecraft?” Nosso itinerário didático-pedagógico teve como objeto de análise e problematização a ausência da visibilidade de mulheres, enquanto produtoras de conhecimentos, na história da Filosofia e na educação. No desenvolvimento da pesquisa, analisamos biografias, narrativas biográficas de mulheres das famílias das e dos estudantes, bem como memórias e vivências pessoais. Esse ciclo de ensino-aprendizado envolveu leituras de obras de mulheres filósofas e de outras áreas de conhecimentos. As e os estudantes, no processo de aprendizagem, produziram poemas, imagens, ensaios e diários de aprendizagens relacionados ao tema.Item ENSINO DE FILOSOFIA, UMA LEITURA DE APROXIMAÇÃO ENTRE SOCIOLOGIA E LITERATURA NA DEMARCAÇÃO DO ESTEREÓTIPO E DAS VIOLÊNCIAS.(Universidade Estadual do Paraná, 2021-10-29) CARMONA, Marcos Rhay Codognotto; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; http://lattes.cnpq.br/7937167143215891; FERRASA, Ingrid Aline de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/0077056858830971; MORAES, Marcelo José Derzi; http://lattes.cnpq.br/4674563730089198; SCHNORR, Giselle Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928O ambiente escolar é plural, formado por sujeitos com comportamentos e culturas diferentes, que são elementos transformadores desse ambiente em um lugar propício a violências, sendo que a escola reflete em sua estrutura muito do que acontece na sociedade, inclusive se as relações sociais são marcadas por discriminações, preconceitos e atos violentos. Com base em uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia é possível confirmar essa teoria e, a partir disso, elaborar propostas de enfrentamento. Para se chegar ao objetivo de entender por que a escola reproduz estereótipos e estigmas é preciso analisar o que são e como adentram os muros dessas instituições. Ao mesmo tempo, é essencial fazer uma análise sobre tais representações negativas, e é nessa ótica que podemos traçar um paralelo com a literatura, de modo a trazer para a superfície figuras emblemáticas que, de certa forma, carregam ou corroboram para a manutenção dos estereótipos. Jeca Tatu, escrito por Monteiro Lobato, no início do século XX, é um exemplo de como um personagem pode ser carregado de estereótipos e quando apresentado sem uma atenção sobre suas características caricatas, passa a representar um ideário ou uma visão relacionada a um grupo, neste caso, os camponeses, moradores das regiões rurais e interioranas. Dessa forma, é possível desenvolver uma prática pedagógica com os estudantes do ensino médio, que resulte em análises críticas sobre como os estereótipos chegam até nós, como o recebemos, reproduzimos, e, a partir dessa criticidade, levar à compreensão de como geram preconceitos e violências, pois ao entender essa estrutura é possível combatê-la. Utilizar em sala de aula a literatura brasileira, fazendo paralelos coma filosofia e também a crítica aos padrões dominantes é possível estimular os estudantes a produzir resultados positivos, valorizando as particularidades e potencialidades de cada um.Item FACÃO, ESPINGARDA E HERÓIS: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916)(Universidade Estadual do Paraná, 2023-04-28) BRACIAK, Paulo; NOYAMA, Samon; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; -; PEREIRA, Marinê de Souza; http://lattes.cnpq.br/8664435827314548; DELBÓ, Adriana; http://lattes.cnpq.br/6600189022732543A religiosidade normalmente se apresenta como um terreno fértil para diversas abordagens filosóficas. De um modo particular a religiosidade vivenciada pelo homem grego assume o papel determinante por proporcionar condições para formar o homem e apresentando-se como fundamento para edificar uma organização social. O desenvolvimento da arte trágica é para Nietzsche a maior e a forma mais elevada do reconhecimento e da exaltação do mito. Assim, a religiosidade assume o papel de ser a lente pela qual se interpreta o mundo, possibilita condições para formar a identidade homem grego e apresenta-se como fundamento para edificar uma organização social. Reconhecendo a importância da consciência mítica na sociedade grega e para a formação de um modo de existir, vislumbramos algumas semelhanças nas formações das comunidades do povo Caboclo, que viveu na região do contestado no período da Guerra do Contestado. Edifica-se uma religiosidade desprendida de regras e dogmas, uma religiosidade que liberta, que une e que possibilita as condições de resistência e existência para um povo que está prestes a ser aniquilado. A partir de alguns autores, buscamos identificar neste movimento algumas possibilidades de desenvolvermos a desafiadora arte do ensino de filosofia.Item FILOSOFAR COM A TERRA OU UMA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DO CAMPO(Universidade Estadual do Paraná, 2021-08-02) CAMARGO, Eliane de Fátima; SCHNORR, Gisele Moura; http://lattes.cnpq.br/7136004914851928; http://lattes.cnpq.br/1471162097887368; SILVA, Daniel Santos da; http://lattes.cnpq.br/3022521670935308; BAIERSDORF, Márcia; http://lattes.cnpq.br/2408431985055556; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935A pesquisa exposta buscou contribuir para a afirmação dos direitos dos povos do campo à uma educação desde o território. Para tanto, busquei a partir dos “saberes de experiência feito” (FREIRE, 2019), compreender e ultrapassar os silenciamentos existentes no ensino de filosofia na Educação do Campo. Assim, sem desvincular a prática na escola de um referencial teórico, o primeiro capítulo foi dedicado ao arado e à semeadura, em um filosofar que pensa o cuidado da terra. Este cuidado passou por compreender em que medida a colonização contribuiu para a petrificação de um pensamento monocultural no currículo de ensino de filosofia, negando aos sujeitos sua participação na construção do conhecimento, sobretudo, na educação paranaense. No segundo capítulo passo ao plantio, onde a discussão envolveu um filosofar com a terra. Este momento foi dedicado ao estudo do território em que se situa o Colégio Estadual do Campo São Francisco de Assis, situado em General Carneiro- PR, bem como, as lutas pela terra, compreendendo a fala dos sujeitos em um pensar intercultural (FORNET-BETANCOURT, 2004). Ao último capítulo reservo o momento da colheita, que expressa um currículo construído desde a Educação do Campo e com seus sujeitos, onde durante o processo de aprendizagem, busquei pensar uma filosofia biográfica, construindo discussões em torno de temas trazidos a partir “das/dos” estudantes e suas comunidades. E também de “autoras/es” que dialogam a partir e com o campo.Item FOUCAULT: UMA LEITURA FILOSÓFICA SOBRE A DELINQUÊNCIA.(Universidade Estadual do Paraná, 2024-02-15) SINGERSKI, Luana Sauthier; COSTA, Martha Gabrielly; http://lattes.cnpq.br/8821261578659682; http://lattes.cnpq.br/4758944780095321; ALMEIDA, Antônio Charles Santiago; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726; SILVA, Anderson Aparecido Lima da; http://lattes.cnpq.br/3454580539322746A pesquisa em apreço trata do tema da delinquência sob a perspectiva de Michel Foucault e tem como objetivo a promoção de um estudo sobre as prisões enquanto forma de punição e a sobre a produção deliberada da delinquência dela decorrente. Ademais, buscou-se traçar uma discussão sobre a temática proposta junto aos estudantes do 1o ano Tecnológico, do Ensino Médio do Colégio São Cristóvão, a fim de fomentar uma análise crítica e de cunho filosófico sobre o problema da delinquência, a partir das contribuições do mencionado filósofo. Assim, partindo-se de uma revisão bibliográfica e adotando-se uma análise de pesquisa descritiva, buscou-se compreender as análises foucaultianas acerca da prisão enquanto forma punitiva, bem como a conclusão do filósofo sobre a delinquência enquanto produto prisional. Desta forma, o presente trabalho se divide em quatro momentos distintos. Primeiramente, buscou-se compreender o traço genealógico utilizado por Foucault em sua análise sobre a pena de prisão e o contexto social que o levou a se interessar pelo tema; ainda neste primeiro momento, deu-se início à compreensão das primeiras formas punitivas, executadas por meio dos suplícios. Em um segundo momento, a tratativa evoluiu para uma compreensão sobre o poder disciplinar e sobre a arte de punir implementada através da pena de prisão. No terceiro momento da pesquisa realizou-se uma depreensão sobre a delinquência como produto prisional e uma discussão sobre a possibilidade de penas alternativas à prisão. A pesquisa teórica serviu de base para a criação de material didático sobre os temas, anexado ao final de cada um dos três primeiros capítulos. Por fim, a partir das três primeiras etapas da pesquisa, foi realizada uma reflexão sobre a experiência pedagógica vivenciada no Colégio São Cristóvão e junto aos estudantes do 1o ano do Ensino Médio Tecnológico.Item KARL MARX, ALIENAÇÃO E LIVRO DIDÁTICO(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ, 2019-04-29) WALCZAK, Lisandro; STADLER, Thiago David; http://lattes.cnpq.br/6488253625581935; http://lattes.cnpq.br/9587346388182035; LONGHI, Armindo; http://lattes.cnpq.br/5485015785154284; SANTIAGO, Antônio Charles; http://lattes.cnpq.br/5446755649820726A desigualdade social e o abismo econômico entre as classes sociais se mostram em nosso tempo com uma condição de naturalidade. A falta de problematização sobre as injustiças sociais, o fortalecimento das transmissões de saberes que conduzem à aceitação do status quo, o conformismo, e a condição de submissão aos ideais do capitalismo ganha cada vez mais força. Nessa dissertação problematizaremos um dos meios pelos quais essa naturalização da desigualdade social pode ser transmitida. Esse meio é o da educação. Para isso recorremos a Karl Marx para enfrentarmos a estrutura da educação de nosso tempo e a nossa atuação enquanto docente diante dos ideias trazidos pela ideologia do capitalismo. A aproximação de Marx para o contexto educacional se mostra como algo importante para a condução desse estudo, no qual se buscou ater-se aos critérios do PROF-FILO, em que a prática docente é colocada em estudo nas aulas de filosofia para que juntamente com o tema apresentado para a condução da reflexão, possamos repensar não somente nossa prática docente enquanto professores de filosofia, como também trazer para o estudo a investigação sobre o assunto selecionado. Assim, esse estudo percorre pela investigação e problematização do livro didático de filosofia “Filosofando – Introdução à filosofia”, como um instrumento didático- metodológico e como um produto comercializado entre o Estado e o interesse privado [editoras]. Assim, dois procedimentos foram colocados em prática na sala de aula: 1) em uma turma os estudos foram exclusivamente por via do livro didático; 2) noutra turma houve o apoio em textos marxianos e marxistas. A atenção do estudo fora dada ao conceito de alienação, em especial como ele se mostra no pensamento de Karl Marx, para que possamos analisar assim como ocorre o entendimento deste conceito de acordo com cada proposta de aula.Item LOUCURA, SABER-PODER EM MICHEL FOUCAULT E O FILME BICHO DE SETE CABEÇAS: UMA PROPOSTA PARA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA NO ENSINO MÉDIO.(Universidade Estadual do Paraná, 2024-08-02) TRAVA, Marcella Aparecida Schiavo; SILVA, Stela Maris da; http://lattes.cnpq.br/4695103821057915; http://lattes.cnpq.br/2823118978763517; NOYAMA, Samon; http://lattes.cnpq.br/4136748079494222; NOGUEIRA, Juslaine de Fatima Abreu; http://lattes.cnpq.br/5283169846765859O presente estudo intitulado Loucura, Saber-Poder em Michel Foucault e o filme Bicho de Sete Cabeças: Uma proposta para experiência filosófica no ensino médio, é resultado de inquietações que foram surgindo com as mais complexas situações vivenciadas, enquanto assistente social e professora de Filosofia, no qual, tentou-se apreender o visível. Porém, na ânsia por ampliar o olhar e a recusa da vivência do “mesmo”, ocasionou a busca por alternativas para resistir e talvez encontrar respostas. Foi no âmbito da sala de aula que a pesquisa se consolidou a partir da construção do objetivo, que teve como foco analisar quais as contribuições da concepção de loucura, saber-poder, em Michel Foucault, para o estudo do filme Bicho de sete cabeças (2000), na disciplina de Filosofia. Com tal objetivo de pesquisa se buscou observar como os(as) estudantes e professores(as) do ensino médio das escolas estaduais, no município de Sabáudia – Paraná, compreendem a loucura em sala de aula, com base na visão de loucura para Foucault e como o saber-poder é percebido a partir da teorização e análise fílmica. Aponta-se a diminuição do papel da disciplina de filosofia na formação básica e a inviabilidade das possibilidades de autonomia do docente em apresentar, em sala de aula, problemáticas que vêm ao encontro com a realidade. Assim, o trabalho apresenta a história de vivência e conhecimento sobre saúde mental e a loucura, relacionando a temática com o chão da escola e a análise experimentada dos(as) estudantes e professores(as) que expõem o trabalho empírico e seus efeitos na comunidade escolar.