Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática - PRPGEM

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    MOVIMENTOS ASSOCIADOS A HABILIDADES ESPACIAIS EM CONSTRUÇÕES DE CENÁRIOS ANIMADOS NO GEOGEBRA PARA A DIFERENCIAÇÃO DE OBJETOS DA GEOMETRIA PLANA E ESPACIAL
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2023/02/28) KOFTUN, Camila Maria; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; http://lattes.cnpq.br/5412467386882464; DANTAS, Sérgio Carrazedo; http://lattes.cnpq.br/5137837974828532; CUÉLLAR, Daysi Julissa García-; http://lattes.cnpq.br/9968558637717566
    A construção de Cenários Animados no GeoGebra permite promover discussões sobre conceitos e representações da matemática durante o seu desenvolvimento. Considerando esse objeto de estudo, a presente dissertação busca investigar: como ocorre a diferenciação entre objetos da Geometria Plana e Espacial durante a construção de Cenários Animados no GeoGebra? Para isso, baseia-se em pressupostos da metodologia de pesquisa Design-Based Research, que é indicada para propostas de aplicações práticas que investigam as tecnologias em ambientes digitais educacionais. O trabalho está apresentado no formato multipaper, composto por uma coleção de artigos, cada um com seu objetivo específico, de maneira que, juntos, buscaram responder ao problema de pesquisa geral. Neste caso, dois artigos teóricos e um artigo empírico compõem o trabalho. Iniciou-se por um estudo teórico sobre a Geometria, considerando o contexto histórico na resolução de problemas, os processos de ensino e a disposição do conteúdo no currículo da Educação Básica, que permitiu identificar obstáculos como a abordagem da Geometria Plana desvinculada da Geometria Espacial, confusões entre a componente figural e conceitual dos objetos geométricos e a maneira estática com que são trabalhados, em livros didáticos, por exemplo. Então, foi possível estabelecer potencialidades do GeoGebra para o ensino da Geometria Plana e Espacial, que foram evidenciadas a partir da construção do Cenário Animado Cubo na esteira. Essas contribuições do software estão associadas principalmente ao seu dinamismo, ou seja, aos movimentos que podem ser empregados sobre os objetos geométricos construídos no GeoGebra, as suas ferramentas e ao ambiente que permite trabalhar simultaneamente com as janelas de visualização 2D e 3D, permitindo associar objetos geométricos planos e espaciais e reconhecer características que os definem em relação a sua representação e conceito. O segundo estudo teórico analisou a relação dos movimentos executados no GeoGebra com os movimentos associados ao pensamento espacial, que são os principais elementos teóricos que norteiam as análises da pesquisa. Foi identificado que movimentos realizados em objetos na mente estão associados a habilidades espaciais, como rotação mental, perspectiva, julgamento espacial e construção mental, que compõem o pensamento espacial e ajudam a pensar e agir sobre situações envolvendo principalmente o espaço. Ao analisar as estratégias utilizadas pelas autoras deste trabalho quando construíram o Cenário Animado Casa no GeoGebra, foi possível identificar que os movimentos de girar, mover, ampliar, reduzir e reposicionar objetos geométricos foram importantes no processo de construção. Identificou-se que esses movimentos estão relacionados com as habilidades espaciais e podem contribuir para promover discussões matemáticas sobre as representações e os conceitos geométricos envolvidos na construção desse Cenário Animado. O estudo empírico levou em conta a construção do mesmo Cenário Animado, nesse caso, foi construído por uma turma de alunos do 7o ano do Ensino Fundamental, e as ações dos alunos, ao construírem a Casa, indicam que utilizaram movimentos associados às habilidades espaciais nas etapas da construção, especialmente quando buscaram validar suas estratégias, corrigir erros e identificar a posição dos elementos geométricos. As falas e ações dos alunos sobre a construção oportunizaram identificar momentos em que exploraram propriedades dos objetos geométricos planos e espaciais em relação a sua componente conceitual e figural, especialmente quando são rotacionados e comparados em diferentes perspectivas e janelas do GeoGebra. Portanto, a pesquisa oportunizou destacar o potencial da construção de Cenários Animados no GeoGebra enquanto um tipo de prática educacional promissora para o ensino de Matemática, neste caso, para a compreensão de características que aproximam e diferem objetos geométricos planos e espaciais, em que a utilização de movimentos teve grande contribuição no processo. Além disso, construir Cenários Animados e estudar sobre essas construções permitiu ampliar sua definição, incluindo e detalhando características necessárias para classificar uma construção enquanto Cenário Animado.
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    APRENDIZAGEM PROFISSIONAL DE PROFESSORAS QUE ENSINAM MATEMÁTICA EM UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA: EXPLORANDO O PENSAMENTO ALGÉBRICO
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2021/07/30) OLIVEIRA, Cristiane dos Santos; CYRINO, Márcia Cristina de Costa Trindade; http://lattes.cnpq.br/0809818122632169; http://lattes.cnpq.br/9884786623631377; ESTEVAM, Everton José Goldoni; http://lattes.cnpq.br/7355643831417416; FERREIRA, Pamela Emanueli Alves; http://lattes.cnpq.br/1845347041325856
    Diante da importância de se investigarem propostas de formação continuada de professores que Ensinam Matemática - PEM, com ênfase no protagonismo do professor, a literatura tem destacado as Comunidades de Prática - CoPs, como espaços promissores para a aprendizagem profissional. A presente investigação assumiu caráter qualitativo, com características da pesquisa-intervenção (KRAINER, 2003), pautada na análise interpretativa (ERICKSON, 1986). Neste estudo, investigou-se um grupo de professoras que ensinam Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com o objetivo de discutir elementos promotores de aprendizagens profissionais em um contexto de formação continuada, durante o processo de negociação de significados, por meio de empreendimentos envolvendo exploração de tarefas sobre o pensamento algébrico. A constituição do grupo fez parte de uma proposta, apresentada à Secretaria Municipal de Educação de Maringá - Paraná, com o intuito de promover estudos e discussões quanto a aspectos da compreensão do pensamento algébrico. Fazem parte da investigação dez professoras que participaram regularmente dos encontros. Por conta da dinâmica assumida e do envolvimento das participantes, o grupo constituiu-se como uma Comunidade de Prática - CoP. Para coleta de informações, utilizaram-se como instrumentos os registros escritos das participantes e as gravações em áudios dos encontros que, posteriormente, foram transcritos em episódios analisados neste estudo. Os resultados evidenciaram elementos na prática da CoP nomeadamente, negociações, empreendimentos e comunicação, os quais foram promissores para a aprendizagem profissional por meio dos processos de negociação de significados, em que se tornaram pontos de enfoque, perspectivas de pensamento algébrico e estratégias de resolução mobilizadas acerca de aspectos associados à generalização, ao pensamento relacional, à atribuição de significados para objetos da Álgebra e ao impacto da exploração de tarefas para a prática docente. As conclusões sugerem que propostas de formação continuada de professores que Ensinam Matemática, pautadas na perspectiva das CoPs, apresentam potencial formativo em contextos diversificados, na medida em que proporcionam a autonomia e o protagonismo dos professores, favorecendo o desenvolvimento profissional ao promover aprendizagens para ensinar Matemática.
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    ENSINO DE FRAÇÕES NA PERSPECTIVA DE MEDIÇÃO: IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/26/04) CHARNEI, Margaret; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; http://lattes.cnpq.br/1749985262806746; PAVANELLO, Regina Maria; http://lattes.cnpq.br/2774964946947107; SCHEFFER, Nilce Fatima Scheffer; http://lattes.cnpq.br/2660354136462141
    É de consenso entre os professores dos diversos níveis de ensino que há grandes dificuldades relacionadas ao ensino e a aprendizagem dos conteúdos de matemática, dentre os quais chamam a atenção as lacunas deixadas em relação ao aprendizado dos números fracionários. Neste contexto, este estudo objetiva investigar potencialidades e dificuldades da aprendizagem de frações baseada na perspectiva de medição, relacionada a alunos do 6o ano do Ensino Fundamental que já estudaram formalmente fração na perspectiva da partição, com o significado parte-todo. Para responder à questão geral do estudo, foi assumida a perspectiva qualitativa de pesquisa de cunho interpretativo. O quadro teórico evidenciou que, para a compreensão efetiva dos Números Racionais, é necessário que os alunos tenham oportunidade de estudar os diferentes significados de frações, entre eles medida, parte-todo, quociente, razão e operador, que devem ser ensinados ao longo da vida escolar, e sugerem que o início do ensino de frações seja com o significado medida. Esta interpretação coincide com a gênese histórica das frações, que emerge da necessidade de medir quantidades contínuas, sendo imprescindível estabelecer uma unidade de medida para realizar comparações multiplicativas, e a equivalência de frações é fundamentada na magnitude numérica. No entanto, de maneira geral, a predominância no ensino de frações é a visão da partição, que privilegia o significado parte- todo. Este significado tende a conduzir os estudantes ao erro, podendo levá-los a compreender que o conjunto dos números racionais é uma extensão do conjunto dos números naturais, ocasionando confusão com os procedimentos aritméticos de fração, o que prejudica a aprendizagem de Álgebra e demais conteúdos matemáticos. Os dados empíricos utilizados na análise são provenientes de vídeos e transcrições de gravações de aulas desenvolvidas no modelo do Ensino Remoto de Emergência em uma escola pública estadual do interior do Paraná, com 22 alunos do 6o Ano do Ensino Fundamental. Esses dados foram complementados pelos registros dos alunos, incluindo fotos do caderno das resoluções das tarefas e da sistematização das aprendizagens matemáticas, além de arquivos de textos enviados pela plataforma Google Classroom. O modelo educacional para o processo de análise foi o denominado Modelo 4A-Instrucional, que consiste em quatro fases de implementação de uma abordagem pedagógica, a subordinação do ensino da matemática ao aprendizado dos alunos utilizando barras Cuisenaire; e o quadro de diferenças das propriedades dos números naturais e números fracionários. As análises dos dados revelaram que, inicialmente, os alunos não reconheciam a magnitude numérica dos números fracionários porque utilizavam as propriedades dos números naturais ao comparar e operar com números fracionários, e assim apresentavam dificuldade em representar os números fracionários de maneira simbólica, não reconhecendo, inclusive, que um número fracionário de mesma magnitude possui infinitas representações. Por outro lado, ao manipular, observar e comparar as barras Cuisenaire, os estudantes perceberam as relações entre elas ao realizarem as tarefas, e construíram ideias matemáticas relacionadas às frações. Desta forma, os alunos compreenderam a diferença da magnitude dos números naturais para os fracionários, reconhecendo as frações equivalentes e operando corretamente com números fracionários. Além disso, entenderam que cometiam erros ao operar com frações por utilizarem propriedades dos números naturais. Adicionalmente, foram introduzidos à linguagem algébrica sem gerar qualquer carga cognitiva. Com base nestes estudos, a conclusão é que o ensino de frações na perspectiva da medição utilizando as barras Cuisenaire, na qual uma fração é uma comparação multiplicativa entre duas quantidades do mesmo tipo medidas pela mesma unidade, apresenta-se como alternativa ontológica para superar a insuficiência da perspectiva dominante parte-todo, favorecendo o entendimento conceitual das frações.
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    ENSINO EXPLORATÓRIO DE MATEMÁTICA: O QUE DIZEM OS (FUTUROS) PROFESSORES?
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/02/28) ROSSA, Eduardo Pereira de Oliveira; ESTEVAM, Everton José Goldoni; http://lattes.cnpq.br/7355643831417416; http://lattes.cnpq.br/4654645372636414; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; RODRIGUES, Renata Viviane Raffa; http://lattes.cnpq.br/2462843431778854
    Assumindo práticas na perspectiva do Ensino Exploratório de Matemática (EEM) como complexas em termos de planejamento e efetivação pelo professor, esta dissertação de mestrado tem como objetivo investigar que aprendizagens são manifestadas nas reflexões de (futuros) professores sobre práticas de EEM. Admitindo o formato multipaper, a pesquisa se divide em três etapas, que se relacionam a objetivos específicos que sustentam cada um dos três artigos que a compõem. A primeira etapa busca investigar aspectos que influenciam a constituição e modificação da prática do professor que ensina Matemática por meio de uma revisão de literatura. Para as demais etapas da pesquisa, os dados foram produzidos a partir da realização de um grupo focal com duas professoras experientes e três recém- formadas. Os resultados do grupo focal foram divididos em duas etapas, de maneira que a segunda etapa da pesquisa focaliza as aprendizagens suscitadas em reflexões de professores esteadas na antecipação de práticas de EEM. Por sua vez, a terceira etapa da pesquisa busca investigar aprendizagens suscitadas em reflexões da efetivação de práticas desta natureza. Os resultados sugerem que ambientes colaborativos, nos quais professores e futuros professores podem interagir e compartilhar conhecimentos, compõem a essência dos processos de constituição e mudança da prática do professor. Enquanto na formação inicial estes aspectos são favorecidos nas articulações entre disciplinas e práticas no estágio supervisionado, ações de formação continuada orientadas por princípios colaborativos constituem cenários de reflexão privilegiados para a (re)constituição da prática profissional docente. Estas e outras conclusões orientaram o presente estudo para a conceitualização de aprendizagem na perspectiva social. Em relação à antecipação de práticas de EEM, os relatos apontam como ações exigentes para o professor a elaboração/adaptação de tarefas, a antecipação de estratégias de resolução, o estabelecimento de critérios de seleção e sequenciamento de resoluções para a discussão coletiva e a articulação das resoluções dos alunos com os conteúdos e objetivos programados. As aprendizagens suscitadas nas reflexões sobre esses aspectos salientam mudanças de entendimento a respeito do planejamento e da tarefa matemática, assim como acerca dos papéis de aluno e professor. Em relação à efetivação de práticas de EEM, as análises apontam como aprendizagens a influência de tarefas matemáticas para a aula; a importância da colaboração para o aprimoramento da prática; o papel do erro no processo pedagógico; a importância da promoção do engajamento dos alunos nas tarefas e da valorização de seu raciocínio; a complexidade de estabelecer conexões entre os raciocínios dos alunos, as estratégias e registros empregados, e o conteúdo objeto da aula; a relevância de um planejamento consistente, mas flexível; a importância em manter a demanda cognitiva da tarefa e a complexidade; e a influência da seleção e sequenciamento de resoluções para promover discussões alinhadas aos objetivos da aula. Da articulação dos três capítulos, considera-se que a apropriação do EEM na prática e as aprendizagens das professoras não ocorrem simplesmente quando desenvolvem aulas dessa natureza, mas sim quando essas práticas são conduzidas sob os aspectos de constituição e mudança de prática destacados no Capítulo 02, porém, não se restringindo a eles.
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    IDEIAS DE FUNÇÃO E PROBLEMAS MISTOS: UM ESTUDO COM ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/06/22) DEZILIO, Karina; REZENDE, Veridiana; http://lattes.cnpq.br/5630494004651939; http://lattes.cnpq.br/1788830974870495; NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius; http://lattes.cnpq.br/7001703570357441; SILVA, João Alberto da; http://lattes.cnpq.br/0504077638559690
    A presente pesquisa tem como principal objetivo analisar ideias de função mobilizadas por estudantes do 5o ano ao resolverem problemas mistos do tipo proporção simples e composição de medidas. Esta pesquisa é estruturada a partir da teoria dos Campos Conceituais no que se refere à elaboração do instrumento de pesquisa e análises dos dados produzidos, cujo olhar voltou-se para os esquemas e invariantes operatórios manifestados pelos estudantes. Para o seu desenvolvimento, foram elaborados 4 problemas mistos da classe de proporção simples e composição de medidas. Os problemas foram implementados com 13 estudantes de uma turma do 5o ano do Ensino Fundamental, em uma escola do campo situada na região Noroeste do Paraná. Ao resolverem os problemas, os estudantes estavam organizados em grupos. A análise dos dados ocorreu a partir de gravações em áudio dos diálogos dos grupos, de suas produções escritas e por meio de anotações da pesquisadora realizadas no diário de bordo. As análises mostram que as ideias de correspondência, dependência, regularidade, variável, proporcionalidade e modelação da função afim foram identificadas por todos os grupos, e a ideia de generalização foi manifestada em dois grupos, mostrando que é possível propor situações envolvendo ideias de função afim desde os Anos Iniciais. Foi possível também observar que a utilização de tabelas em problemas de mesma classe influenciam em sua compreensão e, consequentemente, nas ideias mobilizadas. Foi identificada a presença de três teoremas em ação, sendo dois verdadeiros e um falso, associados à modelação da função afim.
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    UMA ORGANIZAÇÃO PRAXEOLÓGICA DA CONSTRUÇÃO DO FRACTAL ÁRVORE PITAGÓRICA UTILIZANDO O SOFTWARE GEOGEBRA
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2023/02/10) SANTOS, Luan Padilha dos; MORAN, Mariana; http://lattes.cnpq.br/1703128480989350; http://lattes.cnpq.br/1789738438286945; REZENDE, Veridiana; http://lattes.cnpq.br/5630494004651939; FREITAS, José Luiz Magalhães de; http://lattes.cnpq.br/1926893866496560
    Esta pesquisa tem como objetivo investigar, por meio de praxeologias matemáticas, habilidades e objetos de conhecimento da área de Matemática e suas Tecnologias que são mobilizados por estudantes do Ensino Médio durante a construção do fractal Árvore Pitagórica no software GeoGebra. Tal objetivo foi elaborado com o intuito de responder ao seguinte problema de pesquisa: quais habilidades e objetos de conhecimento da área de Matemática e suas Tecnologias, preconizados na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, são mobilizados por estudantes do Ensino Médio durante a construção do fractal Árvore Pitagórica no software GeoGebra? Como aporte teórico-metodológico, este trabalho fundamenta-se nos princípios da Teoria Antropológica do Didático - TAD, que permitiu a elaboração de uma organização praxeológica, de forma a modelar o objeto matemático que foi foco de uma sequência didática. Este trabalho assume pressupostos metodológicos da Engenharia Didática, que auxiliou na construção e delineamento desta pesquisa. A análise de tal organização possibilitou uma investigação, na BNCC, de habilidades e objetos de conhecimento que podem ser desenvolvidos durante a construção e exploração matemática do fractal. A pesquisa foi implementada em uma turma do Ensino Médio de uma escola da rede estadual do município de União da Vitória – PR. As análises a posteriori evidenciaram que os estudantes empregaram técnicas para as resoluções das subtarefas que permitiram a validação da Organização Matemática prevista em nossa análise a priori. Além disso, identificou-se que as técnicas empregadas na Organização Matemática direcionam às habilidades; analogamente, as tecnologias utilizadas para justificar as técnicas podem indicar objetos de conhecimento da matemática; e por fim, as teorias que regem as tecnologias conduzem às unidades temáticas. A conclusão é que a elaboração e a escolha de tarefas que proporcionem o trabalho com a Geometria dos Fractais nas aulas de Matemática podem contribuir com o ensino e a aprendizagem desta componente curricular em diferentes anos de ensino, integrando aprendizagens propostas pela BNCC, como por exemplo os objetos de conhecimento Linguagem algébrica: variável e incógnita e Relações métricas no triângulo retângulo, que tiveram destaque em nossas análises, e também as habilidades Utilizar a simbologia algébrica para expressar regularidades encontradas em sequências numéricas e Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágoras ou das relações de proporcionalidade envolvendo retas paralelas cortadas por secantes. Estes e outros objetos de conhecimento, bem como outras habilidades foram possíveis de ser desenvolvidos pelos estudantes no decorrer da implementação da presente proposta.
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    O PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: CONCEPÇÕES DE MATEMÁTICA, SEU ENSINO E APRENDIZAGEM
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/28/06) GOMES, Égea Viviane; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; http://lattes.cnpq.br/1137968128690124; MORAN, Mariana; http://lattes.cnpq.br/1703128480989350; BUENO, Ana Carolina de Deus; http://lattes.cnpq.br/2889594812508814
    Este estudo teve como objetivo investigar as concepções de Matemática, seu ensino e sua aprendizagem na formação inicial de professores de Matemática. O quadro teórico está alicerçado em reflexões sobre elementos que precisam ser considerados por influenciarem e constituírem a formação inicial profissional de professores de Matemática, como as concepções da Matemática, de seu ensino e de sua aprendizagem. São tratadas inicialmente as concepções da Matemática em diferentes correntes históricas e filosóficas da Matemática, subsídios para a compreensão das concepções da Matemática que se apresentam no processo de formação de professores. Foi considerado um conjunto de aspectos que configuram duas formas de conceber a Matemática, a primeira como uma Matemática inata, incontestável, rigorosa que precisa ser descoberta, uma Matemática Pronta e Acabada; e a segunda como uma Matemática dinâmica que é construída por meio da interação do sujeito com o saber acumulado pela humanidade, ao mesmo tempo, com a sua vivência e experimentação em um mundo real, histórico, cultural e social, que também se constrói pela abstração quando há reflexão, análise, conjecturas e análises que se processam no pensamento, uma Matemática em Construção. Essas duas concepções influenciam também as formas de se conceber o ensino da Matemática, refletindo em todos os elementos que fazem parte de seu processo como no papel do professor, do aluno e na abordagem metodológica de ensino. Esta pesquisa se caracteriza como uma pesquisa qualitativa e por motivos da pandemia da Covid-19, não foi possível coletar os dados in loco, por isso a coleta foi realizada a partir de gravações das reuniões de um PIBID de Matemática de uma Universidade Pública, que ocorreram de forma remota durante o período. Foram selecionadas as reuniões em que houve discussão, planejamento e análise de tarefas de natureza exploratória. Para análise qualitativa, as falas e os diálogos dos pibidianos foram categorizados em quatro Episódios: i) Episódio 1 “Eu sei qual é a regra, mas não sei explicar o porquê.”; ii) Episódio 2 “[...] que eu realmente saia da faculdade sabendo o que eu preciso saber para eu chegar numa sala de aula e saber passar para meu aluno...”; iii) Episódio 3 “Eu expliquei assim... Eu expliquei no on-line... Eu estava tentando explicar a eles que...” (Expliquei, expliquei, expliquei...); iv) Episódio 4 “Então... ficou com essa nota.”. Os resultados revelam que as concepções dos futuros professores podem se transformar ou se afirmar durante a formação inicial conforme suas visões e leitura de mundo e que as discussões realizadas no PIBID possibilitaram a reflexão sobre concepções, convicções e crenças, proporcionando novos pontos de vista. Ao concluir esta pesquisa, verificou-se que, durante o período cronológico analisado, houve a transição das concepções prévias dos pibidianos enraizadas em uma concepção de uma Matemática Pronta Acabada para a concepção de uma Matemática em Construção.
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    UM ESTUDO SOBRE SABERES DOCENTES DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA EM MATEMÁTICA, EVIDENCIADOS EM TESES E DISSERTAÇÕES
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/10/24) BATISTA, Sara; HERMANN, Wellington; http://lattes.cnpq.br/4145451948476905; http://lattes.cnpq.br/9320483876539043; SANTOS, Talita Secorun dos; http://lattes.cnpq.br/9052886361360320; ALVES, Denis Rogerio Sanches; https://lattes.cnpq.br/0736068441083387
    Este estudo aborda a formação de professores e a importância do Programa Residência Pedagógica na preparação dos futuros professores, aprimorando suas práticas e os preparando para a profissão docente. O objetivo desta pesquisa é investigar e analisar os saberes docentes evidenciados nas teses e dissertações nos bancos de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e do Catálogo de Teses e Dissertações (CAPES), com foco na Residência Pedagógica em Matemática. Trata- se de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, na qual foram analisados trabalhos já publicados. Utilizamos a Análise Textual Discursiva (ATD) para analisar o corpus composto por cinco dissertações e quatro teses selecionadas desses bancos de dados. Inicialmente, utilizamos o descritor: “Residência Pedagógica” e “Matemática” para a seleção dos trabalhos. Essas teses e dissertações foram selecionadas após uma leitura criteriosa de seus resumos, metodologias e análise buscando elementos que permitissem a caracterização dos saberes docentes, abordados por Maurice Tardif. As categorias obtidas no processo analítico que empreende o corpus dessa pesquisa são: saberes pré-profissionais, saberes da formação profissional, saberes disciplinares, saberes curriculares e saberes das experiências no Âmbito do Programa Residência Pedagógica. Embora os saberes docentes de Maurice Tardif estejam presentes nos relatos analisados, o principal resultado indica que o saber experiencial do autor não é o mesmo saber experiencial desses residentes das pesquisas. Isso se deve a outros componentes presentes, como os alunos da graduação que estão na formação inicial, mas ao mesmo tempo estão passando pela Formação Profissional.
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    COMPETÊNCIAS EM MODELAGEM MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/03/13) SILVA, Lilian Gislaine Pereira da; VERONEZ, Michele Regiane Dias; http://lattes.cnpq.br/4294737927701301; http://lattes.cnpq.br/7065545978660840; HERMANN, Wellington; http://lattes.cnpq.br/4145451948476905; TORTOLA, Emerson; http://lattes.cnpq.br/3984024867334867
    A investigação que realizamos e cuja temática versa sobre competências em modelagem matemática é apresentada neste relatório de pesquisa no formato multipaper, composto por dois artigos, além do capítulo inicial e das considerações finais. No primeiro artigo, buscamos inventariar como o termo “competências” em modelagem matemática é apresentado em artigos científicos em âmbito nacional e internacional. Para isso, realizamos uma revisão sistemática na literatura sobre competências em modelagem matemática. Os resultados revelam que o termo "competências" em modelagem matemática desperta interesse em estudos realizados tanto no Brasil quanto internacionalmente em diversos níveis de ensino, gerando reflexões sobre as habilidades e capacidades necessárias para o desenvolvimento de competências. Destaca-se também o reconhecimento dos benefícios educacionais da modelagem matemática no desenvolvimento de competências e apontam desafios na formação de professores para promover tais competências nos alunos. No segundo artigo temos por propósito investigar o que se revela a partir das competências manifestas, por alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, no desenvolvimento de atividades de modelagem matemática. Para tanto, empregamos uma pesquisa empírica. Durante o processo, identificamos distintas competências dos alunos, a saber: a habilidade para realizar os passos individuais do processo de modelagem, a capacidade de estruturar problemas provenientes do mundo real, a aptidão para argumentar sobre os procedimentos adotados, e a competência para explorar as possibilidades oferecidas pela matemática na resolução de problemas do mundo real. Inferimos que a emergência dessas competências promovem com que os alunos dos anos iniciais assumam atitudes ativas no desenvolvimento de atividades de modelagem matemática e que a argumentação em torno da situação-problema analisada e dos resultados obtidos carregam especificidades de seus conhecimentos e do modo genuíno como lidam com situações da realidade. Como resultados do estudo empreendido ponderamos que há poucas pesquisas que se ocupam de estudar sobre a temática competências em modelagem matemática, principalmente no âmbito dos anos iniciais do Ensino Fundamental e que o olhar mais atento às competências no âmbito da modelagem matemática pode sinalizar ao professor compreensões de ordem formativa em termos de conceitos matemáticos, mas também promover aos alunos modos de agir e pensar que consideram aspectos necessários à formação deles como sujeitos ativos e participativos na sociedade.
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    MODELAGEM MATEMÁTICA COMO PROMOTORA DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO FUTURO PROFESSOR DE MATEMÁTICA
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/08/15) GALDIOLI, Larissa Cristina Rotta; VERONEZ, Michele Regiane Dias; RODRIGUES, Paulo Henrique; http://lattes.cnpq.br/2509951724012001; http://lattes.cnpq.br/4294737927701301; http://lattes.cnpq.br/4571738673788994; SANTOS, Talita Secorun dos; http://lattes.cnpq.br/9052886361360320; OLIVEIRA, Andréia Maria Pereira de; http://lattes.cnpq.br/6664329706421891
    A fim de discutir acerca da modelagem matemática em associação com o desenvolvimento profissional docente, buscamos nessa pesquisa investigar de que modo a modelagem matemática favorece o desenvolvimento profissional de futuros professores de Matemática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com caráter interpretativo, na qual assumimos um quadro teórico que considera a modelagem matemática na perspectiva da Educação Matemática e o desenvolvimento profissional docente elucidado por Judith Sowder. Optamos por um relatório que segue o formato multipaper, no qual apresentamos dois artigos que, articulados, tratam da temática escolhida. No primeiro artigo identificamos os elementos associados ao desenvolvimento profissional no contexto de uma disciplina de modelagem matemática na formação de futuros professores. A disciplina foca em discutir conceitos teóricos da modelagem matemática, explorar sua aplicação prática e permitir que os estudantes desenvolvam atividades nesse contexto. Os dados analisados foram produzidos por três futuros professores durante a disciplina. Os resultados indicam que os participantes reconhecem que a aprendizagem da modelagem matemática promove ambientes reflexivos e participativos de ensino. Eles enfatizam características como ser um aprendiz contínuo, ser flexível e dominar os conteúdos matemáticos como essenciais para seu desenvolvimento profissional. Além disso, compreendem a formação docente como um processo contínuo que requer reflexão, adaptação e integração de conhecimentos específicos e pedagógicos para um crescimento contínuo na carreira. No segundo artigo buscamos analisar as ações dos futuros professores no fazer modelagem matemática que se associam ao seu desenvolvimento profissional. Utilizando uma abordagem qualitativa, os dados foram coletados na disciplina de Modelagem Matemática, onde foram realizadas atividades sobre os temas “Difusor de ambientes” e “Qualidade do sono”. Os resultados destacaram três participantes, que abordaram seu papel ativo no aprendizado e a maneira como a modelagem matemática transformou sua percepção da matemática escolar. Eles ressaltaram a importância da aprendizagem contínua e da reflexão, tanto em relação aos conteúdos matemáticos quanto às práticas pedagógicas. Além disso, enfatizaram a conexão entre a matemática e situações do cotidiano, destacando como essas experiências influenciaram sua visão como futuros educadores. A investigação sobre como a modelagem matemática favorece o desenvolvimento profissional de futuros professores de Matemática é importante para entender como essa alternativa pode preparar os professores para enfrentar desafios contemporâneos no ensino da disciplina. Ao integrar teoria e prática na modelagem matemática, os futuros professores não apenas desenvolvem competências técnicas, mas também habilidades reflexivas, adaptativas e uma compreensão mais profunda da aplicação dos conceitos matemáticos em contextos reais, promovendo assim um crescimento significativo em sua prática educacional.
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    POTENCIALIDADES INCLUSIVAS DE INTERVENÇÕES UTILIZANDO A NEUROCIÊNCIA COGNITIVA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA EM UMA TURMA DO 3° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL COM ESTUDANTES AUTISTAS
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/10/31) SILVA, Gislaine de Fatima Brunieri da; NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius; MENEZES, Marcus Bessa; http://lattes.cnpq.br/7719250848803909; http://lattes.cnpq.br/7001703570357441; http://lattes.cnpq.br/5751375463653950; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; ONOFRE, Eduardo Gomes; http://lattes.cnpq.br/5339741056906369
    Esta pesquisa explora a contribuição da neurociência para a Educação Matemática, ampliando a compreensão dos processos educacionais e inclusivos. O objetivo principal é investigar como uma intervenção fundamentada na neurociência cognitiva pode desenvolver habilidades e competências em uma turma de terceiro ano do Ensino Fundamental, incluindo estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O estudo se baseia na questão de pesquisa: Atividades de estimulação cognitiva podem favorecer o acesso ao saber matemático de estudantes neurotípicos e autistas? A fundamentação teórica apoia-se em Vygotsky (1991), para abordar o papel das funções intelectuais no processo de ensino-aprendizagem; Relvas (2011), que discute o desenvolvimento cognitivo em resposta à estimulação; e Marine (2018), que destaca a importância da memória para a consolidação da aprendizagem. Metodologicamente, a pesquisa é bibliográfica, documental, de intervenção e de campo, com suporte de trabalhos do catálogo de teses e dissertações da CAPES e artigos em revistas de alto conceito no Qualis-CAPES. Os resultados finais indicam que atividades de estimulação cognitiva contribuíram significativamente para o aprendizado matemático, refletindo-se em um aumento no percentual de acertos ao comparar os resultados iniciais e finais do Teste de Desempenho Escolar (TDE).
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    APROXIMAÇÕES ENTRE A ROBÓTICA EDUCACIONAL E O PENSAMENTO COMPUTACIONAL
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/04/29) LIRIO, Jefferson Rodrigues; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; http://lattes.cnpq.br/2177778808979266; DANTAS, Sérgio Carrazedo; http://lattes.cnpq.br/5137837974828532; FERREIRA, Guilherme Francisco; http://lattes.cnpq.br/6650430764851555
    Este estudo fundamenta-se na Robótica Educacional (RE), no Pensamento Computacional (PC) e no Construcionismo de Seymour Papert (1980), com foco na investigação das relações identificadas entre o PC e a RE por meio de atividades pedagógicas desenvolvidas em um projeto de robótica realizado em uma escola pública municipal do interior do Paraná, com os estudantes do 5o ano do Ensino Fundamental. A investigação foi de caráter qualitativo de cunho interpretativo, com pesquisa bibliográfica e observação participante orientando as ações. O objetivo geral da pesquisa é discutir pilares do PC e conceitos matemáticos que podem ser mobilizados a partir de atividades pedagógicas de RE. Como objetivos específicos, foram definidos: estabelecer articulações no âmbito educacional entre a RE e o PC, identificando conexões com as competências gerais e as competências específicas de matemática para o Ensino Fundamental presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC); e identificar pilares do PC e conceitos matemáticos que podem ser mobilizados por meio de atividades pedagógicas desenvolvidas em um projeto de RE. A produção dos dados deste estudo foi obtida a partir das atividades realizadas no projeto de RE, as quais foram registradas por meio de dois instrumentos de pesquisa: diário de bordo do pesquisador e registro de fotos e gravação de vídeos por meio de câmera digital. Os dados registrados foram analisados considerando sua relação com os aspectos identificados em nosso referencial teórico. As análises dos dados mostraram que tanto a RE quanto o PC emergiram e foram fundamentados na filosofia do construcionismo. Já a RE revelou-se uma abordagem promissora para fomentar o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao PC, a exemplo da formulação de problemas, decomposição, abstração, depuração, reconhecimento de padrões e criação de algoritmos. De igual modo, mobilizou conceitos matemáticos relacionados à geometria, álgebra e estatística, proporcionando aos estudantes a compreensão desses conceitos por meio de atividades práticas envolvendo a construção e a programação de robôs. Por fim, a RE e o PC, quando integrados, contribuíram para o desenvolvimento de competências gerais e competências específicas de matemática previstas pela BNCC, desenvolvendo também o pensamento crítico, colaborativo e criativo, o raciocínio lógico, a comunicação, além do estímulo à resolução de problemas e à utilização e criação de tecnologias digitais.
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    DESAFIOS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DURANTE A PANDEMIA
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/06/25) SILVA, Tânia da; ESTEVAM, Everton José Goldoni; PAVANELLO, Regina Maria; http://lattes.cnpq.br/2774964946947107; http://lattes.cnpq.br/7355643831417416; http://lattes.cnpq.br/4354298193152064; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; CÍRIACO, Klinger Teodoro; http://lattes.cnpq.br/2947929641568853
    A presente dissertação integra a linha de pesquisa Conhecimento, Linguagem e Práticas Formativas em Educação Matemática, do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PRPGEM), da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), e foi motivada pela pandemia causada pela covid-19, que repercutiu muito na sociedade em geral e, particularmente, no contexto educacional. Na cidade de União da Vitória (PR), campo de realização da presente pesquisa, a situação não foi diferente. Nesse cenário, esta pesquisa objetivou analisar os desafios manifestados por Professores que Ensinam Matemática nos Anos Iniciais (PEMAI) ao relatarem práticas de ensino de matemática, desenvolvidas durante a pandemia da covid-19 (2020-2021). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que contou com dois procedimentos sequenciados para a produção dos dados, sendo: i) um Questionário (Q), respondido por dez PEMAI, que buscou conhecer as estratégias de como as aulas de matemática foram ministradas no Ensino Remoto Emergencial (ERE); as adaptações e estratégias dos conteúdos matemáticos; a devolutiva das atividades aos professores, a interação com os alunos; a aprendizagem dos alunos durante o ERE, bem como com o retorno das aulas presenciais; e ii) um Grupo de Discussão (GD), com três desses PEMAI, que buscou aprofundar e confrontar percepções e indicativos das análises preliminares das respostas aos questionários, focalizando adaptações necessárias; dificuldades e desafios do ensino de matemática nos Anos Iniciais; a flexibilização dos conteúdos matemáticos; estratégia e recursos utilizados pelos professores; os recursos tecnológicos empregados para ensinar matemática; a interação com os estudantes e famílias. Com isso, foi possível identificar os recursos tecnológicos empregados por professores que ensinam matemática no Ensino Fundamental, bem como referidas justificativas condizentes com o uso; analisar dilemas vivenciados pelos professores durante o período pandêmico nas aulas remotas; e, por fim, discutir práticas adotadas pelos professores no período pandêmico e implicações delas decorrentes. Os resultados obtidos apresentaram um ano letivo com muitos desafios, principalmente aos PEMAI, particularmente envolvendo a adaptação de práticas ao contexto remoto, com recorrência a aparelhos de celular com acesso à internet, com demandas para que familiares auxiliassem os estudantes, sendo responsáveis pelas interações com a escola. Os vídeos desempenharam um papel central nas estratégias empregadas pelos PEMAI, tanto com gravações e envios de vídeos orientadores e explicativos quanto pela recorrência de vídeos do YouTube para auxiliar os próprios professores e para complementar e ampliar explicações e orientações relacionadas a conteúdos matemáticos. As avaliações e identificações de avanços na aprendizagem matemática foram comprometidas, com indicativos de que o ensino foi situado mais em revisões de conteúdo. Os professores, enfrentando dificuldades diversas, precisaram se readaptar e aprender a utilizar seus próprios aparelhos tecnológicos, bem como os que a escola disponibilizou para uso coletivo com os estudantes. Assim, o estudo evidenciou diversas dificuldades aos professores, estudantes e familiares com o contexto pandêmico, sinalizando um legado que levará tempo para ser tratado no que diz respeito ao ensino de matemática, mas que sinaliza possibilidades encontradas pelos PEMAI e algumas novas compreensões, por exemplo, em relação ao conhecimento e aprimoramento quanto ao uso das tecnologias, ao entender que ela não substitui a presença física do professor e a questão da valorização da saúde mental.
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    AS AÇÕES DOCENTES EM AULAS DE MATEMÁTICA SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/10/16) CARNEIRO, André Tarcísio; HERMANN, Wellington; LORIN, João Henrique; http://lattes.cnpq.br/0393135551387526; http://lattes.cnpq.br/4145451948476905; http://lattes.cnpq.br/0195144794313476; CEOLIM, Amauri Jersi; http://lattes.cnpq.br/9441960693153567; ARRUDA, Sérgio de Mello; http://lattes.cnpq.br/3162292964889276
    Esta pesquisa busca embasar suas discussões conceituais na teoria do trabalho docente de Maurice Tardif e Claude Lessard, bem como na teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas. Esses referenciais teóricos são fundamentais para compreender as práticas pedagógicas e a interação comunicativa no contexto educacional. Tardif e Lessard destacam a importância da interação e comunicação na prática docente, enquanto Habermas enfatiza a comunicação como um meio de formar consensos e promover uma sociedade mais justa e democrática. Essas teorias convergem ao reconhecerem o papel crucial da comunicação na construção do conhecimento. A investigação do tipo observação-participante adota o termo "ação docente" para se referir às ações e práticas realizadas pelos professores, coordenadas pelo intercambio de atos comunicativos, por meio do código linguístico, sonoro, icônico e cinético. O objetivo geral da pesquisa é a análise das ações docentes de um professor de matemática, identificado como P1, selecionado com base em critérios específicos, como sua experiência no magistério e aceitação em participar do estudo em uma escola pública em Irineópolis – SC. A coleta de dados foi realizada em duas etapas, utilizando gravações em vídeo e áudio das aulas de matemática de P1. Além disso, o pesquisador acompanhou remotamente as ações do professor por meio das câmeras de segurança da sala de aula. Os dados coletados foram submetidos a uma Análise Textual Discursiva (ATD), que envolveu a transcrição das gravações e a identificação de unidades de significado relevantes para a pesquisa. Essas unidades foram categorizadas de acordo com os princípios da ATD, permitindo uma análise detalhada das ações de P1. Na etapa final da pesquisa, as ações docentes de P1 foram confrontadas com os conceitos de Habermas sobre agir comunicativo, agir normativo e agir instrumental. Isso permitiu identificar padrões e relações entre as dimensões do agir do professor e as categorias de ação definidas na pesquisa. Ao longo do processo, foram identificadas 13 categorias de ação docente, que incluíram desde estratégias de ensino até interações em sala de aula e aplicação de normas. Essas categorias foram analisadas à luz dos referenciais teóricos adotados, proporcionando uma compreensão mais profunda das práticas educacionais de P1. Os dados revelam que P1 adotou uma postura predominantemente normativa, evidenciando o enfoque significativo na manutenção da disciplina e da ordem na sala de aula. A pesquisa ainda contribuiu para a compreensão das práticas pedagógicas em matemática, oferecendo caminhos para novas investigações que levem em consideração a comunicação e a interação.
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    ATIVIDADES DO LIVRO DIDÁTICO A CONQUISTA DA MATEMÁTICA COM POTENCIAL PARA SEREM DESENVOLVIDAS POR MEIO DA MODELAGEM MATEMÁTICA SOB A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/10/18) ENUMO, Marcelo Neth; CEOLIM, Amauri Jersi; CIBOTTO, Rosefran Adriano Gonçales; http://lattes.cnpq.br/3356056908167229; http://lattes.cnpq.br/9441960693153567; http://lattes.cnpq.br/8528030561005043; HERMANN, Wellington; http://lattes.cnpq.br/4145451948476905; JUNIOR, Ademir Pereira; http://lattes.cnpq.br/9709453455962411
    Esta é uma pesquisa de caráter qualitativo de natureza bibliográfica, cujo objetivo geral é analisar as atividades contidas na coleção de livros didáticos A conquista da matemática, dos Anos Finais do Ensino Fundamental, que apresentam potencial para serem desenvolvidas por meio da Modelagem Matemática (MM) sob a perspectiva da Educação Matemática Crítica (EMC). Para isso, foram investigadas as atividades contidas nos quatro volumes da coleção de livro didático A conquista da matemática, de José Ruy Giovanni Júnior e Benedicto Castrucci (2018), no quadriênio de 2020 a 2023. E para esse propósito, as atividades contidas na respectiva coleção, foram analisadas, selecionadas e organizadas de acordo com as concepções da EMC, proposta por Skovsmose. A perspectiva adotada para a MM é embasada nas concepções de Ademir Donizeti Caldeira, Dionísio Burak, Jonei Cerqueira Barbosa e Jussara de Loiola Araújo, autores que investigam a MM sob a perspectiva crítica. Para organização e análise dos dados foi utilizada a Análise Textual Discursiva (ATD) de Moraes e Galiazzi. A seleção das atividades ocorreu a partir da leitura de todas as atividades contidas nos quatro volumes da coleção investigada, analisando, se apresentam potencial para serem desenvolvidas por meio da MM sob a perspectiva da EMC. Os resultados indicam que a coleção analisada possui um total de 2.874 atividades, das quais 161 apresentam potencial para serem desenvolvidas sob a luz da teoria em estudo. Essas atividades permitem estabelecer conexões entre fatos ou dados reais, incluindo temas não matemáticos que podem estar relacionados a questões sociais, políticas, econômicas, culturais, ambientais, educacionais, discussões democráticas e outras questões que estimulam o debate e desenvolvem a autonomia dos alunos ao investigarem os temas. Como resultado, foram criadas três categorias de análise: Categoria I - Discussões relacionadas ao tema; Categoria II - Resolução das atividades; e Categoria III - Validação e Socialização das atividades. Dessa forma, após uma análise crítica, foi possível identificar em diferentes capítulos e seções dos quatro volumes da coleção investigada, uma quantidade de atividades que apresentam potencial e podem ser desenvolvidas por meio da MM sob a perspectiva da EMC.
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    SENTIDOS QUE DOCENTES QUE ENSINAM MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ATRIBUEM À MATEMÁTICA QUE APRENDERAM E ENSINAM
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2023/12/12) SILVA, Ediane Simplício da; HERMANN, Wellington; http://lattes.cnpq.br/4145451948476905; http://lattes.cnpq.br/7935890292328953; CEOLIM, Amauri Jersi; http://lattes.cnpq.br/9441960693153567; PASSOS, Marinez Meneghello; http://lattes.cnpq.br/3275252597631249; PASSOS, Marinez Meneghello
    Esta é pesquisa teve como objetivo apresentar sentidos que 8 (oito) docentes que ensinavam Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental atribuem à Matemática que aprenderam e ensinam. Para contemplar o objetivo, um roteiro de entrevista foi elaborado, com base na articulação entre os aportes teóricos da noção de relação com o saber e a formação docente. As entrevistas semiestruturadas foram gravadas e posteriormente transcritas. O material textual composto pelas transcrições formou o corpus da pesquisa, que foi analisado à luz da Análise Textual Discursiva. Primeiramente, as dimensões epistêmica, pessoal e social da relação com o saber foram assumidas como categorias a priori no movimento de desconstrução do corpus. Na sequência, subcategorias emergiram, quando convergências dialéticas foram estabelecidas entre os excertos de cada categoria. Da categoria dimensão epistêmica, emergiram 6 (seis) subcategorias: Facilidade ou dificuldade em adquirir saberes, Estratégias utilizadas para aprender Matemática, Momentos da formação em que apresentaram facilidade ou dificuldade para aprender Matemática, Exemplos de aplicação da Matemática, O outro mais experiente e aprendizagem da Matemática e Motivos para aprender ou não aprender Matemática. Da categoria dimensão pessoal, emergiram 4 (quatro) subcategorias: Afinidade ou falta de afinidade com determinado conteúdo ou saber, O outro mais experiente e a afinidade ou falta de afinidade com a Matemática, Sentimentos sobre o aprendizado da Matemática e Autoafirmação quanto à aprendizagem da Matemática. Da categoria dimensão social, emergiram 6 (seis) subcategorias: Compreensões sobre o que é Matemática, Desempenho em Matemática, Juízos sobre as aulas de Matemática, A importância de aprender Matemática, Juízos sobre os professores que ensinaram Matemática e A Matemática e outros saberes. Para identificarmos os sentidos atribuídos pelos participantes da pesquisa à Matemática que aprenderam e ensinam, buscamos identificar convergências dialéticas entre as subcategorias emergentes para constituirmos os seus núcleos. Por fim, utilizando os núcleos de sentidos da retroalimentação negativa e da retroalimentação positiva como teses parciais, constituímos metatextos na forma da recontagem das histórias de relação das 8 (oito) participantes com a Matemática que aprenderam e ensinam, organizando-as segundo períodos de suas vidas relacionados às formações que elas relataram em seus depoimentos: Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Anos Finais do Ensino Fundamental; Ensino Médio; Formação inicial e Formação continuada. Assim, a partir da recontagem das histórias de relação com a Matemática das participantes desta pesquisa, elencamos um rol de sentidos que elas atribuem à Matemática que aprenderam e ensinam: É difícil aprender Matemática; O aprendizado da Matemática pode ser efetivado, quando necessário, por meio da ajuda do outro, na figura dos docentes, colegas de classe, familiares e materiais disponíveis na internet; A Matemática é importante para o desenvolvimento da sociedade; Aprender Matemática é necessário para solucionar situações vivenciadas pelo sujeito no dia a dia; Para que haja aprendizado de Matemática, é necessário que ela seja ensinada de forma contextualizada; A dificuldade ou facilidade para aprender Matemática pode estar relacionada aos sentimentos que o outro mais experiente desperta no estudante; A falta de afinidade ou dificuldade com a Matemática pode refletir na trajetória profissional do sujeito; A atribuição de importância à Matemática pode depender do apontamento do outro mais experiente; A Matemática é exata, ou seja, não admite erros e é precisa; Só há uma solução para uma situação-problema, mas há diversos caminhos para alcançá-la; A Matemática torna-se mais complexa ao longo da Educação Básica.
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    AS CONTRIBUIÇÕES DE TAREFAS CRIATIVAS NAS FASES DA APRENDIZAGEM DA CIRCUNFERÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2021/12/06) CASSOLI, Camila Bonini Araujo; MORAN, Mariana; http://lattes.cnpq.br/1703128480989350; http://lattes.cnpq.br/7695247042695912; REZENDE, Veridiana; http://lattes.cnpq.br/5630494004651939; BRANDT, Célia Finck; http://lattes.cnpq.br/8271030770228023
    O objetivo da presente pesquisa é identificar as apreensões figurais durante a aprendizagem dos conceitos que embasam a circunferência como um lugar geométrico em uma turma do sétimo ano do Ensino Fundamental. Esta pesquisa é de cunho qualitativo, e busca identificar e esclarecer os processos cognitivos - visualização, construção e raciocínio - propostos por Duval que podem ser identificados por meio das apreensões figurais designadas como perceptiva, operatória, sequencial e discursiva. Para tanto, foram elaboradas 3 Tarefas Criativas com base no conceito de Tarefa - proposto por Ponte e Libâneo – e com base nas dimensões da Criatividade -fluência, flexibilidade e originalidade- propostas pela pesquisadora portuguesa Isabel Vale. Os dados produzidos foram analisados à luz das apreensões figurais que compõem as fases de aprendizagem da Geometria. Assim, foi realizada a análise das 3 Tarefas Criativas que foram implementadas individualmente com seis (6) alunos de uma escola pública do interior do Paraná. Os resultados desta pesquisa indicaram que as Tarefas Criativas potencializaram os processos cognitivos que são identificados por meio das apreensões. No caso da Tarefa Criativa 1, as apreensões mais mobilizadas pelos estudantes participantes foram as apreensões perceptiva, operatória e sequencial, o que indica a possibilidade de que estejam em processo de desenvolvimento os aspectos relacionados com a visualização e a construção da circunferência como um lugar geométrico. A Tarefa Criativa 2, possibilitou em todos os momentos a mobilização da apreensão discursiva em conexão com as outras apreensões, ou seja, ocorreu a conexão entre a apreensão discursiva e perceptiva, discursiva e operatória, discursiva e sequencial, o que indica a possibilidade de desenvolvimento de aspectos relacionados com os três processos cognitivos: a visualização, a construção e o raciocínio. Já na Tarefa Criativa 3, as apreensões mais mobilizadas foram a perceptiva, operatória e sequencial, assim como na Tarefa Criativa 1, o que indica a possibilidade de desenvolvimento dos processos de visualização e construção. Nesse momento da implementação, a apreensão discursiva não foi mobilizada de forma satisfatória, uma vez que a tarefa apresentou conceitos novos aos alunos, de objetos geométricos inscritos na circunferência, visto que o repertório matemático desses alunos era restrito para mobilizar essa apreensão. Portanto, as 3 Tarefas Criativas oportunizaram, em momentos diferentes, a mobilização das apreensões perceptiva, operatória, sequencial e discursiva, de modo a indicar a possibilidade de desenvolvimento dos processos cognitivos de visualização, construção e raciocínio que são fundamentais para a aprendizagem e para a compreensão da Geometria.
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    UMA PESQUISA SOBRE AS INFLUÊNCIAS DO CURSO DE GEOGEBRA NA FORMAÇÃO E NA PRÁTICA PROFISSIONAL A PARTIR DA PERSPECTIVA DE PROFESSORES DA EQUIPE FORMADORA
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/10/03) MARQUES, Isane Maria Wowcsuk Marques; DANTAS, Sérgio Carrazedo; FERREIRA, Guilherme Francisco; http://lattes.cnpq.br/6650430764851555; http://lattes.cnpq.br/5137837974828532; http://lattes.cnpq.br/6263176304451417; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; JULIO, Rejane Siqueira; http://lattes.cnpq.br/1798884495942862; PAULO, João Pedro Antunes de; http://lattes.cnpq.br/0645456204299035
    Esta pesquisa tem como objetivo investigar aspectos do Curso de GeoGebra que influenciam na formação continuada e prática profissional da equipe formadora. O trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa qualitativa, com base no Modelo dos Campos Semânticos. Os dados foram produzidos mediante entrevistas semiestruturadas com alguns professores que atuam como formadores do Curso de GeoGebra. Também foi considerado o funcionamento geral do Curso e analisados alguns de seus documentos, como editais e projetos das edições investigadas, além do trajeto formativo dos sujeitos da pesquisa considerando suas postagens e interações nos fóruns do Curso a fim de produzir significado para os processos formativos. Como resultados conclui-se que as noções de descentramento, autoridade e impermeabilização são importantes para compreender o processo de formação de professores porque dizem da inserção do sujeito em dadas práticas culturais e da constituição de novas direções de interlocução que podem ou não gerar mudanças em suas concepções. O Curso constitui redes de apoio para a formação continuada de professores, oferecendo um espaço de interação no qual se faz presente diferentes perspectivas em relação à Matemática e aos modos de uso do GeoGebra. Ao descentrar-se de seus modos próprios de produção de significado e buscar entender de onde o outro está falando, no momento da interação, o professor tem a possibilidade de ampliar o seu repertório de modos de produção de significado. Quando se apropriam das legitimidades do Curso, os professores constituem novas direções de interlocução, que podem contribuir inclusive para sua prática docente.
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    TRANSFORMAÇÕES SEMIÓTICAS NO ESTUDO DE PRISMAS: UMA ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/08/04) MARQUES, Júlio César; MORAN, Mariana; REZENDE, Veridiana; http://lattes.cnpq.br/5630494004651939; http://lattes.cnpq.br/1703128480989350; http://lattes.cnpq.br/2277878607429296; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; CORRADI, Raquel Polizeli; LORIN, João Henrique; http://lattes.cnpq.br/0393135551387526
    Esta pesquisa tem por objetivo analisar as transformações – tratamentos e conversões – entre representações semióticas relativas aos Prismas, presentes em livros didáticos de Matemática do Ensino Médio. Para tal análise foram selecionados três livros didáticos dentre os recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e os adotados pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) para o ensino de Matemática, a partir do ano letivo de 2022. Os volumes analisados são da 2a série do Ensino Médio, pelo fato de apresentarem o estudo de Prismas em seus conteúdos. O aporte teórico utilizado nesta pesquisa é a Teoria dos Registros de Representação Semiótica (TRRS), de Raymond Duval, que sustenta a identificação e análise de tratamentos e conversões apresentadas nos livros. Os resultados mostraram que existe variedade nos registros utilizados nos livros didáticos durante a abordagem do assunto Prismas, sendo eles: os registros em língua natural, registros figurais e registros simbólicos. Os tipos de registros mais utilizados nos livros investigados para representar os Prismas foram os registros figurais e os registros simbólicos, uma vez que o registro na língua natural ocorreu, em sua maioria, por meio de enunciados de problemas. No que se refere às transformações, houve tratamentos nos registros figurais e simbólicos. No caso dos primeiros, eles ocorrem, na maioria das vezes, na forma de planificação que representa a superfície do Prisma a partir de sua representação tridimensional; predominou, no entanto, o tratamento efetuado no âmbito da representação simbólica. As conversões, em sua maioria, se deram da representação em língua natural (na forma de enunciado) para a representação figural ou para a representação simbólica. Também ocorrem conversões da representação no registro figural para a representação no registro simbólico. Diante disso a pesquisa consistiu em uma análise das transformações semióticas observadas em livros didáticos de Matemática, a respeito do objeto geométrico Prismas.
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    ASPECTOS DA MODELAGEM MATEMÁTICA À LUZ DA SEMIÓTICA
    (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/17/10) ROSA, Marcelo Henrique Tomacheusk da; VERONEZ, Michele Regiane Dias; http://lattes.cnpq.br/4294737927701301; http://lattes.cnpq.br/8213172247957060; CEOLIM, Amauri Jersi; http://lattes.cnpq.br/9441960693153567; ALMEIDA, Lourdes Maria Werle de; http://lattes.cnpq.br/2660354136462141
    O presente texto, no formato multipaper, dispõe sobre o desenvolvimento e desfechos de uma pesquisa interessada nos conhecimentos matemáticos e outros acionados e/ou construídos no decorrer de duas atividades de Modelagem Matemática (MM) quando observados sob as lentes das teorias semióticas de Charles S. Peirce e Heinz Steinbring. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é refletir sobre o potencial da Modelagem Matemática na construção de conhecimento dos alunos e como isso é revelado em suas produções sígnicas. Para tanto, os autores optaram por duas vias de análise, descritas na forma de dois artigos. No primeiro, embasado na semiótica peirceana, observaram o que as produções sígnicas dos alunos sugerem, considerados os modos como os objetos matemáticos são expressos por eles ao longo do desenvolvimento de atividades de MM. E no outro, associando as ideias de Heinz Steinbring à semiótica de Charles S. Peirce, procuraram evidenciar as eventuais relações entre os objetos matemáticos suscitados pelos alunos e os signos por eles manifestos ao longo do desenvolvimento de atividade de MM. Em aspecto metodológico, além das teorias mencionadas, consideraram-se os entendimentos de Isaac Epstein, Maria Ogécia Drigo, Lúcia Santaella e Winfried Nöth quanto à semiótica. Os autores concluem, da análise das produções sígnicas dos participantes, pela existência de processos de [res]significação em cada uma das fases das atividades de MM, apontando a MM com uma alternativa para o ensino e aprendizagem de matemática na qual as diferentes situações enfrentadas pelos alunos além de suscitarem conhecimentos matemáticos, proporcionam a construção de conhecimentos outros, em um processo de semiose.