Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática - PRPGEM
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática - PRPGEM por Autor "BORGES, Fábio Alexandre"
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Item A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA DE ESTUDANTES SURDOS SINALIZANTES E AS RELAÇÕES ESTABELECIDAS NO CONTRATO DIDÁTICO(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2023/09/27) SOUZA, Maria Aparecida de; BORGES, Fábio Alexandre; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; http://lattes.cnpq.br/5304131170023839; NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius; http://lattes.cnpq.br/7001703570357441; PINTO, Gisela da Maria Fonseca; http://lattes.cnpq.br/3263886276740592O objetivo deste estudo é investigar a avaliação da aprendizagem em Matemática de estudantes surdos sinalizantes e as relações estabelecidas no contrato didático. Para a produção dos dados, foram realizadas observações nas aulas de Matemática em um 7o ano de uma escola pública, notadamente, durante o ensino e as avaliações de aprendizagem do conteúdo Números Inteiros. Os sujeitos participantes desta investigação foram: uma Intérprete de Libras (IL); uma Professora de Matemática (P); um Estudante Surdo (ESo); uma Estudante Surda (ESa); e Estudantes Ouvintes (EO). Os instrumentos de produção dos dados utilizados neste estudo foram as observações em sala de aula e o registro no diário de campo, que foram empregados para investigar as Relações Didáticas e o Contrato Didático em aulas de Matemática envolvendo Estudantes Surdos. As informações registradas no diário de campo foram tratadas de forma a estabelecer uma relação entre a Didática da Matemática e os dados produzidos. Os principais resultados apontam que a presença da Intérprete de Libras e dos Estudantes Surdos modifica as Relações Didáticas. As novas acomodações perpassam as formações do Sistema Didático representada na literatura pela figura geométrica de um triângulo equilátero, o Triângulo das Situações Didáticas. A Relação Didática que se estabelece entre os cinco (5) polos (a Professora, a Intérprete de Libras, os Estudantes Surdos, os Estudantes Ouvintes e o Saber), com vistas à organização dos papéis, dos lugares e das funções de cada um desses elementos num sistema de tarefas e de obrigações recíprocas, explicita a organização de um Sistema Didático Piramidal. Os acordos, o surgimento de regras explícitas e implícitas, as expectativas, as negociações, os possíveis efeitos contratuais e a divisão de responsabilidades foram os elementos identificados em dois tipos de contratos: um Contrato Didático entre Professora e Estudantes Ouvintes e outro Contrato Didático entre Intérprete de Libras e Estudantes Surdos. Nesse modelo de Contrato Didático Dual, tanto a Professora quanto a Intérprete de Libras possuem obrigações a cumprir, havendo uma divisão de responsabilidades entre elas. A Professora é a responsável por prestar contas aos Estudantes Ouvintes, enquanto a Intérprete de Libras tem essa mesma incumbência em relação aos Estudantes Surdos. Nesse cenário, as avaliações são utilizadas como instrumentos de reprodução do conteúdo comunicado em sala de aula e transmitido oralmente pela Professora, limitando o papel da Intérprete de Libras a transmitir as respostas prontas, de acordo com as expectativas dos Estudantes Surdos e da própria Professora. Diante das práticas avaliativas, o Contrato Didático poderia ser revisto e renegociado, permitindo um avanço no desenvolvimento do conhecimento pelos Estudantes, para que as relações com o saber sejam modificadas. Contudo, no Sistema Didático Piramidal, a Relação Didática emergente dele apresenta poucas possibilidades de ruptura por explicitar características que desconsideram as especificidades educacionais dos Estudantes Surdos.Item A FORMAÇÃO INICIAL (RECEBIDA) E A ATUAÇÃO NO ENSINO DE MATEMÁTICA DO PONTO DE VISTA DE PEDAGOGOS(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2021/09/03) STAUB, Joel; PAVANELLO, Regina Maria; BEZERRA, Renata Camacho; http://lattes.cnpq.br/3960357191532853; http://lattes.cnpq.br/2774964946947107; http://lattes.cnpq.br/5139444598407753; BORGES, Fábio Alexandre; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; BELLINI, Luzia MartaEsta dissertação tem como objetivo investigar como os conhecimentos recebidos na formação inicial se articulam com os saberes necessários para a atuação de Pedagogos (as), em relação ao ensino de Matemática nos Anos Iniciais, do ponto de vista de egressos (as). Pretende-se, no âmbito da Educação Matemática, trazer contribuições para a formação em Matemática realizada nos Cursos de Licenciatura em Pedagogia e auxiliar nas discussões de possíveis lacunas na formação Matemática do (a) pedagogo (a). Para isso, desenvolvemos uma pesquisa de cunho qualitativo, na qual utilizamos como instrumentos de produção dos dados, em um primeiro momento, o questionário, e em um segundo momento a realização de uma entrevista individual e semiestruturada, com 10 (dez) professores egressos de cursos de Licenciatura em Pedagogia e atuantes nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na cidade de Missal, no interior do Paraná. As análises dos dados foram realizadas mediante o corpo teórico que fundamentou nossas investigações, composto por pesquisadores que discutem e estudam os conhecimentos profissionais e os saberes docentes na vida profissional do professor. Nossas análises iniciais se assemelham a pesquisas já existentes, que coincidem em aspectos como o excesso de teoria e pouca prática na formação Matemática realizada nos Cursos de Pedagogia, e a falta do ensino dos conteúdos e conceitos matemáticos que são abordados nos Anos Iniciais, durante a graduação em Pedagogia. Porém, se diferencia, conforme identifica o sentimento do professor em relação à falta de autonomia para realizar o seu próprio planejamento e ainda no fato de que o professor tem dificuldades em relacionar teoria e prática. Além disso, os professores participantes de nossa pesquisa não concebem a formação continuada como um meio para superar possíveis dificuldades de sua formação, mas julgam possível fazê-las por meio da troca de experiências com outros professores atuantes.Item COMPREENSÕES DE PROFESSORAS ACERCA DE INFLUÊNCIAS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO ENSINO DE MATEMÁTICA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/09/29/) SCHIPANSKI, Andressa Franciele Scambara; BORGES, Fábio Alexandre; SANTOS, Talita Secorun dos; http://lattes.cnpq.br/9052886361360320; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; http://lattes.cnpq.br/4556829047970525; ESTEVAM, Everton José Goldoni; http://lattes.cnpq.br/7355643831417416; VIANNA, Claudia Coelho de Segadas; http://lattes.cnpq.br/6344072323278308A educação de estudantes apoiados pela Educação Especial, em uma perspectiva da educação inclusiva, é garantida em diversos documentos legais, dentre os quais destaca-se a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva de 2008. Mas, ressalta-se que apenas garantir matrículas a esses estudantes não é suficiente para se efetivar o direito à escolarização e à aprendizagem. O Atendimento Educacional Especializado tem um papel fundamental no processo da escola inclusiva, pois disponibiliza recursos e estratégias que auxiliam no processo de aprendizagem desses estudantes, desde que parta de um trabalho mediado e colaborativo entre professores do AEE, professores do ensino comum, a equipe escolar e a família em uma parceria contínua, contribuindo para o desenvolvimento, autonomia, independência e aprendizagem do estudante apoiado pela Educação Especial. Assumindo esse cenário de buscar por caminhos para o processo da inclusão escolar, a presente investigação se constituiu em torno da seguinte inquietação: “quais influências exercidas pelo Atendimento Educacional Especializado sobre o ensino de Matemática são destacadas por professores que atuam nesses espaços e nas salas comuns?”. Visando buscar respostas a essa inquietação, propõem-se “investigar as influências no ensino de Matemática exercidas pelo AEE na perspectiva da Educação Matemática sob o ponto de vista dos professores que atuam nesses espaços e nas salas comuns”. Centrada em uma abordagem qualitativa, utilizou como procedimento para construção de dados uma entrevista semiestruturada, realizada com oito professoras que ensinam Matemática, tanto nas salas de aula comum como no Atendimento Educacional Especializado em escolas comuns da Educação Básica, que foram gravadas em áudio e transcritas na íntegra. Os discursos das professoras foram submetidos a um processo de análise dos dados que segue orientação da Análise Textual Discursiva proposta por Roque Moraes, com a qual foram identificadas as seguintes categorias: i) formações docentes que não discutem satisfatoriamente conhecimentos profissionais para a atuação com estudantes apoiados pelo AEE; ii) as compreensões docentes acerca do AEE em uma perspectiva inclusiva; iii) abordagens docentes para o ensino de matemática para estudantes apoiados pelo AEE; iv) o trabalho docente colaborativo como uma possibilidade para a inclusão educacional. Conclui-se que, por mais que ações e práticas inclusivas estejam acontecendo no âmbito escolar, os professores ainda sentem-se despreparados para as novas configurações da escola com a Educação Especial em uma perspectiva inclusiva, perpassando por todos os níveis, modalidades e pessoas. Esta nova configuração exige diálogo, em um esforço de tratar os diferentes profissionais escolares como colaboradores com tarefas e objetivos comuns. Tal aspecto colaborativo se justifica, tanto pelos desconhecimentos de cada um dos profissionais de diferentes temas, quanto pelo fato de que a inclusão é um paradigma recente para todos nós.Item CONCEPÇÕES DOCENTES ACERCA DA DISCALCULIA E POSSÍVEIS RELAÇÕES COM SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM SALA DE AULA(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2024/07/04) WOLF, Aramis; BORGES, Fábio Alexandre; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; http://lattes.cnpq.br/7726913137189084; FERREIRA, Luciano; http://lattes.cnpq.br/1855466912397758; BORTOLOTI, Roberta D'Angela Menduni-A presente pesquisa, de cunho qualitativo, tem como objetivo geral investigar as concepções dos professores de Matemática acerca da discalculia do desenvolvimento (DD) e as possíveis relações entre essas concepções e as práticas docentes. Como objetivos específicos, tem-se: investigar se professores de Matemática tiveram alguma formação que abordasse a questão da discalculia; analisar o que vem sendo investigado em pesquisas relacionadas ao ensino de Matemática para estudantes com discalculia; levantar estratégias docentes utilizadas com estudantes com discalculia. A discalculia do desenvolvimento é um transtorno específico da aprendizagem que afeta diretamente o estudo da matemática, desde a leitura e escrita de numerais, ordenação, interpretação de gráficos, realização de operações básicas, comparações de valores, resolução de problemas, entre outras atividades ligadas à matemática. A legislação atual não fornece subsídios para o atendimento dos estudantes com DD, tanto nas leis federais como nas políticas educacionais do estado de Santa Catarina. Numa pesquisa bibliográfica, constatou-se a carência de investigar a respeito dos conhecimentos docentes sobre a discalculia, como agir diante desses alunos que necessitam de atendimento diferenciado e evidenciou-se que os docentes que lecionam matemática não participam de discussões formativas para atuar com alunos com discalculia. Ademais, desconhecem práticas e metodologias mais adequadas para contribuir com a aprendizagem de estudantes com DD. Por consequência de falta de formação adequada, os docentes não conseguem identificar indícios de DD. Os estudantes com DD apresentam dificuldades no aprendizado da matemática, porém, mesmo com suas limitações, se feitas intervenções específicas e adequadas, conseguem apresentar melhoras no seu desenvolvimento. A partir daí, para a produção de dados, elaborou-se uma entrevista semiestruturada criando um roteiro de perguntas na tentativa de responder a questão norteadora: quais são as concepções de docentes de Matemática sobre estudantes com discalculia, e as possíveis relações entre essas concepções e as práticas docentes em sala de aula? As entrevistas com cinco professores de Ensino Fundamental, Médio e Superior foram gravadas em áudios e transcritas na íntegra. Com a transcrição, partiu-se para o processo de linearização criando as unidades de significado agrupando os temas convergentes para a análise dos dados. Dos dados, emergiram quatro Temas Convergentes: Concepções docentes acerca da discalculia e dos estudantes com esse transtorno; Formações docentes e a contribuição para a atuação do(a) professor(a); Práticas Docentes para o atendimento de estudantes com discalculia; e Aspectos necessários para a inclusão de estudantes com DD e a sua aprendizagem. Evidenciou-se que os professores que lecionam matemática não têm conhecimento em relação à DD, não tiveram em suas formações abordagens sobre a DD e, por consequência, não estão preparados para atuar com estudantes com o referido transtorno. Ressaltou-se ainda que, segundo seus depoimentos, os alunos com DD necessitam de atendimentos mais específicos para o seu aprendizado e as políticas educacionais precisam ser mais específicas para ampliar a abrangência do público-alvo e garantir a todos os diferentes estudantes o direito à aprendizagem, incluindo os discentes com DD.Item DESENVOLVIMENTO DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL PARA ENSINAR MATEMÁTICA A ESTUDANTES COM SÍNDROME DE DOWN EM UMA COMUNIDADE DE PROFESSORES(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2021/07/07) TABAKA, Neusa Eliana Wollman; BORGES, Fábio Alexandre; ESTEVAM, Everton José Goldoni; http://lattes.cnpq.br/7355643831417416; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; http://lattes.cnpq.br/3556515073833141; PAVANELLO, Regina Maria; http://lattes.cnpq.br/2774964946947107; YOKOHAMA, Leo Akio; http://lattes.cnpq.br/8623166996821911Esta pesquisa teve por objetivo investigar possibilidades de desenvolvimento do conhecimento profissional para ensinar Matemática a estudantes com síndrome de Down suscitadas no contexto de uma Comunidade de Professores. Neste sentido, o estudo assume a seguinte questão orientadora: Que aspectos de uma Comunidade de Professores que ensinam Matemática a estudantes com síndrome de Down colaboram para o desenvolvimento de conhecimento profissional associados ao ensino de Matemática? Foi assumida a perspectiva qualitativa com uma investigação caracterizada como do tipo pesquisa-intervenção. Para tal, foi constituído um grupo de sete professoras que ensinam Matemática para estudantes com síndrome de Down, atuantes, tanto em escola na modalidade de Educação Especial, quanto escola comum, em um município do interior do Paraná. O grupo relacionou-se de maneira síncrona e assíncrona, considerando que o mesmo ocorreu antes e depois do início da Pandemia causada pelo Covid-19. Para organização e coleta dos dados, foram utilizadas transcrições de entrevistas com as participantes, gravações em áudio das interações, anotações da pesquisadora em diário de campo, bem como das interações que ocorreram em um grupo WhatsApp criado para favorecer as interações. A análise das informações coletadas iniciou-se com a verificação das entrevistas, a interação na Comunidade de Professoras, as tensões promovidas no grupo e as articulações para o desenvolvimento do conhecimento profissional para o ensino de Matemática para estudantes com Síndrome de Down. A análise dos dados foi realizada por meio da definição de quatro aspectos emergentes em todos os dados produzidos, quais sejam: a) Síndrome de Down, potencialidades e dificuldades relacionadas à Matemática; b) Conhecimento do conteúdo (número) para o ensino e a aprendizagem por estudantes com Síndrome de Down; c) Adaptação curricular e o uso de materiais multissensoriais; d) Interação professor/estudante e a interação entre professor de escola da modalidade de Educação Especial com professor de escola comum. Como conclusão, destaca-se que a proposição de ações formativas pautadas em uma Comunidade de Professores, possibilita um plano de trabalho flexível, delineado conforme as necessidades que emergem do grupo de professores e de seus contextos, articulando seus interesses com suas práticas. Evidenciamos, portanto, a pertinência de dinâmicas formativas refletidas e dialogadas no coletivo, como uma oportunidade de aprendizagem que favorece o desenvolvimento do conhecimento profissional.Item O QUE PENSAM PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA SOBRE A RELEVÂNCIA DIDÁTICA DAS COMUNICAÇÕES NÃO VERBAIS EM SUA AÇÃO DOCENTE(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2021/09/27) LEAL, Renata Vanessa Gonçalves; NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius; BORGES, Fábio Alexandre; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; http://lattes.cnpq.br/7001703570357441; http://lattes.cnpq.br/2715917565475060; BASNIAK, Maria Ivete; http://lattes.cnpq.br/2309595955795399; VERTUAN, Rodolfo Eduardo; http://lattes.cnpq.br/7270314006427713A comunicação entre professor e aluno é fundamental para a ação docente. Além da comunicação verbal, a linguagem corporal (que é um dos sistemas da comunicação não verbal) influencia nas comunicações e nas relações interpessoais. Partindo desse pressuposto, a questão de pesquisa desta investigação é: Qual a percepção do docente acerca da relevância didática da comunicação não verbal na interação professor-aluno durante as aulas de Matemática do tipo remotas, síncronas ou assíncronas e presenciais? Para responder a essa questão, procurou-se identificar as percepções de professores que ensinam Matemática acerca da relevância didática da comunicação não verbal, em suas aulas presenciais e no ensino remoto. Toma-se como referencial teórico, além de teóricos específicos da comunicação não verbal e seus sistemas, os estudos de pesquisadores da área de Educação Matemática como Gérard Vergnaud, que destaca a importância dos gestos para a conceitualização matemática; Danyal Farsani, que destaca a linguagem corporal como importante recurso didático; e McNeill, que classifica a tipologia dos gestos, considerando que os gestos e a fala são elementos inseparáveis da comunicação tendo como base o processo cognitivo. Para a produção de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, por meio de gravação de vídeos, com quatro professores que ensinam Matemática em diferentes níveis (Educação Básica Anos Iniciais e Anos Finais, Ensino Médio e Superior), buscando identificar o que eles pensam a respeito da comunicação não verbal como um elemento facilitador no processo de ensino e aprendizagem dos conceitos matemáticos. Para as análises dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo como metodologia nesse processo, seguindo as etapas apresentada por Morais (1999): preparação, unitarização, categorização, descrição e interpretação. Os discursos dos professores entrevistados serviram como dados de análise da pesquisa. A partir das transcrições das entrevistas, consideramos as ideias significativas dos docentes, sendo assim, geradas as unidades de significado; das convergências das ideias apresentadas nas unidades de significado, emergiu a categorização. Os resultados emergiram da categorização, da qual foram identificadas quatro categorias: as ideias docentes acerca da comunicação verbal e não verbal em suas aulas; o reconhecimento docente do papel da comunicação verbal no ensino em suas diferentes manifestações; preocupações docentes acerca do ensino de Matemática emergentes do ensino remoto; o baixo nível de participação dos alunos nas aulas remotas. Os resultados dessa pesquisa indicaram que a comunicação não verbal, os gestos, as expressões faciais, e outros sistemas não verbais podem ser utilizados pelos professores como um elemento facilitador na interação entre professor e aluno, auxiliando tanto a ação docente quanto a compreensão dos conteúdos matemáticos pelos estudantes; os professores revelaram a importância da comunicação não verbal no processo de ensino e aprendizagem, demonstraram que são capazes de identificar as mensagens transmitidas por meio da linguagem corporal dos seus alunos nas aulas presenciais; porém no ensino remoto os demonstraram dificuldades em adaptar as suas metodologias de ensino para suprir a redução desses elementos não verbais.Item QUE “HISTÓRIA” É ESSA DE INCLUSÃO NAS AULAS DE MATEMÁTICA? UMA DISCUSSÃO A PARTIR DE NARRATIVAS DE AUTISTAS(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2022/04/06) PINHEIRO, Veridiana Canassa; BORGES, Fábio Alexandre; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; http://lattes.cnpq.br/5674667358681325; NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius; http://lattes.cnpq.br/7001703570357441; ESQUINCALHA, Agnaldo da Conceição; http://lattes.cnpq.br/9222099862516722Diante do aumento significativo de estudantes autistas nas aulas de Matemática da escola comum, pesquisas vêm realizando estudos e investigações acerca de metodologias, uso de recursos didáticos e pedagógicos, relatos de professores que ensinam Matemática, uso de tecnologia, dentre outros, a fim de favorecer o processo de ensino e de aprendizagem da Matemática para esse grupo de estudantes. No intuito de dar voz e considerar o próprio autista, o presente estudo foi permeado pelo seguinte questionamento: que aspectos se destacam acerca das aulas de Matemática, a partir de narrativas de autistas que vivenciaram essa escolarização na escola comum? Assim, o objetivo geral da pesquisa se estabeleceu em compreender/analisar os principais aspectos acerca da escolarização de estudantes autistas nas aulas de Matemática, a partir de narrativas dos próprios autistas. Com uma abordagem de cunho qualitativo, esta investigação pautou-se, como procedimento para a produção de dados, em alguns pressupostos metodológicos da História Oral em Educação Matemática, sendo eles: entrevista, transcrição e textualização, a fim de constituir narrativas que se estabeleçam como fonte de dados para análise. Realizou-se análise de convergências com o objetivo de identificar o que era comum nas narrativas dos participantes que se constituíram como temas para discussão. Identificou-se os seguintes temas: (Im) Possibilidades nas aulas de Matemática com estudantes autistas; Por uma Matemática que se relaciona com a vida; O que dizem autistas sobre inclusão nas aulas de Matemática. Considera-se que os temas constituídos revelam que há um entrelaçamento entre eles e ouvir o próprio autista permite compreender que as práticas escolares com estudantes autistas nas aulas de Matemática podem ser, sempre que necessário, contestadas, a depender das especificidades de cada um.Item RELAÇÕES ENTRE O ENSINO DE MATEMÁTICA E CONCEPÇÕES DOCENTES ACERCA DE ESTUDANTES AUTISTAS(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, 2021/05/20) WALKER, Dayane Fernanda Borges de Araújo; BORGES, Fábio Alexandre; http://lattes.cnpq.br/6339328194070311; http://lattes.cnpq.br/5466369122775959; NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius; http://lattes.cnpq.br/7001703570357441; MANRIQUE, Ana Lúcia; http://lattes.cnpq.br/0510953419404742Considerando as especificidades do estudante autista e a percepção de um significativo aumento destes incluídos na Educação Básica, o presente estudo foi permeado em torno do seguinte questionamento: Em que medida as concepções dos professores que ensinam Matemática acerca do estudante autista direcionam as práticas docentes pensadas para turmas com estudantes autistas? O objetivo geral da pesquisa foi investigar concepções docentes acerca do estudante autista e práticas no Ensino de Matemática possivelmente direcionadas por essas concepções. O estudo das concepções docentes foi utilizada como guia teórico para compreensão do objeto investigado. A abordagem da pesquisa, do tipo qualitativa, utilizou como procedimento para produção de dados uma entrevista semiestruturada, que foi gravada em áudio e transcrita na íntegra, aplicada a oito professoras que ensinam Matemática e que atendem estudantes autistas em escolas comuns da Educação Básica. Entre outras temáticas, os professores entrevistados foram interrogados acerca do que é o ser autista e das possibilidades relativas ao ensino e a aprendizagem de Matemática para tais estudantes. Para análise dos dados, pautamo-nos na Análise de Conteúdo de Roque Moraes (1999), com o delineamento de cinco etapas: Preparação, Unitarização, Categorização, Descrição e Interpretação. Como resultados preliminares, foram identificadas as seguintes categorias: concepções docentes acerca de estudantes autistas; concepções docentes acerca da inclusão de estudantes autistas em escolas comuns; O primeiro contato com estudantes autistas já em atuação profissional como consequência da ausência de debates na formação inicial e continuada; As concepções do professor acerca do apoio estrutural escolar necessário para a inclusão do estudante autista; Contribuições da Matemática escolar no desenvolvimento do estudante autista; Abordagens docentes no ensino de Matemática para estudantes autistas. A partir das categorias analisadas, é possível concluir que: a) as práticas com estudantes autistas podem ser diferenciadas das práticas desenvolvidas com os demais estudantes, buscando contemplar as especificidades de suas dificuldades. Além disso, o afeto é um importante mediador na criação do vínculo entre professor e estudante; b) na concepção dos sujeitos da pesquisa, a inclusão do estudante autista se mostra desafiadora aos envolvidos neste percurso; c) a falta de formação inicial e continuada e a inexperiência com autistas dentro e fora do contexto escolar torna o conhecimento acerca do autismo ainda mais precário e, por conta disso, a atuação do professor enquanto mediador no processo de inclusão torna-se limitada; d) há necessidade de apoio estrutural para que a prática docente com estudantes autistas aconteça de modo mais adequado; e) a Matemática é uma disciplina que favorece o ensino e a aprendizagem do autista, quando abordada a partir de metodologias práticas, com temáticas voltadas ao cotidiano desses estudantes; e f) há valorações acerca do uso de tecnologias digitais em práticas com estudantes autistas, as quais conclui-se serem menos relevantes do que outros conhecimentos acerca das especificidades do estudante autista para a contribuição no ensino de Matemática.