DIRETORES, VICE-DIRETORES DE ESCOLA E O ENSINO REMOTO EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL: CONFLITOS, TENSÕES E PERSPECTIVAS

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Data
2021/06/02
Programa
PPIFOR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Desde março (2020), em função da situação de pandemia pelo Coronavírus (COVID 2019), observou-se uma série de mudanças no Brasil, que em regra acompanharam tendências de outros países que estavam mais avançados quanto as estratégias de controle e redução dos índices de contaminação do vírus. Uma das decisões do Governo que mais impactou na vida dos brasileiros diz respeito a interrupção das aulas nas redes pública e particular de ensino, por meio da Portaria 188 do Ministério da Saúde, declarando o período como emergencial, seguido do Decreto Legislativo 06/2020, que reconhecia o Brasil em estado de calamidade pública e, na educação, por intermédio da Medida Provisória 934, abria-se um ano letivo para toda a educação sob normas especiais que passaram a ser regidas pelo Parecer 05/2020 do Conselho Nacional de Educação, que abria a possibilidade da reorganização do calendário escolar 2020. O Estado do Paraná, rapidamente apresentou uma agenda da gestão escolar em tempos de pandemia objetivando, primariamente, a manutenção do calendário escolar. Dentre as muitas medidas adotadas, o Ensino Emergencial Remoto (EER) foi recepcionado com olhares críticos por todos os envolvidos na educação (alunos, pais e professores). A Resolução 891/2020, da SEED - Secretaria Estadual de Educação e do Esporte, que apresentava as diretrizes do teletrabalho para servidores da educação, foi recepcionada e acolhida, mas não sem resistência. O presente trabalho, realizado por meio de uma pesquisa qualitativa, com perguntas abertas e fechadas, por meio de revisão de literatura e análise documental, como decretos e leis, objetivou conhecer os processos e procedimentos que foram adotados pelos diretores e vice diretores das escolas públicas de Ensino Médio, pertencentes ao NRE - Núcleo Regional de Educação de Paranavaí, frente, não apenas ao enfrentamento da pandemia na gestão escolar, mas, principalmente, quanto à adaptação aos novos modelos propostos pelos inúmeros decretos e instruções que iam sendo encaminhadas quase que diariamente para cumprimento. Destacamos, ao longo do trabalho, a função social da escola e a relevância dos gestores escolares nas unidades escolares que até pouco tempo eram estruturadas nos moldes empresariais. Constatou se que as desigualdades sociais no Brasil, brevemente abordadas, não perdendo de vista a crise sanitária que se estabeleceu, agravou não apenas um país que já estava em crise financeira, atingindo e modificando o convívio de muitas famílias. Discutimos o ensino remoto na pandemia correlacionando-o, em maior destaque, com as atenuações sociais respaldadas principalmente por S. Santos (2020), Saviani (2020) e Paro (2020) autores que não apenas contribuem, mas, estruturam o pensamento da obra. Os resultados, evidenciam que o mecanismo implementado pelo Governo, como solução para disseminar os conteúdos didáticos aos estudantes, por meio de recursos digitais de aprendizagem, inspiradas na modalidade Educação a Distância (EaD), ainda que com certa resistência de boa parte dos envolvidos, mostrou-se, com o passar do tempo, longe de ser o ideal, mas funcional.
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Palavras-chave
Direção escolar. Ensino remoto. Pandemia
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