AUTONARRATIVA DO PERCURSO FORMATIVO DE UMA AUTISTA PROFESSORA DE MATEMÁTICA

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2025-08-28
Programa
PRPGEM
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
O objetivo desta dissertação é construir uma autonarrativa a partir das minhas vivências, análises e interpretações sobre como se constrói um percurso formativo de professora de Matemática enquanto mulher inserida no espectro autista. Com isso, busco contribuir para o desenvolvimento de empatia por parte de professores, gestores educacionais, colegas estudantes, familiares e demais atores da comunidade escolar em relação aos alunos com TEA. As reflexões que proponho têm como foco o autismo e o processo de reconhecimento dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a partir da descrição das minhas experiências acadêmicas com a Matemática, desde a Educação Básica até o Ensino Superior. Pretendo, assim, construir um relato que contemple minhas vivências como professora autista, evidenciando os caminhos e descaminhos que percorri na construção da minha carreira na educação. Refleti sobre o impacto desse processo na minha atuação como docente de Matemática e na construção da minha identidade profissional. Para isso, utilizei a metodologia da pesquisa autobiográfica, pois ela permite a construção de uma narrativa que conecta práticas individuais a vivências mais amplas, possibilitando expandir as percepções do particular para o geral. As conclusões a que cheguei apontam para a necessidade urgente de discutir práticas pedagógicas inclusivas, que permitam aos estudantes autistas ampliar sua percepção de sociedade e reconhecer-se como pessoas “humanas”, capazes de se desenvolver em sua individualidade e atuação profissional. Para tanto, considero ser necessário adotar metodologias que considerem a inclusão como ponto de partida, e não como resposta ao fracasso. Isso porque, muitas vezes, as adaptações para estudantes com deficiência só são pensadas após a constatação de suas dificuldades. É fundamental, portanto, pensar em práticas que valorizem habilidades e competências, de forma a reduzir as frequentes percepções de fracasso vividas por estudantes autistas inclusos.
Descrição
The objective of this dissertation is to construct a self-narrative based on my experiences, analyses, and interpretations of how a mathematics teacher's educational journey is constructed as a woman on the autism spectrum. In doing so, I seek to contribute to the development of empathy among teachers, educational administrators, fellow students, family members, and other stakeholders in the school community toward students with ASD. The reflections I propose focus on autism and the process of recognizing the rights of individuals with Autism Spectrum Disorder (ASD), based on the description of my academic experiences with mathematics, from elementary school to higher education. Thus, I intend to construct an account that encompasses my experiences as an autistic teacher, highlighting the ups and downs I have taken in building my career in education. I reflect on the impact of this process on my work as a mathematics teacher and on the development of my professional identity. To this end, I used the autobiographical research methodology, as it allows for the construction of a narrative that connects individual practices to broader experiences, enabling the expansion of perceptions from the particular to the general. The conclusions I reached point to the urgent need to discuss inclusive pedagogical practices that allow autistic students to broaden their perception of society and recognize themselves as human beings, capable of developing their individuality and professional performance. To this end, I believe it is necessary to adopt methodologies that consider inclusion as a starting point, not a response to failure. This is because, often, adaptations for students with disabilities are only considered after their difficulties have been identified. Therefore, it is essential to consider practices that value skills and competencies in order to reduce the frequent perceptions of failure experienced by included autistic students.
O objetivo desta dissertação é construir uma autonarrativa a partir das minhas vivências, análises e interpretações sobre como se constrói um percurso formativo de professora de Matemática enquanto mulher inserida no espectro autista. Com isso, busco contribuir para o desenvolvimento de empatia por parte de professores, gestores educacionais, colegas estudantes, familiares e demais atores da comunidade escolar em relação aos alunos com TEA. As reflexões que proponho têm como foco o autismo e o processo de reconhecimento dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a partir da descrição das minhas experiências acadêmicas com a Matemática, desde a Educação Básica até o Ensino Superior. Pretendo, assim, construir um relato que contemple minhas vivências como professora autista, evidenciando os caminhos e descaminhos que percorri na construção da minha carreira na educação. Refleti sobre o impacto desse processo na minha atuação como docente de Matemática e na construção da minha identidade profissional. Para isso, utilizei a metodologia da pesquisa autobiográfica, pois ela permite a construção de uma narrativa que conecta práticas individuais a vivências mais amplas, possibilitando expandir as percepções do particular para o geral. As conclusões a que cheguei apontam para a necessidade urgente de discutir práticas pedagógicas inclusivas, que permitam aos estudantes autistas ampliar sua percepção de sociedade e reconhecer-se como pessoas “humanas”, capazes de se desenvolver em sua individualidade e atuação profissional. Para tanto, considero ser necessário adotar metodologias que considerem a inclusão como ponto de partida, e não como resposta ao fracasso. Isso porque, muitas vezes, as adaptações para estudantes com deficiência só são pensadas após a constatação de suas dificuldades. É fundamental, portanto, pensar em práticas que valorizem habilidades e competências, de forma a reduzir as frequentes percepções de fracasso vividas por estudantes autistas inclusos.
Palavras-chave
Autismo; autonarrativa; inclusão; ensino de Matemática
Citação
Link de Material Relacionado