ENSINO, TRABALHO DOCENTE E FEMINIZAÇÃO: ausência da docência masculina nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, um olhar dos egressos de Pedagogia da Unespar –campus Paranavaí (2010 – 2020)
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Data
2023/09/15
Autores
Orientadores
Programa
PPIFOR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Esta pesquisa se insere na linha de estudos sobre Educação, História e Formação de Professores do Programa de Pós-Graduação - Mestrado Acadêmico em Ensino - Formação Docente Interdisciplinar - da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) – Campus de Paranavaí. Os estudos também estão relacionados com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Estado, História, Políticas e Educação – GEPEHPE, cadastrado no diretório de Grupos de pesquisa do CNPq, sob a coordenação do Prof. Dr. Adão Aparecido Molina. O tema de discussão é a ausência masculina na atuação da docência nos anos iniciais da educação escolar, pelo olhar dos egressos do Curso de Pedagogia da Unespar – Campus Paranavaí. O objetivo é investigar a ausência da docência masculina, do pedagogo que desenvolve o trabalho docente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Busca-se, por meio da aplicação de um questionário, identificar alguns desafios que envolvem o trabalho docente do professor/homem na atualidade, uma vez que a presença do homem nesse ambiente escolar causa um certo estranhamento. Cabe lembrar que esse processo é compreendido pelo uso do termo “feminização do magistério”, que compreende o processo que levou a aproximação das mulheres com o trabalho docente. Esse processo se caracterizou por vários aspectos, entre eles está o fato de o magistério ser a única profissão permitida no final do século XIX e início do século XX para as mulheres, o que é fruto da constituição cultural, social e econômica, que serão trabalhadas ao longo da investigação. A pesquisa classifica- se como pesquisa qualitativa, tendo como fontes a pesquisa bibliográfica e documental, além da pesquisa de campo. A análise está pautada no materialismo histórico-dialético, estabelecendo-se uma relação entre a representação da docência masculina com as questões socioeconômicas e políticas que foram constituídas a partir das relações materiais de produção da sociedade capitalista no século XIX, que se cristalizaram e se estenderam para períodos posteriores, até o nosso tempo. Como apoio teórico, a pesquisa dialoga com autores que discutem e problematizam essa temática, como: Almeida (1998); Apple (1988); Arce (2001); Bruschini e Amado (1988); Carvalho (1996); Demartini e Antunes (1993); Ferreira (1998); Hypólito (2020); Louro (1988; 1997; 2020); Luiz Pereira (1969); Novaes (1992) Saffioti (1984; 1976) entre outros. Em relação à pesquisa bibliográfica, primeiro foi feito um breve histórico sobre a feminização do trabalho docente nas escolas, que serviu de base para fundamentar as discussões posteriores sobre a presença masculina nos anos iniciais na escola. Na sequência, os dados obtidos na pesquisa de campo, realizada por meio da aplicação de questionário aos professores homens, formados pela Unespar – Campus Paranavaí, de 2010 a 2020, foram tabulados e analisados. Ao final da pesquisa, conclui-se que, a ausência da docência masculina no ensino fundamental está relacionada, sim, aos fatores sociais, culturais e econômicos, conforme reafirmam os graduados, que foram informantes da nossa investigação.
Descrição
Palavras-chave
Educação e Ensino. Educação Fundamental Anos Iniciais. Licenciatura em Pedagogia. Feminização do Magistério. Ausência da Docência Masculina.