PROJETO VIOLÊNCIA: ESTUDO DE CASO DE UM PROCESSO DE (TRANS)CRIAÇÃO DA DANÇA PRESENCIAL PARA A TELA
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Data
2023/03/17
Autores
Orientadores
Programa
PPG-CINEAV -UNESPAR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A dissertação reflete acerca dos processos de criação e (trans)criação nas artes do vídeo e, em especial, na linguagem da videodança. O estudo se debruça sobre o corpo, enquadramento, corte, coreografia, performance, dramaturgia, som e edição, a partir dos elementos constitutivos da linguagem audiovisual. O objeto videodança já carrega em si uma espécie de transposição do corpo dançante para a tela bidimensional. Mas o que poderia estar implicado quando um projeto de dança elaborado para ser exibido no espaço tridimensional da performance – aqui-e-agora – necessita de ajustes formais para poder existir enquanto uma matriz audiovisual [vídeo]dançante? Esta indagação alicerça o problema de pesquisa: de que forma e com que meios se deu o processo de (trans)criação da videodança Projeto Violência (2020) de Airton Rodrigues, quando adaptado e transposto para a tela digital? O foco da investigação é o processo criativo da referida videodança que, em virtude dos protocolos de isolamento social impostos pela pandemia de coronavírus, precisou ser transposta para uma re[a]presentação em ambiente digital. A partir de um estudo de caso com o intuito de perceber, descrever, analisar e interpretar a situação/fenômeno, associado à Revisão de Literatura sobre o tema videodança, a dissertação traz como métodos investigativos a Crítica de Processo da poética audiovisual dançante, da qual a autora participou como membro da equipe criadora, na função de diretora de fotografia. O estudo se reporta aos singulares procedimentos de criação e documentação processual: registros, anotações, escolhas e recortes possíveis efetuados pela equipe interdisciplinar em relação à edição do corpo na tela videográfica. O que mudou em termos de informação? A hipótese inicial a ser verificada é que o corpo, como mídia primária dos processos da comunicação artística em dança, reelabora seu formato e sua condição expressiva pelos processos de criação audiovisual. A hipótese secundária é a possível ocorrência de um processo denominado (trans)criação intermidiática, sobretudo pela noção de acidentes controlados, proposta por Maya Deren, que passam a ser manipulados por meio do processo de enquadramento, corte, edição e que subvertem a continuidade espaço-temporal da ação dançante de modo a não interferir na espontaneidade do corpo em movimento e em estado de performance. Este estudo de caso, utiliza como abordagem para coleta de dados, também os aportes de uma entrevista semi-estruturada realizada com o diretor da equipe envolvida no projeto. O referencial teórico encontra-se ancorado nos pressupostos de Maya Deren, Philippe Dubois e Christine Mello para se reportar às audiovisualidades, Haroldo de Campos (campo da literatura) e Júlio Plaza (campo das artes) para dar conta dos conceitos de (trans)criação e tradução entre linguagens distintas e Cecília de Almeida Salles no que se refere à Crítica de Processos.
Descrição
Palavras-chave
Artes do Vídeo; Videodança; Transcriação; Crítica de Processos; Corpo; Mostra Solar 2020 – edição digital.