Existe relação entre desigualdade social, pobreza, baixo nível educacional e informalidade no mercado de trabalho? uma análise estatística e econométrica para o Brasil do ano de 2015.

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Data
2018/03/06
Programa
PPGSED
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Considerando os resultados do Produto Interno Bruto – PIB, nos anos de 2009 e 2010 o Brasil era a 8ª potência econômica no ranking mundial, o que levou o país a situar entre os 10 (dez) países com o melhor índice de crescimento econômico. Em contrapartida, esse resultado não foi suficiente para alterar os indicadores de desigualdade social existentes no país, o que se confirma com a 14ª posição de país mais desigual do mundo, segundo dados do Relatório do Desenvolvimento Humano do ano de 2015. Tem-se ainda que as riquezas e belezas paisagísticas, o desenvolvimento de diversos programas de transferência de renda, também não foram capazes de mudar o quadro de desigualdade social e com isso o estigma da desigualdade continua presente desde a colonização. Os dados estatísticos demonstraram que a desigualdade em especial a de renda ainda se faz presente no meio social, visto que um elevado contingente da população brasileira encontram-se vivendo na linha de pobreza e extrema pobreza, consequentemente essas pessoas também encontram-se excluídas do mercado de trabalho formal. Aliada a essa triste realidade soma-se o baixo nível de escolaridade da população, corroborando de forma decisiva na falta de qualificação profissional. Neste sentido, a proposta deste estudo foi de verificar, por meio de uma análise teórico-quantitativa e econométrica, qual a relação existente entre a desigualdade social, a pobreza, o baixo nível de escolaridade e o mercado de trabalho informal. A base de dados utilizada foi a da PNAD – Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio, do ano de 2015. Os resultados que foram obtidos por meio das análises estatísticas, foram comparados com os resultados de outras pesquisas, sendo possível verificar-se que do total da população economicamente ativa, um percentual significativo desses trabalhadores que foram segregados e hoje se encontram na linha de pobreza e extrema pobreza, desempenham suas funções no mercado de trabalho informal, em virtude da falta de formação escolar adequada e qualificação profissional, sendo assim barrada ou dificultada a entrada desses trabalhadores no mercado de trabalho formal. Desta forma o estudo comprovou que a desigualdade social e a pobreza segregam os indivíduos, os quais se encontram sem condições de terem acesso a um ensino de qualidade, visto que um percentual de trabalhadores informais possui um acentuado baixo nível de escolaridade que os leva a falta de qualificação profissional devido a deficiente formação escolar e falta de cursos de aperfeiçoamento deixando esses trabalhadores com dificuldades de acesso ao mercado de trabalho formal.
Descrição
Palavras-chave
Desigualdade Social, Pobreza, Capital Humano, Mercado de trabalho informal
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