Avaliação da atividade antibacteriana de extratos brutos de macroalgas insulares em isolado ambiental de Enterobacteriaceae, litoral do Paraná (Sul do Brasil)
Nenhuma Miniatura disponível
Data
2023-05-12
Autores
Orientadores
Programa
PALI
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A urbanização e o crescimento desordenado das cidades litorâneas aumentam as taxas de perturbação ambiental e fluxo de efluentes nos corpos d'água. A contaminação orgânica resulta na eutrofização e altera a distribuição de cepas bacterianas dos ambientes marinhos. Pelos efluentes há fluxo de fármacos, dando início à pressão seletiva que favorece a resistência bacteriana, novos processos infecciosos e consequente demanda por novos fármacos. Macroalgas possuem ampla distribuição e plasticidade adaptativa, atribuídas principalmente ao seu metabolismo secundário. Os bioativos algais vêm sendo amplamente estudados por suas propriedades antibacterianas: uma alternativa natural, eficaz, com baixo efeito colateral comparada aos antimicrobianos sintéticos comercializados. Esta pesquisa investigou a atividade antibacteriana de extratos metanólicos e aquosos de quatro espécies de macroalgas conspícuas de ambientes insulares do litoral do Paraná (Ulva sp., P. acanthophora e S. cymosum e G. brasiliensis) frente a enterobactérias cultivadas a partir de amostras de água marinha contaminadas, comparando com uma linhagem de referência de E. coli. A análise da água para cultivo foi realizada pelo teste Colilert®-18. A água positivada para E. coli foi filtrada e então cultivada em meio seletivo (MacConkey). Após repicagens seriadas e teste de coloração Gram, o teste bioquímico identificou a nível de família (Bacteriaceae). A atividade antibacteriana dos extratos foi avaliada em disco-difusão e microdiluição em caldo. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e ao teste de Tukey. Os resultados obtidos permitem atribuir atividade antibacteriana aos extratos metanólicos de todas as espécies investigadas. O extrato metanólico de Ulva sp. reduziu a atividade bacteriana em ambas as linhagens concentrações testadas. P. acanthophora apresentou a maior taxa de inibição do estudo e o extrato de S. sargassum inibiu até 80% da cultura de linhagem referência na concentração de 1,6mg/mL. G. brasiliensis apresentou baixa atividade antibacteriana. Considerando a ampla distribuição e grande biomassa de Ulva e Sargassum, recomenda-se futuros isolamentos bioquímicos e uso em biorremediação.
Descrição
Palavras-chave
Gram-negativa. Metabólitos Secundários. Macroalgas.