Navegando por Autor "BAGGIO, Eduardo Tulio"
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Item A CONSTRUÇÃO DA RESISTÊNCIA COLETIVA EM A CLASSE ROCEIRA (1985): DOCUMENTÁRIO EM ALIANÇA AOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERÍODO DA TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA NO PARANÁ(Universidade Estadual do Paraná, 2021/12/17) URBAN, Rafael Wandratsch; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/4298429507603773; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; MACHADO, Patrícia Furtado Mendes; http://lattes.cnpq.br/1387533506381579Esta pesquisa se interessa pelo contexto do surgimento de documentários engajados a movimentos sociais no Paraná, produzidos a partir de 1974 – primeiro ano do governo Geisel, em que o país veria os indícios iniciais de uma distensão política que culminou em 1988, ano da promulgação da Nova Constituição, a qual fortaleceu as bases para o debate social da redemocratização. Tomando como objeto A classe roceira (1985), de Berenice Mendes, que trata do surgimento do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) no Paraná, parte-se da premissa de que o cinema é agente ativo na história. Por isso, interessa investigar como A classe roceira, enquanto obra e fenômeno, alia-se às forças e formas de reorganização popular da sociedade paranaense no período de redemocratização do País. Nesta análise, orbitam, fundamentalmente, as reflexões de três pensadores: 1) A perspectiva crítico-política de JeanClaude Bernardet a respeito do documentário brasileiro; 2) O conceito de cinema engajado tal como pensado pela pesquisadora francesa Nicole Brenez; 3) Os pressupostos metodológicos formulados pelo chileno Patricio Guzmán, a partir de sua experiência como realizador, e sua ênfase na ideia de que é o enfrentamento histórico que guia todo processo criativo em documentário.Item A REALIDADE CRIATIVA NAS OBRAS DA CINEASTA MAYA DEREN: CONCEITOS TEÓRICOS E ANÁLISES FÍLMICAS(Universidade Estadual do Paraná, 2022/07/22) FERRO, Fernanda Ianoski; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/6766812526349058; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; PEREIRA, Ana Catarina dos SantosMaya Deren (1917 – 1961) foi uma cineasta e teórica profícua em relação ao cinema. Ao longo de sua breve vida, escreveu mais de vinte textos teóricos, abordando os aspectos gerais da linguagem cinematográfica e seu próprio processo criativo. Dentre os conceitos abordados por Deren, destaque-se o uso de uma realidade criativa, tanto nas apresentações textuais quanto nos seus próprios filmes. O corpus dessa pesquisa são os dois primeiros curta metragens da cineasta: Meshes of the Afternoon (1943) e At Land (1944), além dos conceitos sobre realidade e criatividade, presentes na maioria dos seus textos, compilados por Carolina Martínez no livro El universo dereniano: textos fundamentales de la cineasta Maya Deren (2015). Para trazer o pensamento dereniano ao cerne dessa pesquisa, parto da abordagem metodológica da Teoria de Cineastas, que busca trazer o pensamento de cineastas ao centro das discussões sobre cinema, e para isso, parte-se de suas fontes primárias: textos, entrevistas, roteiros etc., bem como suas obras audiovisuais. Dentro dessa abordagem, trago textos de autoria de Manuela Penafria, Eduardo Baggio e Bruno Leites - entre outros - atuantes na SOCINE - Sociedade Brasileira de Pesquisa em Cinema e Audiovisual, com o Seminário Temático Teoria de Cineastas, desde 2016. Mostrou-se evidente, ao longo da trajetória de pesquisa, que Deren mantém-se constante em relação aos conceitos que ela propõe sobre cinema, reafirmando-os a cada novo texto. Para ela, o cinema deve afastar-se de outras formas artísticas há muito definidas (como a pintura, o teatro e a literatura) e explorar os recursos próprios do seu meio. Sobre a realidade criativa, configura-se, para Deren, em uma forma de cinema que busca não a representação do mundo, mas a sua transformação através de elementos próprios ao meio cinematográfico, como a montagem, que assume um papel de grande relevância em suas obras. Nos filmes derenianos, fica evidente uma luta pela dissolução das linhas espaço temporais de uma narrativa clássica, trazendo ao ecrã uma abordagem criativa, onde os espaços estão fora de uma ordem lógica – como em At Land, onde a protagonista está na praia, logo depois entra em um espaço fechado de reuniões e novamente volta-se à praia: uma geografia impossível, mas que mostra uma característica própria do cinema: ligar espaços e planos aparentemente desconexos da realidade lógica, mas que aprofundam-se em sensações. Deren ainda aproxima-se da idéia de um cinema de poesia, como uma abordagem da experiência, o que defende no seu entendimento de um cinema vertical.Item APROPRIAÇÃO DA PELÍCULA CINEMATOGRÁFICA COMO LINGUAGEM PROCESSUAL: ESPÍRITO INTERIOR, ONDA E FILME IMPERFEITO(Universidade Estadual do Paraná, 2022/09/12) TEIXEIRA, Lígia De Mello; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/8461929908954129; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; FAISSOL, Pedro de Andrade Lima; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; FERNANDES, Patrícia Moran; http://lattes.cnpq.br/5766238377826129; MIKOSZ, José Eliézer; http://lattes.cnpq.br/8805958526800693O objetivo desta dissertação intitulada “Apropriação da película cinematográfica como linguagem processual: Espírito interior, Onda e Filme imperfeito”, é o de fazer uma análise sobre o uso da película found footage no cinema experimental, principalmente me utilizando das proposições descritas por Nicole Brenez e Pip Chodorov no texto “A Cartografia do Found Footage”. Através dos conceitos que os autores associam à utilização do reemprego das imagens para a elaboração de novas obras e outros textos de autores e artistas, faço uma investigação sobre o uso da película found footage no contexto do meu processo artístico no cinema experimental. Ao longo do texto, discorro sobre como me aproprio e me relaciono com filmes de arquivos de família encontrados em sebos, feiras de antiguidades, antiquários, entre outros, discorrendo através da análise dos meus filmes Espírito Interior (2020), Onda (2020) e Filme Imperfeito (2021). Estes rolos de película foram coletados por anos de maneira intuitiva e despretensiosa, apenas pelo desejo de ter posse destes objetos cinematográficos, cujos frames apenas conseguia ver com dificuldade, a olho nu. Ao ter a oportunidade de projetar e digitalizar estes materiais, foram criadas possibilidades de serem explorados como um raro e rico objeto de pesquisa para minhas novas obras.Item ATÉ AMANHÃ: OS ESPAÇOS NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM LONGAMETRAGEM(Universidade Estadual do Paraná, 2024/05/10) TOMITA, Rodrigo Akira Minasse; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/9464206982367255; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; FAISSOL, Pedro de Andrade Lima; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; MELLO, Jamer Guterres de; http://lattes.cnpq.br/9707216305631668; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353Cecília Almeida Salles, em Redes da Criação: construção da obra de arte (2006), diz que a mudança e o deslocamento geográfico em prol de uma busca por novos caminhos no processo de criação artística é comum na história da arte como ocorreu com Paul Klee e suas viagens para a Tunísia, por exemplo. O geógrafo humanista Yi-Fu Tuan, em seu livro Espaço e lugar - a perspectiva da experiência, conta uma anedota onde dois físicos visitam o castelo de Hamlet e afirmam que o castelo é visto de forma completamente diferente ao terem ciência de que uma narrativa, ainda que ficcional, se passou no lugar em questão. Éric Rohmer, por sua vez, ao definir a noção de espaço arquitetônico, escreveu que “os lugares não servem apenas de moldura para a ação, seu receptáculo; eles pesam sobre as atitudes dos personagens, influenciam sua atuação, ditam seus deslocamentos” (ROHMER, 1991, p.57 apud BORGES, 2019, p. 139). Apoiando-me nessas ideias, neste projeto de pesquisa, busco investigar a influência das espacialidades nos processos de criação de Até Amanhã, um longa-metragem ficcional roteirizado e dirigido por mim entre os anos de 2020 e 2024. No capítulo inicial, irei debater e refletir sobre as relações entre as espacialidades e a arte cinematográfica sob perspectivas teóricas diversas, entre as quais a teoria realista de André Bazin. Em seguida, apoiando-me na Crítica de Processo e no conceito de rede de criação de Cecília Almeida Salles, analiso alguns documentos de processos como a decupagem, manuscritos e cartas de montagem para compreender de que maneira as espacialidades impactaram meu processo criativo desde o ano de 2020 – marcado pelo contexto pandêmico e de distanciamento social – até a montagem do corte final do filme em 2024. Sempre tendo como foco as espacialidades, refletirei sobre os contextos de realização e as escolhas de direção e roteiro, investigando assim como os lugares foram um elemento determinante para o processo criativo de Até Amanhã.Item CINEMA NHANDEREKO - PERSPECTIVAS ESTÉTICAS DE REALIZAÇÃO A PARTIR DA COSMOLOGIA ORIGINÁRIA GUARANI(Universidade Estadual do Paraná, 2022/04/05) ALE, Anne Lise Filartiga; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/2814962511896734; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; ALVARENGA, Clarisse Maria Castro de; http://lattes.cnpq.br/3413084947174681; MIKOSZ, José Eliézer; http://lattes.cnpq.br/8805958526800693Esta dissertação tem como objetivo produzir uma reflexão sobre as possibilidades e impossibilidades de representação da cosmologia amerindia guarani no campo do Cinema. Partimos do pressuposto de que existe um Cinema Guarani e que esse cinema singular tem características estéticas formais e discursivas contextuais diversas do/s cinema/s hegemônico/s. Nossa hipótese é de que o ponto de vista filosófico dos povos guarani tem base no que Eduardo Viveiros de Castro concebe como Perspectivismo Amerindio, e que, portanto, tais percepções não-convencionais sobre o mundo afetam a construção do olhar de cineastas indígenas na criação de imagens auto representativas. A partir disso, tomamos o Nhandereko (termo que dá nome ao título, que significa "modo de ser guarani” na língua indígena e abarca um conjunto de particularidades cosmológicas) como elemento balizador da análise filmica de três obras de curta duração do gênero documentário dirigidas por cineastas guaranis contemporâneos: Mensageiros do Futuro (2019), direção de Graciela Guarani (Poty Rory), cineasta guarani Kaiowá; Sonho de Fogo (2020), direção de Alberto Alvares, cineasta guarani Nhandeva; E "Pará Rété" (2015), dirigido pela cineasta guarani Mbyá, Patrícia Ferreira (Pará Yxapy), com vistas a identificar um conjunto de elementos particulares da cosmologia indígena guarani e compreender de que forma tais elementos podem produzir atravessamentos em aspectos estéticos e discursivos na uso da linguagem cinematográfica. A partir das análises filmicas imbricadas com a literatura etnográfica guarani de autores como Nimuendajú, Cadogan e Schaden, pudemos compreender os aspectos cosmológicos da cultura Guarani enquanto constituintes das obras filmicas de seus realizadores. Nesse sentido, concebemos neste trabalho o Cinema Nhandereko como um sistema singular de formas, portanto, uma estética (RANCIÈRE, 2009) que abarca um sistema ideal de vida diverso do princípio eurocêntrico, e possibilita a leitura de uma tradução cosmológica através da linguagem do cinema.Item CONTE-ME SUA HISTÓRIA: O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM DOCUMENTÁRIO COM JOVENS DO ENSINO MÉDIO(Universidade Estadual do Paraná, 17/12/2020) SILVA, Eduardo Antonio Ramos; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; http://lattes.cnpq.br/4527159431649347; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; KRUGER, Cauê; http://lattes.cnpq.br/1114691391456508Essa dissertação é o resultado de aproximadamente três anos de experiências trocadas com jovens do ensino médio de uma instituição de ensino pública da cidade de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, denominada Escola Estadual Sagrada Família. Essas experiências foram potencializadoras da realização de uma pesquisa artísticaprocessual, cujo resultado foi a produção dessa escrita acadêmica, assim como a realização de um filme documentário. Os seis jovens estudantes na época foram selecionados a partir de suas histórias de vida –, proposta metodológica tomada de empréstimo das ciências sociais e aplicada em sala de aula –, que foram relatadas em uma carta escrita por alguns no começo de 2018 e por outros no começo de 2019. Essas cartas, portanto, constituíram-se como o ponta pé inicial dos desígnios assumidos posteriormente, visto que despertaram em mim um sentimento de empatia. Meus interesses principais com a pesquisa se moveram entre dois polos: o primeiro deles era entender as idiossincrasias de cada um desses estudantes e que por meio desse projeto eles (as) pudessem se expressar de uma maneira mais espontânea, ou seja, nos limites das dificuldades práticas dessa proposta, falassem com um grau de interferência menor do que o convencional; e o segundo propósito era experienciar aquilo que se passaria “em torno da câmera” (ROUCH, 1961), tornando esses estudantes também companheiros (as) no processo de realização. Para alcançar os objetivos propostos dialoguei com as teorias do campo temático do cinema documental em suas interfaces com as ciências sociais, a história, a educação e as artes, pois o cinema aqui é tratado como linguagem artística (SUPPIA, 2015, p. 118). Esses diálogos e/ou discussões teóricas se sucedem, principalmente, nos três primeiros capítulos da dissertação, enquanto no quarto capítulo me ocupo do tratamento de questões referentes às especificidades da criação do documentário, incluindo as imprevisibilidades do processo. Considero, no entanto, que embora no quarto capítulo eu descreva e avalie a sua realização, é fundamental o visionamento do resultado, o filme propriamente dito, para cotejá-lo com os relatos do processo, tendo em vista que eles se complementam no curso dos eventos. Esses encaminhamentos podem facilitar o entendimento do leitor e espectador no que tange a relação estética e ética estabelecida entre aquele que propôs o projeto (eu/professor) e aqueles que o aceitaram (eles e elas/estudantes), visto que foi após a conclusão dessas duas etapas que avaliei criticamente sua realização e busquei deixar vestígios de reflexão e reflexividade (COESSENS, 2014, p. 02).Item IMAGEM DA IMAGEM: OPACIDADE PROVOCATIVA EM BRIAN DE PALMA(Universidade Estadual do Paraná, 2021/03/19) SARI, Wellington Gilmar; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/3821952673235530; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; PINTO, Pedro Plaza; http://lattes.cnpq.br/4210264642096088; OLIVEIRA JÚNIOR , Luiz Carlos Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/6985782589830684Esta dissertação investiga, no cinema de Brian De Palma, a construção fílmica dependente de obras anteriores. Mais especificamente, de cenas originárias, que, no trabalho, são denominadas cenas-mãe. No primeiro capítulo, será feita a delimitação do conceito, a partir de exemplos retirados da filmografia do diretor. Em seguida, a própria pesquisa volta-se a um momento anterior e busca, primeiro na história da arte, em especial no maneirismo pictórico italiano do século XVI, a gênesa da atitude criativa que se fia em obras prévias. Permanecendo na Itália, a dissertação encontra no giallo um filone cinematográfico em que é possível identificar vestígios maneiristas e projeções que refletem no cinema de De Palma. Serão analisadas algumas obras como Olhos diabólicos (La ragazza che sapeva troppo, Mario Bava, 1963) e A morte caminha à meia-noite (La morte accarezza a mezzanotte, Luciano Ercoli, 1972). Realizador de gialli que servem de base para vários outros filmes do filone, Dario Argento terá três obras analisadas, que respondem, respectivamente, ao início, meio e fim do ciclo. Por figurar personagens que, depois de testemunhar determinada cena, retornam mentalmente, ou por meio de imagens acessórias, ao evento inicial, a análise dos filmes de Argento estrutura os conceitos seguintes, que serão trabalhados no terceiro e no quarto capítulo, novamente dedicados a De Palma. A investigação sobre o cinema do norte-americano volta-se majoritariamente a três filmes: Dublê de corpo (Body double, 1984), O pagamento final (Carlito’s way, 1993) e Femme fatale (2002). Diante destas três obras, o trabalho procura compreender como se comporta a figura do protagonista enquanto mediador da cena-mãe. A intenção é elucidar de que forma De Palma exibe, na tela, ações análogas ao seu próprio trabalho de diretor, em uma atitude provocativa, que procura revelar não só o dispositivo, mas também brincar com ele.Item MUITO PRAZER, DAVID NEVES, CRÍTICO-CINEASTA: A CONSTRUÇÃO DA “AUTENTICIDADE” EM MAURO, HUMBERTO (1966) E EM MUITO PRAZER (1979)(Universidade Estadual do Paraná, 2024/05/10) SILVA, Gabriel Philippini Ferreira Borges da; PINTO, Pedro Plaza; http://lattes.cnpq.br/4210264642096088; http://lattes.cnpq.br/2645226106162027; PINTO, Pedro Plaza; http://lattes.cnpq.br/4210264642096088; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; MELLO, Jamer Guterres de; http://lattes.cnpq.br/9707216305631668; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353O crítico-cineasta David Neves teve uma profícua trajetória no cinema brasileiro entre 1958 e 1994. Nesse período, Neves realizou uma vasta obra entre a escrita de uma valiosa produção crítica e a direção de sete longas e mais de vinte curtas-metragens. Desde seus primeiros escritos e filmes, ligados à formulação do Cinema Novo Brasileiro, o crítico-cineasta se demonstrou interessado pela captura e a construção de uma “almejada autenticidade”, como o próprio descrevia. Uma busca manifestada em seu interesse por valorizar a “captação da espontaneidade” e o registro do “erro”, conceitos que aparecem em diferentes momentos e de diferentes maneiras em sua obra. Tomando como base a abordagem proposta pela Teoria de Cineastas e metodologias de análise fílmica e textual desenvolvidas a partir dos textos de Jacques Aumont, Michel Marie e Manuela Penafria, buscamos, nesta pesquisa, investigar a obra do crítico-cineasta a partir de seus próprios registros de pensamento, processos de criação e relatos de vida. Mais detidamente, nos dedicamos à análise de sua produção crítica e de dois dos filmes que dirigiu: Mauro, Humberto (1966, dir.: David Neves) e Muito Prazer (1979, dir.: David Neves), com foco no seu interesse particular pela construção de uma sensação de “autenticidade”. Compreendendo, como Raquel Gerber (1982), ser impossível separar a realização dos filmes do pensamento sobre e a partir deles, a pesquisa busca, também, discutir o conceito de crítico-cineasta e estudar o pensamento de David Neves, na variedade de suas expressões, analisando e propondo métodos para o estudo de seus textos e entrevistas ao lado dos filmes que dirigiu. Assim, a partir do cotejo entre variadas expressões do crítico-cineasta e de seus colegas de realização, bem como da identificação de diferentes técnicas e recorrências estilísticas empregadas ou expressadas em seus filmes e textos, concluímos que Neves buscava evitar em seus filmes um aspecto de passado a limpo. Por meio da revelação do erro e da apresentação de certa displicência com a mise en scène, conceitos fundamentais para a análise de seu estilo, o crítico-cineasta buscava conferir a seus filmes uma familiar impressão de autenticidade, garantindo às suas obras um tom menor, como o de um filme doméstico.Item O ESTILO CINEMATOGRÁFICO EM RICHARD LINKLATER: O FAZER COMO PROCESSO DE CRIAÇÃO(Universidade Estadual do Paraná, 2024/07/24) MATOS, Baruch Blumberg Carvalho de; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/4302415994826124; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; GARCIA, Alexandre Rafael; http://lattes.cnpq.br/3895949501024669; PEREIRA, Sissi Valente; http://lattes.cnpq.br/9870607020902730; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353A presente pesquisa visa identificar como se dá o processo de criação do cineasta Richard Linklater na Trilogia do Antes (1995 – 2013), e como esse processo é característico do seu estilo como diretor de cinema, perpassando vários de seus filmes. A partir dos conceitos de Jacques Aumont sobre cineastas, e sobre o filme como obra teórica, me debruço sobre os aspectos que conectam a Trilogia do Antes e outros dos seus longas, aspectos que parecem ser muito caros ao realizador, como tempo diegético e tempo de realização, e como estes se unem a deambulação, espacialidade e mise-en-scène. Para fundamentar tais análises, busco nos autores Gilles Deleuze e Fábio Uchôa, suas contextualizações e propostas para deambulação no cinema, e como a imagem é construída para uma situação dispersa e as conexões são postas propositalmente de forma a parecerem fracas ou superficiais, de modo que a deambulação seja o elemento fixo, posto que Linklater parece usá-la como dispositivo em sua trilogia. No intuito de traçar o ponto de análise para o entendimento de espaço, me baseio nas ideias propostas por Maria Helena Braga e Vaz da Costa, para o espaço geográfico no cinema, apontando este como um dos responsáveis pela formação do imaginário coletivo que subjetiva a experiência fílmica. Outros dois importantes aspectos no processo de criação da Trilogia do Antes é a conexão entre Linklater e os atores que interpretam seus protagonistas, Ethan Hawke e Julie Delpy. O último aspecto é a maneira como o tempo de realização demonstra ser parte do seu processo de criação, muitas vezes como componente de criação narrativa e estética. Observando entrevistas concedidas pelo diretor e pelo elenco citado, busco entender essas duas facetas sob a perspectiva das ideias de Pedro Guimarães, Cecilia Almeida Salles e Fayga Ostrower. A partir dos aspectos citados, esta pesquisa realiza um exercício de teorização sobre o estilo de fazer cinema do diretor Richard Linklater e sobre o seu processo de criação.Item O PROCESSO DE CRIAÇÃO DO LONGA-METRAGEM O NOSSO FILHO: REALISMO, MELODRAMA E ROTEIRIZAÇÃO(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/25) BENITES, Thiago Bezerra de Araújo; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/6064400168959545; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; PRIORI, Claudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; SILVA, Marcelo Carvalho da; http://lattes.cnpq.br/8437920851828294; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353A pesquisa que originou esta dissertação parte do meu próprio trabalho com o audiovisual. De forma tanto expositiva-descritiva quanto ensaística, o texto apresenta um estudo sobre processos criativos vinculados à escrita do roteiro para cinema intitulado O Nosso Filho, de minha autoria. Ao mesmo tempo, a pesquisa apresenta asserções relacionadas ao audiovisual dentro das estéticas do melodrama e do realismo. Também o texto, ao discorrer sobre parte de minha vida pessoal, que deu origem a um roteiro de longa-metragem, tem em sua construção teórica os processos de criação para apresentar os estágios de escrita de um filme para cinema. Portanto, a dissertação se baseia em três inferências que constroem e delimitam o corpus teórico: o realismo em Xavier (1998), Baggio (2022), Bazin (2014) e Comolli (2008) e o melodrama a partir dos estudos de Ismail Xavier e Baltar (2019) como estéticas convergentes; os processos criativos dentro dos Campos das Artes e das Ciências Sociais Aplicadas; e, finalizando, as fases que compõem a feitura de um roteiro, com foco na abordagem da crítica de processo em Salles (2012). Dividida em três partes, a pesquisa considera cada uma dessas inferências para a formulação de seus capítulos. No primeiro capítulo: apresentação e estudo sobre melodrama e realismo. Segundo capítulo: processos criativos e suas metodologias, com foco nas potencialidades políticas de um cinema de gênero, este inter-relacionado ao popular. Em bell hooks (2023), a crítica é sobre as responsabilidades em narrar e debater no cinema de ficção questões de gênero, classe, raça e sexualidade. Terceiro capítulo: reflexões sobre as etapas de escrita do argumento, escaleta e sinopses de O Nosso Filho. Em suma, trata-se de um trabalho que encontra na reflexão crítica a exposição de seus problemas epistemológicos, compreendendo que na ação de fazer e escrever um filme é possível a inserção de uma pesquisa acadêmica sobre a ficção revelada em forma de roteiro.Item PERSPECTIVAS FEMINISTAS E DECOLONIAIS SOBRE A JORNADA DA HEROÍNA: UM ESTUDO SOBRE ROMA (2018) DE ALFONSO CUARÓN(Universidade Estadual do Paraná, 2022/07/07) RODRIGUES, Angélica Marina; PRIORI , Claudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; http://lattes.cnpq.br/1133548903656527; PRIORI , Claudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; GILLIES, Ana Maria Rufino; http://lattes.cnpq.br/3844117013723738A presente pesquisa busca identificar e analisar quais fatores influenciam Cleo, protagonista do filme Roma (2018) do diretor mexicano Alfonso Cuarón, não ser capaz de realizar inteiramente “A jornada da heroína”, percurso arquetípico proposto pela psicoterapeuta junguiana Maureen Murdock (1990), que se apresenta como uma ferramenta possível à construção de narrativas fílmicas orientadas da perspectiva das mulheres. Por este modelo narratológico, compreende-se uma jornada cíclica de caráter psico-espiritual que, organizada em estágios, pontua as experiências vivenciadas pelas mulheres que anseiam integrar novamente sua polaridade feminina, outrora perdida, e curar a ferida interna causada pela cultura patriarcal dominante. Como objetivos, este estudo pretende por meio de uma abordagem feminista e decolonial, compreender como essa jornada é afetada quando realizada por uma mulher racializada, subalternizada e circunscrita em uma realidade característica de um país herdeiro de marcas deixadas pelos processos colonizatórios sofridos no passado. Como recorte teórico-metodológico, nossa pesquisa adota uma análise fílmica de abordagem narrativa, à luz dos estudos de David Bordwell (2005), e uma perspectiva feminista e decolonial amparada nas contribuições de diferentes autoras como María Lugones, Lélia Gonzalez, Ochy Curiel, Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí e Françoise Vergès. Desta maneira, este estudo aborda as razões pelas quais “A jornada da heroína” é limitada para a protagonista de Roma (2018).Item PROCESSO DE CRIAÇÃO E INTIMIDADE EM DISSENSO NO DOCUMENTÁRIO CONSTRUINDO PONTES (2017) DE HELOISA PASSOS(Universidade Estadual do Paraná, 2021/03/18) MENDONÇA, Thaíse Jorge; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; http://lattes.cnpq.br/1982770618515341; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; SILVA, Marcelo Carvalho da; http://lattes.cnpq.br/8437920851828294Essa dissertação parte da seguinte problemática: de que forma a visão de mundo e os limites éticos que os documentaristas se autoimpõem impulsionam os processos de criação nos documentários contemporâneos paranaenses, partindo do pressuposto de que mesmo quem cria espontaneamente reage a favor ou na contracorrente da concepção reinante de sua época? Desta forma, o objetivo da investigação é analisar o processo de criação da cineasta paranaense Heloisa Passos e o que se considera ser o conjunto de questões mais sensíveis e específicas da sua prática documental: a relação entre ética e estética estabelecida no ato de filmar com o outro, relação que tensiona todo o processo criativo, desde a construção do argumento ou roteiro que norteará as filmagens, no uso ou não de entrevistas e no nível de interferência e participação que os intervenientes/personagens terão no filme. O corpus se debruça especificamente sobre o filme Construindo Pontes (2017) dirigido por Heloisa Passos. A abordagem metodológica utilizada será a Teoria de Cineastas, além de uma intensa revisão de literatura sobre a trajetória do cinema documentário e sobre o seu papel na cinematografia paranaense. Salienta-se que a metodologia também inclui a análise fílmica e entrevista qualitativa com a realizadora.Item PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE FOLEY: TRANSFORMANDO SONS EM ELEMENTOS DE EXPRESSIVIDADE NARRATIVA(Universidade Estadual do Paraná, 2023/08/09) SCHULTZ, Juliano Carpen; OPOLSKI, Débora Regina; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; http://lattes.cnpq.br/6508383496338802; OPOLSKI, Débora Regina; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; CARREIRO, Rodrigo Octavio D'Azevedo; http://lattes.cnpq.br/0263456536361820Foley é uma das etapas da pós-produção de som para audiovisual. Grosso modo, pode-se definir como o ofício de recriar em sincronia com a imagem, sons oriundos das ações da história e das movimentações que ocorrem em cena, objetivando a expressividade narrativa. Passos, roupas, toques, tapas, abraços, beijos, manipulações de bolsas, malas, louças, papéis são exemplos de sons pertencentes ao universo de Foley. O objetivo principal desta pesquisa é discorrer sobre o processo de criação de Foley do autor desta pesquisa, as etapas que o compõem e as intenções técnicas e criativas que permeiam e orientam o processo de transformar sons em elementos de expressividade narrativa. Para isso será utilizado como objeto de estudo o filme Ursa (2021), do diretor William de Oliveira, produção na qual o autor desta dissertação teve a oportunidade de ser o responsável por planejar e executar o conceito de Foley.Item PROPOSIÇÕES DE CINEMA LÉSBICO EM BARBARA HAMMER(Universidade Estadual do Paraná, 2021/08/19) BORGONOVO, Débora Zanatta; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/0982241093182333; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; SOUSA, Ramayana Lira de.; http://lattes.cnpq.br/6350618099589876Esta dissertação apresenta proposições da cineasta Barbara Hammer para a realização de um cinema lésbico. A abordagem utilizada é a da Teoria de Cineastas, privilegiando como fontes da investigação os pensamentos, verbais e fílmicos, da diretora. No primeiro capítulo, apresento um panorama do cinema narrativo com temática lésbica, dividindo-o em três subcapítulos e evidenciando, a partir de algumas das principais obras teóricas produzidas a partir desses filmes, determinadas características recorrentes neste cinema. Este capítulo desempenha uma função balizadora para a compreensão do cinema ao qual Barbara Hammer se contrapõe ao falar sobre e realizar um cinema lésbico. O capítulo 2 discorre sobre a abordagem da Teoria de Cineastas e explicita o percurso metodológico traçado para a elaboração da pesquisa. O terceiro capítulo é dedicado propriamente às proposições de Barbara Hammer acerca de um cinema lésbico. A seção se desenvolve em torno de três eixos: a influência da cineasta Maya Deren e do cinema de vanguarda norte americano sobre a arte de Hammer, a formulação de uma estética lésbica e a concepção de cinema ativo. Objetivo, com este estudo, fornecer uma reflexão orientada acerca do pensamento verbal e cinematográfico de Barbara Hammer, a fim de, com isso, contribuir para destacar o seu papel na formulação de um pensamento e de uma estética de cinema lésbico.Item TRAJETÓRIAS DE LUTO: ESPACIALIDADE E TRANSMUTAÇÃO INTERIOR EM MABOROSHI NO HIKARI (1995, HIROKAZU KORE-EDA) E MOGARI NO MORI (2007, NAOMI KAWASE)(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/25) Juliana Luiza Choma; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/4129017769766858; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; ISHIKI, Michiko Okano; http://lattes.cnpq.br/3118222606852565; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353Esta pesquisa tem como objetivo investigar a relação entre espaço e mundo interior e de que modo ela se materializa no cinema contemporâneo japonês a partir do recurso da trajetória. A pesquisa parte da concepção de que o atravessamento dos personagens por espaços é capaz de revelar suas emoções ao espectador e que, portanto, o espaço se torna uma via de acesso ao mundo interior dos personagens. Como material de análise, utilizam-se as trajetórias de luto realizadas nos filmes Maboroshi no Hikari / A Luz da Ilusão (1995, Hirokazu Kore-eda) e Mogari no Mori / Floresta dos Lamentos (2007, Naomi Kawase), entendendo a trajetória como elemento capaz de realizar a transmutação do luto, isto é, uma profunda modificação na relação do personagem com este sentimento, com seu passado e com sua nova realidade. Traçando um caminho de aprofundamento na cultura japonesa, este trabalho está estruturado de modo a estimular reflexões acerca da influência do pensamento sobre a paisagem em nossa relação com o mundo. Busca-se compreender a reverberação desse pensamento nas artes, com foco nas artes visuais e arquitetura japonesas, investigando os valores culturais de Ma e oku como modos de relacionar o material e o imaterial no pensamento espacial japonês. Todo este percurso teórico culmina, neste trabalho, com a observação desses valores de Ma e oku nos filmes supra-mencionados, através de uma metodologia que se utiliza das formas dos tradicionais rolos ilustrados japoneses para a elaboração de um percurso visual sobre frames fundamentais. A análise, estrutural, de cunho cultural, busca questionar em que medida os espaços são capazes de revelar o mundo interior dos personagens, sendo dispositivos essenciais para aprofundar a experiência estética e metafísica do luto nestes filmes. Alguns autores utilizados para o embasamento desta pesquisa são Michiko Okano (2012), Fumihiko Maki (1979), Shuichi Kato (2012), Anne Cauquelin (2007) e Franco Panzini (2013).