PERSPECTIVAS FEMINISTAS E DECOLONIAIS SOBRE A JORNADA DA HEROÍNA: UM ESTUDO SOBRE ROMA (2018) DE ALFONSO CUARÓN

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2022/07/07
Orientadores
Programa
PPG-CINEAV-UNESPAR
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A presente pesquisa busca identificar e analisar quais fatores influenciam Cleo, protagonista do filme Roma (2018) do diretor mexicano Alfonso Cuarón, não ser capaz de realizar inteiramente “A jornada da heroína”, percurso arquetípico proposto pela psicoterapeuta junguiana Maureen Murdock (1990), que se apresenta como uma ferramenta possível à construção de narrativas fílmicas orientadas da perspectiva das mulheres. Por este modelo narratológico, compreende-se uma jornada cíclica de caráter psico-espiritual que, organizada em estágios, pontua as experiências vivenciadas pelas mulheres que anseiam integrar novamente sua polaridade feminina, outrora perdida, e curar a ferida interna causada pela cultura patriarcal dominante. Como objetivos, este estudo pretende por meio de uma abordagem feminista e decolonial, compreender como essa jornada é afetada quando realizada por uma mulher racializada, subalternizada e circunscrita em uma realidade característica de um país herdeiro de marcas deixadas pelos processos colonizatórios sofridos no passado. Como recorte teórico-metodológico, nossa pesquisa adota uma análise fílmica de abordagem narrativa, à luz dos estudos de David Bordwell (2005), e uma perspectiva feminista e decolonial amparada nas contribuições de diferentes autoras como María Lugones, Lélia Gonzalez, Ochy Curiel, Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí e Françoise Vergès. Desta maneira, este estudo aborda as razões pelas quais “A jornada da heroína” é limitada para a protagonista de Roma (2018).
Descrição
This research seeks to identify and to analyze which factors influence Cleo, the protagonist of Roma (2018), a film by Mexican director Alfonso Cuarón, not to be able to fully realize "The heroine's journey", an archetypal path proposed by the Jungian psychotherapist Maureen Murdock (1990). This path is presented as a possible tool for the construction of filmic narratives oriented from the perspective of women. Such narrative model is understood to be a psycho-spiritual cyclical journey that, organized in stages, points out the experiences women who yearn to reclaim their once lost female polarity and heal the internal wound caused by the dominant patriarchal culture go through. Through a feminist and decolonial approach, this study aims to understand how this journey is affected when carried out by a racialized, subalternized and circumscribed woman in the typical reality of a country heir to the marks left by the colonizing processes suffered in the past. For its theoreticalmethodological focus, our research adopts a narrative-driven film analysis, following the studies of David Bordwell (2005), and a feminist and decolonial perspective based on the contributions of different authors such as María Lugones, Lélia Gonzalez, Ochy Curiel, Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí and Françoise Vergès. Thus, this study addresses the reasons why "The heroine’s journey" is not fully attainable to the protagonist of Rome (2018).
A presente pesquisa busca identificar e analisar quais fatores influenciam Cleo, protagonista do filme Roma (2018) do diretor mexicano Alfonso Cuarón, não ser capaz de realizar inteiramente “A jornada da heroína”, percurso arquetípico proposto pela psicoterapeuta junguiana Maureen Murdock (1990), que se apresenta como uma ferramenta possível à construção de narrativas fílmicas orientadas da perspectiva das mulheres. Por este modelo narratológico, compreende-se uma jornada cíclica de caráter psico-espiritual que, organizada em estágios, pontua as experiências vivenciadas pelas mulheres que anseiam integrar novamente sua polaridade feminina, outrora perdida, e curar a ferida interna causada pela cultura patriarcal dominante. Como objetivos, este estudo pretende por meio de uma abordagem feminista e decolonial, compreender como essa jornada é afetada quando realizada por uma mulher racializada, subalternizada e circunscrita em uma realidade característica de um país herdeiro de marcas deixadas pelos processos colonizatórios sofridos no passado. Como recorte teórico-metodológico, nossa pesquisa adota uma análise fílmica de abordagem narrativa, à luz dos estudos de David Bordwell (2005), e uma perspectiva feminista e decolonial amparada nas contribuições de diferentes autoras como María Lugones, Lélia Gonzalez, Ochy Curiel, Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí e Françoise Vergès. Desta maneira, este estudo aborda as razões pelas quais “A jornada da heroína” é limitada para a protagonista de Roma (2018).
Palavras-chave
Jornada da heroína. Feminismo decolonial. Representações de gênero. Teorias do cinema. Análise fílmica.
Citação
Link de Material Relacionado