Caminhos para uma História Pública da mulher favelada: compreendendo “Quarto de Despejo” (1960)

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dc.contributor.advisorMoraes, Eulália Maria Aparecida de
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8344111210044375
dc.contributor.authorSantos, Ana Laura Perenha dos
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4677417317938126
dc.contributor.referee1Moraes, Eulália Maria Aparecida de
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8344111210044375
dc.contributor.referee2Silva, Ricardo Tadeu Caires
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/6521759429378336
dc.contributor.referee3Coito, Roselene de Fátima
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/4593755793342327
dc.date.accessioned2025-04-01T11:19:17Z
dc.date.available2025-04-01
dc.date.available2025-04-01T11:19:17Z
dc.date.issued2021-09-23
dc.description.abstractConsiderando o cenário atual, onde existe um debate crescente acercada educação institucionalizada ou informal, a presente pesquisa busca identificar aspectos da interface da História Pública, suas práticas e suas reflexões com a literatura. Para tanto, mobilizamos as conceituações de biopoder e de disciplina delineadas nas obras de Michel Foucault. Buscamos compreender, a partir da obra Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960), de Carolina Maria de Jesus, como a biopolítica opera, por meio do racismo de Estado, marginalizando as populações negras e como Carolina Maria de Jesus resiste a esse mecanismo de exclusão e de segregação a partir da experiência da escrita durante todo o período que vive na favela do Canindé. Ademais, procuramos verificar como, a partir da escrita de si, uma prática de História Pública é possibilitada, haja vista ser um campo de pesquisa que promove a validade dos múltiplos discursos produzidos sobre as representações do presente ou do passado sem hierarquizá-los em que pese a necessidade das trocas de experiências que buscam atrelar prática à reflexão teórica/metodológica produzindo conhecimento .Assim, em nossas análises foi possível perceber que Carolina Maria de Jesus, ao mostrar em seu texto como a biopolítica age sobre a população favelada por meio da fome e das insalubres condições que a submete ,acaba exercendo uma prática de História Pública a partir da margem. Além disso, é por meio da literatura que ela resiste ao poder desse espaço biopolítico, uma vez que consegue viver e se deslocar do quarto de despejo, a favelado Canindé, passando a habitar a sala de visitas. Palavras-chave: História Pública. Literatura. Biopoder. Sociedade Disciplinar. Carolina Maria de Jesus.
dc.description.resumoRegarding the intensifying debate about formal and informal education, this research aims to identify aspects of Public History, its practices, and literary reflections. To that end, Michel Foucault’s concepts of biopower and discipline were used. We pursued, using the work Child of the Dark (1960), by Carolina Maria de Jesus, the understanding of how biopolitics works, through the government’s structural racism, neglecting black people, and how Carolina Maria de Jesus resists this excluding and segregational mechanism with the writing experience during her period in the Canindé favela. Besides that, we sought to verify how, through writing the self, the practice of Public History is possible, bearing in mind it is a research field that promotes the effectiveness of the multiple speeches on the representations of the present or past with no hierarchies - for what matters the need of the exchanges of experiences that aim to bound practice and theoretical and methodological reflection, generating knowledge. Therefore, in our analysis, we were able to note that Carolina Maria de Jesus, by demonstrating in her work how biopolitics operates over the poor population through hunger and detrimental conditions that are forced over them, exerts the practice of Public History from the edge. Furthermore, it’s through literature that she resists to the power of this biopolitical space since she manages to leave the garbage dump in the Canindé favela and move to the living room.
dc.identifier.urihttps://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/573
dc.languagePortuguês
dc.publisherUniversidade Estadual do Paraná
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.departmentUNESPAR campus de Campo Mourão
dc.publisher.initialsPPGHP
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em História Pública
dc.subjectHistória Pública, Literatura, Biopoder; Sociedade Disciplinar; Carolina Maria de Jesus.
dc.subject.capesHistória
dc.titleCaminhos para uma História Pública da mulher favelada: compreendendo “Quarto de Despejo” (1960)
dc.typeDissertação
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