O ENSINO DA FILOSOFIA AFRICANA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: Uma abordagem não-ocidental do pensamento filosófico
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Data
2019/02/28
Autores
Orientadores
Programa
PPIFOR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Esta pesquisa objetivou discutir as possibilidades do ensino da filosofia africana nas escolas brasileiras. Desde a promulgação da Lei 10.639/03, houve uma abertura para que a História e Cultura Africana e Afro-Brasileira fosse levada para o ambiente escolar, o que inclui também a filosofia africana. Ainda assim, o posicionamento dos filósofos e também dos educadores tende a diminuir ou excluir totalmente o pensamento filosófico africano. Por outro lado, teóricos do continente africano como Kwame Anthony Appiah e George Granville Monah James, assim como os brasileiros Renato Noguera e Eduardo David de Oliveira, têm trabalhado para afirmar o contrário. Suas teorias debatem a existência de filosofias africanas e a relevância delas desde a gênese da filosofia durante a Antiguidade. Foi proposto aqui estimular tal discussão acerca do pensamento filosófico na África, suas principais teorias e pontos de convergência e divergência com a filosofia europeia. Destacou-se também a educação escolar brasileira, de modo a propor um ensino de filosofia a partir de um viés não hegemônico e anticolonialista. Uma vez que as filosofias africanas trazem discussões éticas, sociais e políticas a partir de uma visão mais coletiva, antirracista e anticapitalista, supôs-se que elas podem ter um papel relevante na formação de um novo sujeito e, consequentemente, de uma nova sociedade. Com esse objetivo, foi realizada uma pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico, de modo a discutir os principais conceitos das filosofias desenvolvidas no continente africano e a possibilidade de aplica-las no ensino de filosofia nas escolas brasileiras. Dessa forma, foi possível concluir a viabilidade e importância de tal inserção como forma de resistência à ideologia colonizadora e capitalista que perpassa as escolas, as sociedades e a filosofia.
Descrição
Palavras-chave
Ensino de Filosofia; Filosofia Africana; Racismo Epistemológico; Lei 10.639/03.