PROLETARIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOCENTE: A EDUCAÇÃO PÚBLICA PARANAENSE NA CONTEMPORANEIDADE.

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Data
2016/08/26
Programa
PPIFOR
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Editor
Universidade EStadual do Paraná
Resumo
O objetivo deste estudo qualitativo é compreender criticamente, com base numa pesquisa bibliográfica e documental, o teor dos cursos voltados para os processos formativos continuados dos docentes da Educação Básica em atuação nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, realizados pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED/PR. Analisaremos os conteúdos e metodologias adotados nos cursos ofertados a partir do ano de 2005, mais especificamente, nos eventos denominados “Formação em ação” e “Semana Pedagógica”, ambos desenvolvidos no primeiro e segundo semestre de cada ano letivo. Na primeira seção deste trabalho, a partir do estudo da literatura existente sobre educação e trabalho na contemporaneidade, analisamos as transformações do trabalho docente no contexto das mudanças globais ocorridas a partir da década de 1970. Na segunda seção, procuramos compreender as linhas de ação governamental adotadas no cenário nacional a partir da década de 1990, ressaltando aspectos da reforma do Estado brasileiro, bem como, a respectiva influência nas reformas educacionais empreendidas no período. Ainda nesta seção, abordamos o cenário político, econômico e educacional que emergiu da transição da década de 1990 para a década de 2000, mais especificamente, os novos governos federal e estadual do Paraná após as eleições de 2002. Para tal intento, apoiamo-nos no estudo da literatura existente e no estudo de alguns documentos e relatórios oficiais produzidos no período, tal qual o Plano Nacional de Educação – PNE (2001) e o Plano Estadual de Educação – PEE (2005b), entre outros. Na terceira seção, realizamos a análise teórico-metodológica dos cursos ofertados pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED/PR, pelos eventos “Formação em ação” e “Semana Pedagógica”, a partir de material fornecido pela Coordenação de Formação Continuada do Estado e dos registros de avaliação docente sobre os referidos cursos, no período compreendido entre os anos de 2005 a 2014. Foi possível verificar que esses encontros têm tido como característica predominante um empobrecimento teórico exponencial, seja pelo conteúdo em si ou pela própria forma que inviabiliza o conteúdo, por exemplo, na insuficiência de tempo propício para reflexão intelectual crítica sobre os dilemas escolares, pelas atividades fragmentadas elaboradas pela Secretaria Estadual de Educação, pela jornada de trabalho sobrecarregada dos professores, pela sobrecarga de trabalho do “professor/oficineiro”, pelo incremento das atribuições das escolas, sob o slogan da autonomia escolar, mas que não fornece as condições efetivas e necessárias para tal autonomia, resultando na desmotivação docente com tais encontros, na sobrecarga de trabalho da rotina escolar e, em síntese, na precarização da formação continuada docente.
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Palavras-chave
Globalização. Trabalho Flexível. Políticas públicas da Educação. Formação docente continuada.
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