O MUNDO SECRETO: O LUGAR DA AUTONOMIA FEMININA NO CINEMA TENDO COMO PONTO RADIAL A PROMESSA DA VIRGEM DE KIM HUDSON

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Data
2024/03/26
Orientadores
Programa
PPG-CINEAV -UNESPAR
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A presente pesquisa toma a estrutura narrativa A promessa da virgem, de Kim Hudson (2010) como ponto radial de uma investigação que rastreia o silenciamento feminino e, sobretudo, os expedientes usados para burlar esse silenciamento examinado na obra de Maria Tatar, A Heroína de 1001 faces (2022). Este rastreamento, que atravessa a arte, a literatura e o cinema, busca definir por meio da voz feminina contida em uma moldura discursiva patriarcal, um lugar de preservação da autonomia da mulher, a despeito da dominação masculina. Este lugar que para Tatar é a voz subjacente na literatura e nos contos de fadas e suas reescrituras e adaptações para o cinema, converge para o conceito de Mundo Secreto cunhado por Hudson em seu manual de escrita cinematográfica inspirado na morfologia dos contos de fadas. Os desdobramentos desse conceito de Mundo Secreto, no qual a criatividade e o fantástico são elementos essenciais à constituição e preservação da autonomia da mulher, não apenas dão voz a um feminino para além das concepções de gênero, como o tornam um espaço de elaboração de discursos ocultos (SCOTT, 2013) e subjetividades resilientes (LUGONES,2014) que originam subculturas como forma de resistência e afirmação de identidade em contextos de dominação. Por meio de um exame da imagem arquetípica evocada por Hudson n’A promessa da Virgem- Afrodite- e de uma constelação fílmica que enfatiza a análise da franquia Hunger Games (The Hunger Games (2012), The Hunger Games: Catching Fire (2013), The Hunger Games: Mockingjay (2014–2015), dirigidos por Gary Ross e Francis Lawrence, e dos filmes Millenium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (Män som hatar kvinnor), dirigido por Niels Arden Oplev (2009); How to Train Your Dragon, dirigido por Chris Sanders e Dean DeBlois (2010) e Howl’s Moving Castle, dirigido por Hayao Miyazaki (2004) este estudo estabelece A Promessa da Virgem como uma inciativa relevante para a cena da escrita cinematográfica por condensar conceitos e ideias análogas do cinema, da sociologia, da literatura, da psicologia e dos estudos feministas em um manual de escrita cinematográfica que se desdobra em um manual de infrapolítica.
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Palavras-chave
Crítica Feminina do Cinema; A Promessa da Virgem; Adaptação de Contos de Fadas no Cinema; Feminismo Decolonial; Trickster
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