AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS E A POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL NOS ANOS 2000
Nenhuma Miniatura disponível
Data
2022/06/30
Autores
Orientadores
Programa
PPIFOR
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A pesquisa, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí, busca analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2002, 2015 e 2019, de modo a compreender o perfil requerido do professor que atua na Educação Básica a partir da análise das categorias: o que, como e porque ensinar. Considerado o contexto histórico, político e social, a pesquisa discorre sobre a concepção de formação de professores na sua relação com a lógica imanente à acumulação/expansão do capital e sua relação com os pressupostos das pedagogias do aprender a aprender, cuja formação do sujeito implica no ensino focado nas habilidades e competências dos alunos, processo que ocorreu independentemente das nuances que separam as orientações políticas de governos sociais/liberais (PT) ou liberais/ultraliberais (PSDB, DEM, PMDB). Amparada no materialismo histórico-dialético, essa pesquisa buscou analisar o objeto específico que são as DCNs no contexto das contradições contemporâneas mais amplas, particularmente a restruturação do mundo do trabalho. A pesquisa procura compreender a atuação dos Organismos Multilaterais enquanto força hegemônica que baliza e orienta as reformas educacionais, na perspectiva da formação do sujeito que saiba fazer, com vistas à criação da força de trabalho flexível adequada. A pesquisa analisa a implementação das políticas neoliberais e a difusão exacerbada da necessidade de um professor apto para atender as demandas do mercado de emprego reestruturado. Conforme a análise das diretrizes, ainda que a DCN de 2015 tenha procurado tentar conciliar contradições entre formação emancipatória e as necessidades do mercado, as DCNs mantiveram, em comum, o foco na teoria das competências. Isso ocorre porque as instituições multilaterais disseminam a tese de que os países em desenvolvimento devem organizar o sistema educacional com intuito de superar as dificuldades, incorporar-se à nova era do conhecimento, adequando o processo de ensino à formação do professor reflexível e competitivo, disposto a difundir uma formação com base nas habilidades e competências requeridas pelo mercado. Por meio dessa pesquisa, concluiu-se que independente da matriz teórica que determinam as políticas públicas dos diferentes governos quanto da elaboração das DCNs (2002, 2015 e 2019), a política de formação de professores procura adequar-se as necessidades do mercado de emprego restruturado em acordo com a lógica da acumulação capitalista da contemporaneidade.
Descrição
Palavras-chave
Formação de professores; Políticas Educacionais; Flexibilização produtiva.