Negacionismo do Holocausto e o uso público do passado na internet: do vídeo da Embaixada da Alemanha no Brasil ao facebook

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Data
2022-12-20
Programa
PPGHP
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Esta pesquisa busca compreender, por meio da história pública digital, a ascensão do negacionismo do holocausto na internet e a forma como ele é negado. A polarização político-partidária e o antipetismo, pautas propagadas nas redes sociais entre 2018 e 2020, são fatores importantes para compreender como o negacionismo do holocausto acontece. Usando a webetnografia, o trabalho busca fazer uma análise de como o vídeo publicado pela embaixada da Alemanha em Brasília e pelo Consulado Geral em Recife, de 2018, revelam um movimento negacionista nas redes sociais, cujos comentários são o reflexo do início de um processo de polarização partidária, e um projeto político ideológico que, no presente, toma grande parte dos espaços de discussão na internet. O negacionismo presente nos comentários do vídeo demonstram como as narrativas, construídas a partir da história por diferentes públicos digitalmente, dialogam nas redes, tensionadas pelo acesso ininterrupto a novas tecnologias de comunicação. Portanto, a negação do Holocausto não é explícita, ao contrário, ela se manifesta de forma inocente, muitas vezes como uma opinião, o que a torna nociva. No primeiro momento, o texto busca compreender como essa tensão partidária, presente nos comentários, reflete os usos das memórias traumáticas do Holocausto e do nazismo e se torna combustível para falas negacionistas na internet. No segundo momento, a webetnografia é usada na forma de metodologia de postagens periódicas a fim de compreender como esses usos públicos da história se manifestam, emitem opinião e negam o holocausto nas redes sociais. No Terceiro momento, recapitulam-se as discussões feitas, bem como o material coletado no facebook para ponderar como o Holocausto é visto nas redes sociais.
Descrição
Palavras-chave
História Pública Digital; Holocausto; Negacionismo
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