Pobreza e Desigualdade de Renda: Uma análise Interdisciplinar do Brasil Contemporâneo
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Data
2025-04-30
Autores
Orientadores
Programa
PPGSeD
Título da Revista
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A pobreza e a desigualdade de renda são fenômenos interligados e persistentes, que impõem obstáculos significativos ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Esta dissertação adota uma abordagem interdisciplinar, combinando referenciais teóricos da economia, sociologia e geografia, com o objetivo de analisar a distribuição espacial desses fenômenos em nível municipal, entre os anos de 2000 e 2010. A pesquisa utiliza dados dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e aplica técnicas de Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE), com destaque para o uso dos índices FGT (Foster, Greer e Thorbecke), Gini e da estatística I de Moran. A análise permite identificar padrões territoriais de concentração, dependência espacial e formação de clusters de pobreza e desigualdade de renda. Os resultados revelam que tais clusters são persistentes ao longo do tempo, com destaque para a manutenção das desigualdades nas regiões Norte e Nordeste. Verificou-se, ainda, correlação estatística positiva entre pobreza e desigualdade, indicando que municípios com maior incidência de pobreza tendem a apresentar também níveis mais elevados de desigualdade de renda. Mesmo com variações positivas nos indicadores sociais no período analisado, os padrões regionais se mantiveram. Conclui-se que o território exerce um papel ativo na reprodução da pobreza e da desigualdade, sendo fundamental que políticas públicas incorporem a dimensão espacial como eixo estruturante de suas estratégias de intervenção e promoção da equidade social.
Descrição
Poverty and income inequality are interrelated and persistent phenomena that pose significant obstacles to Brazil’s socioeconomic development. This dissertation adopts an interdisciplinary approach, combining theoretical frameworks from economics, sociology, and geography to analyze the spatial distribution of these phenomena at the municipal level between the years 2000 and 2010. The research is based on data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) censuses and applies techniques of Exploratory Spatial Data Analysis (ESDA), with emphasis on the use of the Foster, Greer and Thorbecke (FGT) indices, the Gini coefficient, and Moran’s I statistic. The analysis identifies territorial patterns of concentration, spatial dependence, and the formation of clusters of poverty and income inequality. The results reveal that such clusters persist over time, especially in the North and Northeast regions. A positive statistical correlation between poverty and inequality was also found, indicating that municipalities with higher poverty incidence tend to present higher levels of income inequality. Even with improvements in social indicators during the period analyzed, regional patterns remained stable. It is concluded that territory plays an active role in the reproduction of poverty and inequality, and that public policies must incorporate the spatial dimension as a central axis of their intervention strategies and efforts to promote social equity.
A pobreza e a desigualdade de renda são fenômenos interligados e persistentes, que impõem obstáculos significativos ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Esta dissertação adota uma abordagem interdisciplinar, combinando referenciais teóricos da economia, sociologia e geografia, com o objetivo de analisar a distribuição espacial desses fenômenos em nível municipal, entre os anos de 2000 e 2010. A pesquisa utiliza dados dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e aplica técnicas de Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE), com destaque para o uso dos índices FGT (Foster, Greer e Thorbecke), Gini e da estatística I de Moran. A análise permite identificar padrões territoriais de concentração, dependência espacial e formação de clusters de pobreza e desigualdade de renda. Os resultados revelam que tais clusters são persistentes ao longo do tempo, com destaque para a manutenção das desigualdades nas regiões Norte e Nordeste. Verificou-se, ainda, correlação estatística positiva entre pobreza e desigualdade, indicando que municípios com maior incidência de pobreza tendem a apresentar também níveis mais elevados de desigualdade de renda. Mesmo com variações positivas nos indicadores sociais no período analisado, os padrões regionais se mantiveram. Conclui-se que o território exerce um papel ativo na reprodução da pobreza e da desigualdade, sendo fundamental que políticas públicas incorporem a dimensão espacial como eixo estruturante de suas estratégias de intervenção e promoção da equidade social.
A pobreza e a desigualdade de renda são fenômenos interligados e persistentes, que impõem obstáculos significativos ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Esta dissertação adota uma abordagem interdisciplinar, combinando referenciais teóricos da economia, sociologia e geografia, com o objetivo de analisar a distribuição espacial desses fenômenos em nível municipal, entre os anos de 2000 e 2010. A pesquisa utiliza dados dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e aplica técnicas de Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE), com destaque para o uso dos índices FGT (Foster, Greer e Thorbecke), Gini e da estatística I de Moran. A análise permite identificar padrões territoriais de concentração, dependência espacial e formação de clusters de pobreza e desigualdade de renda. Os resultados revelam que tais clusters são persistentes ao longo do tempo, com destaque para a manutenção das desigualdades nas regiões Norte e Nordeste. Verificou-se, ainda, correlação estatística positiva entre pobreza e desigualdade, indicando que municípios com maior incidência de pobreza tendem a apresentar também níveis mais elevados de desigualdade de renda. Mesmo com variações positivas nos indicadores sociais no período analisado, os padrões regionais se mantiveram. Conclui-se que o território exerce um papel ativo na reprodução da pobreza e da desigualdade, sendo fundamental que políticas públicas incorporem a dimensão espacial como eixo estruturante de suas estratégias de intervenção e promoção da equidade social.
Palavras-chave
Interdisciplinaridade, desigualdade de renda, pobreza, análise exploratória de dados espaciais, políticas públicas.