MORTE E RESSURREIÇÃO: DESVIANÇAS DE ROSTIDADE E AFECÇÃO NO CINEMA DE ANDY WARHOL E ARTHUR OMAR
Nenhuma Miniatura disponível
Data
2023/08/23
Autores
Orientadores
Programa
PPG-CINEAV -UNESPAR
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Aos catorze anos, acordei com minha avó morta ao lado na cama e desde então, no meu sonho, ela diz coisas que não entendo. A imagem de um rosto apresenta variadas possibilidades à imaginação; percebo, na contemporaneidade, a permanência da valorização que o retrato recebe ao longo da história da arte colonizadora ocidental. Esta dissertação dedica-se à análise das desvianças de rostidade e afecção (DELEUZE e GUATTARI) nos melancólicos “Testes de Câmera” de Andy Warhol, e no foto-filme “Ressurreição”, de Arthur Omar, no qual êxtase e morte se aproximam. A indagação que permeia a pesquisa é: quais os tipos de correlação podem ser estabelecidos entre Warhol e Omar no que concerne à representação da morte por meio da imagem do rosto? Busco compreender o rosto enquanto potencializador de afetos; estabeleço relações poéticas acerca do retrato na história da arte (DANTO e DIDI-HUBERMANN) e no cinema (XAVIER e AUMONT), identificando traços de rostidade e afecção desviantes (DELEUZE e GUATTARI, MORIN) em ambas as obras. A metodologia adotada na análise crítica das imagens e da trilha sonora (DANTO, BENTES e KAMINSKI) privilegia a potência do rosto enquanto elemento constitutivo da experiência estética, trazendo o imaginário simbólico (MORIN e DURANT) para a problemática da representação dos rostos sociais (HOOKS).
Descrição
When I was fourteen, I woke up with my grandmother dead next to me in bed, and ever since then, in my dream, she's been saying things I don't understand. The image of a face presents varied possibilities to the imagination; I perceive, in contemporary times, the permanence of the appreciation that the portrait receives throughout the history of western colonizing art. This dissertation is dedicated to the analysis of deviations in faciality and affection (DELEUZE and GUATTARI) in Andy Warhol's melancholic “Screen Tests”, and in Arthur Omar's photo-film “Ressurreição”, in which ecstasy and death come together. The question that permeates the research is: what types of correlation can be established between Warhol and Omar regarding the representation of death through the image of the face? I seek to understand the face as a potentiator of affections; I establish poetic relationships about the portrait in the history of art (DANTO and DIDI-HUBERMANN) and in cinema (XAVIER and AUMONT), identifying traits of deviant faciality and affection (DELEUZE and GUATTARI, MORIN) in both works. The methodology adopted in the critical analysis of the images and the soundtrack (DANTO, BENTES and KAMINSKI) privileges the power of the face as a constitutive element of the aesthetic experience, bringing the symbolic imaginary (MORIN and DURANT) to the problematic of the representation of social faces (HOOKS)
Aos catorze anos, acordei com minha avó morta ao lado na cama e desde então, no meu sonho, ela diz coisas que não entendo. A imagem de um rosto apresenta variadas possibilidades à imaginação; percebo, na contemporaneidade, a permanência da valorização que o retrato recebe ao longo da história da arte colonizadora ocidental. Esta dissertação dedica-se à análise das desvianças de rostidade e afecção (DELEUZE e GUATTARI) nos melancólicos “Testes de Câmera” de Andy Warhol, e no foto-filme “Ressurreição”, de Arthur Omar, no qual êxtase e morte se aproximam. A indagação que permeia a pesquisa é: quais os tipos de correlação podem ser estabelecidos entre Warhol e Omar no que concerne à representação da morte por meio da imagem do rosto? Busco compreender o rosto enquanto potencializador de afetos; estabeleço relações poéticas acerca do retrato na história da arte (DANTO e DIDI-HUBERMANN) e no cinema (XAVIER e AUMONT), identificando traços de rostidade e afecção desviantes (DELEUZE e GUATTARI, MORIN) em ambas as obras. A metodologia adotada na análise crítica das imagens e da trilha sonora (DANTO, BENTES e KAMINSKI) privilegia a potência do rosto enquanto elemento constitutivo da experiência estética, trazendo o imaginário simbólico (MORIN e DURANT) para a problemática da representação dos rostos sociais (HOOKS).
Aos catorze anos, acordei com minha avó morta ao lado na cama e desde então, no meu sonho, ela diz coisas que não entendo. A imagem de um rosto apresenta variadas possibilidades à imaginação; percebo, na contemporaneidade, a permanência da valorização que o retrato recebe ao longo da história da arte colonizadora ocidental. Esta dissertação dedica-se à análise das desvianças de rostidade e afecção (DELEUZE e GUATTARI) nos melancólicos “Testes de Câmera” de Andy Warhol, e no foto-filme “Ressurreição”, de Arthur Omar, no qual êxtase e morte se aproximam. A indagação que permeia a pesquisa é: quais os tipos de correlação podem ser estabelecidos entre Warhol e Omar no que concerne à representação da morte por meio da imagem do rosto? Busco compreender o rosto enquanto potencializador de afetos; estabeleço relações poéticas acerca do retrato na história da arte (DANTO e DIDI-HUBERMANN) e no cinema (XAVIER e AUMONT), identificando traços de rostidade e afecção desviantes (DELEUZE e GUATTARI, MORIN) em ambas as obras. A metodologia adotada na análise crítica das imagens e da trilha sonora (DANTO, BENTES e KAMINSKI) privilegia a potência do rosto enquanto elemento constitutivo da experiência estética, trazendo o imaginário simbólico (MORIN e DURANT) para a problemática da representação dos rostos sociais (HOOKS).
Palavras-chave
Cinema; História da Arte; “Testes de Câmera”, de Andy Warhol; “Ressurreição”, de Arthur Omar; desvianças de rostidade e afecção.