É POSSÍVEL FALAR DE ENVELHECIMENTO “BEMSUCEDIDO” NO BRASIL? Uma análise teórico-quantitativa das condições socioeconômicas da população idosa
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Data
2017/03/08
Autores
Orientadores
Programa
PPGSED
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
De acordo com IBGE (PNAD 2014) o Brasil conta com uma população de 203.190.852 de habitantes, dos quais 27.881.873 corresponde às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, ou seja, 13,72% da população brasileira. No panorama nacional, a população idosa vem aumentando significativamente, contudo a realidade tem demonstrado que o suporte para essa nova condição não evolui com a mesma velocidade. Diante disso, a preocupação com esta classe populacional vem gerando, nos últimos anos, inúmeras discussões e a realização de diversos estudos com o objetivo de fornecerem dados que subsidiem a implementação de políticas públicas e programas adequados para essa parcela da população, que requer cuidados específicos decorrentes do processo de envelhecimento, sem segregá-los da sociedade. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo principal apresentar, através de uma análise teórico-quantitativa a situação socioeconômica do idoso no Brasil, especificamente a sua relação com o mercado de trabalho. Para tanto, fez-se uso da análise estatística descritiva aplicada aos dados das PNAD’s 2004, 2009 e 2014 e do modelo econométrico probit da PNAD 2014. Nos resultados, verificou-se, com base no último levantamento que, do total da população idosa, cerca de 25% declarou estar trabalhando, em sua maioria (mais de 70%) no mercado informal. Trabalham por nenhum ou por baixos salários (24,87% de 0 a ½ salário mínimo; 17,65% de ½ a 1 salário mínimo). Ainda, do total da população idosa, mais de 75% declarou estar aposentada e deste percentual cerca de 20% afirmou ainda exercer alguma atividade no mercado de trabalho, sendo submetidos à baixos salários em complemento à sua aposentadoria (33,93% de 0 a ½ salário mínimo; 17,21% de ½ a 1 salário mínimo). Observou-se, também, que quanto mais cedo os idosos começaram a trabalhar, menor foi o grau de instrução alcançado, pois os estudos foram sacrificados em prol do trabalho, fato que os levaram para a informalidade e, por conseguinte, à salários menores. Dessa forma, inferiu-se, de acordo com os critérios adotados por este estudo, que o envelhecimento no Brasil não se mostrou bem-sucedido, na medida em que se constatou a existência de idosos, aposentados ou não, ocupados, por razões econômicas e inseridos em um contexto familiar cuja renda domiciliar per capta revelou estado de extrema pobreza e pobreza. Esse panorama, sugere-se que deve haver uma continuidade das políticas públicas e programas governamentais voltados aos idosos, especialmente no tocante a renda
Descrição
Palavras-chave
Idoso, Mercado de trabalho, Pobreza, Políticas Públicas