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Item DIANTE DOS PEDAÇOS: A FRAGMENTAÇÃO DO CORPO N’A MONTANHA SAGRADA, DE ALEJANDRO JODOROWSKY(Universidade Estadual do Paraná, 2021/11/18) SOUZA, Lucas Soares de; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; http://lattes.cnpq.br/9209995112029617; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; MORAES, Eliane Robert; http://lattes.cnpq.br/3213373319012334; MIKOSZ, José Eliézer; http://lattes.cnpq.br/8805958526800693A fragmentação e a destruição do corpo, em uma noção expandida, enquanto elemento de construção da experiência do Pânico é o foco de interesse na análise do filme A Montanha Sagrada (1973, 1h53min, cor). Dirigido pelo chileno Alejandro Jodorowsky, o filme apresenta uma construção imagética permeada por simbolismos místicos, artísticos e sociais, os quais contribuem para estabelecer a atmosfera Pânica. A questão principal, a partir da qual a dissertação se desdobra é: de que modo a fragmentação corporal presente no filme A Montanha Sagrada induz ao Pânico jodorowskyano? Para responder a essa questão, o objeto será analisado a partir de três aspectos do conceito de fragmentação. O primeiro aspecto se refere à fragmentação do corpo identificando como a representação de sua destruição é um elemento que instaura, por meio da experiência da abjeção, uma atmosfera de angústia diante das imagens do filme. A ideia de abjeção na teoria de Julia Kristeva é colocada em diálogo com a destruição do corpo no contexto das vanguardas modernistas, com destaque ao Movimento Surrealista. O segundo aspecto, a partir do pensamento de Robert Stam, relaciona as imagens do filme às temáticas da violência social, da catástrofe e do trauma coletivo, buscando apontar como a experiência Pânica se apresenta como um vetor decolonial de reconstrução do imaginário da latinidade. Busca-se pensar o cinema como uma possibilidade de resistência aos modos de funcionamento das lógicas colonizadoras, em sentidos simbólicos e políticos.O terceiro aspecto propõe uma leitura do cinema, enquanto dispositivo afetivo, como um fenômeno de criação de sensorialidades angustiantes, intrínsecas ao Pânico. São abordadas as teorias de Edgar Morin acerca dos processos de identificação e projeção no fenômeno cinematográfico, bem como a análise do cinema como um vestígio de pensamento mágico e simbólico presente na contemporaneidade. Em diálogo com Morin, são trabalhados textos críticos, poéticos e ensaísticos de Antonin Artaud nos quais ele analisa as relações entre forma, conteúdo, narrativa e os sistemas afetivos na linguagem cinematográfica, o que contribui na pesquisa para uma aproximação entre as teorias do cinema e uma leitura imagética pela perspectiva simbólica. São identificadas reverberações da ideia de Crueldade, desenvolvida por Artaud no final dos anos 1930, no filme de Jodorowsky, para compreender de que modo suas imagens dialogam com a opacidade e a psicologia do fenômeno cinematográfico. A metodologia utilizada é a análise textual e imagética, buscando identificar as teias simbólicas entre as imagens audiovisuais do filme (bem como as de outros objetos) e as imagens literárias dos autores com os quais dialogamos.Item DÍPTICO DOCUMENTAL DE GIANFRANCO ROSI: FUOCCOAMMARE E NOTTURNO(Universidade Estadual do Paraná, 2023/03/08) TROMBINE, Julia Dorneles; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/0764538964053110; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; SCANSANI, Andréa; http://lattes.cnpq.br/6985782589830684A presente proposta busca compreender como são construídos os elementos que compõem as narrativas fílmicas, a partir de um recorte díptico de dois documentários: Fuocoammare (2016) e Notturno (2020), ambos dirigidos por Gianfranco Rosi. A proposta considera o documentário como um espaço de representação e de configuração das alteridades. Nesse trabalho segmentado em três seções: primeiro, o processo criativo de Rosi, seguido do capítulo que adentra o viés conceitual sobre estéticas: silêncio, longa duração e construção fotográfica, que aprofunda as figurações sensíveis e o realismo traumático. No campo dos estudos sobre o cinema documental e dada a dimensão política destes filmes trata-se de uma abordagem de configuração teórica que se configura quando se analisa produções longas, com um repertório consagrado de análise fílmica, enquanto metodologia na perspectiva de autores como Manuela Penafria (2001), Bill Nichols (2005), Jacques Aumont (2011), e demais autores como Arjun Appadurai (1996), Jean-Louis Comolli (2008), Andréa França (2003) e Stuart Hall (1999) que corroboram para a discussão sobre política e identidade. Diante da complexidade e do paradigma existencial, as preposições de Georges DidiHuberman (2018) e Etienne Samain (2012) tendo a fotografia e a questão de pensar as imagens, silêncios e as relações de sentidos a partir desses documentários, em aproximações e afastamentos, ambos filmes poéticos e que retratam esteticamente essa dimensão das diásporas e guerras contemporâneas.Item INSPIRAR, CRIAR, COMPARTILHAR: CONVERGÊNCIAS NOS PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE AGNÈS VARDA(Universidade Estadual do Paraná, 2022/08/30) SILVANE, Aparecida Maltaca; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; http://lattes.cnpq.br/7536310293613702; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; SILVA, Marcelo Carvalho da; http://lattes.cnpq.br/8437920851828294A presente pesquisa se constitui em uma análise a partir das duas obras de caráter autobiográfico: Varda por Agnès (2019) e As Praias de Agnès (2008), à luz das teorias que norteiam o conceito de cinema expandido. Nas obras, a cineasta de origem belga deixa rastros que podem ser descritos e analisados, e sugerem pistas nas quais podemos refletir acerca do processo e do significado do trabalho pelo prisma do pensamento convergente. Deste modo, pretende-se refletir sobre os sentidos do “inspirar”, buscando as referências imagéticas, o de “criar”, analisando os processos de criação e o sentido de “compartilhar”, observando como se dá o processo de deslocamento das obras de Agnès Varda das convencionais salas de exibição para as videoinstalações, evidenciando os modos como a artista divide experiências com espectadores e as exibe em diferentes dispositivos e espaços. A partir dessa pesquisa, estima-se poder responder, pensando a partir do processo de criação da artista, como se dão esses deslocamentos, identificando sua obra como uma espécie de rede de criação. Para tal, recorre-se metodologicamente à proposta de estudo de Cecilia Sales (1998), analisando o processo de criação da artista por meio de rastros e vestígios deixados em depoimentos concedidos em seus filmes autobiográficos, e à proposta de estudo de Manuela Penafria, de uma análise a partir do que chama de teoria dos espectadores, para a qual o pesquisador se coloca também como observador e intérprete da obra.Item O MUNDO SECRETO: O LUGAR DA AUTONOMIA FEMININA NO CINEMA TENDO COMO PONTO RADIAL A PROMESSA DA VIRGEM DE KIM HUDSON(Universidade Estadual do Paraná, 2024/03/26) SILVA, Iriene Borges da; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; http://lattes.cnpq.br/9648280193858108; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; PRIORI, Claudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; SILVA, Marcelo Carvalho da; http://lattes.cnpq.br/8437920851828294; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353A presente pesquisa toma a estrutura narrativa A promessa da virgem, de Kim Hudson (2010) como ponto radial de uma investigação que rastreia o silenciamento feminino e, sobretudo, os expedientes usados para burlar esse silenciamento examinado na obra de Maria Tatar, A Heroína de 1001 faces (2022). Este rastreamento, que atravessa a arte, a literatura e o cinema, busca definir por meio da voz feminina contida em uma moldura discursiva patriarcal, um lugar de preservação da autonomia da mulher, a despeito da dominação masculina. Este lugar que para Tatar é a voz subjacente na literatura e nos contos de fadas e suas reescrituras e adaptações para o cinema, converge para o conceito de Mundo Secreto cunhado por Hudson em seu manual de escrita cinematográfica inspirado na morfologia dos contos de fadas. Os desdobramentos desse conceito de Mundo Secreto, no qual a criatividade e o fantástico são elementos essenciais à constituição e preservação da autonomia da mulher, não apenas dão voz a um feminino para além das concepções de gênero, como o tornam um espaço de elaboração de discursos ocultos (SCOTT, 2013) e subjetividades resilientes (LUGONES,2014) que originam subculturas como forma de resistência e afirmação de identidade em contextos de dominação. Por meio de um exame da imagem arquetípica evocada por Hudson n’A promessa da Virgem- Afrodite- e de uma constelação fílmica que enfatiza a análise da franquia Hunger Games (The Hunger Games (2012), The Hunger Games: Catching Fire (2013), The Hunger Games: Mockingjay (2014–2015), dirigidos por Gary Ross e Francis Lawrence, e dos filmes Millenium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (Män som hatar kvinnor), dirigido por Niels Arden Oplev (2009); How to Train Your Dragon, dirigido por Chris Sanders e Dean DeBlois (2010) e Howl’s Moving Castle, dirigido por Hayao Miyazaki (2004) este estudo estabelece A Promessa da Virgem como uma inciativa relevante para a cena da escrita cinematográfica por condensar conceitos e ideias análogas do cinema, da sociologia, da literatura, da psicologia e dos estudos feministas em um manual de escrita cinematográfica que se desdobra em um manual de infrapolítica.Item O VIRIL E O VULNERÁVEL: IDENTIDADE E MASCULINIDADE DO HOMEM NEGRO NO CINEMA DE FICÇÃO(Universidade Estadual do Paraná, 2021/06/06) SANTOS, Henrique dos; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/7590723740909385; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; CAMPOS, Deivison Moacir Cezar de; http://lattes.cnpq.br/8332127774447991O cinema, pela via do discurso, cria representações, estabelece identificações e sustenta um imaginário sobre diversas coisas, sendo o homem negro uma delas. A partir do filme “Moonlight: Sob a luz do Luar”, de Barry Jenkins (2016), esta pesquisa visa analisar filmes que propõem uma reflexão sobre a construção desse imaginário e que de certa forma, defende-se, buscam em sua proposta desconstruí-lo. “O matador de Ovelhas” de Charles Burnet (1978) e “Os donos da rua” de John Singleton (1991) foram elencados para em análise juntamente com o filme de Jenkins comporem essa argumentação, interseccionada com os estudos de gênero, mais especificamente com as pesquisas sobre masculinidade(s), que exploram os conceitos de masculinidade hegemônica e subalterna, onde o homem negro, por não dispor dos mesmos privilégios do homem branco, pertenceria ao segundo grupo; entendendo que as questões identitárias e de representação do homem negro são intrínsecas à questão de gênero e considerando a hipótese de uma atual crise da masculinidade, onde a partir das mudanças ocorridas durante o século XX, principalmente no tocante aos movimentos feministas e LGBTQI+, o homem passa a perder sua identidade viril estabelecida e se encontraria num entremeio para a descoberta de novas possibilidades do exercício da mesma.Item OS "CORPOS" DOS CINEASTAS OUSMANE SEMBÈNE E IDRISSA OUÉDRAOGO E DE SEUS FILMES EM DISPUTA: "AFRICANNES" E GEOPOLÍTICA NO CINEMA(Universidade Estadual do Paraná, 2023/10/18) ALVES, Nathan dos Santos; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; http://lattes.cnpq.br/0355987569207101; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; VAZ, Aline Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/3530527402477171Tendo em mente que a história dos festivais de cinema é também de Geopolítica do Cinema, e que por mais de meio século foi negligenciada pelos estudiosos da área (DE VALCK, 2007a; IORDANOVA, 2016), o presente trabalho visa colaborar com os estudos de festivais de cinema e das dinâmicas geopolíticas que ali se manifestam, pensando as ações de controle e censura dos filmes nas passagens de dois cineastas africanos pelo festival de Cannes: Ousmane Sembène (Senegal) e Idrissa Ouédraogo (Burkina-Faso). Pensando com Howard Becker (1976) e sua sociologia das Artes, orientamos nossas lentes não somente pelos filmes aceitos e consagrados no festival francês, mas também pelos pontos de tensão/conflito, isto é, na recusa, censura e não autorização de determinadas obras. Este estudo opta por duas abordagens metodológicas que, por um lado, tomam os cineastas e as suas obras como objeto de estudo e possibilidade de elaboração teórica, isto é, a teoria de cineastas (PENAFRIA; SANTOS; PICCINI, 2015; GRAÇA; BAGGIO; PENAFRIA, 2020). Tomamos reflexões sobre seu próprio trabalho, seu cinema, seus aspectos bibliográficos e também suas relações com outros movimentos cinematográficos e cineastas. Por outro lado, também tendo em mente a importância de ir para além dos filmes e dos artistas, pensamos em termos de uma análise discursiva como estudo fílmico, mais próximo do que é proposto por Robert Stam e Ella Shohat (2006). Assim, para tal pesquisa também observamos os elementos que ultrapassam os limites do quadro, o extra-fílmico, aquilo que está paralelo ao filme e aos cineastas, levando em consideração os contextos políticos e culturais, as dinâmicas de poder e outros enunciados que também compõem o discurso fílmico. Buscamos trazer subsídios para pensar os aspectos particulares, os cineastas, as suas obras e relações com o festival francês, ao mesmo tempo em que tomamos tais casos para pensar aspectos mais gerais das disputas políticas presentes nos festivais. Neste sentido, essa pesquisa se situa em ambos os campos: Arte e Antropologia. Trata-se da negociação das identidades africanas por meio da circulação dos cineastas e de suas obras nesses espaços de poder que são os festivais de cinemas enquanto redes de cinema transnacionais. Assim, tendo em mente o peso da ênfase nos cineastas, tal texto é constituído a partir deles, sendo dividido em duas partes, uma dedicada a Idrissa Ouédraogo e outra a Ousmane Sembène. No caso de Ouédraogo, damos ênfase aos filmes Tilai (1990) e Yaaba (1989), que são aclamados pela crítica francesa, ao passo que também adentramos e buscamos explicar os motivos que levaram Le cri du coeur (1995) a ser recusado pela mesma recepção. Em contrapartida, tendo em vista que sua entrada e consagração no Festival de Cannes já se dá em meio a um conflito, começamos a segunda parte, referente a Ousmane Sembène, a partir da premiação de La Noire de... (1966). Por fim, nas considerações finais, exploramos um esboço de conceito que propomos a chamar de “corpos fílmicos”, enquanto uma contribuição que ultrapassa os estudos de festivais e que pode servir para diversas pesquisas no campo do cinema e das artes do vídeo.Item SOBRETUDO: DISCURSO, IMAGINÁRIO E FIGURINO EM A BELA DA TARDE, DE LUIS BUÑUEL(Universidade Estadual do Paraná, 10/12/2020) SAUTHIER, Helio Ricardo; VASCONCELOS, Beatriz Ávila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/1814623528566340; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; SILVA, Amábilis de Jesus da; http://lattes.cnpq.br/7668645752206910; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273O objeto de estudo desta pesquisa centra atenção na visualidade da personagem Séverine em A Bela da Tarde (Belle de Jour, 1967), filme dirigido pelo cineasta espanhol Luis Buñuel e com figurinos criados pelo estilista francês Yves Saint Laurent. A leitura em perspectiva discursiva foi realizada com foco no figurino dessa personagem icônica, para discutir tal visualidade enquanto um discurso que atualiza representações da mulher casta e da mulher profana na iconografia da história da arte ocidental. A metodologia da pesquisa caracteriza-se como do tipo descritiva, na qual trago como referência concepções de discurso desenvolvidas na perspectiva da Análise de Discurso Francesa (AD), especialmente num viés foucaultiano, no sentido de investigar a memória discursiva e a intericonicidade materializadas em Séverine e que compõem seus sentidos. Também lanço mão do método para análise fílmica fundamentado em fotogramas e do cruzamento de imagens da história da arte ocidental, para evidenciar as formações discursivas, a memória discursiva e a intericonicidade que inscrevem formações imaginárias no corpo da mulher e interagem no processo de (re)-produção de identidades. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a visualidade de Séverine remonta a um longo processo de construção icônica advinda especialmente do Classicismo e do Renascimento e que foi amplamente explorada pelos campos discursivos do cinema e da moda, influenciando as formações imaginárias e identitárias que costuram o sujeito pós-moderno à estrutura social e às formas pelas quais somos representados ou interpretados nos sistemas culturais.