REPRESENTAÇÃO E VIVÊNCIAS QUEER: INTERSECCIONALIDADES NOS DOCUMENTÁRIOS THE QUEEN (1968), PARIS IS BURNING (1990) E KIKI (2016)
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Data
2025-03-27
Autores
Orientadores
Programa
PPG-CINEAV
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Esta pesquisa discute a representação e as vivências das personagens queer nos documentários: The Queen (1968), de Frank Simon, Paris is Burning (1990), de Jennie Livingston e Kiki (2016), de Sara Jordenö, articuladas pelas interseccionalidades de gênero, sexualidade, raça e classe. A escolha desses filmes se deu pelo tema em comum, a cena ballroom, e por se passarem em três épocas distintas. Em The Queen, observamse as dificuldades encontradas para se executar um evento LGBTQIAPN+ nos anos 1960 e também os motivos que levaram à constituição das houses, que, consequentemente, levaram à criação da ballroom. Já Paris is Burning marca o fim de um período clássico da ballroom e mostra sua ascensão ao mainstream, passando por depoimentos pessoais que revelam as adversidades sofridas por essa comunidade nos anos 1980. E em Kiki, apresenta-se uma representação atual da ballroom e os avanços e retrocessos na solução dos problemas enfrentados pelas personagens do filme. A metodologia utilizada fundamenta-se nos estudos de Carmen Rial sobre etnografia de tela, dialogando com os conceitos de representação de Stuart Hall, de interseccionalidade de Carla Akotirene, Kimberly Crenshaw, Patricia Hill Collins e Sirma Bilges, da cultura ballroom de Marlon M. Bailey, Ivan Monforte e Ademir Correa, do filme documentário de Eduardo Baggio e da teoria e vivências queer, principalmente com as contribuições de Guacira Lopes Louro, Margarete Almeida Nepomuceno, Judith Butler, Teresa de Lauretis e Letícia Nascimento. Depois de provocada essa análise, a fim de proporcionar uma leitura das vivências destes corpos abjetos que o cinema pouco tem representado, para além da pergunta norteadora, percebe-se a construção de novas formas de interação (coletividade) que, por consequência, criam novas formas de convivência (comunidade).
Descrição
This research discusses the representation and experiences of queer characters in the documentaries The Queen (1968) by Frank Simon, Paris is Burning (1990) by Jennie Livingston, and Kiki (2016) by Sara Jordenö, framed through the intersectionality of gender, sexuality, race and class. The selection of these films was based on their common theme - the ballroom scene - and the fact that they span three distinct time periods. In The Queen, the challenges of organizing an LGBTQIAPN+ event in the 1960s are observed, along with the factors that led to the formation of houses, which subsequently contributed to the creation of the ballroom scene. Paris is Burning marks the end of a classical ballroom era and showcases its rise to the mainstream, featuring personal testimonies that reveal the hardships faced by this community in the 1980s. Meanwhile, Kiki presents a contemporary representation of ballroom culture, highlighting both progress and setbacks in addressing the struggles faced by the film’s characters. The methodology is based on Carmen Rial's studies on screen ethnography, engaging with the concepts of representation by Stuart Hall, intersectionality by Carla Akotirene, Kimberly Crenshaw, Patricia Hill Collins, and Sirma Bilges, ballroom culture by Marlon M. Bailey, Ivan Monforte, and Ademir Correa, documentary film by Eduardo Baggio, and queer theory and experiences, particularly through the contributions of Guacira Lopes Louro, Margarete Almeida Nepomuceno, Judith Butler, Teresa de Lauretis, and Letícia Nascimento. By conducting this analysis to provide a deeper understanding of the experiences of these abject bodies - rarely represented in cinema - beyond the guiding research question, it becomes possible to identify the construction of new forms of interaction (collectivity) that, consequently, lead to new forms of social belonging (community).
Esta pesquisa discute a representação e as vivências das personagens queer nos documentários: The Queen (1968), de Frank Simon, Paris is Burning (1990), de Jennie Livingston e Kiki (2016), de Sara Jordenö, articuladas pelas interseccionalidades de gênero, sexualidade, raça e classe. A escolha desses filmes se deu pelo tema em comum, a cena ballroom, e por se passarem em três épocas distintas. Em The Queen, observamse as dificuldades encontradas para se executar um evento LGBTQIAPN+ nos anos 1960 e também os motivos que levaram à constituição das houses, que, consequentemente, levaram à criação da ballroom. Já Paris is Burning marca o fim de um período clássico da ballroom e mostra sua ascensão ao mainstream, passando por depoimentos pessoais que revelam as adversidades sofridas por essa comunidade nos anos 1980. E em Kiki, apresenta-se uma representação atual da ballroom e os avanços e retrocessos na solução dos problemas enfrentados pelas personagens do filme. A metodologia utilizada fundamenta-se nos estudos de Carmen Rial sobre etnografia de tela, dialogando com os conceitos de representação de Stuart Hall, de interseccionalidade de Carla Akotirene, Kimberly Crenshaw, Patricia Hill Collins e Sirma Bilges, da cultura ballroom de Marlon M. Bailey, Ivan Monforte e Ademir Correa, do filme documentário de Eduardo Baggio e da teoria e vivências queer, principalmente com as contribuições de Guacira Lopes Louro, Margarete Almeida Nepomuceno, Judith Butler, Teresa de Lauretis e Letícia Nascimento. Depois de provocada essa análise, a fim de proporcionar uma leitura das vivências destes corpos abjetos que o cinema pouco tem representado, para além da pergunta norteadora, percebe-se a construção de novas formas de interação (coletividade) que, por consequência, criam novas formas de convivência (comunidade).
Esta pesquisa discute a representação e as vivências das personagens queer nos documentários: The Queen (1968), de Frank Simon, Paris is Burning (1990), de Jennie Livingston e Kiki (2016), de Sara Jordenö, articuladas pelas interseccionalidades de gênero, sexualidade, raça e classe. A escolha desses filmes se deu pelo tema em comum, a cena ballroom, e por se passarem em três épocas distintas. Em The Queen, observamse as dificuldades encontradas para se executar um evento LGBTQIAPN+ nos anos 1960 e também os motivos que levaram à constituição das houses, que, consequentemente, levaram à criação da ballroom. Já Paris is Burning marca o fim de um período clássico da ballroom e mostra sua ascensão ao mainstream, passando por depoimentos pessoais que revelam as adversidades sofridas por essa comunidade nos anos 1980. E em Kiki, apresenta-se uma representação atual da ballroom e os avanços e retrocessos na solução dos problemas enfrentados pelas personagens do filme. A metodologia utilizada fundamenta-se nos estudos de Carmen Rial sobre etnografia de tela, dialogando com os conceitos de representação de Stuart Hall, de interseccionalidade de Carla Akotirene, Kimberly Crenshaw, Patricia Hill Collins e Sirma Bilges, da cultura ballroom de Marlon M. Bailey, Ivan Monforte e Ademir Correa, do filme documentário de Eduardo Baggio e da teoria e vivências queer, principalmente com as contribuições de Guacira Lopes Louro, Margarete Almeida Nepomuceno, Judith Butler, Teresa de Lauretis e Letícia Nascimento. Depois de provocada essa análise, a fim de proporcionar uma leitura das vivências destes corpos abjetos que o cinema pouco tem representado, para além da pergunta norteadora, percebe-se a construção de novas formas de interação (coletividade) que, por consequência, criam novas formas de convivência (comunidade).
Palavras-chave
Teoria Queer. Cinema Queer. Interseccionalidade. Ballroom. Etnografia de Tela.