HELOÍSA PASSOS E O DOCUMENTÁRIO EM PRIMEIRA PESSOA: UM ESTUDO DOS FILMES CONSTRUINDO PONTES E ENEIDA
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Data
2025-06-30
Autores
Orientadores
Programa
PPG-CINEAV
Título da Revista
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A presente pesquisa tem como objeto de estudo a produção cinematográfica autoral de Heloísa Passos, consagrada cineasta paranaense que lançou seus dois primeiros longas-metragens, os documentários autobiográficos Construindo Pontes em 2017 e Eneida em 2022. O objetivo geral consiste em analisar esses dois filmes a fim de compreender a lógica narrativa interna de suas obras, além de identificar como a diretora representa os aspectos subjetivos com construções poéticas e também articula questões íntimas, familiares, com uma dimensão histórica do país e do lugar social da mulher. Metodologicamente, a pesquisa se inspirou no modelo de análise fílmica desenvolvido por Ismail Xavier, no qual o autor investiga um filme a partir de seus próprios elementos cinematográficos, além de situar a obra diante dos temas abordados e contexto histórico de realização. O princípio de seu método é dividir o filme em blocos narrativos para analisar as características cinematográficas de cada segmento. Quanto ao referencial teórico, a pesquisa fundamenta-se em autores que permitem localizar os filmes de Heloísa na questão de gênero cinematográfico como Fernão Ramos (2008) e Bill Nichols (2005) que se propõem definir o conceito geral de documentário e as diferentes formas de expressão deste gênero. Dentre as formas do documentário em primeira pessoa, também chamado de autobiográfico ou subjetivo, buscou-se fundamentação na pesquisa de Pablo Piedras (2013), Jim Lane (2010) e Gabriel Tonelo (2017), e a autora Catherine Portuges (1988), que articula a relação entre autobiografia e cinema. A cineasta Maya Deren contribui como fundamentação teórica na análise da lógica interna dos filmes de Heloísa, uma vez que os textos da autora contribuíram (e ainda contribuem) para pensar o cinema como linguagem poética. Do estudo da obra de Heloísa Passos concluiu-se que há nela uma unidade enriquecedora entre o gênero documentário autobiográfico, conforme a literatura, e o emprego criativo de recursos poéticos que fomentam a interlocução estética e sensório-emocional com o público.
Descrição
This research focuses on the cinematic work of Heloísa Passos, an acclaimed filmmaker from Paraná state in Brazil, who released her first two feature-length films—autobiographical documentaries titled Construindo Pontes (Building Bridges) in 2017 and Eneida in 2022. The general objective is to analyze these two autobiographical feature films in order to understand the internal narrative logic of her works. Methodologically, this study draws inspiration from Ismail Xavier's model of film analysis, which investigates a film based on its own cinematic elements while also situating the work within its thematic and historical context. A key principle of his method involves dividing the film into narrative segments to examine the cinematographic characteristics of each part. The theoretical framework relies on authors who help situate Heloísa Passos’s films within the issue of cinematic genre, particularly documentary film, such as Fernão Ramos (2008) and Bill Nichols (2005), who propose general definitions of documentary and explore its various forms of expression. Regarding the first-person or autobiographical/subjective documentary form, the study draws on the research of Pablo Piedras (2013), Jim Lane (2010), Gabriel Tonelo (2017), and Catherine Portuges (1988). Additionally, the filmmaker Maya Deren contributes to the theoretical foundation by providing insights into the internal logic of Heloísa’s films, since Deren’s writings have contributed—and continue to contribute—to understanding cinema as a poetic language. From the study of Heloísa Passos’s work, it was concluded that her films demonstrate a rich unity between the autobiographical documentary genre, as defined in existing literature, and the creative use of poetic resources that foster aesthetic and sensory-emotional engagement with the audience.
A presente pesquisa tem como objeto de estudo a produção cinematográfica autoral de Heloísa Passos, consagrada cineasta paranaense que lançou seus dois primeiros longas-metragens, os documentários autobiográficos Construindo Pontes em 2017 e Eneida em 2022. O objetivo geral consiste em analisar esses dois filmes a fim de compreender a lógica narrativa interna de suas obras, além de identificar como a diretora representa os aspectos subjetivos com construções poéticas e também articula questões íntimas, familiares, com uma dimensão histórica do país e do lugar social da mulher. Metodologicamente, a pesquisa se inspirou no modelo de análise fílmica desenvolvido por Ismail Xavier, no qual o autor investiga um filme a partir de seus próprios elementos cinematográficos, além de situar a obra diante dos temas abordados e contexto histórico de realização. O princípio de seu método é dividir o filme em blocos narrativos para analisar as características cinematográficas de cada segmento. Quanto ao referencial teórico, a pesquisa fundamenta-se em autores que permitem localizar os filmes de Heloísa na questão de gênero cinematográfico como Fernão Ramos (2008) e Bill Nichols (2005) que se propõem definir o conceito geral de documentário e as diferentes formas de expressão deste gênero. Dentre as formas do documentário em primeira pessoa, também chamado de autobiográfico ou subjetivo, buscou-se fundamentação na pesquisa de Pablo Piedras (2013), Jim Lane (2010) e Gabriel Tonelo (2017), e a autora Catherine Portuges (1988), que articula a relação entre autobiografia e cinema. A cineasta Maya Deren contribui como fundamentação teórica na análise da lógica interna dos filmes de Heloísa, uma vez que os textos da autora contribuíram (e ainda contribuem) para pensar o cinema como linguagem poética. Do estudo da obra de Heloísa Passos concluiu-se que há nela uma unidade enriquecedora entre o gênero documentário autobiográfico, conforme a literatura, e o emprego criativo de recursos poéticos que fomentam a interlocução estética e sensório-emocional com o público.
A presente pesquisa tem como objeto de estudo a produção cinematográfica autoral de Heloísa Passos, consagrada cineasta paranaense que lançou seus dois primeiros longas-metragens, os documentários autobiográficos Construindo Pontes em 2017 e Eneida em 2022. O objetivo geral consiste em analisar esses dois filmes a fim de compreender a lógica narrativa interna de suas obras, além de identificar como a diretora representa os aspectos subjetivos com construções poéticas e também articula questões íntimas, familiares, com uma dimensão histórica do país e do lugar social da mulher. Metodologicamente, a pesquisa se inspirou no modelo de análise fílmica desenvolvido por Ismail Xavier, no qual o autor investiga um filme a partir de seus próprios elementos cinematográficos, além de situar a obra diante dos temas abordados e contexto histórico de realização. O princípio de seu método é dividir o filme em blocos narrativos para analisar as características cinematográficas de cada segmento. Quanto ao referencial teórico, a pesquisa fundamenta-se em autores que permitem localizar os filmes de Heloísa na questão de gênero cinematográfico como Fernão Ramos (2008) e Bill Nichols (2005) que se propõem definir o conceito geral de documentário e as diferentes formas de expressão deste gênero. Dentre as formas do documentário em primeira pessoa, também chamado de autobiográfico ou subjetivo, buscou-se fundamentação na pesquisa de Pablo Piedras (2013), Jim Lane (2010) e Gabriel Tonelo (2017), e a autora Catherine Portuges (1988), que articula a relação entre autobiografia e cinema. A cineasta Maya Deren contribui como fundamentação teórica na análise da lógica interna dos filmes de Heloísa, uma vez que os textos da autora contribuíram (e ainda contribuem) para pensar o cinema como linguagem poética. Do estudo da obra de Heloísa Passos concluiu-se que há nela uma unidade enriquecedora entre o gênero documentário autobiográfico, conforme a literatura, e o emprego criativo de recursos poéticos que fomentam a interlocução estética e sensório-emocional com o público.
Palavras-chave
Heloísa Passos; Documentário autobiográfico; Poética cinematográfica; Construindo Pontes; Eneida.