POR UM ENSINO DE FILOSOFIA TRANSGRESSOR

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dc.contributor.advisorSCHNORR, Giselle Moura
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7136004914851928
dc.contributor.authorFIRMAN, Maristela
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2908706972955863
dc.contributor.referee1HORN, Geraldo Balduino
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/0374854245866516
dc.contributor.referee2SANTIAGO, Antônio Charles
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5446755649820726
dc.date.accessioned2025-06-24T13:58:16Z
dc.date.available2025-06-24
dc.date.available2025-06-24T13:58:16Z
dc.date.issued2019-04-25
dc.description.abstractDiscutir o Ensino de Filosofia passa pelo reconhecimento da conjuntura histórica que atravessa a relação Educação e Sociedade, sobretudo, a partir do século XVIII. Os ideais iluministas e o período pós-industrial produziram exigências educacionais que deveriam contemplar as necessidades emergentes do novo cenário trazido pelo arquétipo da produção capitalista e da cultura burguesa, fato que gestou formas de escolarização pautadas na domesticação dos corpos por meio de dispositivos disciplinares (Foucault) e com a construção de currículos formais alinhados com o projeto econômico e político da modernidade. Neste contexto a escola, enquanto instituição social, se constitui em meio as contradições sociais, ora reproduzindo, ora resistindo diante das determinações históricas com fortes marcas de exclusão de sujeitos e de saberes, distanciando-se de perspectivas de formação humanista. Diante desta problemática, nesta pesquisa propomos pensar o Ensino de Filosofia e as relações de saber e de poder na escola, tomando como questão central investigar se estudantes do Ensino Médio e professores percebem, têm consciência das relações de poder e de saber em que estão imersos e que perpassam a construção dos processos de ensino-aprendizagem. O percurso investigativo adotado foi da pesquisa participante e procurou mobilizar a comunidade escolar para refletir acerca do problema de pesquisa, alterando formas tradicionais de aprendizagens restritas às salas de aulas, no modelo de educação bancária (Freire) estendendo a concepção de currículo tradicional para o território (Santos; Arroyo). O presente trabalho problematiza esta experiência de ensino-aprendizagem que se mostrou potente ao conseguir mobilizar intelectualmente (Charlot) os estudantes a aprender filosofia, instigando a curiosidade em compreender e transformar o ambiente social a sua volta, transgredindo práticas curriculares restritas à sala de aula. Além da análise crítica acerca das relações de reprodução social presentes na escola, ao assumirmos o currículo como território em disputa (Arroyo) e a escola em relação ao território, transgredimos as hierarquias professor e estudantes ao praticar o Ensino de Filosofia como práxis, desenvolvendo a pesquisa com os estudantes, estabelecendo relações teórico-práticas acerca dos temas saber x poder, analisando percepções da comunidade por meio da escuta de moradores do entorno da escola e dos próprios estudantes acerca da instituição escolar. O processo de investigação ocorreu no Colégio Estadual Professor Dario Veloso, município de Mallet – PR, no qual foi possível vivenciar o Ensino de Filosofia como práxis de transgressão da estrutura curricular prescritiva e disciplinar ao mobilizar os estudantes a investigar e compreender seu território, a escola e a comunidade em que vivem, tendo como mediações atividades em sala de aula no estudo em filosofia política, de autores como Foucault, Bourdieu e Marx.
dc.description.resumoTo discuss the Teaching of Philosophy goes through the recognition of the historical conjuncture that crosses the relation Education and Society, mainly, from the 18th century. The Illuminist ideals and the postindustrial period produced education requirements that should contemplate the emerging needs of the new scenario brought by the archetype of the capitalist production and bourgeois culture, fact that gestated forms of schooling based on the domestication of the bodies by means of disciplinary devices (Foucault) and with the construction of formal curriculum aligned with the economic and political project of modernity. In this context the school, as a social institution, constitutes itself in the midst of social contradiction, sometimes reproducing, sometimes resisting before the historical determinations with strong marks of subject and knowledge exclusion, distancing itself from perspectives of humanist formation. Before this problem, in this research we propose to think the Teaching of Philosophy and the relations of knowledge and power in school, taking as central question investigate whether high school students and teachers realize, are aware, of power and knowledge relation in which they are immersed and pass through the construction of teaching-learning processes. The investigative process adopted was the participant research and sought to mobilize the school community to reflect on the research problem, changing traditional ways of learning restricted to classrooms, in the banking education model (Freire) extending the traditional curriculum conception to the territory (Santos; Arroyo). The present work problematize this teaching-learning experience which proved to be potent by being able to mobilize intellectually (Charlot) the students to learn philosophy, instigating curiosity in understand and transforming the social environment around them, transgressing curricular practices restricted to the classroom. Besides the critical analysis about the social reproduction relations present in the school, by assuming the curriculum as disputed territory (Arroyo) an the school in relation to the territory, transgressed the hierarchies teacher and student while practicing the Teaching of Philosophy as praxis, developing the research with the students, establishing theoretical-practical relation about the subjects know x power, analyzing community perceptions through listening the residents around the school and the students themselves about the school institution. The investigation process took place in the Professor Dario Veloso State School, county of Mallet – PR, in which it was possible to experience the Teaching of Philosophy as praxis as the transgression of the prescriptive and disciplinary curricular structure by mobilizing students to investigate and understand their territory, the school and the community where they live, having as mediations classroom activities of study in political philosophy, of authors as Foucault, Bourdieu e Marx.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.identifier.urihttps://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/846
dc.languagePortuguês
dc.publisherUNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.departmentCAMPUS DE UNIÃO DA VITÓRIA
dc.publisher.initialsPROF-FILO
dc.publisher.programPROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM FILOSOFIA
dc.subjectSaber. Poder. Escola. Transgressão. Ensino de Filosofia.
dc.subject.capesFilosofia
dc.titlePOR UM ENSINO DE FILOSOFIA TRANSGRESSOR
dc.typeDissertação
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