Cinema de horror e história pública: um olhar sobre as representações das mulheres nos filmes grave (2017) e orgulho e preconceito e zumbis (2016).
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Data
2021-09-21
Autores
Orientadores
Programa
PPGHP
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A presente pesquisa teve como objetivo analisar as representações das mulheres nas obras fílmicas: Grave, lançada em 2017 e dirigida por Julia Ducournau, e Orgulho e Preconceito e Zumbis, lançada em 2016, sob a direção de Burr Steers, sob as perspectivas da tragicidade e da utilização do sangue enquanto elemento horrorífico que estigmatizam as mulheres como perpetuadoras da impureza e maldade, bem como compreender por meio da ótica da História Pública, os usos do passado em congruência com o conhecimento acerca da história das mulheres e das relações de gênero, e de como essas questões são apresentadas e disseminadas por esses filmes, levando em consideração a potencialidade do cinema enquanto agente produtor e reprodutor de conhecimento. Por meio da metodologia analítica proposta por Manuela Penafria (2009), que discute o cinema enquanto objeto de estudo que permite a reflexão, e da base inspirada nos estudos de Maria Homem (2019; 2021) acerca do feminino e o trágico, fez-se a análise das obras fílmicas identificando mudanças e permanências no que tange às representações das mulheres. A pesquisa identificou nas obras analisadas discursos históricos cristalizados, tais como a mulher enquanto sujeita-objeto, colocando a figura feminina como indivíduo sexualizado atendendo aos anseios masculinos, a utilização do espaço privado como centro das ações das personagens principais, bem como rupturas, como a posição de empoderamento adotada pelas personagens, e a emancipação narrativa sobre os enredos, além da utilização do conhecimento histórico para discussões como a entrada das mulheres na vida adulta, na esfera pública e nos campos político e social.
Descrição
Palavras-chave
Cinema de Horror; História Pública; Representação; Relações de Gênero