DIANTE DOS PEDAÇOS: A FRAGMENTAÇÃO DO CORPO N’A MONTANHA SAGRADA, DE ALEJANDRO JODOROWSKY

dc.contributor.advisorMENDES, Maria Cristina
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9740175774603031
dc.contributor.authorSOUZA, Lucas Soares de
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9209995112029617
dc.contributor.referee1MENDES, Maria Cristina
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9740175774603031
dc.contributor.referee2FISCHER, Sandra
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/0161776649502273
dc.contributor.referee3MORAES, Eliane Robert
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/3213373319012334
dc.contributor.referee4MIKOSZ, José Eliézer
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/8805958526800693
dc.date.accessioned2025-02-25T16:28:00Z
dc.date.available2025/02/25
dc.date.available2025-02-25T16:28:00Z
dc.date.issued2021/11/18
dc.description.abstractA fragmentação e a destruição do corpo, em uma noção expandida, enquanto elemento de construção da experiência do Pânico é o foco de interesse na análise do filme A Montanha Sagrada (1973, 1h53min, cor). Dirigido pelo chileno Alejandro Jodorowsky, o filme apresenta uma construção imagética permeada por simbolismos místicos, artísticos e sociais, os quais contribuem para estabelecer a atmosfera Pânica. A questão principal, a partir da qual a dissertação se desdobra é: de que modo a fragmentação corporal presente no filme A Montanha Sagrada induz ao Pânico jodorowskyano? Para responder a essa questão, o objeto será analisado a partir de três aspectos do conceito de fragmentação. O primeiro aspecto se refere à fragmentação do corpo identificando como a representação de sua destruição é um elemento que instaura, por meio da experiência da abjeção, uma atmosfera de angústia diante das imagens do filme. A ideia de abjeção na teoria de Julia Kristeva é colocada em diálogo com a destruição do corpo no contexto das vanguardas modernistas, com destaque ao Movimento Surrealista. O segundo aspecto, a partir do pensamento de Robert Stam, relaciona as imagens do filme às temáticas da violência social, da catástrofe e do trauma coletivo, buscando apontar como a experiência Pânica se apresenta como um vetor decolonial de reconstrução do imaginário da latinidade. Busca-se pensar o cinema como uma possibilidade de resistência aos modos de funcionamento das lógicas colonizadoras, em sentidos simbólicos e políticos.O terceiro aspecto propõe uma leitura do cinema, enquanto dispositivo afetivo, como um fenômeno de criação de sensorialidades angustiantes, intrínsecas ao Pânico. São abordadas as teorias de Edgar Morin acerca dos processos de identificação e projeção no fenômeno cinematográfico, bem como a análise do cinema como um vestígio de pensamento mágico e simbólico presente na contemporaneidade. Em diálogo com Morin, são trabalhados textos críticos, poéticos e ensaísticos de Antonin Artaud nos quais ele analisa as relações entre forma, conteúdo, narrativa e os sistemas afetivos na linguagem cinematográfica, o que contribui na pesquisa para uma aproximação entre as teorias do cinema e uma leitura imagética pela perspectiva simbólica. São identificadas reverberações da ideia de Crueldade, desenvolvida por Artaud no final dos anos 1930, no filme de Jodorowsky, para compreender de que modo suas imagens dialogam com a opacidade e a psicologia do fenômeno cinematográfico. A metodologia utilizada é a análise textual e imagética, buscando identificar as teias simbólicas entre as imagens audiovisuais do filme (bem como as de outros objetos) e as imagens literárias dos autores com os quais dialogamos.
dc.description.resumoLa fragmentación y destrucción del cuerpo, en una noción ampliada, como elemento de construcción de la experiencia de Pánico, es el foco de interés en el análisis de la película La montaña sagrada (1973, 113 min, color). Dirigida por el chileno Alejandro Jodorowsky, la película presenta una construcción de imágenes impregnadas de simbolismos místicos, artísticos y sociales, que contribuyen a establecer la atmósfera de pánico. La pregunta principal, a partir de la cual se desarrolla la disertación es: ¿cómo la fragmentación corporal presente en la película La montaña sagrada induce al pánico jodorowskiano? Para responder a esta pregunta, se analizará el objeto desde tres aspectos del concepto de fragmentación. El primer aspecto se refiere a la fragmentación del cuerpo, identificando cómo la representación de su destrucción es un elemento que establece, a través de la experiencia de abyección, una atmósfera de angustia frente a las imágenes de la película. La idea de abyección en la teoría de Julia Kristeva se sitúa en diálogo con la destrucción del cuerpo en el contexto de las vanguardias modernistas, más concretamente con el Movimiento Surrealista. El segundo aspecto, basado en el pensamiento de Robert Stam, relaciona las imágenes de la película con los temas de violencia social, catástrofe y trauma colectivo, buscando señalar cómo la experiencia de Pánico se presenta como un vector descolonial de reconstrucción del imaginario latino. Se busca pensar en el cine como una posibilidad de resistencia a los modos de trabajo de las lógicas colonizadoras, en sentido simbólico y político. El tercer aspecto propone una lectura del cine, como dispositivo afectivo, como fenómeno de creación de sensorialidades angustiosas, intrínsecas al Pánico. Se abordan las teorías de Edgar Morin sobre los procesos de identificación y proyección en el fenómeno cinematográfico, así como el análisis del cine como vestigio del pensamiento mágico y simbólico presente en la contemporaneidad. En diálogo con Morin, se trabajan los textos críticos, poéticos y de ensayo de Antonin Artaud en los que analiza las relaciones entre forma, contenido, sistemas narrativos y afectivos en el lenguaje cinematográfico, lo que contribuye a la búsqueda de una aproximación entre las teorías del cine y una lectura imaginaria desde una perspectiva simbólica. Se identifican las reverberaciones de la idea de Crueldad, desarrollada por Artaud a finales de los años treinta, en la película de Jodorowsky, para entender cómo sus imágenes dialogan con la opacidad y psicología del fenómeno cinematográfico.
dc.identifier.urihttps://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/393
dc.languagePortuguês
dc.publisherUniversidade Estadual do Paraná
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.departmentUNESPAR Campus de Curitiba II – Faculdade de Artes do Paraná
dc.publisher.initialsPPG-CINEAV -UNESPAR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo
dc.subjectCinema Pânico, A Montanha Sagrada, Alejandro Jodorowsky, fragmentação corporal, Antonin Artaud
dc.subject.capesARTES
dc.titleDIANTE DOS PEDAÇOS: A FRAGMENTAÇÃO DO CORPO N’A MONTANHA SAGRADA, DE ALEJANDRO JODOROWSKY
dc.typeDissertação
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
PPG-CINEAV_Dissertação_Lucas Soares de Souza_2021.pdf
Tamanho:
64.83 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed to upon submission
Descrição: