A violência doméstica contra mulheres de Corumbataí do Sul/PR: desafios e possibilidades de superação

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Data
2024-03-26
Programa
PPGSeD
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Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
A violência de gênero praticada contra a mulher é um problema social de reconhecimento internacional acerca da necessidade de compreensão e enfrentamento. Embora existam conquistas na efetivação dos direitos humanos das mulheres, persistem vestígios de uma sociedade patriarcal, na qual não se concretiza de fato a igualdade de direitos conforme preconiza a legislação vigente no país, com fulcro na Lei 13.104/2015, que criminaliza o feminicídio e o reconhece como assassinato de mulheres cometido em razão de seu gênero. Nesse contexto, a presente pesquisa apresenta como problema: quais motivos influenciam a permanência ou rompimento do ciclo de violência vivenciado por mulheres vítimas de violência de gênero, residentes em um município brasileiro de pequeno porte I? O objetivo geral é investigar os fatores socioculturais e econômicos que permeiam a violência doméstica sofrida por mulheres residentes em Corumbataí do Sul, município localizado na região sul do Brasil e situado no noroeste do Paraná. Os Objetivos específicos são: a) mapear o perfil socioeconômico e cultural das mulheres vítimas de violência no Brasil e correlacionar com o perfil do município de Corumbataí do Sul-PR; b) analisar se as políticas públicas para o enfrentamento da violência contra mulher estão disponíveis para mulheres de Corumbataí do Sul-PR; c) averiguar os desafios e as possibilidades de superação dessa vivência, de acordo os relatos das mulheres que sofreram violência doméstica, em Corumbataí do Sul. Adota-se, na pesquisa, uma metodologia quali-quantitativa, utilizando-se o grupo focal como instrumento para a coleta de dados, na busca de elucidar o problema apresentado. O perfil das participantes evidenciou serem mulheres cisgênero, com predominância da etnia parda, em relações conjugais de união estável, com baixo grau de escolaridade, residentes em casas alugadas, trabalhadoras informais, com renda de até um salário-mínimo, que recebem benefícios assistenciais e apresentam situação de hipossuficiência financeira. Enquanto resultados, o estudo aponta como essencial a promoção de diálogos e a implementação da educação em direitos humanos e educação em gênero desde os anos iniciais do ensino fundamental, enquanto medida de conscientização, prevenção e superação da violência doméstica, das mais diversas formas contra violências que ferem os direitos fundamentais inerentes aos seres humanos.
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Palavras-chave
Gênero. Violência. Mulher. Assistência Social.
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