Gênero e educação em tempos de Escola sem Partido: compreensões de educadoras em debate

dc.contributor.advisorPÁTARO, Ricardo Fernandes
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7301327333304687
dc.contributor.authorROSSI, Jean Pablo Guimarães
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8403751902893496
dc.contributor.referee1PÁTARO, Ricardo Fernandes
dc.contributor.referee2PÁTARO, Cristina Satiê de Oliveira Pátaro
dc.contributor.referee3MAIO, Eliane Rose
dc.date.accessioned2025-02-11T17:03:33Z
dc.date.available2025-02-11T17:03:33Z
dc.date.issued2020-02-28
dc.description.abstractEsta pesquisa analisou as compreensões de mulheres, educadoras da educação básica de uma rede municipal de ensino do Paraná, a respeito dos debates entre gênero, objetivos da educação e Escola sem Partido (ESP). Partindo de uma perspectiva de interdisciplinaridade e de complexidade, apresentamos criticamente a origem e história do Escola sem Partido, buscando evidenciar como esse movimento já nasce com viés ideológico e político, embora se autodeclare neutro e apartidário. Diante do pseudo conceito de “ideologia de gênero”, esta pesquisa problematiza: seria possível que as perspectivas defendidas pelo ESP estejam presentes nas compreensões de professoras? Para responder a esse questionamento, desenvolvemos uma pesquisa de campo com 13 professoras de escolas públicas. Foram organizadas 3 sessões de grupos focais nas quais as participantes tiveram a oportunidade de debater e expressar as suas compreensões em torno da escola, questões de gênero e sexualidade e o movimento Escola sem Partido. O conteúdo das sessões de grupos focais foi organizado em três categorias de análise. Na primeira discutimos a presença de discursos que dicotomizam as funções da escola, o papel docente e a função da família, elementos que se relacionam ao movimento de simplificação presente no ESP. Na segunda categoria discutimos as narrativas referentes aos medos e opressões vivenciados pelas educadoras e que também estabelecem paralelos estreitos com os discursos do ESP. Na terceira e última categoria, analisamos as contradições entre as crenças pessoais das participantes e as temáticas de gênero e sexualidade. Em suma, os dados evidenciam compreensões docentes influenciadas por crenças hegemônicas e preconceitos que expressam similitudes aos discursos adotados pelo ESP, além de dicotomização entre as noções de ensinar e educar. Os achados da investigação denotam que as compreensões das educadoras oportunizam a entrada do ESP no âmbito escolar e, portanto, corroboram a necessidade de continuarmos investindo em uma formação docente que leve em consideração as questões de gênero e incorpore também uma análise crítica a respeito de movimentos supostamente neutros, como o ESP, cujos discursos se distanciam de uma educação progressista e democrática.
dc.description.resumoThis research analyzed the women's understandings, educators of Brazilian basic education, about the debates towards gender, objectives of education and School without Political Party (ESP). From a perspective of interdisciplinarity and complexity, we critically present the origin and history of the School without Political Party, seeking to show how this movement is already born with a strong ideological and political bias, although the moviment declares itself neutral and non-partisan. Faced the pseudo concept of “gender ideology”, we problematize the understandings of educators about the following question: is it possible that the ESP’s perspectives are present in teachers' understandings about gender and education? To answer this question, we developed a field research with 13 female teachers from public schools. Three focus group sessions were organized, in which participants had the opportunity to discuss and express their understandings around issues involving gender and sexuality, education and the School without Political Party movement. The empirical research was organized in three axes of analysis. In the first one, we discussed the presence of discourses that dichotomize the school's functions, the teaching role, and the family's function, elements that relate to the simplification movement, present in ESP. In the second, we discuss the narratives concerning the fears and oppressions experienced by the female educators, which establish close parallels with the discourses of the ESP. In the third, we analyze the contradictions between the participants' personal beliefs and the gender and sexuality theoretical discussions. The data show understandings influenced by hegemonic beliefs and prejudices that express similarities to the speeches adopted by ESP, as well as dichotomization between the notions of teaching and educating. This research results show that educators' understandings provide gaps for ESP's entry into the school and, therefore, corroborate the need to continue investing in teacher training that takes gender issues into account and also incorporates critical analysis to supposedly neutral movements such as the ESP, whose discourses distance themselves from a progressive and democratic education.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
dc.identifier.urihttps://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/268
dc.languagePortuguês
dc.publisherUniversidade Estadual do Paraná
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.departmentUNESPAR Campus de Campo Mourão
dc.publisher.initialsPPGSeD
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação Interdisciplinar Sociedade e Desenvolvimento
dc.subjectEscola sem Partido. Gênero. Formação Docente. Objetivos da Educação.
dc.subject.capesInterdisciplinar
dc.titleGênero e educação em tempos de Escola sem Partido: compreensões de educadoras em debate
dc.typeDissertação
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