Imaginando uma regência feminista decolonial: repensando o papel de regentes na tradição da música de concerto

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2023-09-22
Programa
PPGMUS
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual do Paraná
Resumo
Esta dissertação de mestrado aborda processos e trajetórias percorridas durante uma pesquisa artística desclassificatória e antissistêmica, apoiada por autores como Bibiana Bragagnolo, Catarina Domenici, Christopher Small e Nicholas Cook, na área da regência de música de concerto. A partir da pergunta “como construir uma prática de regência que proponha interpretação colaborativa?”, identificamos, junto às epistemologias feministas e decoloniais de bell hooks, Audre Lorde, Rita Segato e Maria Lugones, um sistema classificado, colonizado, masculino e individualista de práticas musicais, que perpetua complexas tradições de repertório, interpretação e liderança, por meio da prática de performance de regência e de condução de ensaios em orquestras. Para conhecer como o sistema atua nas práticas de ensaio adentramos a bibliografia acerca da regência e utilizamos a conversa enquanto uma metodologia de cartografia, elaborada por Lilian Campesato e Valéria Bonafé. Em conversas com regentes e outros intérpretes, percebemos outros conhecimentos e práticas que reorganizam o sistema e seus valores artísticos, como a pedagogia crítica, a liderança participativa e as práticas institucionais de equidade, diversidade, inclusão e antirracismo. Frente à institucionalização do sistema e a necessidade de ações individualizadas e coletivas para sua reformulação, sugerimos práticas e éticas de escuta de Pauline Oliveros e de Brandon LaBelle para reorientar processos de construção de performance coletivas a fim de torná-las colaborativas.
Descrição
This master thesis addresses processes and trajectories followed during a declassifying and antisystemic artistic research, supported by authors such as Bibiana Bragagnolo, Catarina Domenici, Christopher Small and Nicholas Cook, in the field of concert music conducting. Starting with the question "how can we build a conducting practice that proposes collaborative interpretation?", we identified, alongside the feminist and decolonial epistemologies of bell hooks, Audre Lorde, Rita Segato and Maria Lugones, a classified, colonized, masculine and individualistic system, which grounds traditions of repertoire, interpretation and leadership in the practice of conducting performance and conducting rehearsals in orchestras. To find out how such tradition acts in rehearsal practices, we used conversation as a cartography methodology, developed by Lilian Campesato and Valéria Bonafé. In conversations with conductors and other performers, we noticed other knowledge and practices that reorganize the system and its artistic values, such as critical pedagogy, participatory leadership and institutional practices of equity, diversity, inclusion and anti-racism. Faced with the institutionalization of the system and the need for individualized and collective actions to reformulate it, we suggest the listening practices and ethics studied by Pauline Oliveros and Brandon LaBelle to reorient collective performance construction processes in order to make them collaborative.
Esta dissertação de mestrado aborda processos e trajetórias percorridas durante uma pesquisa artística desclassificatória e antissistêmica, apoiada por autores como Bibiana Bragagnolo, Catarina Domenici, Christopher Small e Nicholas Cook, na área da regência de música de concerto. A partir da pergunta “como construir uma prática de regência que proponha interpretação colaborativa?”, identificamos, junto às epistemologias feministas e decoloniais de bell hooks, Audre Lorde, Rita Segato e Maria Lugones, um sistema classificado, colonizado, masculino e individualista de práticas musicais, que perpetua complexas tradições de repertório, interpretação e liderança, por meio da prática de performance de regência e de condução de ensaios em orquestras. Para conhecer como o sistema atua nas práticas de ensaio adentramos a bibliografia acerca da regência e utilizamos a conversa enquanto uma metodologia de cartografia, elaborada por Lilian Campesato e Valéria Bonafé. Em conversas com regentes e outros intérpretes, percebemos outros conhecimentos e práticas que reorganizam o sistema e seus valores artísticos, como a pedagogia crítica, a liderança participativa e as práticas institucionais de equidade, diversidade, inclusão e antirracismo. Frente à institucionalização do sistema e a necessidade de ações individualizadas e coletivas para sua reformulação, sugerimos práticas e éticas de escuta de Pauline Oliveros e de Brandon LaBelle para reorientar processos de construção de performance coletivas a fim de torná-las colaborativas.
Palavras-chave
Regência, Prática de Ensaio, Interpretação Colaborativa, Método Conversa, Escuta, Agência Sônica, Escuta Profunda, Feminismo Decolonial
Citação
Link de Material Relacionado

Histórico de Versões

Agora exibindo 1 - 2 de 2
VersãoDataSumário
2*
2025-03-20 11:49:42
2025-03-19 17:05:47
* Versão selecionada