Navegando por Autor "TEIXEIRA, Rafael Tassi"
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Item A SOBREVIVÊNCIA DAS IMAGENS DA ARTE GREGA DO PERÍODO CLÁSSICO NO FILME ME CHAME PELO SEU NOME, DE LUCA GUADAGNINO(Universidade Estadual do Paraná, 2022/09/01) VIANA , Rafael Alessandro; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/3646660905570212; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; COSTA, Daniel Lula; http://lattes.cnpq.br/6286200229085639; COSTA , Marcelo Monteiro; http://lattes.cnpq.br/0859580104430692Poderiam os corpos dos personagens de Me chame pelo seu nome (2017), de Luca Guadagnino, serem imagens sobreviventes da arte grega do período clássico? A partir dos escritos de Georges Didi-Huberman e Etienne Samain acerca do legado de Aby Warburg e seu Atlas Mnemosyne, essa pesquisa propõe uma reflexão acerca da construção da iconografia de Elio e Oliver, protagonistas do filme, em uma perspectiva que recupera na história da arte a produção estatuária grega do período clássico. Além disso, investiga-se a maneira com a qual o longametragem põe esses corpos em cena, apresentando uma reflexão acerca de determinados padrões da fotografia homoerótica, aqui aferidos a partir do trabalho de Alair Gomes, na maneira de iluminar, enquadrar, fragmentar esses corpos. A apreensão deste pensamento das imagens e pelas imagens se dá pelo cruzamento entre elas, a partir do cotejo, da comparação, da colagem, pondo as imagens em diálogo e fazendo seu pensamento emergir. Dessa forma, o trabalho abarca o cinema a partir de sua inserção na história da arte ao explicitar pelo texto e pelas imagens cruzadas como certas representações clássicas do corpo masculino sobrevivem na contemporaneidade.Item ATORIALIDADE LIMINAR NO CINEMA BRASILEIRO: CINESIAS ATORAIS(Universidade Estadual do Paraná, 2021/08/18) FERREIRA, Ricardo Di Carlo; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/1648858898124541; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; RIBEIRO, Regiane Regina; http://lattes.cnpq.br/8502130807154602Essa dissertação dedica-se à investigação da atorialidade no cinema brasileiro, sobretudo, pela sua constatada condição liminar, explorando a extensão das cinesias perfiladas por essa classe artística para instar a sua presentificação operativa até os dias de hoje. Para tanto, a pesquisa desenvolveu-se em caráter bibliográfico e prático, analisando, inicialmente, a tessitura historiográfica do intérprete cênico, isto é, suas cinesias – caminhos, movimentos e estratégias antropológicas e/ou operacionais para erigimento de suas carreiras (e permanência) no ofício de interpretação cinematográfica. Analisa, portanto, a transmissão de memórias escritas e reescritas nas obras artísticas, bem como os esforços de teorização praxeológica da área. Destarte, a suma dos esforços atorais no cinema estabeleceu um parâmetro norteador, ao qual eu adiro nesta pesquisa: a estética da cinematografização da linguagem atorial. Isso porque, os atores se formam no teatro e passam a atuar no cinema e no audiovisual. Diante disso, a pesquisa busca atualizar o entendimento acerca da comunicação e linguagem de ator, abordando a hipótese do uso da “equivalência”, uma técnica de interpretação teatral, como meio atorial de adaptação da atuação para a linguagem audiovisual, que preconiza o verossímil cinematográfico em filmes de ficção. Para tanto, ao fim eu apresento os resultados de dois experimentos práticos de instrumentalização atorais sob este viés. O primeiro em vídeo, abordando meios de aprendizagem da adaptação da atuação do ator, do teatro para o cinema. E, o segundo, em filme, no qual eu apresento essa possibilidade, corroborado da perspectiva de criação de um lugar próprio, não hegemônico, conquanto de interpretação, de criação e permanência no fazer atuacional ao ator contemporâneo em cinematografização.Item CINE PASSEIO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O CINEMA DE RUA CONTEMPORÂNEO EM CURITIBA.(Universidade Estadual do Paraná, 2022/09/05) EVANGELISTA, Tamara Fernanda Carneiro; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; http://lattes.cnpq.br/1557797784874889; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; PINTO, Pedro Plaza; http://lattes.cnpq.br/4210264642096088; FERRAZ, Talitha Gomes; http://lattes.cnpq.br/6841463408387639A presente pesquisa se constitui em uma investigação do cinema de rua curitibano contemporâneo, através de um estudo de caso sobre o Cine Passeio, cinema administrado pela Fundação Cultural de Curitiba – FCC. Tem o objetivo de compreender a relação do imaginário do espectador com esse novo cinema de rua e suas possíveis relações de memória com os antigos, que ocupavam a Cinelândia Curitibana – mais especificamente o Luz e o Ritz, antigos cinemas da FCC, cujos nomes são homenageados nas duas salas de exibição do Cine Passeio – e, a partir desta pesquisa, responder a alguns questionamentos, como, por exemplo, entender quais fatores permitiram a criação desse cinema e qual é a proposta do administrador para o Cine Passeio (compreendendo o cinema como um espaço para a formação de público). O recorte teórico para o desenvolvimento da pesquisa é a New Cinema History, voltado para a leitura e análise da obra de autores que trabalham os conceitos de cinema going, memória e nostalgia. A presente pesquisa também se caracteriza como um estudo etnográfico, uma vez que pretende compreender como o hábito de frequentar esse novo cinema evoca as memórias do espectar cinematográfico dos antigos cinemas de rua e, para tal, foram realizadas entrevistas com frequentadores do Cine Passeio.Item CINEMA NHANDEREKO - PERSPECTIVAS ESTÉTICAS DE REALIZAÇÃO A PARTIR DA COSMOLOGIA ORIGINÁRIA GUARANI(Universidade Estadual do Paraná, 2022/04/05) ALE, Anne Lise Filartiga; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/2814962511896734; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; ALVARENGA, Clarisse Maria Castro de; http://lattes.cnpq.br/3413084947174681; MIKOSZ, José Eliézer; http://lattes.cnpq.br/8805958526800693Esta dissertação tem como objetivo produzir uma reflexão sobre as possibilidades e impossibilidades de representação da cosmologia amerindia guarani no campo do Cinema. Partimos do pressuposto de que existe um Cinema Guarani e que esse cinema singular tem características estéticas formais e discursivas contextuais diversas do/s cinema/s hegemônico/s. Nossa hipótese é de que o ponto de vista filosófico dos povos guarani tem base no que Eduardo Viveiros de Castro concebe como Perspectivismo Amerindio, e que, portanto, tais percepções não-convencionais sobre o mundo afetam a construção do olhar de cineastas indígenas na criação de imagens auto representativas. A partir disso, tomamos o Nhandereko (termo que dá nome ao título, que significa "modo de ser guarani” na língua indígena e abarca um conjunto de particularidades cosmológicas) como elemento balizador da análise filmica de três obras de curta duração do gênero documentário dirigidas por cineastas guaranis contemporâneos: Mensageiros do Futuro (2019), direção de Graciela Guarani (Poty Rory), cineasta guarani Kaiowá; Sonho de Fogo (2020), direção de Alberto Alvares, cineasta guarani Nhandeva; E "Pará Rété" (2015), dirigido pela cineasta guarani Mbyá, Patrícia Ferreira (Pará Yxapy), com vistas a identificar um conjunto de elementos particulares da cosmologia indígena guarani e compreender de que forma tais elementos podem produzir atravessamentos em aspectos estéticos e discursivos na uso da linguagem cinematográfica. A partir das análises filmicas imbricadas com a literatura etnográfica guarani de autores como Nimuendajú, Cadogan e Schaden, pudemos compreender os aspectos cosmológicos da cultura Guarani enquanto constituintes das obras filmicas de seus realizadores. Nesse sentido, concebemos neste trabalho o Cinema Nhandereko como um sistema singular de formas, portanto, uma estética (RANCIÈRE, 2009) que abarca um sistema ideal de vida diverso do princípio eurocêntrico, e possibilita a leitura de uma tradução cosmológica através da linguagem do cinema.Item DÍPTICO DOCUMENTAL DE GIANFRANCO ROSI: FUOCCOAMMARE E NOTTURNO(Universidade Estadual do Paraná, 2023/03/08) TROMBINE, Julia Dorneles; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/0764538964053110; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; SCANSANI, Andréa; http://lattes.cnpq.br/6985782589830684A presente proposta busca compreender como são construídos os elementos que compõem as narrativas fílmicas, a partir de um recorte díptico de dois documentários: Fuocoammare (2016) e Notturno (2020), ambos dirigidos por Gianfranco Rosi. A proposta considera o documentário como um espaço de representação e de configuração das alteridades. Nesse trabalho segmentado em três seções: primeiro, o processo criativo de Rosi, seguido do capítulo que adentra o viés conceitual sobre estéticas: silêncio, longa duração e construção fotográfica, que aprofunda as figurações sensíveis e o realismo traumático. No campo dos estudos sobre o cinema documental e dada a dimensão política destes filmes trata-se de uma abordagem de configuração teórica que se configura quando se analisa produções longas, com um repertório consagrado de análise fílmica, enquanto metodologia na perspectiva de autores como Manuela Penafria (2001), Bill Nichols (2005), Jacques Aumont (2011), e demais autores como Arjun Appadurai (1996), Jean-Louis Comolli (2008), Andréa França (2003) e Stuart Hall (1999) que corroboram para a discussão sobre política e identidade. Diante da complexidade e do paradigma existencial, as preposições de Georges DidiHuberman (2018) e Etienne Samain (2012) tendo a fotografia e a questão de pensar as imagens, silêncios e as relações de sentidos a partir desses documentários, em aproximações e afastamentos, ambos filmes poéticos e que retratam esteticamente essa dimensão das diásporas e guerras contemporâneas.Item FICÇÃO ESPECULATIVA NO CINEMA NEGRO BRASILEIRO - A ESTÉTICA AFROFUTURISTA EM CURTAS-METRAGENS(Universidade Estadual do Paraná, 2021/02/23) MARTINS, Kariny Felipe; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/7449060366599475; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; FREITAS, Kênia Cardoso Vilaça de; http://lattes.cnpq.br/8714734814365421A presente pesquisa tem como objetivo entender no que concerne o afrofuturismo dentro do movimento do Cinema Negro brasileiro contemporâneo. Partindo da relação desse movimento inscrito em uma ideia de Film Blackness (GILLESPIE, 2016), a pesquisa entende o movimento para fora dos regimes de visibilidade. Tendo como princípio o caráter analítico, esta dissertação inicia com a análise de Alma no Olho (1974) como marcador do Cinema Negro brasileiro contemporâneo, entendendo que surge com ele a performance enquanto possibilidade de fuga. Trazendo as autoras Denise Ferreira da Silva (2019) e Leda Maria Martins (2020), é conceituada a ideia da performance da pretitude enquanto uma brecha, assim como a ficção especultativa como um mecanismo de saída e imaginação. Depois, entendemos as atribuições ao Afrofuturismo – do ponto onde nasce (1994) até os momentos atuais, compreendo a definição de Ytasha Womack (2013) como norteador da pesquisa. Logo, o afrofuturismo aqui perpassa a reelaboração do passado atrelada a críticas culturais, ou seja, é um movimento que se relaciona de uma outra forma com o Espaço-Tempo, uma vez que compreende a dinâmica diaspórica como parte essencial na construção do futuro. Tendo como corpus analítico os curtas-metragens Chico (Irmãos Cravalho, 2016), Inabitável (Matheus Farias e Enock Carvalho, 2019), Negrum3 (Diego Paulino, 2018) e Cartuchos de Supernintendo em Anéis de Saturno (Leon Reis, 2018), a pesquisa conclui que a estética empregada por Sun Ra – entendendo Kemet como essência – e a convicção de que o espaço é o lugar (Space is the place) são os elementos que estão presentes nessas narrativas, uma vez que, dentro da modernidade situada no Brasil, há de ser encontrar brechas para a realidade social, fugindo, assim, da colonialidade estendida até os tempos atuais. Logo, Afrofuturismo, aqui, é a fuga necessária para a criação de um outro mundo que possa ser habitável para corpos negros em diáspora.Item O VIRIL E O VULNERÁVEL: IDENTIDADE E MASCULINIDADE DO HOMEM NEGRO NO CINEMA DE FICÇÃO(Universidade Estadual do Paraná, 2021/06/06) SANTOS, Henrique dos; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/7590723740909385; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; CAMPOS, Deivison Moacir Cezar de; http://lattes.cnpq.br/8332127774447991O cinema, pela via do discurso, cria representações, estabelece identificações e sustenta um imaginário sobre diversas coisas, sendo o homem negro uma delas. A partir do filme “Moonlight: Sob a luz do Luar”, de Barry Jenkins (2016), esta pesquisa visa analisar filmes que propõem uma reflexão sobre a construção desse imaginário e que de certa forma, defende-se, buscam em sua proposta desconstruí-lo. “O matador de Ovelhas” de Charles Burnet (1978) e “Os donos da rua” de John Singleton (1991) foram elencados para em análise juntamente com o filme de Jenkins comporem essa argumentação, interseccionada com os estudos de gênero, mais especificamente com as pesquisas sobre masculinidade(s), que exploram os conceitos de masculinidade hegemônica e subalterna, onde o homem negro, por não dispor dos mesmos privilégios do homem branco, pertenceria ao segundo grupo; entendendo que as questões identitárias e de representação do homem negro são intrínsecas à questão de gênero e considerando a hipótese de uma atual crise da masculinidade, onde a partir das mudanças ocorridas durante o século XX, principalmente no tocante aos movimentos feministas e LGBTQI+, o homem passa a perder sua identidade viril estabelecida e se encontraria num entremeio para a descoberta de novas possibilidades do exercício da mesma.Item OS "CORPOS" DOS CINEASTAS OUSMANE SEMBÈNE E IDRISSA OUÉDRAOGO E DE SEUS FILMES EM DISPUTA: "AFRICANNES" E GEOPOLÍTICA NO CINEMA(Universidade Estadual do Paraná, 2023/10/18) ALVES, Nathan dos Santos; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; http://lattes.cnpq.br/0355987569207101; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; VAZ, Aline Aparecida de Souza; http://lattes.cnpq.br/3530527402477171Tendo em mente que a história dos festivais de cinema é também de Geopolítica do Cinema, e que por mais de meio século foi negligenciada pelos estudiosos da área (DE VALCK, 2007a; IORDANOVA, 2016), o presente trabalho visa colaborar com os estudos de festivais de cinema e das dinâmicas geopolíticas que ali se manifestam, pensando as ações de controle e censura dos filmes nas passagens de dois cineastas africanos pelo festival de Cannes: Ousmane Sembène (Senegal) e Idrissa Ouédraogo (Burkina-Faso). Pensando com Howard Becker (1976) e sua sociologia das Artes, orientamos nossas lentes não somente pelos filmes aceitos e consagrados no festival francês, mas também pelos pontos de tensão/conflito, isto é, na recusa, censura e não autorização de determinadas obras. Este estudo opta por duas abordagens metodológicas que, por um lado, tomam os cineastas e as suas obras como objeto de estudo e possibilidade de elaboração teórica, isto é, a teoria de cineastas (PENAFRIA; SANTOS; PICCINI, 2015; GRAÇA; BAGGIO; PENAFRIA, 2020). Tomamos reflexões sobre seu próprio trabalho, seu cinema, seus aspectos bibliográficos e também suas relações com outros movimentos cinematográficos e cineastas. Por outro lado, também tendo em mente a importância de ir para além dos filmes e dos artistas, pensamos em termos de uma análise discursiva como estudo fílmico, mais próximo do que é proposto por Robert Stam e Ella Shohat (2006). Assim, para tal pesquisa também observamos os elementos que ultrapassam os limites do quadro, o extra-fílmico, aquilo que está paralelo ao filme e aos cineastas, levando em consideração os contextos políticos e culturais, as dinâmicas de poder e outros enunciados que também compõem o discurso fílmico. Buscamos trazer subsídios para pensar os aspectos particulares, os cineastas, as suas obras e relações com o festival francês, ao mesmo tempo em que tomamos tais casos para pensar aspectos mais gerais das disputas políticas presentes nos festivais. Neste sentido, essa pesquisa se situa em ambos os campos: Arte e Antropologia. Trata-se da negociação das identidades africanas por meio da circulação dos cineastas e de suas obras nesses espaços de poder que são os festivais de cinemas enquanto redes de cinema transnacionais. Assim, tendo em mente o peso da ênfase nos cineastas, tal texto é constituído a partir deles, sendo dividido em duas partes, uma dedicada a Idrissa Ouédraogo e outra a Ousmane Sembène. No caso de Ouédraogo, damos ênfase aos filmes Tilai (1990) e Yaaba (1989), que são aclamados pela crítica francesa, ao passo que também adentramos e buscamos explicar os motivos que levaram Le cri du coeur (1995) a ser recusado pela mesma recepção. Em contrapartida, tendo em vista que sua entrada e consagração no Festival de Cannes já se dá em meio a um conflito, começamos a segunda parte, referente a Ousmane Sembène, a partir da premiação de La Noire de... (1966). Por fim, nas considerações finais, exploramos um esboço de conceito que propomos a chamar de “corpos fílmicos”, enquanto uma contribuição que ultrapassa os estudos de festivais e que pode servir para diversas pesquisas no campo do cinema e das artes do vídeo.Item PARA ALÉM DO ÁLBUM: MEMÓRIAS E IMAGENS DE ACERVOS FAMILIARES NA CRIAÇÃO DE NARRATIVAS AUDIOVISUAIS(Universidade Estadual do Paraná, 2023/03/29) CARREIRO, Ana Paula Málaga; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; https://lattes.cnpq.br/8049270318259062; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; FERNANDES, Fernando Seliprandy; http://lattes.cnpq.br/1873999604154644A presente pesquisa é constituída pela análise de três curtas-metragens brasileiros criados a partir de acervos imagéticos familiares, compostos por fotografias e filmes Super 8. Os objetos de pesquisa para essa dissertação são os filmes: Vó Maria (2011, 6min, cor, digital), dirigido, roteirizado e montado por Tomás von der Osten; Antes de Ontem (2019, 6min, cor, digital), roteirizado e dirigido por Caio Franco; e Inconfissões (2018, 21min, cor, digital), roteirizado e dirigido por Ana Galizia. O problema de pesquisa constitui-se em analisar como os realizadores utilizaram materiais de arquivos de suas próprias famílias para questionar e revisitar memórias sobre si mesmos e sobre outros parentes. Através de filmes feitos em ambientes universitários, durante o período em que os diretores/roteiristas cursavam graduação ou pós graduação em cinema, os três curtas-metragens analisados nessa pesquisa enfatizam os gestos de memória como inscrições e rastros que influenciam a forma como os realizadores veem a si mesmo e a suas famílias com o passar dos anos. A metodologia utilizada foi a realização da análise fílmica dos três curtas-metragens, associada à pesquisa bibliográfica. A dissertação é estruturada em três capítulos, sendo que cada um deles é focado em um dos filmes. Os principais conceitos trabalhados são as relações entre o cinema e o tempo, analisadas através da montagem e das reflexões advindas do passar dos anos; a montagem como ferramenta narrativa essencial para a construção de filmes feitos com materiais de arquivo; os conceitos de memória e pós-memória através da relação dos realizadores com os acervos imagéticos e com as histórias contadas por seus familiares; a construção de documentários autobiográficos com a utilização de materiais de acervo; e as questões éticas advindas do uso de imagens de arquivo.Item UM ROSTO DESFIGURADO NO INFERNO EM O FILHO DE SAUL(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/19) PEREIRA, Junio; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/7914551657689030; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; LESSA FILHO, Ricardo Fernando Ferreira; http://lattes.cnpq.br/8496566086504744; FAISSOL, Pedro de Andrade Lima; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353A investigação tem como objetivo analisar como o filme O filho de Saul (2015) de László Nemes utiliza elementos visuais, sonoros e narrativos para representar a desfiguração do protagonista dentro do contexto do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau em 1944. Portanto, a pesquisa se debruça sobre os pensamentos de Emmanuel Lévinas e as contribuições de Judith Butler sobre a importância do rosto enquanto responsabilidade ética e as implicações de sua negação, e por consequência, sua desfiguração, conforme a definição de Eveline Grossman. Também conta com Jacques Aumont para destacar o papel do rosto no cinema, enfatizando o close-up, e Primo Levi, David Le Breton, Hans Belting, George DidiHuberman para examinar a representação do rosto humano e sua desumanização nos campos de concentração durante o extermínio nazista.Item VIAGENS, COISAS E FILMES: APROXIMAÇÕES E CONFLITOS EM DOIS DOCUMENTOS FÍLMICOS DE VLADIMIR KOZÁK(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/26) SENN, Cristiane; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/3680779976488051; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; FERNANDES, Fernando Seliprandy; http://lattes.cnpq.br/1873999604154644; KAMINSKI, Rosane; ttp://lattes.cnpq.br/0588374677778245; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353Esta pesquisa analisa o modo como aspectos consoantes e conflitantes se entrelaçam nas obras fílmicas do pesquisador Vladimir Kozák, a partir de dois de seus filmes: Arara – Rio Paraná (1948, 46 min, cor, 16mm/VHS digitalizado) e Arara II (1948, 45 min, cor, 16mm/VHS digitalizado). Estas obras apresentam parte significativa dos elementos que podem ser observados na filmografia de Kozák: registros de paisagens brasileiras, de elementos da natureza, de pessoas trabalhadoras, de comunidades indígenas, de gestos de execução de tarefas ou confecção de objetos e o uso de cartelas produzidas artesanalmente. Tais elementos denotam o afã artístico do pesquisador em serviço científico, o que resulta em complementaridades e atritos. A análise dos filmes dialoga com textos teóricos, transitando entre conceitos de documento, documentário, encenação e antropologia da imagem. Por terem sido realizados em expedição etnográfica enquanto Kozák esteve a serviço do Setor de Cinema Educativo do Museu Paranaense – instituição que incorporou sua herança jacente ao acervo – os filmes são tomados também como documentos históricos e como objetos em si, na perspectiva da preservação audiovisual. Assim, é construída uma reflexão que considera o documento fílmico em suas acepções estéticas, históricas e museológicas, bem como seu potencial de construção de imaginários sociais.