Navegando por Autor "SOUZA, Rosemeri Neves de"
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Item IMBRICAÇÕES ENTRE OBRAS DE ESCHER E GEOMETRIAS NA FORMAÇÃO CONTINUADA À LUZ DA TEORIA ANTROPOLÓGICA DO DIDÁTICO(Universidade Estadual do Paraná, 2025-11-17) SOUZA, Rosemeri Neves de; MORAN, Mariana; CORRADI, Raquel Polizeli; http://lattes.cnpq.br/2127962017051454; http://lattes.cnpq.br/1703128480989350; http://lattes.cnpq.br/3158404694907169; REZENDE, Veridiana; http://lattes.cnpq.br/5630494004651939; RHEA, Vanessa Cristina; http://lattes.cnpq.br/9661873595004900Por meio desta pesquisa, de abordagem qualitativa e fundamentada na Teoria Antropológica do Didático (TAD), buscou-se responder à seguinte questão: que imbricações entre obras de Maurits Cornelis Escher e Geometrias podem ser manifestadas por meio de tarefas produzidas por professores que ensinam Matemática e Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental em um contexto de formação continuada? Escher, artista holandês do início do século XX, destacou-se por representar padrões geométricos de maneira inventiva, explorando tesselações, simetrias e transformações isométricas em obras que se tornaram emblemáticas para o diálogo entre Arte e Matemática. Para responder a tal questão, foi proposta uma formação no formato de curso de extensão intitulado Obras de Escher e Geometrias, envolvendo 34 professores da rede municipal de Campo Mourão, Paraná. Os participantes foram organizados em grupos que, após discussões sobre a biografia e a produção artística de Escher, bem como sobre os conteúdos curriculares de Geometria e Artes Visuais previstos para o 5º ano, planejaram e elaboraram tarefas. Foram escolhidas tarefas, entre as produzidas pelos professores, pela pesquisadora, para compor uma sequência didática. As tarefas que compuseram a sequência didática foram analisadas à luz da TAD. O estudo concentrou-se na identificação e classificação dos tipos de tarefas (T), possibilitando compreender como os saberes que circulavam, foram institucionalizados e ressignificados no espaço escolar. Os resultados evidenciaram que, nos primeiros encontros, os professores enfatizaram aspectos estéticos das obras de Escher, com tarefas predominantemente ligadas à apreciação visual e à reprodução artística. Progressivamente houve uma incorporação de conceitos matemáticos mais estruturados, como simetria, transformação isométrica e tesselação, que passaram a ser integrados às propostas de modo articulado com a linguagem artística. A análise mostrou que a principal transformação não esteve na elaboração de novas tarefas, mas na ressignificação das já produzidas. A TAD mostrou-se adequada como referencial analítico ao evidenciar a passagem de tarefas mais perceptivas para tarefas, na sequência didática, que mobilizam conceitos geométricos complexos, demonstrando mudanças institucionais no modo como os professores compreendem e planejam a relação entre Matemática e Arte. Concluiu-se que a obra de Escher constitui recurso pedagógico alentado para a integração entre Arte e Matemática, favorecendo a interdisciplinaridade não como sobreposição artificial, mas como prática estruturante.