Navegando por Autor "Jeferson Miranda Antunes"
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Item REPRESENTAÇÃO E VIVÊNCIAS QUEER: INTERSECCIONALIDADES NOS DOCUMENTÁRIOS THE QUEEN (1968), PARIS IS BURNING (1990) E KIKI (2016)(Universidade Estadual do Paraná, 2025-03-27) Jeferson Miranda Antunes; Claudia Priori; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; http://lattes.cnpq.br/3817307317459365; PRIORI, Claudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; NOGUEIRA, Juslaine; http://lattes.cnpq.br/5283169846765859; MUZI, Joyce; http://lattes.cnpq.br/3603583957596083Esta pesquisa discute a representação e as vivências das personagens queer nos documentários: The Queen (1968), de Frank Simon, Paris is Burning (1990), de Jennie Livingston e Kiki (2016), de Sara Jordenö, articuladas pelas interseccionalidades de gênero, sexualidade, raça e classe. A escolha desses filmes se deu pelo tema em comum, a cena ballroom, e por se passarem em três épocas distintas. Em The Queen, observamse as dificuldades encontradas para se executar um evento LGBTQIAPN+ nos anos 1960 e também os motivos que levaram à constituição das houses, que, consequentemente, levaram à criação da ballroom. Já Paris is Burning marca o fim de um período clássico da ballroom e mostra sua ascensão ao mainstream, passando por depoimentos pessoais que revelam as adversidades sofridas por essa comunidade nos anos 1980. E em Kiki, apresenta-se uma representação atual da ballroom e os avanços e retrocessos na solução dos problemas enfrentados pelas personagens do filme. A metodologia utilizada fundamenta-se nos estudos de Carmen Rial sobre etnografia de tela, dialogando com os conceitos de representação de Stuart Hall, de interseccionalidade de Carla Akotirene, Kimberly Crenshaw, Patricia Hill Collins e Sirma Bilges, da cultura ballroom de Marlon M. Bailey, Ivan Monforte e Ademir Correa, do filme documentário de Eduardo Baggio e da teoria e vivências queer, principalmente com as contribuições de Guacira Lopes Louro, Margarete Almeida Nepomuceno, Judith Butler, Teresa de Lauretis e Letícia Nascimento. Depois de provocada essa análise, a fim de proporcionar uma leitura das vivências destes corpos abjetos que o cinema pouco tem representado, para além da pergunta norteadora, percebe-se a construção de novas formas de interação (coletividade) que, por consequência, criam novas formas de convivência (comunidade).