Navegando por Autor "Iury Peres Malucelli"
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Item SUPERNOVAS DA TRISTEZA: A REPRESENTAÇÃO DO ROSTO TRISTE E O CINEMA COMO FORMA DE FIGURAÇÃO DAS EMOÇÕES(Universidade Estadual do Paraná, 2025-03-21) Iury Peres Malucelli; Pedro Faissol; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; http://lattes.cnpq.br/7816441510308910; FAISSOL, Pedro; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; VASCONCELOS, Beatriz; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; JÚNIOR, Luiz; http://lattes.cnpq.br/6985782589830684O ato de emocionar-se – fenômeno natural que constitui a experiência humana – jamais encerrase em si mesmo, se desdobrando nos discursos e nas imagens no decorrer dos séculos. Da fisiognomonia ao naturalismo evolucionista de Darwin, são notórias as investidas por um projeto teórico de conhecimento acerca das expressões das emoções e de suas repercussões no mundo civil. A tristeza, que é objeto central desta dissertação, figura como uma das emoções no epicentro dessa busca: aparecendo e demonstrando seu torpor, o sujeito triste é delimitado e descrito a partir de um determinado projeto de saber, seja ele civilizatório, patologizante ou comportamental. Isso em vista, e notando a profusão de tristeza presente na arte fílmica a partir da presença do rosto e de suas expressões, propomos a pergunta: sob que condições estéticas se torna visível a figuração da tristeza no close-up cinematográfico? Para abordá-la, será analisado um corpus composto por nove filmes e duas videoartes, dividido entre duas constelações que ilustram os seguintes eixos visuais da representação do rosto entristecido: rostos que sentem e retratos filmados. Com o dispositivo analítico da constelação fílmica (SOUTO, 2020) em mente, sugerimos a ideia da supernova como metáfora para a sobrevivência das imagens, imbuídas que são de gestos e formas que persistem em silêncio na história das formas visuais. O capítulo final da dissertação consiste em uma investida constelacional pela imagem do rosto triste no Ocidente, da pintura, à gravura e, fatalmente, ao cinema. Nesse momento derradeiro, duas polaridades se apresentam: a que se estende do rosto que chora ao rosto que se cala, e a do rosto cristalizado ao rosto movente. Ambas dão a ver a amplitude do ato emotivo, bem como as formas com que o cinema, a partir dos filmes estudados, lida com a expressão facial da tristeza de forma a percebê-la como um fenômeno humano a ser resgatado enquanto ato livre.