Navegando por Autor "CAMPOI, Isabela Candeloro"
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Item A EDUCAÇÃO MULTICULTURAL NA PERSPECTIVA DE PETER McLAREN(Universidade Estadual do Paraná, 2017/04/10) MANFREDO, Yasmin Coelho Figueiredo; SILVA, Ricardo Tadeu Caires; http://lattes.cnpq.br/6521759429378336; http://lattes.cnpq.br/3314192721678628; SILVA, Ricardo Tadeu Caires ; http://lattes.cnpq.br/6521759429378336; CARBELLO, Sandra Regina Cassol ; http://lattes.cnpq.br/9572589473763780; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223Esta pesquisa buscou compreender a proposta de educação multicultural na perspectiva do educador canadense Peter McLaren, para quem a educação escolar e a práxis docente devem ser compreendidas a partir de uma vertente crítica para a construção de um multiculturalismo revolucionário que promova, de fato, a transformação social. Para tanto, buscamos compreender o advento do movimento multiculturalista e sua relação com a educação. Também abordamos a polissemia do termo e os seus diferentes usos, para, em seguida, situarmos o referido autor e sua proposta de educação multicultural. O desenvolvimento da pesquisa realizou-se a partir da reconstrução da trajetória intelectual, seguida da análise crítica das obras de Peter McLaren. Crítico ferrenho do capitalismo e da globalização, McLaren denuncia que o projeto neoliberal tem voltado os olhos para a educação escolar como forma de reconfigurar as relações de exploração e dominação da classe trabalhadora. Nesse sentido, defende que os processos que envolvem as relações de classe, etnia, gênero devam ser pensados organicamente, posto que estas últimas podem introduzir mudanças nas condições para as transformações nas primeiras, ou seja, a análise de classe deve incluir os processos sociais e culturais. Em se tratando da cultura dos grupos subalternos ou marginalizados, é fundamental que suas vozes sejam ouvidas para que a educação escolar não continue a cumprir apenas uma função reprodutiva da escolaridade na sociedade capitalista tardia.Item A História das Infâncias nas Produções da Pós-Graduação em História no Brasil de 2007 a 2017(Universidade Estadual do Paraná, 2020/02/29) PEDROSO, Gustavo Simonetti Alves; MOLINA, Adão Aparecido; http://lattes.cnpq.br/2722357341071060; http://lattes.cnpq.br/0963667499622399; MOLINA, Adão Aparecido ; http://lattes.cnpq.br/2722357341071060; MORELLI, Ailton José; http://lattes.cnpq.br/5592876291938138; CAMPOI, Isabela Candeloro; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223Esse trabalho busca contribuir para os estudos e investigações sobre a história da infância, tema ainda em fase de construção e organização na área de História, no Brasil. O objetivo foi realizar um levantamento sobre a história da infância nas produções acadêmicas de Mestrado e Doutorado da pós-graduação em História no Brasil, entre os anos de 2007 e 2017. Para tanto, fizemos uso de uma metodologia de estudos bibliográficos e documentais, sustentada por uma interpretação das mudanças nas estruturas sociais, que forneceram subsídio para a compreensão das transformações históricas, socioeconômicas e políticas dos séculos XX e XXI. O estudo usou como fonte o Banco de Dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), de onde se extraíram os resumos para a realização das análises de Dissertações e Teses. A pesquisa possui caráter quanti qualitativo, a fim de investigar quais são os referenciais teórico-metodológicos utilizados para se fazer pesquisa sobre a infância na pós-graduação em História no Brasil, no período circunscrito. Ao tratarmos sobre esse tema, levamos em consideração que o autor francês Philippe Ariès foi pioneiro nos estudos sobre a história da infância no século XX. Ele desenvolveu suas investigações por meio de um referencial teórico denominado de História das Mentalidades. Para atingirmos nossos objetivos, o trabalho encontra-se estruturado em três seções, além da introdução e das considerações finais. A seção dois inicia sua discussão a partir dos entendimentos sobre a História da infância; primeiro analisa o aparecimento da infância enquanto desenvolvimento histórico e, em seguida, descreve o aparecimento da infância no bojo do fazer historiográfico, enquanto objeto de investigação. Destaca como as transformações socioeconômicas e políticas oportunizaram a produção sobre o tema, na segunda metade do século XX, ocasionando possíveis avanços na pós-graduação em História no Brasil. A seção três estuda o desenvolvimento específico da pós-graduação em História no Brasil e as restrições e dificuldades provenientes da área para se pesquisar a história da infância. Apresenta, ainda, a quantidade de trabalhos sobre o tema, produzidos na pós-graduação, e as principais concepções teóricas adotadas para fundamentar as investigações sobre a Infância. A seção quatro realiza um estudo acerca da década de 1990, período no qual vimos uma intensificação das discussões sobre a infância no Brasil, sobretudo no momento em que existia uma grande movimentação para se instituir às crianças os direitos sociais, já garantidos na forma da lei. Foi possível observar na análise dos trabalhos que, a infância é discutida sob diferentes referenciais teóricos e a maioria das pesquisas aponta para os estudos sobre a criança em situação de risco e vulnerabilidade social. Esses temas foram os mais recorrentes nos trabalhos analisados, demonstrando que a infância que é objeto de pesquisa do historiador é a infância pobre, abandonada ou desvalida. Desse modo, os historiadores vêm estudando a criança a partir de sua inserção no contexto social. Assim, esperamos que esta pesquisa possa contribuir para o fortalecimento dos estudos sobre a história da infância na Pós-Graduação em História no Brasil.Item CONSCIÊNCIA HISTÓRIA E TEMÁTICA DAS MULHERES NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA(Universidade Estadual do Paraná, 2017/03/27) PAULA, Larissa Klosowski de; CAMPOI, Isabela Candeloro; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; http://lattes.cnpq.br/4359683635948704; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; SCHIMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos ; http://lattes.cnpq.br/1253046260139699; SILVA, Ricardo Tadeu Caires ; http://lattes.cnpq.br/6521759429378336A partir da análise da trajetória da cientificização da história e sua relação com a disciplina escolar, o objetivo da pesquisa foi identificar se os fundamentos do pensamento histórico científico ocorrem nos livros didáticos de história de acordo com as premissas cunhadas pelo historiador alemão Jörn Rüsen, dando ênfase na representação da temática das mulheres no material analisado. Diante desse objetivo, foram selecionadas as três coleções de livros didáticos (modalidade Ensino Médio) mais distribuídas às escolas públicas brasileiras no ano de 2015. Para tanto, como os livros didáticos, para serem avaliados e catalogados pelo Guia dos Livros Didáticos, seguem os crivos dos documentos norteadores, foram analisados esses documentos, especificamente os Parâmetros Curriculares Nacionais e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Por se tratar de um estudo realizado no estado do Paraná, foi importante trazer à tona as considerações das Diretrizes Curriculares Estaduais da Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Logo, a metodologia empreendida consistiu em pesquisa bibliográfica, já que o objeto e fonte dessa pesquisa recai nos livros didáticos e nos documentos que norteiam esse material, à luz das premissas do historiador alemão Jörn Rüsen. A problematização em torno desse aspecto consistiu em compreender até que ponto a cultura histórica escolar brasileira coincide com as premissas desse renomado autor no que afere à educação histórica, para qual Rüsen salienta a importância da especificidade do ensino de história e os meios para se chegar até ele. Na análise observou-se que há discrepâncias no que se refere à formação da consciência histórica e na temática das mulheres dentro dessa perspectiva. Isso porque algumas das competências salientadas por Rüsen não compõem as obras didáticas analisadas, sendo insuficientes para a formação da consciência histórica do alunado.Item DIREITOS HUMANOS, EDUCAÇÃO E SEXUALIDADE: A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO SOB A ÓTICA DA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO(Universidade Estadual do Paraná, 2019/03/29) MENDES, Luciene de Carvalho; CAMPOI, Isabela Candeloro; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; http://lattes.cnpq.br/3014703257475815; CAMPOI, ISABELA CANDELORO ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; SILVA, FLÁVIO BRANDÃO ; http://lattes.cnpq.br/5078391133587121; MOLINA, ADÃO APARECIDO ; http://lattes.cnpq.br/2722357341071060Direitos Humanos e Educação. Discursos, poder, abuso de poder e mudança social. É por esse território interdisciplinar que esta pesquisa transita, de forma a se compreender como os direitos à educação e a seguridade da dignidade humana, constituídos como fundamentais na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), na Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), e demais documentos legais, vêm tomando significados diversos no continuum da história. A educação é discutida, neste trabalho, como indicadora da vitalidade dos campos disciplinares no processo de compreensão das mudanças sociais propostas na Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (2018). Neste caso específico, a BNCCEM traduz, significativamente, o que van Dijk considera como reprodução discursiva do abuso de poder. Os discursos que poderiam ratificar a diversidade social como riquezas humanas, negam identidades ou, simplesmente, silenciam culturas. Para que uma base curricular a nível nacional seja entendida como um importante documento orientador para a educação básica, é preciso que em suas orientações constem os conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, conforme defende Saviani. A partir desse conceito, a inserção das lutas e conquistas pelos valores humanos na BNCCEM, especificamente no que tange à diversidade de gênero e sexualidade, significaria que todas as estruturas sociais que corroboram a educação básica teriam acesso aos estudos de corpora dessa diversidade. Esse seria um convite para que todos disseminassem a cultura do bem, para si e para os outros. Ao menos o que compete às estruturas sociais com o poder simbólico da lei e da mídia, a mudança pretendida não se efetivará no atual contexto político. Entende-se que não haverá uma reformulação significativa educacional sem que haja, de forma correspondente, mudança da sociedade. Nesse sentido, mudar requer negociações, as quais podem significar que novos caminhos sejam traçados conforme os interesses dos sujeitos que, simbolicamente, detém algum tipo de poder. Nessa perspectiva, a presente pesquisa traz a linguagem (nos discursos escritos) como matéria que sugere mudança social. Tais discursos são analisados na perspectiva da Análise Crítica do Discurso (ACD) e entendidos como elementos de poder e aptos a promover mudança social. Atentando para esse princípio objetivo, a proposta é responder, conforme a ACD, à questão que orienta a linha mestra desta pesquisa: quais os indícios (do campo linguístico-semântico) que identificam como que determinados signos linguísticos (mantidos, excluídos ou substituídos) podem demandar em mudança social? Os discursos escritos, haja vista, não são analisados como objetos verbais autônomos, muito menos as intencionalidades neles implícitas.Item EDUCAR PARA A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO: LIMITES E POSSIBILIDADES DA PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO MÉDIO PÚBLICO NO MUNICÍPIO DE RONDON/PR(Universidade Estadual do Paraná, 2020/02/20) GRESPAN, Rosana Pimentel de Castro; CAMPOI, Isabela Candeloro; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; http://lattes.cnpq.br/9662996648666166; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; OLIVEIRA, Márcio de ; http://lattes.cnpq.br/2808188859997677; STENTZLER, Márcia Marlene ; http://lattes.cnpq.br/6870547390134036Os temas ligados à diversidade sexual e de gênero têm recebido especial atenção pelas mais variadas instâncias da sociedade brasileira a partir da segunda metade de 1980, por meio dos movimentos sociais. Seja para propor um debate que promova os direitos humanos, seja para denunciar as diversas formas de violência contra a população LGBTTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais), o assunto tem sido abordado tanto pelos meios de comunicação de massa, quanto por alguns educadores preocupados em promover o respeito à diversidade, todavia ainda não é prática generalizada de todos os envolvidos em educação. Por considerar o tema incipiente e necessário no âmbito escolar, o trabalho aqui apresentado teve como objetivo investigar como a heteronormatividade ocorre no espaço escolar, e, consequentemente os reflexos dela nas identidades e expressões de gênero e nas orientações sexuais fora desta norma. Assim, o trabalho é respaldado nos documentos norteadores da educação, tais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), Plano Nacional da Educação (2014) e Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008). No mesmo sentido, abordou-se a ascensão da Sociologia como ciência e disciplina escolar, bem como os caminhos para a aquisição de livros didáticos dessa disciplina no Brasil, em 2012, fazendo parte do Plano Nacional do Livro Didático. Esse é o último baluarte do trabalho dessa dissertação, pois foi com o capítulo 14 - Gênero e Diversidade Sexual - do livro “Sociologia em Movimento” que desenvolvemos a proposta pedagógica aqui investigada. Tal perspectiva foi importante na medida em que esta dissertação apresenta os trâmites de uma intervenção pedagógica na disciplina de Sociologia, realizada em um colégio estadual do município de Rondon com estudantes do 3º ano do Ensino Médio. Para o desenvolvimento da pesquisa, realizamos um estudo bibliográfico, documental e de campo por meio da intervenção pedagógica na escola. Foram trabalhadas 20 aulas, previstas no Plano de Trabalho Docente, por meio de diversificadas metodologias. Toda a prática desenvolvida foi pautada nos autores que fundamentaram o estudo, tais como Louro (1997); Maia (2004); Giddens (2005); Nunes (2005) Candido (2006); Lorensetti et al. (2006); Maio (2010); Colling e Tedeschi (2015); Silva et al. (2016); Oliveira, Peixoto e Maio (2018); Reis (2018), entre outros e buscou desenvolver uma consciência ética com respeito às diferenças individuais, no sentido da superação do preconceito de modo geral e da LGBTIfobia em específico. Os resultados positivos evidenciaram que é viável a discussão de assuntos relacionados à sexualidade, gênero e diversidade sexual nas aulas de Sociologia, pois permite desnaturalizar práticas discriminatórias no espaço escolar e propicia um campo fértil para a discussão de temas considerados emergentes, que buscam a promoção do respeito às diversidades, no sentido de contribuir para a formação de cidadãos críticos e promove uma sociedade justa e igualitária, conforme preconizam os documentos norteadores da educação. Os argumentos sociológicos dos/as estudantes tornam-os/as atores de sua própria ação, mitigando os preconceitos, neste caso ligado à diversidade sexual.Item EQUIPES MULTIDISCIPLINARES DAS ESCOLAS ESTADUAIS DA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ: LIMITES E POTENCIALIDADES NA APLICAÇÃO DA LEI 10.639/03(Universidade Estadual do Paraná, 2015/11/23) SANTOS, Celso José dos; MENDES, Claudinei Magno Magre; OLIVEIRA, Eduardo David; http://lattes.cnpq.br/5201908900947666; http://lattes.cnpq.br/3032720343513196; http://lattes.cnpq.br/4774266304230055; MENDES, Claudinei Magno Magre ; http://lattes.cnpq.br/3032720343513196; OLIVEIRA, Eduardo David ; http://lattes.cnpq.br/5201908900947666; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; SILVA, Ricardo Tadeu Caires ; http://lattes.cnpq.br/6521759429378336Essa pesquisa registra os limites e potencialidade das Equipes Multidisciplinares instituídas nas unidades escolares de educação básica da Rede Estadual Pública de Educação no Noroeste do Paraná, como mecanismo de política pública de ação afirmativa educacional voltada para dar efetividade à Lei 10.639/03 e à Educação das Relações Étnico-Raciais. Foi desenvolvida sob o olhar de um pesquisador participante, militante sindical e do movimento social negro. A análise desse objeto iniciou com o processo histórico que produziu exclusão e o grave quadro de vulnerabilidade educacional da população negra, bem como processo de conquista de políticas públicas de ações afirmativas educacionais em favor da população negra paranaense, que culminaram na instituição das Equipes Multidisciplinares. O cerne da investigação, a partir do estudo de caso das equipes multidisciplinares do município de Paranavaí, possibilitou identificar elementos de limitação e de potencialidades dessas Equipes Multidisciplinares. O método de pesquisa qualitativa, documental e bibliográfica e de estudo de caso, contou com uma farta documentação obtida pelo Ministério Público do Paraná que desencadeou um Processo Administrativo para monitoramento da implementação da Lei 10.639/03 na educação paranaense, bem como junto à Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí, às Unidades Escolares, cujas Equipes foram investigadas e junto aos movimentos sociais afetos a essa causa. Numa abordagem interdisciplinar e multicultural crítica, o objeto foi investigado a partir de um referencial teórico articulando uma perspectiva histórica, crítica e multicultural, tendo a raça e classe como categorias fundantes no processo de formulação de políticas públicas educacionais para a população negra.Item “NESTA ESCOLA NÃO HÁ LUGAR PARA BICHINHAS [...]”: DIVERSIDADE SEXUAL E HOMOFOBIA NO AMBIENTE ESCOLAR(Universidade Estadual do Paraná, 2015/08/31) SIQUEIRA, Marcos da Cruz Alves; CAMPOI, Isabela Candeloro; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; http://lattes.cnpq.br/8097738870620043; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; MAIO, Eliane Rose; http://lattes.cnpq.br/9562371036022440; SIMILI, Ivana Guilherme ; http://lattes.cnpq.br/8673193550460700O objetivo deste estudo é compreender as práticas no tratamento à diversidade sexual por parte das equipes das escolas pesquisadas, que foram analisadas em consonância às políticas públicas educacionais. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que teve como sujeitos 55 profissionais de colégios da rede estadual de Ensino Médio localizados na cidade de Paranavaí/PR. O método utilizado para a pesquisa pautou-se na aplicação de questionários semiestruturados, seguido da análise dos dados coletados. A própria proposta desta investigação possibilitou, por meio da reação dos(as) convidados(as) a participarem, a sistematização de evidências que foram problematizadas no texto. Após a coleta das informações, foi possível verificar quantitativamente o nível de preparo dos(as) profissionais participantes para o enfrentamento da homofobia nas escolas. O exame do material obtido gerou reflexões sobre as políticas públicas direcionadas à diversidade sexual, relações de gênero, sexualidade e homofobia no âmbito escolar. Para tanto, foi feita uma discussão teórica sobre a temática e sua aplicação nos estudos acadêmicos. Verificou-se diferentes opiniões e representações sobre a diversidade sexual e a homofobia nas respostas dos(as) entrevistados(as), a partir das quais se constatou a afirmação dos estereótipos que têm proporcionado diversas formas de violência enfrentadas pelos alunos e alunas LGBTT. A partir da análise dos últimos relatórios sobre as violências homofóbicas no Brasil, averiguou-se que, apesar das políticas públicas estaduais e nacionais criadas para o enfrentamento da violência homofóbica, os discursos contidos nas respostas minimizam os sujeitos que fogem do padrão heteronormativo.Item O ENFRENTAMENTO À HOMOFOBIA EM SALA DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA(Universidade Estadual do Paraná, 2016/08/29) LOPES, Lucio de Lima; CAMPOI, Isabela Candeloro; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; http://lattes.cnpq.br/7704699824994718; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; SANTOS, Patrícia Lessa dos ; http://lattes.cnpq.br/0448687457717277; MOLINA, Adão Aparecido; http://lattes.cnpq.br/2722357341071060Esta dissertação tem como foco o conteúdo contemporâneo de diversidade sexual, com o recorte da problemática em torno da homofobia, de acordo com o que solicitam as diretrizes curriculares do Estado do Paraná para o Ensino Médio, quanto ao enfrentamento às violências de sexualidade e gênero. Discute-se o tema permeado por questões conceituais e culturais de gênero, orientação e identidade sexuais. O problema de pesquisa foi formulado a partir das experiências como docente na Educação Básica. Perguntou-se em que medida a abordagem pedagógica a respeito da homofobia na escola pode contribuir para a desestabilização de preconceitos impedindo discriminações a sujeitos LGBT, promovendo, ao mesmo tempo, a diversidade e qualidade na educação. Esta dissertação foi construída por meio de uma discussão teórica e análise de dados obtidos em intervenção pedagógica, que trabalhou a questão da homofobia na disciplina de filosofia, nos meses de junho e julho de 2015, no Colégio Estadual Prof. Bento Munhoz da Rocha Neto, na cidade de Paranavaí – PR. O estudo baseou-se em aportes teóricos que ajudaram a refletir sobre a relação cultura e educação frente ao problema da homofobia. Os aportes teóricos e os dados da pesquisa de campo evidenciaram, desde a reflexão sobre a homofobia em conexão a outras formas de discriminações, que a escola é um espaço profícuo para a promoção dos direitos humanos no enfrentamento a todas as formas de violências almejando a desconstrução de preconceitos arraigados na cultura pelos códigos simbólicos hierarquizadores. A homofobia é um problema cultural que precisa ser racionalizado e combatido por meio das contribuições científicas, e a escola não pode omitir o seu relevante papel nessa tarefa. Na discussão teórica constatou-se que professores (as) necessitam de formação inicial e continuada com foco na diversidade e deles depende a organização de um trabalho pedagógico coletivo de enfrentamento à homofobia, alicerçado na perspectiva da construção histórica e social. Percebeu-se a escola como espaço reprodutor de estigmas, de discriminações, de mecanismos de negação das diferenças, mas também como um lócus onde os educandos expressam uma latente tolerância, porque não dizer excepcional, para debater o tema . Essa abertura de consciência e espírito tornou-se o elemento generalizável de nossa pesquisa. Verificou-se ainda que, novos olhares a partir de processos pedagógicos, podem favorecer o empoderamento dos sujeitos escolares LGBT.Item PRINCESAS SUBVERSIVAS? LITERATURA INFANTIL CONTEMPORÂNEA SOB A PERSPECTIVA DOS ESTUDOS DE GÊNERO(Universidade Estadual do Paraná, 2018/02/19) OLIVEIRA, Marcela Rodrigues; CAMPOI, Isabela Candeloro; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; http://lattes.cnpq.br/5597514703391946; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223; MARTHA, Alice Áurea Penteado ; http://lattes.cnpq.br/6609188672656392; MOLINA, Adão Aparecido ; http://lattes.cnpq.br/2722357341071060O objetivo deste estudo foi analisar, sob a perspectiva dos estudos de gênero, três livros presentes no acervo literário da última edição do Programa Nacional da Biblioteca na Escola (PNBE): O Fantástico Mistério de Feiurinha, de Pedro Bandeira (1986); Até as princesas soltam pum, de Ilan Brenman (2008); e Príncipes e Princesas, Cobras e Lagartos – Histórias Modernas de Tempos Antigos, de Flávio de Souza (1989). Para tanto, foi apresentado um histórico da ideia de infância, considerando-a um construto social, bem como sobre a contribuição de alguns pensadores, de diferentes épocas, para a consolidação do conceito. O propósito foi compreender como a infância ganhou, em determinada época, um status tão importante a ponto de ganhar uma literatura especialmente feita para crianças. Da mesma forma, foi dissertado sobre a origem e o desenvolvimento da Literatura Infantil no Ocidente, assim como alguns apontamentos sobre o conceito de gênero como categoria de análise. Como subsídio para a compreensão da inserção de programas como PNBE, discutiu-se o percurso de políticas públicas para leitura no Brasil e a ascensão das políticas educacionais no país que contemplem as discussões acerca das relações de gênero no âmbito escolar. Com este aporte teórico, na última parte deste material, finalmente foram realizadas as análises das obras literárias citadas, apoiadas nas contribuições da Teoria da Análise de Narrativas, posteriormente focalizando o viés da Teoria Literária Crítica Feminista visando perceber as concepções ligadas ao gênero presentes nestas obras. Foi possível conferir que o enredo dos livros escolhidos contribui para uma visão alternativa do “destino” da mulher em nossa sociedade, e dessa forma, acaba por não reproduzir a norma binária dos sexos tradicionalmente estabelecida. Além disso, notou-se que alguns dos enredos das histórias em questão contemplam diferentes modos de ser homem ou mulher, indo contra estereótipos que perpetuam a diferença.Item UMA DÉCADA DEPOIS: A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03 NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE PARANAVAÍ (2003-2014)(Universidade Estadual do Paraná, 2015/12/18) DUARTE, Angelina; SILVA, Ricardo Tadeu Caires; http://lattes.cnpq.br/6521759429378336; http://lattes.cnpq.br/5275789313096937; SILVA, Ricardo Tadeu Caires ; http://lattes.cnpq.br/6521759429378336; SIMILI, Ivana Guilherme ; http://lattes.cnpq.br/8673193550460700; CAMPOI, Isabela Candeloro ; http://lattes.cnpq.br/8568342954658223Nesta dissertação procuramos analisar, de que forma a lei 10.639/2003 está sendo implementada no currículo escolar, nos materiais didáticos e nas ações cotidianas dos (as) professores (as) e professores de História que atuam no Núcleo Regional de Paranavaí /PR. Partindo do princípio que uma das principais dificuldades para a implementação da mesma é a permanência do modelo eurocêntrico, falta de uma formação acadêmica e continuada adequada e o mito da democracia racial presente no professor. O foco da pesquisa se centra na disciplina de História pelo seu campo de atuação e sua função sendo por isto um lugar privilegiado para o cumprimento da lei e por ser considerado a ―carteira de identidade de país‖. É uma pesquisa qualitativa fizemos uma revisão bibliográfica demonstrando a relação entre as ausências e presenças da História e Cultura da África dos africanos e afrodescendentes nos currículos e nos livros didáticos de História e os fatores que influenciaram para a obrigatoriedade da inserção da temática. Analisamos também as abordagens presentes nos livros e materiais didáticos adotados pelos professores de História do município de Paranavaí no tocante à História da África, no período de 2003-2013. Identificamos as estratégias e ações de formação e capacitação docente que o Estado do Paraná tem ofertado aos docentes para a implementação da lei 10.639/2003. E através de um questionário semi estruturado buscamos as representações dos docentes sobre o ensino de História da África e da cultura afro brasileira perceber como as insere na sua prática. Após a pesquisa concluímos que os professores possuem pouca ou nenhuma formação para implementar os conteúdos relativos à História da África. Muitos professores não consideram importante o aprofundamento dos conteúdos relativos à História da África. Os livros didáticos não oferecem o devido espaço ao tema, contribuindo assim para que estes conteúdos sejam deixados de lado; Ao trabalhar pontualmente a história africana e afro-brasileira como tem sido feito nas escolas tem na verdade contribuído para a ―folclorização‖ da História da África, na medida em que deixam de discutir profundamente o assunto. O trabalho aponta que ainda que houve avanços como a inserção da temática no currículo, livros com capítulos específicos sobre a África, aumento de cursos de capacitação ofertados e um novo olhar de alguns professores sobre a temática ainda a um longo caminho a trilhar afinal ainda é muito presente no ensino de história o eurocentrismo e o mito da democracia racial. Um dos nós desta questão é a formação acadêmica haja vista que a inserção da temática nas Universidades é lenta contribuindo para uma formação de professores com uma visão conservadora e preconceituosa.