A NARRATIVA PÚBLICA DO ARTISTA LUIZ RETTAMOZO: PERFORMATIVIDADE E DISPOSITIVO MIDIÁTICO (1987)

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dc.contributor.advisorFREITAS, Artur
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7705592106667807
dc.contributor.authorVIANA, Daniele Cristina
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0223582344740167
dc.contributor.referee1FREITAS, Artur
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7705592106667807
dc.contributor.referee2KAMINSKI, ROSANE
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/0588374677778245
dc.contributor.referee3MORAES, EVERTON DE OLIVEIRA
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/7818932710501334
dc.date.accessioned2025-02-18T17:39:40Z
dc.date.available2025-02-18
dc.date.available2025-02-18T17:39:40Z
dc.date.issued2021-11-05
dc.description.abstractA partir das matérias de jornal “Retta rides again” e “Um Retta é bom, imagina dois, tchê!”, escritos por Rosirene Gemael e Adélia Maria Lopes, respectivamente, em Curitiba, em julho de 1987, eu busco compreender a narrativa pública do artista Luiz Rettamozo, que é tema e fonte das jornalistas. Sustenta a abordagem o conceito de “sociedade da comunicação” da filósofa Anne Cauquelin, bem como sua ideia de “rede”, em que existem pontos de conexão e vias múltiplas de interação entre conteúdos, objetos e agentes, levando-se em conta que ganha sentido social o conteúdo que mais realiza interações de forma múltipla e acelerada. O artista se apropria do modo com que a sociedade constrói e dissemina significados nos meios de comunicação; com isso, promove uma constante interação e conexão entre elementos, incluindo aí sua própria figura. Transfiro problemáticas essenciais ao campo da Arte, como “artista”, “obra”, “forma”, “materialidade” e “autoria” ao texto jornalístico, a fim de compreender a sensibilidade e o método do artista, cujas referências remetem ao neoconcretismo e à dimensão “antiarte”, em si, utópica, à medida que deseja transcender a própria relação entre “arte e vida”, algo que encontra possibilidades nas reflexões do filósofo Celso Favaretto. Trabalho a questão ficcional presente tanto no empenho das jornalistas quanto do artista, concluindo que ambos contribuem para a formalização de algo propício às leituras de mundo, consciência que se desenvolve numa “segunda realidade”, instância imaterial, conforme Cauquelin. Leituras que, por sua vez, inserem-se na realidade material. Para tanto, contribuem as críticas quanto à noção de ficção de Juan Saer e de Rosane Kaminski, também, a questão da “autoficção”, como é interpretada por Nelson Guerreiro. Ficções que conseguem desdobrar sentidos múltiplos, os quais ajudam a mensurar e se posicionar no real. Entre textualidade e sociabilidade do artista no espaço da capital, apoiada nos estudos dos filósofos John Langshaw Austin e Anderson Bogéa, proponho a observação do escrito como performativo que envolve o discurso, pois coloca em jogo uma prática por meio da linguagem. Assim também, há no texto a presença abstrata de um corpo sensibilizado pelas mudanças do meio, o qual, a partir de Christine Greiner e Paul Zumthor, contribui para a criação de uma unidade sensível entre artista e público. Com o intuito de compreender melhor as inserções performativas do artista que, na relação entre seu próprio cotidiano e discursos partilhados promove narrativa, analiso as performances “Quem tem Q.I. vai”, “Santíssima Trindade” e “Billy de Liar”, presente nas matérias de jornal enquanto notícias. Percebo a insistência do artista em ficcionar suas próprias sensações, buscando equilíbrio num momento de mudança, como é o final da década de 1980, período em que começa a se firmar a democracia no Brasil, após anos de ditadura militar. Entre as conclusões, observo narrativa na qual o artista compartilha com o público processos de si, quando insere a si mesmo em uma dimensão fluida, de crítica à instituição de arte e também o desejo utópico de transpor qualquer barreira.
dc.description.resumoBased on the newspaper articles “Retta rides again” and “One Retta is good, imagine two, chê!”, written by Rosirene Gemael and Adélia Maria Lopes, respectively, in Curitiba, in July 1987, I seek to understand the public narrative by artist Luiz Rettamozo, who is the theme and source of the journalists. The approach is supported by the concept of “communication society” by the philosopher Anne Cauquelin, as well as her idea of “network”, where there are connection points and multiple ways of interaction between contents, objects and agents. Since the content that makes the most interactions, in a multiple and accelerated way, gains social meaning. The artist appropriates the way society builds and disseminates meanings in the media, thereby promoting a constant interaction and connection between elements, including there, his own figure. I transfer essential issues to the field of art, such as "artist", "work", "form", "materiality" and "authorship" to the journalistic text, in order to understand the artist's sensibility and method, whose references refer to neoconcretism and dimension “anti-art”, in itself, utopian, insofar as it wants to transcend the very relationship between “art and life”, something that finds possibilities in the reflections of the philosopher Celso Favaretto. I work on the fictional issue present in both the commitment of journalists and the artist, concluding that both contribute to the formalization of something conducive to readings of the world, awareness that develops in a “second reality”, an immaterial instance, according to Cauquelin. Readings that, in turn, are inserted in material reality. To this end, the criticisms of the notion of fiction by Juan Saer and Rosane Kaminski contribute, as well as the issue of “self-fiction”, as interpreted by Nelson Guerreiro. Fictions that manage to unfold multiple meanings, which help to measure and position themselves in reality. Between textuality and the artist's sociability in the space of the capital, supported by the studies of philosophers John Langshaw Austin and Anderson Bogéa, I propose the observation of writing as a performative that involves discourse, as it puts into play a practice through language. Likewise, there is in the text the abstract presence of a body sensitized by changes in the environment, which, from Christine Greiner and Paul Zumthor, contributes to the creation of a sensitive unity between artist and audience. In order to better understand the performative insertions of the artist who, in the relationship between his own daily life and shared discourses promote narrative, I analyze the performances “Quem tem Q.I. vai”, “Santíssima Trindade” and “Billy de Liar”, present in newspaper articles as news. I notice the artist's insistence on fictionalizing his own sensations, seeking balance in a time of change, such as the late 1980s, a period in which democracy began to take hold in Brazil, after years of military dictatorship. Among the conclusions, I observe a narrative in which the artist shares processes of himself with the public, when he inserts himself in a fluid dimension, one of criticism of the art institution and also the utopian desire to overcome any barrier.
dc.identifier.urihttps://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/311
dc.languagePortuguês
dc.publisherUniversidade Estadual do Paraná
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.departmentUNESPAR campus de Curitiba II
dc.publisher.initialsPPGARTES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Artes, Mestrado Profissional em Artes
dc.subjectLuiz Rettamozo. Sociedade da comunicação. Narrativa pública.
dc.subject.capesARTES
dc.titleA NARRATIVA PÚBLICA DO ARTISTA LUIZ RETTAMOZO: PERFORMATIVIDADE E DISPOSITIVO MIDIÁTICO (1987)
dc.typeDissertação
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