Navegando por Autor "VASCONCELOS, Beatriz Ávila"
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Item ÉRIC ROHMER E O RAIO VERDE (1986): ENCENAÇÃO E CRIAÇÃO ENTRE O ACASO E O CONTROLE(Universidade Estadual do Paraná, 2023/04/04) COMODO, Giovanni Alencar; VASCONCELOS, Beatriz Ávila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/0612155696332177; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; FAISSOL, Pedro de Andrade Lima; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; OLIVEIRA JÚNIOR, Luiz Carlos Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/6985782589830684Situada no âmbito da Teoria de Cineastas, esta pesquisa aborda a presença do acaso – entendido aqui como eventos fora do controle do realizador – no processo criativo do cinema de Éric Rohmer (1920-2010), especialmente em O Raio Verde (1986). A partir de fontes como entrevistas, textos e filmes de Rohmer, além de depoimentos de parceiros de trabalho e a produção crítica e teórica sobre o realizador, em uma tentativa de melhor compreender sua reputação e método de cineasta rigoroso e controlador, trazendo o filme Noites de Lua Cheia (1984) como exemplo. Em seguida, baseado em Fayga Ostrower, Ronaldo Entler e Décio Pignatari, realizo uma investigação da presença do acaso em processos criativos nas artes em geral, incluindo possíveis pontes com o cinema e a obra para televisão educativa de Rohmer. Estabelecidos o fazer artístico de Rohmer e noções do acaso na criação, no terceiro capítulo parto para análise de O Raio Verde, obra paradigmática na filmografia do diretor em seu fazer repleto de improvisos e de eventos inesperados e incorporados ao filme. O exame de cenas, entrevistas e textos de sua época enquanto crítico revelam um Rohmer atento ao legado de diretores que admira e interessado em aplicar suas ideias na prática. Depoimentos de colaboradores e uma entrevista inédita com Marie Rivière, atriz protagonista e co-autora do roteiro de O Raio Verde, demonstram um cineasta inquieto e aberto às colaborações de sua equipe em encontro com o mundo, integrando o acaso enquanto força criativa de seu processo.Item SOBRETUDO: DISCURSO, IMAGINÁRIO E FIGURINO EM A BELA DA TARDE, DE LUIS BUÑUEL(Universidade Estadual do Paraná, 10/12/2020) SAUTHIER, Helio Ricardo; VASCONCELOS, Beatriz Ávila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; http://lattes.cnpq.br/1814623528566340; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; SILVA, Amábilis de Jesus da; http://lattes.cnpq.br/7668645752206910; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273O objeto de estudo desta pesquisa centra atenção na visualidade da personagem Séverine em A Bela da Tarde (Belle de Jour, 1967), filme dirigido pelo cineasta espanhol Luis Buñuel e com figurinos criados pelo estilista francês Yves Saint Laurent. A leitura em perspectiva discursiva foi realizada com foco no figurino dessa personagem icônica, para discutir tal visualidade enquanto um discurso que atualiza representações da mulher casta e da mulher profana na iconografia da história da arte ocidental. A metodologia da pesquisa caracteriza-se como do tipo descritiva, na qual trago como referência concepções de discurso desenvolvidas na perspectiva da Análise de Discurso Francesa (AD), especialmente num viés foucaultiano, no sentido de investigar a memória discursiva e a intericonicidade materializadas em Séverine e que compõem seus sentidos. Também lanço mão do método para análise fílmica fundamentado em fotogramas e do cruzamento de imagens da história da arte ocidental, para evidenciar as formações discursivas, a memória discursiva e a intericonicidade que inscrevem formações imaginárias no corpo da mulher e interagem no processo de (re)-produção de identidades. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a visualidade de Séverine remonta a um longo processo de construção icônica advinda especialmente do Classicismo e do Renascimento e que foi amplamente explorada pelos campos discursivos do cinema e da moda, influenciando as formações imaginárias e identitárias que costuram o sujeito pós-moderno à estrutura social e às formas pelas quais somos representados ou interpretados nos sistemas culturais.