Navegando por Autor "TOMITA, Rodrigo Akira Minasse"
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Item ATÉ AMANHÃ: OS ESPAÇOS NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM LONGAMETRAGEM(Universidade Estadual do Paraná, 2024/05/10) TOMITA, Rodrigo Akira Minasse; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/9464206982367255; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; FAISSOL, Pedro de Andrade Lima; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; MELLO, Jamer Guterres de; http://lattes.cnpq.br/9707216305631668; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353Cecília Almeida Salles, em Redes da Criação: construção da obra de arte (2006), diz que a mudança e o deslocamento geográfico em prol de uma busca por novos caminhos no processo de criação artística é comum na história da arte como ocorreu com Paul Klee e suas viagens para a Tunísia, por exemplo. O geógrafo humanista Yi-Fu Tuan, em seu livro Espaço e lugar - a perspectiva da experiência, conta uma anedota onde dois físicos visitam o castelo de Hamlet e afirmam que o castelo é visto de forma completamente diferente ao terem ciência de que uma narrativa, ainda que ficcional, se passou no lugar em questão. Éric Rohmer, por sua vez, ao definir a noção de espaço arquitetônico, escreveu que “os lugares não servem apenas de moldura para a ação, seu receptáculo; eles pesam sobre as atitudes dos personagens, influenciam sua atuação, ditam seus deslocamentos” (ROHMER, 1991, p.57 apud BORGES, 2019, p. 139). Apoiando-me nessas ideias, neste projeto de pesquisa, busco investigar a influência das espacialidades nos processos de criação de Até Amanhã, um longa-metragem ficcional roteirizado e dirigido por mim entre os anos de 2020 e 2024. No capítulo inicial, irei debater e refletir sobre as relações entre as espacialidades e a arte cinematográfica sob perspectivas teóricas diversas, entre as quais a teoria realista de André Bazin. Em seguida, apoiando-me na Crítica de Processo e no conceito de rede de criação de Cecília Almeida Salles, analiso alguns documentos de processos como a decupagem, manuscritos e cartas de montagem para compreender de que maneira as espacialidades impactaram meu processo criativo desde o ano de 2020 – marcado pelo contexto pandêmico e de distanciamento social – até a montagem do corte final do filme em 2024. Sempre tendo como foco as espacialidades, refletirei sobre os contextos de realização e as escolhas de direção e roteiro, investigando assim como os lugares foram um elemento determinante para o processo criativo de Até Amanhã.