Navegando por Autor "MENDES, Maria Cristina"
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Item ALICE GUY BLACHÉ E OS ENCONTROS FEMINISTAS NA CONSTRUÇÃO NARRATIVA(Universidade Estadual do Paraná, 2023/03/30) SANTOS, Maritza Muniz dos; PRIORI, Cláudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; http://lattes.cnpq.br/9277471242268634; PRIORI, Cláudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; TEDESCO, Marina Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/4477543150852748A pesquisa tem como objeto de estudo a trajetória da cineasta francesa Alice Guy Blaché e suas obras fílmicas, investigando o cenário de produções artísticas do final do século XIX e início do XX, principalmente por mulheres, assim como o próprio movimento feminista, através de suas pautas por direitos igualitários, buscando entender como essas referências se encontram presentes nos filmes que a cineasta produziu e dirigiu entre 1896 e 1919. Além disso, a pesquisa visa ampliar a visibilidade da cineasta no Brasil, uma vez que teve sua historiografia apagada durante muitos anos e como isso pode ter contribuído para a construção cinematográfica de predominância criativa masculina dentro do cinema. Os filmes Consequências do feminismo (1906), Ocean Waif (1916), A four year heroine (1907) e Falling Leaves (1912) serão analisados de forma a investigar as contribuições da cineasta, através de suas experiências pessoais, históricas e culturais enquanto mulher realizadora.Item CINEMA EXPERIMENTAL E ARTES VISUAIS NO BRASIL: O CASO DA GUERRILHA ARTÍSTICA (1967-1977)(Universidade Estadual do Paraná, 2024/06/11) RIMOLI, Frederico Franco; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; https://lattes.cnpq.br/7370024889400848; KAMINSKI, Rosane; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; FREITAS, Artur Correia de; http://lattes.cnpq.br/7705592106667807; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353A presente dissertação tem como principal objetivo analisar como as formas cinematográficas experimentais brasileiras dialogam com as artes visuais de vanguarda - mais especificamente a tendência de "arte de guerrilha" - ao longo dos anos 1960 e 1970. Para isso, foram selecionados três filmes a serem analisados de modo comparativo com o contexto artístico vanguardista: Memórias de um estrangulador de loiras (Júlio Bressane, 1971), O rei do cagaço (Edgard Navarro, 1977) e Sentença de Deus (Ivan Cardoso, 1972). Para isso, busca-se aporte teórico em estudos referentes às artes visuais brasileiras do contexto citado, como Frederico Morais, Ferreira Gullar e Hélio Oiticica e, sobretudo, às definições específicas da "arte de guerrilha", partindo desde o crítico de arte italiano Germano Celant, passando por Décio Pignatari, até o pesquisador brasileiro Artur Freitas. Dessa maneira, as análises individuais dos filmes buscarão uma mescla entre conceitos-chave da vanguarda brasileira e momentos de comparação direta entre as obras audiovisuais e performances, happenings e outras expressões da guerrilha artística.Item DIANTE DOS PEDAÇOS: A FRAGMENTAÇÃO DO CORPO N’A MONTANHA SAGRADA, DE ALEJANDRO JODOROWSKY(Universidade Estadual do Paraná, 2021/11/18) SOUZA, Lucas Soares de; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; http://lattes.cnpq.br/9209995112029617; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; FISCHER, Sandra; http://lattes.cnpq.br/0161776649502273; MORAES, Eliane Robert; http://lattes.cnpq.br/3213373319012334; MIKOSZ, José Eliézer; http://lattes.cnpq.br/8805958526800693A fragmentação e a destruição do corpo, em uma noção expandida, enquanto elemento de construção da experiência do Pânico é o foco de interesse na análise do filme A Montanha Sagrada (1973, 1h53min, cor). Dirigido pelo chileno Alejandro Jodorowsky, o filme apresenta uma construção imagética permeada por simbolismos místicos, artísticos e sociais, os quais contribuem para estabelecer a atmosfera Pânica. A questão principal, a partir da qual a dissertação se desdobra é: de que modo a fragmentação corporal presente no filme A Montanha Sagrada induz ao Pânico jodorowskyano? Para responder a essa questão, o objeto será analisado a partir de três aspectos do conceito de fragmentação. O primeiro aspecto se refere à fragmentação do corpo identificando como a representação de sua destruição é um elemento que instaura, por meio da experiência da abjeção, uma atmosfera de angústia diante das imagens do filme. A ideia de abjeção na teoria de Julia Kristeva é colocada em diálogo com a destruição do corpo no contexto das vanguardas modernistas, com destaque ao Movimento Surrealista. O segundo aspecto, a partir do pensamento de Robert Stam, relaciona as imagens do filme às temáticas da violência social, da catástrofe e do trauma coletivo, buscando apontar como a experiência Pânica se apresenta como um vetor decolonial de reconstrução do imaginário da latinidade. Busca-se pensar o cinema como uma possibilidade de resistência aos modos de funcionamento das lógicas colonizadoras, em sentidos simbólicos e políticos.O terceiro aspecto propõe uma leitura do cinema, enquanto dispositivo afetivo, como um fenômeno de criação de sensorialidades angustiantes, intrínsecas ao Pânico. São abordadas as teorias de Edgar Morin acerca dos processos de identificação e projeção no fenômeno cinematográfico, bem como a análise do cinema como um vestígio de pensamento mágico e simbólico presente na contemporaneidade. Em diálogo com Morin, são trabalhados textos críticos, poéticos e ensaísticos de Antonin Artaud nos quais ele analisa as relações entre forma, conteúdo, narrativa e os sistemas afetivos na linguagem cinematográfica, o que contribui na pesquisa para uma aproximação entre as teorias do cinema e uma leitura imagética pela perspectiva simbólica. São identificadas reverberações da ideia de Crueldade, desenvolvida por Artaud no final dos anos 1930, no filme de Jodorowsky, para compreender de que modo suas imagens dialogam com a opacidade e a psicologia do fenômeno cinematográfico. A metodologia utilizada é a análise textual e imagética, buscando identificar as teias simbólicas entre as imagens audiovisuais do filme (bem como as de outros objetos) e as imagens literárias dos autores com os quais dialogamos.Item IMAGENS DE MULHERES NEGRAS NO CINEMA NEGRO FEMININO BRASILEIRO(Universidade Estadual do Paraná, 2024/05/16) TORRES, Juliana Ferreira; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; http://lattes.cnpq.br/6512791147905205; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; GILLIES, Ana Maria Rufino; http://lattes.cnpq.br/3844117013723738; LEBLANC, Paola Barreto; http://lattes.cnpq.br/8238208518618800Esta dissertação se propõe analisar a construção de imagens de mulheres negras pelo Cinema Negro e Feminino brasileiro. Usamos o plural para lembrar que ser mulher negra não é uma condição simples, somos muitas e diversas, e é por isso que não podemos permitir nos encaixar/encaixotar em esteriótipos limitantes e preconceituosos. O Cinema Negro e Feminino, ou seja, o Cinema feito por mulheres negras, tem mostrado sua diversidade não só em relação aos temas, narrativas e formatos como também na pluralidade de linguagens usadas, mesclando performances, videoarte e cinema expandido em suas criações. Com um olhar especial para Café com Canela (2017) como o segundo filme longa-metragem de ficção com exibições em circuito comercial dirigido por uma mulher negra, e relacionando as construções das personagens com as de outros três filmes curtas-metragens de diretoras negras: Travessia (2017) de Safira Moreira; República (2020) de Grace Passô e Alfazema (2019) de Sabrina Fidalgo. Café com Canela é fruto da descentralização do ensino superior no Brasil e das políticas públicas afirmativas, tanto do setor cultural, através de editais exclusivos para pessoas negras, quanto da educação, através das cotas universitárias, que levaram Glenda Nicácio e Ary Rosa ao Recôncavo baiano onde o filme foi produzido. O que nos interessa aqui é estabelecer relação entre a autoria de Glenda Nicácio, Sabrina Fidalgo, Grace Passô e Safira Moreira e as representações livres de estereótipos de mulheres negras que são construídas pela narrativa de seus filmes. Entendendo que é pela imagem, representação e representatividade, que empreendemos a luta contra o discurso hegemônico, procuramos estabelecer a influência da autoria negra feminina para uma representação humanizada da mulher negra pelo cinema brasileiro contemporâneo. Assim, analisaremos a relação entre a produção cinematográfica de autoria de mulheres negras e o empenho no combate ao discurso hegemônico, a fim de recuperar o poder de representação da imagem da mulher negra como autora da sua própria história. Para isso analisaremos as imagens do filme com base nas teorias culturalistas de Grada Kilomba (2020) e na abordagem da representação da mulher negra no cinema segundo bell hooks (2019) e no Feminismo Negro segundo Lélia Gonzales e Sueli Carneiro. Os estudos sobre imagem têm bases em Etienne Samain (2012), o conceito de intericonicidade segue as diretrizes de Jean-Jacques Courtine (2011), a pesquisa sobre iconologia e corpo ancora-se em Hans Belting (2006) e Leda Maria Martins (2021) e as 8 pesquisas sobre o cinema negro feminino são amparadas por Edileuza Penha de Souza (2017, 2020, 2022) e Rosane Borges (2022).Item MANIFESTOS INSULARES PALAVRA E IMAGEM COMO DISCURSO DE CAOS E INCERTEZA EM MANIFESTO, DE JULIAN ROSEFELDT(Universidade Estadual do Paraná, 2023/08/18) MELO JUNIOR, Valdir Heitkoeter de; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; http://lattes.cnpq.br/5364465454211431; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; FERREIRA, Carolin Overhoff; http://lattes.cnpq.br/1735199899378409A obra cinematográfica Manifesto (2015), dirigida por Julian Rosefeldt, é o objeto de análise desta dissertação, cujo objetivo é destacar quais as possíveis contribuições desta obra para refletirmos sobre a contemporaneidade. Criado a partir de mais de cinquenta textos-manifesto, a obra é constituída por uma narrativa disruptiva, com Cate Blanchett interpretando treze personagens distintas em cenas urbanas, tais como professora de ensino primário, apresentadora de jornal e repórter. O primeiro capítulo da dissertação apresenta um levantamento histórico das aplicações e do desenvolvimento do manifesto enquanto um gênero artístico-literário, é dividido em cinco partes: o contexto histórico, sua etimologia e primeiros registros (SOMIGLI, BORTULUCCE, LYON E PUCHNER); as características aforizante e mutável do gênero manifesto (MUSSALIM, MAINGUENEAU E ABASTADO); os manifestos e a relação entre arte e política (CERTEAU); a modernidade e o papel dos manifestos (TELES); as vanguardas artísticas e os manifestos enquanto ferramenta discursiva (BAUMAN). O segundo capítulo, dedicado à análise fílmica, é dividido em seis partes: a transposição do formato de videoinstalação para o longa-metragem (LJUNGBÄCK), a concepção poética do caos e da incerteza (BURCH, DELEUZE E GUATTARI); a perspectiva de interpretação sob a noção de palimpsesto (GENETTE, KRISTEVA); as teorias da adaptação cinematográfica e Manifesto (HUTCHEON, SANDERS E STAM); os aspectos estéticos evocados na intertextualidade entre imagem e texto (AUMONT, BURCH, DELEUZE, DIDI-HUBERMAN E FLUSSER); a interpretação da discursividade sob a perspectiva de sua organização composicional e potência de fruição (BAKHTIN, BRAIT E RANCIÈRE). O terceiro capítulo visa discutir possíveis aproximações entre os discursos representados em Manifesto em face dos problemas e crises recentes que conferem contornos distópicos à contemporaneidade, uma tentativa de estabelecer paralelo com a recente situação pandêmica e a dificuldade em imaginar o futuro. Menos volumoso que os capítulos anteriores, o terceiro e último é o arremate das ideias, discussões e levantamentos realizados e divide-se em duas partes: os desafios da comunicação em tempos de crise (HAN e LJUNGBÄCK); efeitos da pandemia sobre a crise da comunicação e perspectivas para imaginar o futuro (BERARDI, WISNIK, FLUSSER e RANCIÈRE).Item METAFICÇÃO, SEXUALIDADES DISSIDENTES E SENTIDOS SONOROS: ANOTAÇÕES SOBRE O FILME PERFUME DE GARDÊNIA (1992)(Universidade Estadual do Paraná, 2024/06/27) MENDES, Noah Mancini; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; http://lattes.cnpq.br/5545484556262533; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; FAISSOL, Pedro de Andrade Lima; http://lattes.cnpq.br/5571263484400881; SALOMÉ, Josélia Schwanka; http://lattes.cnpq.br/8073499532259970; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353O presente estudo tem como objetivo a conceituação e a investigação dos elementos metalinguísticos, metaficcionais presentes no filme Perfume de Gardênia (1992), do diretor paulista Guilherme Almeida Prado, além dos debates sobre gênero e sexualidade e suas respectivas dissidências e as características sonoras. A partir do conceito de metaficção buscado nas obras de Linda Hutcheon e Gustavo Bernardo Krause, buscamos elucidar alguns pontos da narrativa onde esse recurso aparece, e que efeitos narrativos produzem, tendo como contexto características de produção da obra, o cinema brasileiro pós-moderno, conforme o entendimento de Renato Luiz Pucci Junior. Através de prévia contextualização histórica do objeto de estudo e da narrativa que nele está inserida, aprofundamos reflexões sobre o cinema brasileiro, os processos metaficcionais nele envoltos, assim como os efeitos de sentido possivelmente gerados por tais exercícios de narrativa. Pretende-se, com esta dissertação, interrogar a utilização da metaficção como impulso crítico de análise da linguagem, assim como dar atenção à produção cinematográfica nacional.Item MORTE E RESSURREIÇÃO: DESVIANÇAS DE ROSTIDADE E AFECÇÃO NO CINEMA DE ANDY WARHOL E ARTHUR OMAR(Universidade Estadual do Paraná, 2023/08/23) TOLEDO, Thaiane de; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; http://lattes.cnpq.br/4067684180970785; MENDES ,Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; AMARAL, Maria das Vitórias Negreiros do; http://lattes.cnpq.br/3317479462307817Aos catorze anos, acordei com minha avó morta ao lado na cama e desde então, no meu sonho, ela diz coisas que não entendo. A imagem de um rosto apresenta variadas possibilidades à imaginação; percebo, na contemporaneidade, a permanência da valorização que o retrato recebe ao longo da história da arte colonizadora ocidental. Esta dissertação dedica-se à análise das desvianças de rostidade e afecção (DELEUZE e GUATTARI) nos melancólicos “Testes de Câmera” de Andy Warhol, e no foto-filme “Ressurreição”, de Arthur Omar, no qual êxtase e morte se aproximam. A indagação que permeia a pesquisa é: quais os tipos de correlação podem ser estabelecidos entre Warhol e Omar no que concerne à representação da morte por meio da imagem do rosto? Busco compreender o rosto enquanto potencializador de afetos; estabeleço relações poéticas acerca do retrato na história da arte (DANTO e DIDI-HUBERMANN) e no cinema (XAVIER e AUMONT), identificando traços de rostidade e afecção desviantes (DELEUZE e GUATTARI, MORIN) em ambas as obras. A metodologia adotada na análise crítica das imagens e da trilha sonora (DANTO, BENTES e KAMINSKI) privilegia a potência do rosto enquanto elemento constitutivo da experiência estética, trazendo o imaginário simbólico (MORIN e DURANT) para a problemática da representação dos rostos sociais (HOOKS).Item MULHERES REALIZADORAS NO HORROR BRASILEIRO: REPRESENTAÇÃO E SUBVERSÃO DA OUTRIDADE EM “A MULHER QUE PÕE A POMBA NO AR” (1978) E “O ANIMAL CORDIAL” (2018)(Universidade Estadual do Paraná, 2023/12/13) SILVA, Maria Luiza Correa da; PRIORI, Cláudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; http://lattes.cnpq.br/5404188018705272; PRIORI, Cláudia; http://lattes.cnpq.br/1391884709498230; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; CÁNEPA, Laura Loguercio; http://lattes.cnpq.br/8887782644586702O objetivo deste trabalho consiste em depreender a imagem da mulher no cinema e, especialmente, no gênero do horror, analisando dois filmes brasileiros, dirigidos por mulheres, e suas singularidades em relação a representação feminina presente no horror. Os filmes selecionados para a análise são “A mulher que põe a pomba no ar”, de 1978, dirigido por Rosângela Maldonado e José Mojica Marins, e “O animal cordial”, de 2018, dirigido por Gabriela Amaral Almeida. Entende-se que a configuração do que é ser mulher na sociedade esteve, por muitos anos, vinculada a papéis específicos aos quais elas deveriam performar, normalmente agarrada a ideias moralistas e subservientes. Apoiando-se nas anotações de Simone de Beauvoir sobre a mulheridade, nota-se que as mulheres são vistas a partir da perspectiva masculina, não como um ser autônomo, mas como um Outro que se contrapõe ao que é considerado homem. Assim como a vida imita a arte, os processos artísticos também refletem os arranjos sociais, dessa forma, o cinema também se apropriou de uma ótica masculinista ao retratar as mulheres nas telas, normalmente as associando a papéis estereotipados nessas narrativas. Partindo desse pressuposto, o cinema de horror hegemônico também cresceu rasgando violências com viés conservador sobre a figura feminina. Dessa forma, essa pesquisa pretende analisar os filmes de Rosângela Maldonado, José Mojica Marins e Gabriela Amaral Almeida, entendendo as nuances dos contextos em que foram lançados, sendo, respectivamente, em plena ditadura militar e no auge da globalização, e como eles subverteram certos estereótipos sobre a figura feminina e em relação ao gênero do horror. Para sintetizar sobre as opressões da mulher, a pesquisa também se baseia nos estudos de bell hooks e Gerda Lerner, que abordam as nuances e as etapas de repressão que as mulheres foram submetidas ao longo dos anos, além de analisar sobre como esses ciclos foram retratados nas artes e, principalmente, no cinema clássico hollywoodiano. A partir disso, o trabalho também se fundamenta sobre o que é o gênero do horror e como as mulheres são vistas nesses filmes, partindo de uma afirmação de que existe peculiaridades de representação estereotipada que se encontram, sobretudo, no horror, além de compreender se existe uma mudança significativa quando um filme do gênero é escrito e/ou dirigido por uma mulher. Então, buscou-se analisar os filmes de uma ótica psicanalítica, utilizando a metodologia proposta por Robin Wood confluída com Francis Vanoye e Anne-Góliot Lètè, observando como eles subvertem a ideia da mulher e de monstro como a Outridade no horror, resultando em desenvolver um novo ângulo de representações no cinema, que procura quebrar com ideais reducionistas da figura feminina e do fazer o horror.Item O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA VIDEOARTE ‘MARLENE’: UM OLHAR SOBRE A (IM)PERMANÊNCIA DO CORPO EM PAISAGENS PESSOAIS E MATERIAIS.(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/03) ACCIOLY, Bianca Grabaski; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; http://lattes.cnpq.br/0436280657845754; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; Oliva, Rodrigo; http://lattes.cnpq.br/7233265063148235; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353A dissertação intitulada “O processo de criação da videoarte ‘Marlene’: um olhar sobre a (im)permanência do corpo em paisagens pessoais e materiais”, tem por objetivos principais refletir e analisar como se dá o processo de criação autoral em videoarte, a partir de possíveis escolhas, recortes e atos teóricos vislumbrados em poéticas reiteradas. O percurso analítico e investigativo apoia-se no tipo de pesquisa qualitativa e indutiva e, como abordagem metodológica, utiliza a Crítica de Processos, visto que, o processo de construção artística da obra de arte e o reconhecimento dos métodos, materiais e anotações empregados pelos artistas são essenciais para o estudo processual da poética autoral. Parte-se das seguintes questões norteadoras: 1) De que forma e com que meios é possível verificar a relação entre corporeidades femininas, presenças, ausências e memórias materiais e imateriais em um percurso como criadora de poéticas audiovisuais? 2) Como a investigação se reveste do conceito de paisagens pessoais e dos acasos em suas obras audiovisuais? 3) De que forma ocorre o registro e o recorte analítico no processo de criação videográfica? O foco e objeto empírico da investigação é o processo criativo da videoarte ‘Marlene’ (2023), optando-se por um estudo de caso com o intuito de perceber, descrever, analisar e interpretar a situação/fenômeno, associado à Revisão de Literatura sobre o tema videoarte. O referencial teórico encontra-se ancorado nos pressupostos de Philippe Dubois, Christine Mello e Arlindo Machado para se reportar às audiovisualidades videográficas, Fayga Ostrower, para dar conta dos conceitos acaso, percepção e formas de expressividade nas artes e Cecília de Almeida Salles no que se refere à Crítica de Processos.Item VÍDEO E PERFORMANCE: ENTRE MEU CORPO E A PAISAGEM AO REDOR(Universidade Estadual do Paraná, 2024/04/26) MEDEIROS, Livia Keiko Nagao de; NORONHA, Fábio Jabur de; http://lattes.cnpq.br/8001117846968595; http://lattes.cnpq.br/5312440197995128; NORONHA, Fábio Jabur de; http://lattes.cnpq.br/8001117846968595; MENDES, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/9740175774603031; ALVES, Ricardo Henrique Ayres; http://lattes.cnpq.br/7515345224876748; ANDRÉ, Richard Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1798165095642353A pesquisa tem como tema o vídeo, a performance e a paisagem habitada com um corpo feminino. Fundamenta-se em meus processos criativos e, também, considera artistas contemporâneos, especialmente do audiovisual, pertinentes à pesquisa. Tem o objetivo de analisar processos artísticos das produções em videoperformance, articulados a experiências pessoais, poéticas, históricas e sociais em que estão inseridas. Pretende-se compreender o alcance da paisagem, a partir de uma série de experimentos que usam meu corpo gravado pelo vídeo, para poder olhar a mim mesma (conhecer ou reconhecer) e enxergar os outros (meu corpo como um outro). Com a escrita de narrativas autobiográficas, a dissertação dá a ver os processos criativos destes corpos em experimentação, suas relações, suas identidades nas paisagens, suas origens, seus pertencimentos. É também uma reflexão sobre os processos de construção de uma forma de continuidade entre um corpo performático e suas posições no mundo. Ela define especialmente meu corpo-paisagem-vídeo de mulher latinoamericana, brasileira com descendência japonesa. Para tanto, são consideradas contribuições de Lucy Lippard e Mel Bochner sobre a desmaterialização da arte; Linda Montano e Christine Mello sobre a performance e a videoperformance; Bell Hooks e Glória Anzaldúa sobre ancestralidade e pertencimento; Milton Santos sobre paisagem e Le Breton sobre os processos de desaparecimento de si.