Navegando por Autor "MARTINS, Kariny Felipe"
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Item FICÇÃO ESPECULATIVA NO CINEMA NEGRO BRASILEIRO - A ESTÉTICA AFROFUTURISTA EM CURTAS-METRAGENS(Universidade Estadual do Paraná, 2021/02/23) MARTINS, Kariny Felipe; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; http://lattes.cnpq.br/7449060366599475; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; VASCONCELOS, Beatriz Avila; http://lattes.cnpq.br/3794997653941862; FREITAS, Kênia Cardoso Vilaça de; http://lattes.cnpq.br/8714734814365421A presente pesquisa tem como objetivo entender no que concerne o afrofuturismo dentro do movimento do Cinema Negro brasileiro contemporâneo. Partindo da relação desse movimento inscrito em uma ideia de Film Blackness (GILLESPIE, 2016), a pesquisa entende o movimento para fora dos regimes de visibilidade. Tendo como princípio o caráter analítico, esta dissertação inicia com a análise de Alma no Olho (1974) como marcador do Cinema Negro brasileiro contemporâneo, entendendo que surge com ele a performance enquanto possibilidade de fuga. Trazendo as autoras Denise Ferreira da Silva (2019) e Leda Maria Martins (2020), é conceituada a ideia da performance da pretitude enquanto uma brecha, assim como a ficção especultativa como um mecanismo de saída e imaginação. Depois, entendemos as atribuições ao Afrofuturismo – do ponto onde nasce (1994) até os momentos atuais, compreendo a definição de Ytasha Womack (2013) como norteador da pesquisa. Logo, o afrofuturismo aqui perpassa a reelaboração do passado atrelada a críticas culturais, ou seja, é um movimento que se relaciona de uma outra forma com o Espaço-Tempo, uma vez que compreende a dinâmica diaspórica como parte essencial na construção do futuro. Tendo como corpus analítico os curtas-metragens Chico (Irmãos Cravalho, 2016), Inabitável (Matheus Farias e Enock Carvalho, 2019), Negrum3 (Diego Paulino, 2018) e Cartuchos de Supernintendo em Anéis de Saturno (Leon Reis, 2018), a pesquisa conclui que a estética empregada por Sun Ra – entendendo Kemet como essência – e a convicção de que o espaço é o lugar (Space is the place) são os elementos que estão presentes nessas narrativas, uma vez que, dentro da modernidade situada no Brasil, há de ser encontrar brechas para a realidade social, fugindo, assim, da colonialidade estendida até os tempos atuais. Logo, Afrofuturismo, aqui, é a fuga necessária para a criação de um outro mundo que possa ser habitável para corpos negros em diáspora.