Navegando por Autor "KAMINSKI, ROSANE"
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Item A NARRATIVA PÚBLICA DO ARTISTA LUIZ RETTAMOZO: PERFORMATIVIDADE E DISPOSITIVO MIDIÁTICO (1987)(Universidade Estadual do Paraná, 2021-11-05) VIANA, Daniele Cristina; FREITAS, Artur; http://lattes.cnpq.br/7705592106667807; http://lattes.cnpq.br/0223582344740167; FREITAS, Artur; http://lattes.cnpq.br/7705592106667807; KAMINSKI, ROSANE; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245; MORAES, EVERTON DE OLIVEIRA; http://lattes.cnpq.br/7818932710501334A partir das matérias de jornal “Retta rides again” e “Um Retta é bom, imagina dois, tchê!”, escritos por Rosirene Gemael e Adélia Maria Lopes, respectivamente, em Curitiba, em julho de 1987, eu busco compreender a narrativa pública do artista Luiz Rettamozo, que é tema e fonte das jornalistas. Sustenta a abordagem o conceito de “sociedade da comunicação” da filósofa Anne Cauquelin, bem como sua ideia de “rede”, em que existem pontos de conexão e vias múltiplas de interação entre conteúdos, objetos e agentes, levando-se em conta que ganha sentido social o conteúdo que mais realiza interações de forma múltipla e acelerada. O artista se apropria do modo com que a sociedade constrói e dissemina significados nos meios de comunicação; com isso, promove uma constante interação e conexão entre elementos, incluindo aí sua própria figura. Transfiro problemáticas essenciais ao campo da Arte, como “artista”, “obra”, “forma”, “materialidade” e “autoria” ao texto jornalístico, a fim de compreender a sensibilidade e o método do artista, cujas referências remetem ao neoconcretismo e à dimensão “antiarte”, em si, utópica, à medida que deseja transcender a própria relação entre “arte e vida”, algo que encontra possibilidades nas reflexões do filósofo Celso Favaretto. Trabalho a questão ficcional presente tanto no empenho das jornalistas quanto do artista, concluindo que ambos contribuem para a formalização de algo propício às leituras de mundo, consciência que se desenvolve numa “segunda realidade”, instância imaterial, conforme Cauquelin. Leituras que, por sua vez, inserem-se na realidade material. Para tanto, contribuem as críticas quanto à noção de ficção de Juan Saer e de Rosane Kaminski, também, a questão da “autoficção”, como é interpretada por Nelson Guerreiro. Ficções que conseguem desdobrar sentidos múltiplos, os quais ajudam a mensurar e se posicionar no real. Entre textualidade e sociabilidade do artista no espaço da capital, apoiada nos estudos dos filósofos John Langshaw Austin e Anderson Bogéa, proponho a observação do escrito como performativo que envolve o discurso, pois coloca em jogo uma prática por meio da linguagem. Assim também, há no texto a presença abstrata de um corpo sensibilizado pelas mudanças do meio, o qual, a partir de Christine Greiner e Paul Zumthor, contribui para a criação de uma unidade sensível entre artista e público. Com o intuito de compreender melhor as inserções performativas do artista que, na relação entre seu próprio cotidiano e discursos partilhados promove narrativa, analiso as performances “Quem tem Q.I. vai”, “Santíssima Trindade” e “Billy de Liar”, presente nas matérias de jornal enquanto notícias. Percebo a insistência do artista em ficcionar suas próprias sensações, buscando equilíbrio num momento de mudança, como é o final da década de 1980, período em que começa a se firmar a democracia no Brasil, após anos de ditadura militar. Entre as conclusões, observo narrativa na qual o artista compartilha com o público processos de si, quando insere a si mesmo em uma dimensão fluida, de crítica à instituição de arte e também o desejo utópico de transpor qualquer barreira.Item CRÍTICA DE ARTE E VANGUARDA NO BRASIL – ANOS 1960(Universidade Estadual do Paraná, 2023/08/25) FRANSOLINO, MILENA; FREITAS, Artur; http://lattes.cnpq.br/7705592106667807; http://lattes.cnpq.br/8559212139993307; FREITAS, Artur; http://lattes.cnpq.br/7705592106667807; REIS, PAULO R. O.; http://lattes.cnpq.br/7123959718032577; KAMINSKI, ROSANE; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245A crítica de arte brasileira, a partir de meados do século XX, apropria-se de um lugar mais influente na discussão em torno da arte de vanguarda feita em terras nacionais. Frente ao autoritarismo do Estado a partir do golpe de 1964, artistas e críticos passaram a assumir posições mais contundentes e críticas diante da realidade brasileira. Dos artistas, esperava-se uma maior comunicação com o espectador e que a arte se tornasse mais acessível, a partir do retorno da figuração, dos objetos e da utilização de materiais diversos, muitas vezes precários, que faziam alusão à situação social de um país subdesenvolvido. A crítica trazia ao debate assuntos como o subdesenvolvimento, a ditadura, a indústria cultural e o anti-imperialismo. A ordem do dia era, então, a tomada de posição perante a realidade nacional e uma arte comprometida com o seu tempo. As mudanças na realidade sociopolítica afetaram diretamente a produção dos artistas e, por consequência, o exercício crítico no Brasil – o campo intelectual passou a desempenhar um papel de resistência contra o governo autoritário. Nesse sentido, esta pesquisa se ancora principalmente em textos escritos por reconhecidos críticos de arte entre os anos de 1965 e 1968 para buscar compreender de que forma se deu a discussão acerca da arte de vanguarda no Brasil. Pretende-se, sobretudo, acompanhar a noção pública de vanguarda na arte brasileira através de textos escritos em torno das exposições que traziam artistas percebidos como vanguardistas pela crítica e, por fim, interpretar as variações e especificidades dos conceitos de vanguarda no Brasil conforme operados pelos críticos dentro do recorte temporal aqui proposto. Esta dissertação não se propõe a discutir um conceito de arte de vanguarda único e acabado; pretende-se compreender, ao invés disso, as variadas concepções do que seria uma arte de vanguarda para os críticos em exercício no Brasil dos anos 1960.Item ENNIO MARQUES FERREIRA E A ARTE MODERNA NO PARANÁ: A TRAJETÓRIA DE UM ENTUSIASTA (1955-1964)(Universidade Estadual do Paraná, 2024/07/29) UADA, Rafaella Shizuko; FREITAS, Artur; http://lattes.cnpq.br/7705592106667807; http://lattes.cnpq.br/4294545758167032; FREITAS, Artur; http://lattes.cnpq.br/7705592106667807; BARRETO, Karoline Marianne; http://lattes.cnpq.br/1547370490094609; KAMINSKI, ROSANE; http://lattes.cnpq.br/0588374677778245A pesquisa investiga as múltiplas atuações profissionais de Ennio Marques Ferreira (1926-2021) no desenvolvimento e afirmação da arte moderna no Paraná entre 1955 e 1964. Durante esse período, Ennio desempenhou diversos papéis na arte paranaense como artista, crítico, fundador da galeria Cocaco e diretor do Departamento de Cultura da Secretaria de Estado e Cultura (SEC). A pesquisa estrutura-se em quatro etapas principais: 1) analisar a inserção de Ennio no campo da arte; 2) avaliar o impacto da galeria Cocaco na formação de práticas artísticas modernistas no Estado; 3) identificar as especificidades visuais das primeiras produções artísticas de Ennio, além de analisar seus primeiros textos críticos; e 4) examinar as ações implementadas no Salão Paranaense de Belas Artes (SPBA) durante sua primeira gestão como diretor do Departamento de Cultura. A metodologia adotada baseia- se em pesquisas documentais (jornais, revistas, cartas, convites, catálogos, folders e documentos oficiais), considerando o contexto histórico e a questão sociopolítica dos autores e dos leitores da época. Além disso, utiliza-se pesquisa bibliográfica (livros, teses, dissertações e artigos científicos), incorporando contribuições de diversos autores relacionados ao tema, como Adalice Araújo, Maria José Justino, Geraldo Leão Veiga de Camargo e Artur Freitas, entre outros. A análise fundamenta-se também na teoria dos campos sociais do sociólogo francês Pierre Bourdieu, destacando a importância das interações e relações entre agentes. Ennio cultivou relações próximas com artistas, críticos e instituições, formando uma rede essencial para a promoção da arte moderna no Paraná. Portanto, a análise das condições extratextuais, como o contexto político e social, é crucial para entender como Ennio, enquanto agente do campo artístico, se inseriu e influenciou este campo de maneira multifacetada.