Navegando por Autor "FONSECA, Vitor Droppa Wadowski"

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    MÚSICA VISUAL MOVIMENTOS DO SOM E DA IMAGEM NO CINEMA ABSTRATO
    (Universidade Estadual do Paraná, 2023/07/05) FONSECA, Vitor Droppa Wadowski; OPOLSKI, Débora Regina; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; http://lattes.cnpq.br/4172609590415092; OPOLSKI, Débora Regina; http://lattes.cnpq.br/5694754137339356; WOSNIAK, Cristiane do Rocio; http://lattes.cnpq.br/8707636250586166; FERNANDES, Patrícia Moran; http://lattes.cnpq.br/5766238377826129
    A presente dissertação investiga os processos históricos, teóricos e artísticos influentes na fundação da Música Visual, focalizando as manifestações desse conceito que tomaram forma no período da arte moderna. Como ponto de partida, ancora-se na abordagem historiográfica da Audiovisuologia, proposta por Daniels e Naumann (2015), para contextualizar o objeto de estudo em meio a história das audiovisualidades entendida em seu sentido expandido, isto é, enquanto campo de experimentação das múltiplas possibilidades de relação entre o som e a imagem. Desse modo, articula referenciais da música, das artes visuais, do cinema e de outras áreas transversais à temática, na intensão de compreender as intersecções áudiovisuais da Música Visual considerando os efeitos de sinergia das disciplinas sonoras e imagéticas que a consubstanciam. Para além disso, a pesquisa busca pensar tal conceito à luz das reflexões daqueles que o exploraram na prática – os artistas –, construindo uma análise atenta aos processos de criação e alicerçada pelos pressupostos teóricometodológicos da Teoria de Cineastas (PENAFRIA et al., 2015, 2016a, 2016b, 2017, 2020). Assim, se desdobra em três capítulos: no primeiro, discute como o interesse dos artistas modernos pelas questões do movimento e da abstração se imbricou aos cruzamentos entre as artes que, ainda no início do século XX, resultariam nas reinvindicações originárias do termo “música visual”; no segundo, reflete sobre a passagem desse termo para o campo cinematográfico a partir das experimentações do cinema puro e do cinema absoluto, vanguardas que se dedicaram a confluência filme-pintura-música e desempenharam papel determinante na consolidação da Música Visual; por fim, o terceiro capítulo aprofunda algumas das abordagens possíveis do conceito sob a perspectiva da cineasta Mary Ellen Bute, analisando suas obras e processos criativos para argumentar que uma relação de interdependência entre as linguagens visuais e musicais, mediadas pelos meios audiovisuais, fundamenta sua produção. Em síntese, o estudo aqui desenvolvido espera contribuir com a conceituação da Música Visual e, num panorama ampliado, corroborar a construção teórica e historiográfica do campo expandido das audiovisualidades.